Prévia do material em texto
Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Hepatites Virais Prof. Alexandre V. Schwarzbold Universidade Federal de Santa Maria Curso de Medicina Disciplina de Doenças Infecciosas Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * “Hepatite viral é uma doença necro-inflamatória cujo alvo principal é o hepatócito” Introdução Problema de saúde pública * * * QUADRO HISTOLÓGICO DAS HEPATITES AGUDAS Acometimento global de todo parênquima hepático Alteração dos hepatócitos com extensão variável De acordo com a gravidade e a fase evolutiva da doença: Degeneração Necrose Regeneração Infiltrado inflamatório portal e lobular * * * INTRODUÇÃO CAUSAS Ingestão abusiva de bebidas alcoólicas Infecções bacterianas, fúngicas, por protozoários Ação de medicamentos hepatotóxicos Ação de agentes químicos hepatotóxicos Ação de células citotóxicas (auto-imune) Infecções virais : HCMV, HSV, FA, VH A,B,C,D,E + VH F,G,TT. * * * A B C Herpes vírus EBV CMV Enterovírus Adenovírus Febre amarela Vírus hepatotrópicos Outros vírus Hepatites virais: agentes etiológicos D E G TT * * * 47% 34% 16% 3% Hepatite A Hepatite B Hepatite C Hepatite Não-AG * CDC: Sentinel Counties Study on Viral Hepatitis Hepatite viral aguda: EUA (1982 – 1993) * * * HISTÓRICO Hepatites Icterícia Babilônia Relatos de Hipócrates (século V AC) …. OMS (1953): hepatites A e B (antigas Hepatite Infecciosa e Hepatite Sérica) 1955: Hepatite E 1970: antígeno nuclear Delta, 1983: Hepatite D 1989: Hepatite C * * * CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA * * * * * * Hepatite A capsídeo icosaédrico não envelopado * * * HAV: estrutura e classificação Capsídeo icosaédrico 27-32 nm Sem envelope RNA ss+ (750 nucleotídeos=7,5 Kb) Genoma: duas regiões 5’ e 3’não codificadoras, e uma longa ORF (open read frame) codificadora: 11 proteínas VPg : clivada nos segmentos P1, P2, P3 Segmento P1 = proteínas estruturais VP1, VP2, VP3 (capsômeros), VP4 (RNA), 2A (capsídeo) Segmentos P2 e P3 = proteínas não-estruturais 2B (permeabilidade membranas), 2C (replicacão genoma), 3A (ancoragem 3B e 3D), 3C (protease), 3D (polimerase RNA dependente) Família Picornaviridae Gênero Hepatovirus HAV - Sorotipo único Reservatório único: seres humanos * * * Vírus da hepatite A Incubação: 15 a 50 dias (média 30d) Genótipos: I*, II*, III*, IV, V, VI, VII* (*isolados em humanos) * * * Viral Hepatitis and Liver Disease 1984; 9 -22 J Infect Dis 1989;160: 887-890 Fezes Sangue Saliva 100 102 104 106 108 1010 VHA: concentração nos fluídos corporais Cópias/mL Modo de transmissão * * * Alimentos ou água contaminados Contato pessoal íntimo (domicílio, creches) Hepatite A: transmissão fecal-oral Exposição sangüínea (rara) (usuário de drogas, transfusões) * * * Prevalência do anti-VHA Alta Intermediária Baixa Muito baixa Distribuição geográfica do VHA * * * HEPATITE VIRAIS POR FAIXA ETÁRIA DISTRITO FEDERAL 2003 Crianças: transmissão Idade da vacinação * * * HEPATITE A: Patogênese Incubação: 4 semanas (2-6) Cavidade Oral Trato GI Fígado via sangue Replicação nos hepatócitos (poucos danos celulares) liberação via bile intestinos 7-10 dias antes do aparecimento dos sintomas clínicos Danos hepáticos e síndrome clínica resultam da resposta imune e não do efeito citopático direto do virus HAV * * * HEPATITE A: clínica DOENÇA AGUDA COM: Aparecimento discreto dos sintomas (exs. febre baixa, fadiga, dores abdominais, perda de apetite, náuseas, vômitos) Icterícia ou níveis elevados das aminotransferases séricas, urina escura castanho-avermelhada, fezes amarelo-esbranquiçadas Adultos são geralmente mais sintomáticos Complicações são raras: hepatite fulminante / colestática Muitos casos se resolvem espontaneamente em 2-4 semanas Recuperação completa: 99% dos casos * * * Hepatite A: quadro clínico Assintomática Anictérica Ictérica Colestática Polifásica Prolongada Manifestações extra-hepáticas Fulminante Sintomática 1 a 2 anos: 85% assintomáticos 3 a 4 anos: 50% assintomáticos > 5 anos: 20% assintomáticos Adolescentes e adultos jovens: 3% a 20% assintomáticos < 6 6 -14 >14 Idade (anos) 10% 40% a 50% 70% a 80% I c t e r í c i a * * * Hepatite A: quadro clínico Diarréia, dor abdominal, esplenomegalia, fadiga, febre, hepatomegalia, mal-estar, mialgia, náuseas e vômitos. Anictérica * * * Hepatite A: quadro clínico Colestática Icterícia e prurido ALT – AST GGT – FA Bilirrubinas * * * Hepatite A: quadro clínico Manifestações extra-hepáticas Anemia aplástica, artralgia trombocitopenia, púrpura de Henoch-Schönlein, Guillain-Barré, mononeurite, pancreatite, artrite, meningoencefalite, crioglobulinemia, vasculites e exantema. * * * Hepatite A: quadro clínico 1 a 3 meses do início da doença (0,14% a 6%) Polifásica * * * Hepatite A: evolução Insuficiência hepática fulminante Não cronifica * * * 35% 3% 2% 60% Hosp. Juan P. Garrahan Ciocca, maio 2001 Etiologia: insuficiência hepática aguda Tóxica Auto-imune Hepatite A Indeterminada * * * Hepatite A: diagnóstico Inespecífico Específico ALT - AST FA - GGT Albumina - TAP Inflamação/necrose Colestase Função hepática Anti - VHA RNA - VHA IgM: Infecção atual recente IgG: Infecção pregressa Imunidade permanente * * * 0 1 2 3 4 5 6 12 24 Meses após a exposição Sintomas VHA fezes ALT Anti-VHA - IgG Anti-VHA IgM Diagnóstico: anti- VHA * * * IgM anti- HVA VHA fezes 0 2 4 6 8 10 12 14 IgG anti- VHA sem Hepatite A Viremia ALT Recaída 2 4 6 8 10 Log10 VHA * * * Hepatite A Diagnóstico de hepatite A: IgM – VHA: infecção aguda IgG – VHA: contacto com o vírus PCR- VHA: infecção aguda Hepatite A prolongada- associação com HLA DRB1*1301 Fainboim et al., Hepatology 2001;33:1512 * * * EVENTOS DA INFECÇÃO PELO HAV FONTE: Pereira & Gonçalves (2003) * * * EVOLUÇÃO DA HEPATITE A FONTE: Pereira & Gonçalves (2003) * * * Hepatite A: tratamento Suporte Repouso: relativo Dieta: habitual para a idade Internação hospitalar: vômitos incoercíveis, distúrbios hidroeletrolíticos, coagulopatias e insuficiência hepática fulminante. Sintomáticos IFH: transplante hepático * * * PREVENÇÃO A prevenção inclui a utilização de água fervida ou clorada, e consumo de alimentos cozidos Deve-se lavar as mãos com água e sabão antes das refeições Vacinação (pré-exposição) * * * Hepatite A: Prevenção Vacina contra hepatite A * * * Hepatite A: Diferentes cepas Sem variação significativa na conformação do epítopo que determina a neutralização do vírus. Imunidade * * * * * * * * * Hepatite B Família: Hepadnaviridae Medida: 42nm Genoma: DNA - 3200 pares de bases 07 genótipos: A, B, C, D, E, F, G e H Incubação: 45 a 180 dias (média de 60 a 90 dias) 42 nm 22 nm O vírus da hepatite B * * * HBV: estrutura e classificação Família Hepadnaviridae Gênero Hepadnavirus Virus envelopado DNA ds incompleto Circular Vírion = partícula de Dane Virus estável, muito resistente, o que o torna bastante infeccioso ! * * * Três tipos de partículas de natureza lipoproteíca: Partícula de Dane1 = vírion 42nm, completa, simetria icosaédrica Duas outras sem material genético, resíduos membranas células contaminadas, contendo o HBsAg Estrutura esférica2 22nm, proteína : lipídeo (1:1) Estrutura tubular3,200nm >>> conteúdo lipídico * * * DNAds circular incompleto Complexo da polimerase Estruturas gênicas: S, C, P, X GENE S: codifica proteínas das espículas do envelope externo (HBsAg), tb participa na adsorção do HBV às membranas dos hepatócitos GENE C: codifica Ag core (HBcAg) capsídeo + HBeAg (Ag solúvel, não-estrutural). Ambos Ag induzem produção de IgM e IgG, anti-HBcAg, anti-HBeAg (soro pcts HBV+) GENE P: codifica polimerase (duplicação DNA e TR) GENE X: codifica proteína X transativadora da transcrição viral ~ replicação (transcrição DNA do HBV) * * * Estados Unidos 1- 2% Europa Ocidental 1- 2% Rússia 1- 2,4% Total Global : 300 a 400 milhões de portadores Brasil 1- 2,4% América Central <1,0% China 2,5 - 4,9% Austrália <1,0% Japão 1- 2% África 1- 10% Oriente Médio 1- 2,4% Índia 1- 2,4% Gabão >10% Bolívia >10% Canadá <1,0% Epidemiologia: Prevalência do vírus da hepatite B Distribuição mundial Prevalência >8% - Alta 2-7% - Intermediária <2% - Baixa Reservatório: disseminação * * * Sangue Exsudatos Urina Fezes Suor Lágrimas Leite materno Hepatite B: transmissão Concentração elevada Concentração baixa Sêmen Fluído vaginal Saliva Concentração moderada Crianças Parenteral Sexual Horizontal Vertical Novo perfil epidemiológico * * * Contágio: Intra-útero: 5% No momento do parto: 95% Vias de transmissão perinatal * * * Prevalência dos marcadores do VHB por áreas de endemicidade AgHBs+ 0,1-1% 2-7% 8-15% Infecção passada 4-15% 16-55% 40-90% Infecção perinatal rara comum comum (<10%) (10-20%) (30-50%) Infecção infância rara comum muito comum (<10%) (10-60%) (>60%) Infecção adolescência comum comum incomum e adultos (70-90%) (20-50%) (10-20%) Baixa Intermediária Alta * * * Endemicidade Idade de contaminação Hepatite B: transmissão Clínica Evolução * * * FASES Período de incubação: 60-90 dias (45-180 dias) Fase pré-ictérica ou Fase prodrômica : quando surgem os primeiros sintomas inespecíficos (3-10 dias): mal-estar generalizado, cansaço, falta de apetite, febre baixa, rash cutâneo, dores de cabeça, musculares e nas articulações ,a urina se torna escura 1-2 dias antes de aparecer a icterícia Fase ictérica (1-3 semanas): icterícia, hepatomegalia, bilirrubinemia, bilirrubinúria, fezes claras (massa de vidraceiro), aumento das transaminases Fase de convalescença ( semanas-meses): os sintomas começam a desaparecer gradativamente. Recuperação total: 95% casos * * * Hepatite B: quadro clínico Assintomática Anictérica Ictérica Colestática Manifestações extra-hepáticas Fulminante Sintomática <10% 30 a 50% < 5 > 5 Idade (anos) Icterícia * * * EVOLUÇÃO DA HEPATITE B Morte < 5 anos 30-90%; > 5 anos 2-10% * * * Hepatite B: evolução e complicações Hepatite B Cura IHF: óbito Crônica Aguda Cirrose CHC Principais complicações em crianças * * * Hepatite B na infância: grande proporção de hepatite B crônica. C R O N I C I D A D E Hepatite B: risco de evolução para cronicidade 90% 6 a 10% * * * Sintomas Infecção crônica Idade da infecção (%) (%) Nascimento 1-6 meses 7-12 meses 1-4 anos Crianças maiores adultos 0 20 40 60 80 100 100 80 60 40 20 0 Hepatite B: clínica X cronicidade X idade * * * Citocinas Apoptose APC CTL Ig HBV Clearance Citocinas CD4 Class II CD8 Class I TH Céls B Céls NK, NKT HBV Hepatócitos VHB - Imunopatogênese Céls. não especificas e inflamatórias Citotoxicidade direta ? * * * Resposta imune adequada Fase aguda exuberante Cura: 90 a 95% (adultos) Resposta imune inadequada Fase aguda assintomática ou subclínica Cronificação Hepatite B: evolução * * * Resposta celular e humoral Presentes, porém insuficientes HBsAg+ > 6meses ALT Infecção < 5 anos Fator de risco Lesão hepática crônica Cirrose CHC Hepatite B crônica * * * Hepatite B: evolução INTENSA Lise e apoptose imunomediada dos hepatócitos Cura Hepatite fulminante Óbito Hepatite crônica Não relata fase aguda no passado Baixa Lise e apoptose imunomediada dos hepatócitos * * * Adultos: fases da infecção Clearance viral Cronificação * * * DNA VHB: presença do VHB Hepatite B: diagnóstico Anticorpos: anti-HBs: cura anti-HBc: contato - VHB anti-Hbe: replicação Antígenos: HBsAg: presença do VHB HBcAg HBeAg: replicação viral Sorologia Biologia molecular * * * HBsAg - infecção aguda ou crônica Anti-HBs - imunidade pós-infecção ou pós vacina HBeAg : > replicação viral : > risco de transmissão do VHB Anti-HBe : < replicação viral : < risco de transmissão do VHB Anti-HBc - infecção aguda, crônica ou resolvida Anti-HBc IgM - infecção aguda ou recente, - diagnóstica durante a “janela imunológica” - reativação viral Hepatite B Diagnóstico * * * Título Sintomas HBeAg anti-HBe anti-HBc total IgM anti-HBc anti-HBs HBsAg 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100 Hepatite B aguda: cura Semanas após a exposição * * * * * * IgM anti-HBc anti-HBc total HBsAg Aguda (6 meses) HBeAg Crônica (anos) anti-HBe 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 Anos Hepatite B: cronificação Semanas após a exposição Título * * * HBsAg+ > 6meses ALT Hepatite crônica Cirrose CHC Hepatite B crônica: seguimento Anual: Ecografia abdome AFP Sorologia Enzimas hepáticas TAP Proteinograma * * * 0 12 24 months With flares and normalization Without flares With flares and without normalization 73 pts ( 44.5% ) 59 pts ( 36.0% ) 32 pts ( 19.5% ) Asymptomatic flare-up : 90% of cases A L T Flare-up yearly frequency : once 57.1% twice 20% < once 22.8% * * * Prevenção das complicações tardias (cirrose). < índice de evolução para HCC Hepatite B: objetivos do tratamento Diminuir ou cessar a replicação viral Induzir: portador inativo (Perda do AgHBe / seroconversão anti-HBe) Erradicar a infecção. Clareamento do DNA –VHB Perda do AgHBs Normalizar as enzimas e a histologia Diminuir inflamação e fibrose Evitar a integração do HBV-DNA * * * Quem deve ser tratado? Benefícios Riscos Probabilidade de resposta sustentada Gravidade da doença hepática Efeitos adversos Idade do paciente Co-morbidade Custos Resistência à drogas * * * Curar a infecção Diminuir risco Cirr/HCC Modular soroconversão Encurtar período de inflamação HBeAg+ Diminuir taxa de HC HBeAg(-) Suprimir replicação HBeAg- Hepatite B: tratamento Objetivos * * * * * * Idade > 2 anos AgHBs + > 6 meses AgHBe+ e/ou DNA-VHB + > 4 log ALT > 2x em pelo menos 2 determinações intervalos > 30 dias e nos últimos 6 meses Biópsia hepática (> A1/2(?) e/ou > F2 Metavir/Sociedade Brasileira de Patologia) DNA-VHB(-) HBeAg (-) soroconversão antiHBe Conceito de resposta ao tratamento Hepatite B: critérios de tratamento * * * IFN Lamivudina Adefovir Antiviral Inmunomodulador Inibe a replicação do DNA-VHB Bloqueia a DNA polimerase Hepatite B crônica: indicações do tratamento Hepatite crônica ALT alterada (> 2x/normal) Biópsia: atividade Análogo nucleotídeo Opções ou * * * Tratamento com que medicamento, e por quanto tempo ? Benefícios a longo prazo Riscos a longo prazo Eficácia Duração da resposta Efeitos adversos Contra-indicações Facilidadede administração Duração do tratamento Custos da terapia e monitorização Resistência à drogas * * * A infecção em crianças, por sua elevada taxa de evolução para cronicidade, é o principal fator de persistência do VHB na população geral * * * Mudando a evolução natural Mãe HBsAg Cirrose e CHC VACINA HBIG (12 horas) > 90% < 5% Hepatite B: profilaxia da transmissão perinatal - Se você está grávida: triagem - Se você está infectada:vacine seu bebê !!! American Liver Foundation * * * A Hepatite B pode ser prevenida! * * * * * * Hepatite C Família: Flaviviridae Medida: 30 a 60nm Genoma: RNA O vírus da hepatite C * * * HCV: estrutura e classificação Família Flaviviridae, Gênero Hepacavirus Vírus envelopado, 60nm, RNAss+ 9,5kb Reservatórios: homens e chimpanzés 6 genotipos e vários subtipos/prevalência geográfica: classificação feita com base na alta variabilidade das glicoproteínas do envelope G1a: Américas do Sul e Norte, Austrália G1b: Europa e Ásia G2a: Japáo e China G2b: EUA e norte Europa G3: Austrália e sul Ásia G4: África Setentrional e Central, Oriente Médio G5: África do Sul G6: Sudoeste asiático * * * HCV: genoma 1 ORF codifica poliproteína 3010-3033 Aa * * * O vírus da hepatite C Região hipervariável * * * Vírus da hepatite C: alta taxa de mutações Árvore filogenética da seqüência nucleotídica da região NS5 do HCV. (Fontes: SIMMONDS et al., 1993; SIMMONDS, 1995) Genótipos Subtipos Quasispécies Alto índice de cronificação (85%) Escape do sistema imune * * * PREVALÊNCIA GLOBAL 170 milhões no mundo 3% da população mundial 3 a 4 milhões a cada ano Grupos peculiares mais expostos Indicação mais comum de transplante hepático no mundo 30% dos pacientes HIV 10 – 20% dos pacientes em diálise * * * PREVALÊNCIA GLOBAL POPULAÇÃO GERAL EUA: 0,17 – 1,4% BRASIL: 0,8 – 3,4% ARGENTINA: 0,5 – 2,8% MÉXICO: 0,1 – 1,5% VENEZUELA: 0,6 – 1,2% EGITO: 17-26% * * * Casos novos:1 a 3 /100.000 pessoas/ano Estados Unidos 0,1-1,4% Europa Ocidental 0,6-2,4% Total Global : 170 milhões de portadores crônicos Brasil 1- 3% América Central 0,3-1,7% Japão 1- 2% África 4- 8% Egito 7,3-38,2% Chile 0,2-0,5% Canadá ? Rússia 1-5% Argentina 0,5-2,8% Grécia 2,5-7,5% Prevalência do vírus da hepatite C Causa mais comum de doença hepática crônica e transplante hepático em adultos * * * DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C * * * Distribuição geográfica: genótipos e subtipos * * * GENÓTIPO 6 GENÓTIPOS (1 a 6) > 100 SUBTIPOS (a,b,c) Conferindo difícil desenvolver vacinas e causando resistência aos medicamento 1, 2 e 3 mundialmente distribuídos 4 – África central e Oriente Médio 5 - Sul da África 6 – Vietnã, Macau, Hong Kong Genótipo 1 - mais prevalente em todo mundo, e no Brasil; - má resposta ao tratamento (1b); Genótipo 3 - mais prevalente no RS; - Maios prevalência dentre usuários de drogas. * * * PREVALÊNCIA – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL * * * PREVALÊNCIA – SANTA MARIA * * * Hepatite C: transmissão Parenteral Vertical Sexual * * * Transfusão de sangue ou derivados Hemodiálise (duração do tratamento) Transplante de doador infectado Uso de drogas injetáveis Acidentes de punção com agulhas Sexual Procedimento médico odontológico Tatuagem, manicure, piercing Domiciliar (barbeador, escova de dente, alicate, etc) Vertical (Mãe infectada) Infecção pelo VHC Modos de transmissão *Desconhecido – 40-50% casos * * * * * * FONTES DE INFECÇÃO Sexual 15% Outras 1%* Desconhecidas 10% Usuários drogas injetáveis 60% Transfusão 10% (antes da triagem) * Nosocomial; iatrogênica; perinatal Fonte: Ocupacional 4% Source: Sentinel Counties, CDC * * * All volunteer donors HBsAg Donor Screening for HIV Risk Factors Anti-HIV ALT/Anti-HBc Anti-HCV Improved HCV Tests (Adapted from HJ Alter and Tobler and Busch, Clin Chem 1997) Hepatite C pós-transfusional * * * Transmissão Ocupacional de HCV Ineficiente Incidência média de 1,8% seguido de acidente punctório de fonte HCV-positivo (agulha oca) Casos relatados de transmissão de respingo ocular; uma de exposição à pele não-íntegra Prevalência de 1-2% entre trabalhadores de saúde Menor que adultos da população em geral 10 vezes menor que na infecção por HBV * * * HCV Relacionados à Procedimentos de Cuidado em Saúde – EUA Identificado no contexto de surtos Hemodiálise Enfermaria hospitalar Atenção em saúde privada Tratamento domiciliar Práticas de injeção inseguras Reuso de seringas e agulhas Vias de medicação contaminadas * * * Transmissão Perinatal de HCV Transmissão somente em mulheres HCV-RNA positivo no parto Taxa média de infecção 6% Maior (17%) se a mulher estiver co-infectada com HIV Viremia ? Não associado com: (?) Tipo de parto Amamentação * * * Transmissão sexual de HCV Estudos caso-controle e transversal Parceiro infectado, múltiplos parceiros, sexo precoce, sexo inseguro, sexo com trauma e outras DSTs. HSH não apresentam maior risco que heterossexuais Estudos com parceiros Baixa prevalência (1.5%) entre parceiros de longo tempo Transmissão homem-mulher mais eficiente mais indicativo de transmissão sexual * * * Transmissão sexual de HCV Ocorre , mas é eficiência baixa Raro entre parceiros estáveis de longo tempo Fatores que facilitam a transmissão entre parceiros desconhecidos (ex.viremia) Consiste de 15-20% das infecções agudas e crônicas nos EUA * * * Hepatite C - História Natural Cura (15%) Hepatite Aguda Crônica (85%) Cirrose (20%) CHC (4% / ano) (Seef, 2002) * * * EVOLUÇÃO DA HEPATITE C Incubação:6-8-semanas 75-80% assintomáticos Infecção aguda: icterícia LEVE Indice fatalidade: baixo (<1%) Infecção crônica: 60-85% Hepatite crônica: 10-70% Cirrose: <5%-20% Mortalidade: 1%-5% * * * HEPATITE C CRÔNICA Fatores promotores de progressão ou severidade: Alto consumo de bebidas alcoólicas > 40 anos no momento da infecção Co-infecção com HIV Co-infecção crônica com HBV Sexo masculino * * * Vírus da Hepatitis C - Imunopatogênese APC CTL Ig VHC Hepatócitos Citocinas CD4 Class II CD8 Class I TH Cél. B HCV * * * Citocinas APC CTL Ig VHC Hepatócitos Citocinas CD4 Class II CD8 Class I TH Cél. B HCV Vírus da Hepatitis C - Imunopatogênese Céls. não especificas e inflamatórias * * * Citocinas CTL Ig VHC Hepatócitos Citocinas CD4 Class II CD8 Class I TH Cél. B Apoptose ou citopática replicação Esteatose HCV Clearance viral Vírus da Hepatitis C - Imunopatogênese APC Céls. não especificas e inflamatórias * * * Hepatite C - cronicidade Definição >6 meses desde detecção RNA VHC+ >3 anos desde inóculo RNA VHC+ Adultos Crianças Mínima ou NULA possibilidade de cura espontânea * * * Hepatite C: quadro clínico Assintomática Anictérica Ictérica Manifestações extra-hepáticas Fulminante (rara) Sintomática * * * APRESENTAÇÃO Fase aguda: desapercebida Transaminases flutuantes 30% transaminases normais TGO > TGP sugere evolução para cirrose Níveis de transaminases não se correlacionam com gravidade histológica da doença * * * (19–54%) (2-3%)= vasculite CALCINOSE CUTANEA, RAYNAUD’S, DESORDEM MOTILIDADE ESOFÁGICA, ESCLERODACTILIA, TELANGIECTASIA * * * DIAGNÓSTICO ELISA Anti-HCV Sensibilidade 50-70% na infecção aguda Sensibilidade 97% após 6m Indica exposição Não confirma a presença do VHC Janela: 8-10 semanas Útil para triagem * * * SCREENING INDICADO EM GRUPOS DE RISCO Usuáriosde drogas injetáveis Portadores de HIV Transfusão sangüínea antes de 1992 Hemofilia que receberam transfusão antes de 1987 Exposição percutânea Profissionais da área de saúde American Gastroenterology Association, Gastroenterology, 2006 * * * DIAGNÓSTICO Qualitativo: PCR RNA Mínimo período de janela: 1-2 semanas Sensibilidade 90% Especificidade próxima a 100% Confirmar teste anti HCV indeterminado; Estabelecer diagnóstico – CONFIRMAÇÃO; Verificar resposta ao tratamento; Avaliar infecção em RN; Diagnóstico em imunodeprimidos. * * * DIAGNÓSTICO Quantitativo: CARGA VIRAL Não apresenta relação com gravidade da doença ou risco de progressão; Mas tem sido usada como fator preditivo de resposta ao tratamento; Em especial no 3º mês, indicando quem deverá continuar o tratamento no genótipo 1. * * * DIAGNÓSTICO Genotipagem Deve ser realizada em todos os pacientes que serão tratados; Determina quais drogas serão usadas e tempo de tratamento; Menor sensibilidade em imunocomprometidos. * * * USO DOS MARCADORES DO VHC Diagnóstico Tratamento Anti-VHC RNA qualitativo Genótipo RNA qualitativo RNA quantitativo - Hepatite C aguda - Hepatite C crônica Esquema de tto. Resposta ao tto. * * * DIAGNÓSTICO Biópsia Hepática Rotina para pacientes para o qual se cogita tratamento; Define a indicação do tratamento e possui valor prognóstico; Deve avaliar: Estágio da doença (fibrose) Grau de atividade inflamatória * * * CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DE METAVIR * * * Sintomas +/- Tempo após Exposição Nível Anti-HCV ALT Normal 0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 Anos Meses HCV RNA Hepatite C: cura * * * Sintomas +/- Tempo após exposição Nível Anti-HCV ALT Normal 0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 Anos Meses HCV RNA VHC – Infecção crônica * * * Hepatite C: Tratamento * * * TRATAMENTO Objetivo Modificar o curso natural da doença Impedir a progressão para cirrose Os pacientes que deverão ser tratados são aqueles com maior chance de progressão da doença Aminotransferases elevadas Viremia positiva Inflamação ou fibrose hepática * * * TRATAMENTO Todos com anti-HCV e PCR positivo devem ser considerados para tto Contra-indicado em: Doença hepática descompensada Desordem psiquiátrica Severa citopenia hematológica Outras doenças metabólicas; Uso abusivo de substâncias; imunodeprimidos American Gastroenterology Association, Gastroenterology, 2006 * * * TRATAMENTO Todos os candidatos à tratamento devem realizar a carga viral e genótipo do vírus Todos devem realizar biópsia hepática Elevação de TGP não é requerida para terapia (exigida pelo ministério da saúde) Terapia é recomendada uniformemente para fibrose moderada à grave: ISHAK ≥ 3 METAVIR ≥ F2 American Gastroenterology Association, Gastroenterology, 2006 * * * TRATAMENTO Se leve doença histológica, a progressão é tão lenta que justifica apenas monitorização Porém para os genótipos 2 ou 3 a resposta ao tto é tão boa que justifica-se sem análise histológica American Gastroenterology Association, Gastroenterology, 2006 * * * RESPOSTA AO TRATAMENTO Reposta virológica sustentada Ausência de viremia Transaminases normais 6 meses após término do tto Objetivo do tratamento Associado a redução do processo inflamatório e da fibrose hepática Resposta com recidiva (HCV ou ALT) Não respondedores * * * INTERFERON ALFA Modulador da resposta inflamatória 3 milhoes UI SC 3 x SEMANA * * * INTERFERON PEGUILADO Associado a molécula de polietilenoglicol (PEG) mantém níveis mais estáveis 10MU /semana * * * RIBAVIRINA Antiviral associado ao esquema de tratamento com interferon em 1997 1000mg/dia para pacientes <75kg 1200mg/dia para pacientes >75kg * * * CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS Interferon Psicose atual ou passada Depressão grave Neutrófilos < 1.500 Plaquetas < 50.000 Transplantados Cardiopatia Cirrose descompensada Convulsões não controladas Ribavirina IRC terminal Anemia Cardiopatia severa Gravidez * * * EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO DA HEPATITE C 1998 1998 1998 McHutchison et al; Poynard et al Fried et al.,Hadziyannis et al.,Manns et al. Todos os genótipos 54 - 60% 41% 16% 6% 0 20 40 60 80 IFN 6m IFN 12m IFN/RBV 2004 PEG INF RBV * * * TRATAMENTO * * * INTERFERON EFEITOS COLATERAIS “Estado gripal”: febre, mialgia, cefaléia, calafrios, sudorese – RECOMENDA-SE PCT 750 mg 1h ANTES Granulocitopenia Trombocitopenia Alteração do humor: irritabilidade, depressão, mania suicida Perda de peso Diarréia Rash cutâneo Prurido Alopecia Parestesia Distúrbios da tireóide * * * RIBAVIRINA EFEITOS COLATERIAS Teratogênica Anemia hemolítica Tosse e dispnéia Prurido e rash Anorexia * * * PERCENTAGEM DE PACIENTES COM HCV NECESSITANDO MODIFICAÇÃO DE DOSE DEVIDO A NEUTROPENIA, TROMBOCITOPENIA, E ANEMIA. Manns MP, McHutchison JG, Gordon SC, et al. Peginterferon alfa-2b plus ribavirin compared with interferon alfa-2b plus ribavirin for initial treatment of chronic hepatitis C: a randomized trial. Lancet 2001; 358: 958–65. * * * RESPOSTA AO TRATAMENTO Resposta virológica sustentada Resposta bioquimica sustentada Resposta com recidiva (HCV ou ALT) Não respondedores Super respondedores * * * FATORES PREDITIVOS DE RESPOSTA Genótipo Viral Carga Viral Fibrose Sexo (homem) Idade Resposta Virológica Precoce Duração da infecção Consumo de álcool > 50g dia Coinfecção com HIV CD4< 200 * * * FATORES PREDITIVOS DE RESPOSTA * * * RETRATAMENTO COM INTERFERON PEGUILADO E RIBAVIRINA DURANTE 48 SEMANAS: Apresenta elevado índice de RVS em pacientes recidivantes, independente do genótipo viral. Em pacientes não respondedores o índice de resposta é elevado entre os portadores de genótipo 3. No genótipo 1 a utilização de doses de ribavirina ajustadas ao peso corporal parece aumentar a resposta e justificar o tratamento. * * * SITUAÇÃO ATUAL NÃO RESPONDEDORES RECIDIVANTES PEG-INF + RBV 40-50% OPÇÕES: Tratamento Prolongado Esquema tríplice Retratamento com troca de PEG-INF Terapia Manutenção Monoterapia com RBV * * * RETRATAMENTO COM PEG-INF HCV+ PEG ALFA 2A NÃO RESPONDEDOR PEG-ALFA 2B HCV+ PEG ALFA 2B NÃO RESPONDEDOR PEG-ALFA 2A 32% RVS em 31 pacientes Gitlin et al 2004 * * * CONCLUSÕES Hoje sem alternativa terapêutica claramente indicada para não respondedores ao tratamento com interferon peguilado e ribavirina; Monoterapia com ribavirina poderia ser aceita como paliativa em reduzir a atividade necro-inflamatória, mas seus efeitos em deter a progressão da doença não são conhecidos. * * * HEPATITE C PREVENÇÃO Atividade sexual monogâmica Não se recomenda preservativos Transmissão Vertical Não tem relação tipo-parto Não suspender amamentação Imunoglobinas Vacina Amamentação não está contra-indicada!!! * * * * * * HEPATITIS D VIRUS (HDV) HBsAg RNA Transmissão: Uso de drogas injetáveis e contato sexual * * * HDV : estrutura e classificação Família Deltaviridae, Gênero Deltavirus Vírus envelopado, 35-37nm, 1.700 nucleotídeos=1,7kb Menor vírus de mamíferos Vírus defectivo ou “agente sub-viral satélite”, que requer co-infecção com o HBV para sua replicação. Genoma RNAss - circular, complexado com o Ag Delta (proteína codificada pelo genoma do HDV) Envelope lipídico contém Ag superfície (HBsAg) codificado pelo genoma do HBV * * * DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE D * * * HEPATITE D: patogênese Mediação por resposta imune Existem 2 formas de hepatite D: S e C (S) Superinfecção com HBV: aquisição de hepatite D em portadorescrônicos de hepatite B (70-80% versus 15-30% pcts com HBV sozinho) (C) Co-infecção com HBV: * * * * * * HEPATITIS E VIRUS (HEV): estrutura & classificação Família Caliciviridae Vírus não-envelopado RNA ss + , 27-32nm, 7,5 kb Cultivo fastidioso, detecção com painel de Ac específicos (ELISA) Fonte de contaminação feco-oral: transmissão entérica * * * DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA HEPATITE E FONTE: OMS, 2004 Epidemias de hepatite E confirmadas > 25% das hepatites não ABC * * * HEV: EPIDEMIOLOGIA Causa doença similar à hepatite A, incubação 40 dias (15-60), evolução para cura, curso benigno, severidade doença >>>> idade, sem caráter crônico, mas que causa alta mortalidade (20%) em mulheres grávidas trimestres 2 e 3 (sem explicação) versus fatalidade geral 3% Casos esporádicos e epidemias (f ) consumo de água contaminada por fezes HEV+. Ex. India 2 milhões de novos casos/ano Casos HEV+ em viajantes para áreas endêmicas: beber somente água mineral, evitar uso de gelo, evitar comer alimentos crus (frutos do mar, vegetais e frutas) Brasil: mineiros da região Amazônica, pcts hemodiálise Inst.Infectologia SP, comunidades rurais e urbanas do município do RJ, RJ. * * * * * * Obrigado! Não cronifica IHF fulminante VACINA A Cronifica Profilaxia nos RN VACINA B Cronifica: 85% Evolução lenta, silenciosa e progressiva C * * * Back-Up * * * * * * * * * GENOMA DO HEV ORF-1: metiltransferase; domínios X, Y; cisteína protease; dobradiça de prolina; helicase;RNA polimerase-RNA dependente ORF-2: proteínas estruturais, sítio potencial de glicosilação ORF-3: sobreposta às ORFs 1 e 2, proteína com função ainda não definida * * * TRATAMENTO HVB FÁRMACOS IFN Limitada NÃO Subcutânea Possível SIM SIM US$ 3073 6m LAM Incerta mutante YMDD Oral NÃO Infreqüente NÃO US$ 599 12 m Duração tto Resistências Via Eliminação HBsAg Exacerbação Efeitos adversos Custo * * * Pico ALT precede a soroconversão anti-HBe Soroconversão pode ocorrer durante o Tratamento ou até 12 meses após sua suspensão Hepatite crônica B: tratamento com IFN * * * HEPATITE B: prevenção TRANSMISSÃO PERINATAL * * * Hepatite crônica B na infância Características: Maioria são assintomáticos Transaminases normais ou levemente aumentadas HBV- DNA elevado Lesão histológica leve/moderada * * * n= 185 crianças 1975 -1985 Cirrose 3 % H crônica 93 % Mín. Lesão 4 % Evolução 10 a 20 anos Biopsia inicial Hepatite B crônica: prognóstico em crianças * * * Mãe AgHBs +, AgHBe + , DNA+ risco de infecção- 90% 80-90% - portador crônico Mãe AgHBs +, anti-HBe + , DNA - risco de infecção- 10-30% alto risco de HA ou HF mutantes: selecionados durante a transmissão Hepatite B: transmissão perinatal * * * Evolução para cronicidade Imaturidade do sistema imunológico do RN Tolerância imunológica Passagem transplacentária do AgHBe materno: ausência de resposta específica ou tolerância das células T ao AgHBe e AgHBc Infecção pelo VHB no período neonatal * * * Quadro clínico em Recém-nascidos Grande maioria – assintomáticos 6% das crianças de mães anti-HBe+: hepatite aguda auto-limitada hepatite fulminante com alta mortalidade 2-3 meses de idade Broderick AL and Jonas MM. Semin Liver Dis 23:59-68, 2003 Infecção pelo VHB * * * DIAGNÓSTICO DA HEPATITE A A confirmação é feita através de exames sorológicos Detecção da presença de anticorpos IgM, que já podem ser detectados a partir do 7º dia do início dos sintomas IgG + 1-3 semanas depois: sugere infecção prévia ou vacinação * * * DIAGNÓSTICO DA HEPATITE B Os marcadores sorológicos surgem em tempos diferentes. Normalmente, o primeiro é o HBsAg (1-3 meses) = presença do HBV. Um pouco mais tarde (mas às vezes ao mesmo tempo) surge HBeAg = HBV está se multiplicando (> perigo de contágio). Só depois surgem os anticorpos: o primeiro é o anti-HBc; em seguida, se as defesas imunológicas estiverem funcionando corretamente, surge o anti-HBe, como resposta ao HBeAg = seroconversão. A multiplicação do vírus diminui e, se nada alterar o curso normal, desaparece o HBsAg e surge o anticorpo anti-HBs, que permanece no organismo para o resto da vida e confere imunidade. * * * DIAGNÓSTICO DA HEPATITE B Cont. A presença do HBeAg (>8 semanas) indica que a hepatite está entrando numa fase crônica. A permanência do HBsAg (+seis meses) confirma a cronicidade A realização de biopsia hepática pode ser necessária quando há indícios do HBV por + 6 meses, para avaliar a gravidade das lesões do fígado. Como a infecção crónica pelo HBV é uma doença sexualmente transmissível, deve-se realizar testes para detectar a eventual presença do HIV. * * * DIAGNÓSTICO DA HEPATITE D AGUDA: hepatite delta é uma forma rara, 90% dos casos está relacionada com a toxicodependência intravenosa. Existem dois marcadores para a hepatite D: IgM anti-delta e anti-delta total. Eles são + nas duas formas de hepatite D (S & C), mas habitualmente com um título superior na superinfecção (S). CRONICA: só existe hepatite delta em pacientes HBsAg +. Portanto,o anticorpo anti-delta (anti-VHD) deve ser pesquisado em todos os pcts HBsAg +. A suspeita de hepatite crónica delta é baseada na + do anti-VHD e do IgM anti-delta. Quase todos os doentes com hepatite delta apresentam tb o anti-HBe +. É também possível a determinação do Ag delta no tecido hepático. * * * DIAGNÓSTICO DA HEPATITE C ELISA- teste sorológico, que é usualmente + em 2-5 meses após a infecção Hoje: Testes com 99% especificidade e sensibilidade Testes confirmatórios: PCR (+1-2 semanas PI) quanti- e qualitativo RIBA (recombinant immunoblot assay)- busca 2 ou + anticorpos aos antígenos do HCV viral antigens Antes do tratamento fazer a genotipagem * * * Transmissão domiciliar de HCV Raro mas não ausente Pode ser exposição percutânea/mucosa Equipamento contaminado usado para tratamento Teoricamente através da partilha de artigos pessoais contaminados * * * Vírus da Hepatite C - Replicação Entrada Lipoproteinas * * * Entrada “uncoating” Translação E1-E2 NS4B E1 C NS3/4A NS2 NS5B NS5A Chaperones núcleo Lipoproteinas E2 ER ER Vírus da Hepatite C - Replicação * * * Entrada “Uncoating” Replicação Translação E1-E2 NS4B + Progeny genome E1 C NS3/4A NS2 NS5B NS5A Chaperones Núcleo Lipoproteinas E2 ER ER Vírus da Hepatite C - Replicação * * * Entrada “Uncoating” Replicação Translação Saída E1-E2 NS4B + Progeny genome Montagem E1 C E1-E2 Golgi NS3/4A NS2 NS5B NS5A Chaperones núcleo Lipoproteinas E2 ER ER Vírus da Hepatite C - Replicação * * * Local onde uma molécula do PEG se use à molécula de IFN alfa 2b Interferon alfa Antiviral Inmunomodulador Vida média: curta Dose: 3 MU/m2 3 vezes/semana Interferon pegilado União ao Polietilenglicol Aumenta tamanho Prolonga vida média 0 24 48 72 96 120 144 165 horas 0 10 30 10 100 1000 pg/ml UI/ml IFN Peg-IFN Peg-IFN alfa 2b: 1.5 µg/kg Peg-IFN alfa 2a: 90-180 µg * * * Hepatite C: objetivos do tratamento Eliminar os sintomas Eliminar o vírus Interromper a progressão da doença Retardar a progressão fibrose Prevenir descompensação Prevenir CHC (Worman, 2002; Peters, 2002) * * * Tratamento Idade: > 2 anos ? > 3 anos 50 % Genótipo 2 ou 3 Genótipo 1 25 % IFN+Ribavirina 100 % 52 % IFN- Contra-indicações idem aos adultos % RVS * * * Crianças (vertical): fase de tolerância imune Soroconversão espontânea: baixa < 2%/ano das crianças < 3 anos 4 a 5 %/anodas crianças > 3 anos 4 6 Hepatitis A is caused by HAV, a 27-nm ribonucleic acid (RNA) agent that is classified as a picornavirus. Only one serotype has been observed among HAV isolates collected from various parts of the world. HAV causes both acute disease and asymptomatic infection. HAV does not cause chronic infection. Total antibody to HAV develops in response to infection and confers lifelong immunity from future HAV infection. 16 9 IgM pode ser fugaz Anti-VHA é neutralizante Imunidade permanente The diagnosis of acute HAV infection is confirmed during the acute or early convalescent phase of infection by the presence of IgM antibodies to HAV (IgM anti-HAV). IgM anti-HAV is generally present 5-10 days before the onset of symptoms and is no longer detectable in the vast majority of patients 6 months later. IgG anti-HAV, which also appears early in the course of infection, remains detectable for the lifetime of the individual and confers lifelong protection against infection. Commercial tests are available for the detection of IgM and total (IgM and IgG) anti-HAV in serum. In infected persons, HAV replicates in the liver, is excreted in bile, and is shed in the stool. Peak infectivity occurs during the 2-week period before onset of jaundice or elevation of liver enzymes, when the concentration of virus in stool is highest. The concentration of virus in stool declines after jaundice appears. Children and infants can shed HAV for longer periods than adults, up to several months after the onset of clinical illness. Chronic shedding of HAV in feces does not occur; however, shedding can occur in persons who have relapsing illness. Viremia occurs soon after infection and persists through the period of liver enzyme (alanine aminotransferase [ALT]) elevation. HAV RNA can be detected in the blood and stool of most persons during the acute phase of infection by using nucleic acid amplification methods, such as PCR, and nucleic acid sequencing has been used to determine the relatedness of HAV isolates. These methods, however, are available in only a limited number of research laboratories and are not used generally for diagnostic purposes. Figure 2-4. Hepatitis A virus (HAV) serologic events. Fecal shedding of HAV is first seen during the latter half of the incubation period, before the development of histopathologic changes in the liver, and reaches a peak with the onset of symptoms and elevation of the alanine aminotransferase levels. Viral shedding declines rapidly thereafter and is often absent within a week after the onset of symptoms. Viremia is usually short-lived. Immunoglobulin M (IgM) antibodies to HAV appear concomitant with the onset of symptoms, reach peak levels within several weeks, and may disappear at 3 to 6 months. In contrast, immunoglobulin G (IgG) antibodies to HAV, the neutralizing, protective antibody, reach peak levels during the convalescent phase and decline slowly over many decades. (Adapted from Brown et al. [].) The diagnosis of acute HAV infection is confirmed during the acute or early convalescent phase of infection by the presence of IgM antibodies to HAV (IgM anti-HAV). IgM anti-HAV is generally present 5-10 days before the onset of symptoms and is no longer detectable in the vast majority of patients 6 months later. IgG anti-HAV, which also appears early in the course of infection, remains detectable for the lifetime of the individual and confers lifelong protection against infection. Commercial tests are available for the detection of IgM and total (IgM and IgG) anti-HAV in serum. In infected persons, HAV replicates in the liver, is excreted in bile, and is shed in the stool. Peak infectivity occurs during the 2-week period before onset of jaundice or elevation of liver enzymes, when the concentration of virus in stool is highest. The concentration of virus in stool declines after jaundice appears. Children and infants can shed HAV for longer periods than adults, up to several months after the onset of clinical illness. Chronic shedding of HAV in feces does not occur; however, shedding can occur in persons who have relapsing illness. Viremia occurs soon after infection and persists through the period of liver enzyme (alanine aminotransferase [ALT]) elevation. HAV RNA can be detected in the blood and stool of most persons during the acute phase of infection by using nucleic acid amplification methods, such as PCR, and nucleic acid sequencing has been used to determine the relatedness of HAV isolates. These methods, however, are available in only a limited number of research laboratories and are not used generally for diagnostic purposes. Figure 2-4. Hepatitis A virus (HAV) serologic events. Fecal shedding of HAV is first seen during the latter half of the incubation period, before the development of histopathologic changes in the liver, and reaches a peak with the onset of symptoms and elevation of the alanine aminotransferase levels. Viral shedding declines rapidly thereafter and is often absent within a week after the onset of symptoms. Viremia is usually short-lived. Immunoglobulin M (IgM) antibodies to HAV appear concomitant with the onset of symptoms, reach peak levels within several weeks, and may disappear at 3 to 6 months. In contrast, immunoglobulin G (IgG) antibodies to HAV, the neutralizing, protective antibody, reach peak levels during the convalescent phase and decline slowly over many decades. (Adapted from Brown et al. [].) Good hygienic practices and adequate sanitation are important elements in the prevention of HAV infection, particularly in the developing world. However, hepatitis A vaccine is the key component in the overall strategy to prevent HAV infection in the United States. Immune globulin is also available for pre-exposure and post-exposure prophylaxis. 28 28 28 HORIZONTAL contato com pessoas infectadas: sangue, saliva, lesões de pele, mordidas. Acute hepatitis B is usually self limiting and benign, but may progress to chronic hepatitis B in a proportion of patients. In 95% of neonates and 3–5% of adults, acute HBV infection does not clear spontaneously and chronic infection can persist for years. 10–30% of chronically infected patients develop chronic hepatitis, which may lead to more serious conditions including cirrhosis, liver failure and hepatocellular carcinoma. 34 Slide 20 - part 4 30 31 4 4 4 Figure 2-34. Hepatitis C virus (HCV) particles and genome. This schematic diagram indicates that HCV is a positive sense, single-stranded RNA virus, with an estimated diameter of 36 to 72 nm. HCV is believed to represent a distinct genus in the Flaviviridae family. A viral envelope comprising a lipid layer and envelope proteins, surrounds a core (capsid) structure enclosing the viral nucleic acid. HCV RNA is 9.4 kb in length and consists of a 5´-nontranslated region, followed by core (C), envelope (E), and nonstructural (NS) protein encoding regions. The latter is followed by a short 3´-noncoding region with a poly(U) track at its end. Glycosylated (gp) and nonglycosylated (p) putative protein products of the structural and NS regions are shown. The NS protein products include a serine proteinase, helicase, and an RNA-dependent RNA polymerase. (Adapted from Esumi and Shikata [].) 11 11 11 Slide 33 - part 2 Slide 34 - part 3 Slide 35 - part 4 19 19 19 24 24 24 26 26 26 30 30 30 Apesar dos progressos mundiais e da evolução dos conhecimentos, a melhor opção terapêutica continua sendo a prevenção. campanhas de informação dirigida aos pais, bem como medidas de controle sobre a comercialização e acondicionamento dos produtos (Elisa4). Quanto às campanhas, a população deve ser informada da necessidade de cumprir as regras de segurança listadas à seguir: - vigiar as crianças em áreas perigosas; - manter os produtos químicos fora do alcance das crianças; - não utilizar substâncias químicas perto das crianças, para evitarimitações; - evitar o uso de produtos cáusticos ou corrosivos e, quando o fizer, guardar em local apropriado e fora do alcance de crianças; - nunca transferir produtos para outros frascos, especialmente para os de gêneros alimentícios, como garrafas de refrigerantes e outros; - dar preferência a produtos que não estejam em embalagens atrativas e que seja de difícil manipulação para crianças; - comprar produtos que especifiquem claramente os componentes e que contenha instruções sobre o que fazer no caso de ingestão. (Elisaa2) Leis e campanhas de esckarecimento aos pais. Acute hepatitis B is usually self limiting and benign, but may progress to chronic hepatitis B in a proportion of patients. In 95% of neonates and 3–5% of adults, acute HBV infection does not clear spontaneously and chronic infection can persist for years. 10–30% of chronically infected patients develop chronic hepatitis, which may lead to more serious conditions including cirrhosis, liver failure and hepatocellular carcinoma. Slide 28 - part 1 Hepatitis C Virus: Viral Replication HCV replication begins with the attachment, internalization, and liberation of the virus genome into the host cell; translation of the liberated RNA genome and synthesis of a minus-strand RNA; synthesis of new plus-strand RNA for packaging into virions followed by release. Three candidate receptors for HCV are CD 81, the low-density lipoprotein (LDL) receptor, and the scavenger receptor. Translation of the HCV genome occurs via an internal ribosomal entry site mechanism. The translated proteins are processed in the ER. The replication of the HCV genome occurs in a replicase complex within a membrane–associated components and may involve lipid structures in the cells. The newly synthesized viral genome is then complexed with the core protein and assembled together with the envelope proteins into virions that are released into the circulation. Thomson M, Liang TJ. Molecular biology of hepatitis C virus. In: Liang TJ, Hoofnagle JH, (eds.). Hepatitis C. Academic Press, Inc. NY, NY. 2000, pp. 1-24. Major ME, Rehermann B, Feinstone SM. Hepatitis C Viruses. In: Knipe DM, Howley PM, Chanock RM, Monath TP, Roizman B, Straus SE, (eds.). Fields Virology, Fourth Edition. Lippincott-Raven Publishers, Philadelphia, PA. 2001, pp. 1127-1162. Slide 29 - part 2 Slide 30 - part 3 Slide 31 - part 4 Interferon peguilado ( ou peginterferon ) Associando a molécula polietilenoglicol ao interferon, conseguiu-se produzir uma nova modalidade de interferon com absorção e eliminação mais lentas. Graças a isso, o interferon peguilado pode ser administrado por via subcutânea apenas uma vez por semana e ainda manter um nível no sangue contínuo, mais adequado que as três administrações semanais do interferon comum - o resultado são melhores resultados e uma discreta menor incidência de efeitos colaterais. Em monoterapia ( apenas o interferon alfa peguilado ), a taxa de resposta virológica sustentada é de 39%, com resultados ainda maiores com a associação peginterferon + ribavirina: