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Relátorio de Pratica 01- Turma E

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1 
 
Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL/MG 
Instituto de Ciência e Tecnologia 
Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia 
 Campus avançado Poços de Caldas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de aula prática 01: Determinação da viscosidade do 
detergente usando o método da coluna de Stokes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas – Minas Gerais 
Novembro/2013 
 
 
2 
 
Annalycia Teixeira da Silva - 2010.1.25.010 
Amanda Caroline Allegretti – 2012.1.25.070 
Amanda Luiza Fonseca – 2012.1.25.071 
Gabriela Gonçalves Marchesi - 2010.2.25.023 
Huriel Henrique Conde Maria - 2010.2.25.096 
Monise Boaro - 2010.2.25.114 
 
Turma E 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de aula prática 01: Determinação da viscosidade do detergente usando o 
método da coluna de Stokes 
 
 
Relatório apresentado junto à Universidade 
Federal de Alfenas como forma de avaliação 
parcial da disciplina Mecânica dos Fluídos, 
sob a orientação do professor Flávio 
Gonçalves Aparecido. 
 
 
 
 
Poços de Caldas – Minas Gerais 
Novembro/2013 
 
 
3 
 
1 – Introdução 
 
1.1- Teoria 
Define-se como viscosidade a resistência que um fluido oferece ao escoamento, sendo 
que essa oposição ao movimento se deve ao atrito interno das camadas adjacentes do 
fluido. 
O atrito interno entre as placas, ou a viscosidade do fluido, é inversamente proporcional 
a velocidade da partícula em meio fluido, como demonstra a Equação 1, Lei de Newton 
da Viscosidade[01]. 
μ= 
 
 
 
 , (1) 
 
onde e a tensão de cisalhamento dado pela forca tangencial aplicada sobre área; e dv 
/dy é o gradiente de velocidade. Sua unidade no SI é Pa⋅s e no sistema de unidade 
C.G.S é o Poise( g⋅cm-1⋅s-1 ). 
 
Em fluidos com espessura pequenas, pode-se simplificar a lei de Newton de viscosidade 
vista na Equação 1, como uma aproximação para a equação da reta, dada pela Equação 
2[1]. 
 
 
 
 , (2) 
 
onde Vo é a velocidade inicial e é a espessura do fluido. 
Essa viscosidade é chamada de absoluta ou dinâmica, que também pode ser reajustada 
para calcular a viscosidade cinemática (ν) do fluido, que e dada pela razão entre a 
viscosidade absoluta e a massa específica do fluido usada na Equação 3[01]. 
 
v=μ/ρ, (3) 
 
A sua unidade no sistema internacional é o m²⋅s-1. Já no sistema C.G.S e dada por 
cm²⋅s-¹ (Stoke). 
 
1.2- Viscosímetro de Stokes 
 
 
4 
 
O viscosímetro de Stokes usa uma esfera que é imersa em um tubo vertical contendo um 
tipo de fluido, onde tal esfera é deixada cair livremente sob ação da gravidade ( Figura 
1). A esfera atinge uma velocidade no momento que é solta, e depois de certo tempo ela 
atingirá resistência ao fluido, alcançando uma certa velocidade limite. Marcações ao 
longo do tubo, que é transparente, permitem a medição dessa velocidade através do 
tempo percorrido nesta distância. 
 
 
Figura 1 - Uma esfera em queda livre imersa em um tipo de fluido. 
 
 
1.3 - Tipos de Escoamento 
 
O número de Reynolds (Re) é utilizado para calcular escoamentos de fluidos. É 
adimensional e pode ser utilizado em diversas situações, um delas é a caracterização do 
fluxo, classificando-o como laminar ou turbulento. 
Ele pode ser calculado pela razão entre as forças de inércia, responsável pelo 
escoamento do fluido, e as forças de viscosidade que tem como característica conter este 
movimento. Sua formula é dado por 
Re=
 
 
 (4) 
onde é a densidade do fluido, a velocidade, o comprimento característico e a 
viscosidade do fluido. 
Quando se diz respeito a um fluido, o regime de escoamento é uma das características 
mais importantes a ser analisada. O regime de escoamento pode ser laminar com o 
numero de Reynolds podendo chegar até 2000, e turbulento quando o numero de 
 
 
5 
 
Reynolds é acima de 4000, existe entre esses dois valores o regime intermediário, 
porém não se consegue atingir este na prática. Tanto o regime laminar como o 
turbulento pode ser mostrado na Figura 2. 
 
Figura 2 - Representação de uma partícula sob ação dos fluxos Laminar e turbulento respectivamente. 
 
2 – Objetivo 
 
Neste experimento é analisada a medida de viscosidade de fluido de forma indireta pelo 
Modelo Matemático, e compara-se com o valor encontrado em literatura. Essa análise 
será responsável em verificar a eficiência do método da coluna de Stokes. 
 
3 – Modelo Matemático 
 
 
3.1- Cálculos para determinar a viscosidade 
 
Logo após que a esfera é solta na parte superior do cilindro preenchido com o fluido, 
são atuadas algumas forças representadas na Figura 3. 
 
 
6 
 
 
Figura 3 – Representação das forças atuantes na esfera quando submersa em um fluido 
 
Nota-se que a força gravitacional, pode ser representada pela Equação (5), a seguir. 
 
 , (5) 
 
onde Me é a massa da esfera e g é a aceleração da gravidade. 
O empuxo é dado pela Equação (6), sendo que o volume da esfera é 
 
 
. 
 
 g, (6) 
 
onde r é o raio da esfera e é a densidade do fluido. 
A densidade de qualquer material pode ser dada pela seguinte Equação (7). 
 
 
 
 
, (7) 
 
onde m é massa do material, V é o volume de tal material. 
A força gravitacional expressa na Equação (5), pode ser reescrita a partir da densidade 
da esfera conforme a Equação (8). 
 
P = (4/3) r³ eg, (8) 
 
 
 
7 
 
onde e é a densidade da esfera. 
Nas condições do equilíbrio dinâmico, temos que: 
 
 Fvisc, (9) 
 
onde Fvisc é a força viscosa do material. 
Nessas circunstancias, a força resultante pode ser escrita através da Equação (6) e da 
Equação (8), como: 
 
 (10) 
 
Outra força submetida na esfera é a força de viscosidade descrita na Equação (11). 
 
 , (11) 
 
onde é a viscosidade do fluido, V é a velocidade da esfera e r o seu raio. 
No instante em que a velocidade da esfera torna-se constante, acontece o equilíbrio 
entre as forças no objeto, anulando a força resultante. A viscosidade pode ser obtida da 
Equação (10) e da Equação (11) considerando que a força resultante é igual à força 
viscosa de acordo com a Equação (9), ou seja: 
 
 
 
 
 (12) 
 
A Equação (12) é válida para condições bem determinadas, onde o número de Reynolds 
da esfera não seja muito grande (Re < 1). 
Para determinar a viscosidade dinâmica através da Equação (12), é necessário 
determinar a velocidade limite, dada a seguir. 
 
 (13) 
 
onde é a distância percorrida pela esfera e é o tempo que ela levou para deslocar. 
 
 
 
8 
 
A parede do tubo de vidro exerce uma força extra de resistência, que pode influenciar 
no resultado final da viscosidade. Para isso é necessário levá-lo em consideração, onde 
uma correção deve ser aplicada aos valores das velocidades limites. A correção é dada 
por 
 
 , (14) 
onde 
 
 
. 
 
 
3.2 - Propagações
de Erros 
 
Para o erro do volume de esfera, é necessária a propagação de erro conforme a Equação 
(15). 
 
 
 
 
 (15) 
 
Para que seja efetuado o erro da massa especifica, será necessária a propagação a qual é 
expressa na Equação (7) 
 
 (16) 
O erro da velocidade pode ser calculado pela expressão de propagação de erros que se 
segue na Equação (17), expressa a seguir. 
 
 (17) 
 
A propagação do erro para as variáveis relacionadas à Equação (12) da fórmula da 
viscosidade é dada pela Equação (18). 
 
 
 
9 
 
 (18) 
 
 
 
4 - Materiais Utilizados 
 
 Fluido detergente; 
 Paquímetro (±0,05)mm ; 
 Tubo de vidro; 
 Picnômetro de (50±0,01)ml; 
 Cronômetro (±0,01)s ; 
 Esfera de aço; 
 Termômetro (± 0,5)ºC ; 
 Balança semi –analítica (± 0,01)g ; 
 e régua (±0,5)mm. 
 
5 – Procedimentos 
 
A princípio afere-se o diâmetro da esfera de aço e do diâmetro da proveta com o auxílio 
do paquímetro. Em seguida mede-se a massa da esfera e a temperatura do fluido 
detergente. Posteriormente, marca-se com a régua ao tubo a posição inicial e final que a 
esfera irá percorrer e após marcar os pontos solta-se a esfera dentro do tubo. Anota-se o 
tempo que a esfera leva para percorrer as posições destacadas no tubo, onde esse 
procedimento é repetido cinco vezes e os tempos anotados e disponibilizados na Tabela 
1. 
O picnômetro foi pesado, vazio, em uma balança semi-analitica e posteriormente foi 
preenchido com o fluido detergente. Afere-se a massa do picnômetro juntamente com o 
fluido, e pela diferença de massa do picnômetro é possível saber a massa do fluido. 
 
6- Dados 
 
 
10 
 
 
Com as medidas realizadas, obtiveram-se os seguintes dados: 
 Diâmetro da esfera: (0,61±0,005)cm 
 Diâmetro interno do tubo: (3,14±0,005)cm 
 Massa da esfera: (1,045±0,01)g 
 Massa do picnômetro: (32,48±0,01)g 
 Massa do picnômetro com o fluído: (87,27±0,01)g 
 Variação de altura no tubo: (30±0,05)cm 
 Temperatura do Fluido: (20,5± 0,5)ºC 
 Viscosidade dinâmica do detergente na literatura: 0,25 Ns/m² 
Medida Tempo (±0,01)s 
1 2:16 
2 2:13 
3 2:10 
4 2:19 
5 2:21 
Tabela 1 – Tempo em que a esfera levou para percorrer a altura determinada. 
 
7 - Análises de dados 
 
Para encontrar a viscosidade absoluta necessitou-se calcular mais algumas medidas, 
entre elas é o tempo médio. Através da Tabela 2 é possível calcular o tempo médio de 
queda da esfera pela distância delimitada no tubo. 
Tempo (±0,01)s Tempo Médio (±0,01)s 
02:16 
 
02:16 
02:13 
02:10 
02:19 
02:21 
Tabela 2 - Média dos tempos de queda da esfera. 
É possível calcular a massa de fluido pela diferença do picnômetro acrescido de 
detergente e do picnômetro vazio, conforme abaixo. 
 
 
11 
 
 
 
Encontrou-se o volume da esfera através da fórmula 
 
 
 conforme abaixo. 
A incerteza é calculada pela Equação (15). 
 
Sabendo o volume da esfera e a sua massa, calculou-se sua massa específica pela 
Equação (7) e a incerteza pela Equação (16). 
 
De forma semelhante calculou-se a massa específica para o detergente, encontrando o 
valor abaixo. 
 
Calculou-se a velocidade corrigida conforme a Equação (14) e a incerteza pela Equação 
(17) obtendo o seguinte valor: 
 
Através da Equação (12) e da (18) é possível calcular a viscosidade do detergente e sua 
incerteza, adotando gravidade g=10m/s². 
 
 
8 – Conclusões 
 
De acordo com os resultados obtidos através dos cálculos do experimento, 
verificou-se que a viscosidade calculada foi de 0,69 Ns/m
2
 e que se divergiu da 
viscosidade encontrada na literatura que é de 0,25 Ns/m
2
. Esse desvio pode ser 
decorrente da temperatura em que o detergente líquido se encontrava, um mau manuseio 
do cronômetro e consequentemente uma má observação dos pontos de referência 
estipulados no tubo de vidro. 
 
 
12 
 
Um dos parâmetros mais indicados para se determinar de forma correta a 
viscosidade do fluido é ter uma maior quantidade de fluido e uma maior distância em 
relação aos referenciais estipulados, pois quanto maior for essa distância menor será o 
erro. Outra forma de se melhorar o experimento seria utilizar esferas com superfícies 
mais lisas e pequenos diâmetros, pois quanto maior e mais pesada for a esfera, mais 
rápida esta se deslocará no fluido e consequentemente mais difícil será a observação do 
tempo em que leva para deslocar. 
 
9 - Referências Bibliográficas 
 
[01] FRANCO, BRUNETTI. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Prentice Hll, 2005. 
[2] VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria dos erros. 2.ed. rev. Sao Paulo: Edgard 
Blucher, 1996. xi, 249p. 
 [3] USP – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Determinação de coeficiente de 
viscosidade de líquidos: método de viscosímetro 
de Ostwald e método de Stokes. Disponível em: < 
http://macbeth.if.usp.br/~gusev/Experimento3.pdf >. Acesso em 06 de Novembro de 
2013. 
[4] WIKILIVROS. Viscosímetros por escoamento. Disponível em: < 
http://pt.wikibooks.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos/Viscos%C3%ADmetros_p
or_escoamento>. Acesso em 06 de Novembro de 2013.

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