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NEUROANATOMIA - AULA 3 TRONCO ENCEFÁLICO PROFA NAIANNE CLEBIS

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Enviado por Katiene Macêdo em

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ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO 
Profa. Naianne Kelly Clebis, PhD 
O tronco encefálico corresponde ao segmento inferior do encéfalo. 
No sentido caudo-cranial (de baixo para cima), é constituído por 
bulbo, ponte e mesencéfalo, estando todas essas estruturas 
localizadas na caixa craniana, anteriormente ao cerebelo. 
PONTE 
BULBO 
MESENCÉFALO 
IV VENTRÍCULO 
O bulbo é o primeiro segmento do tronco encefálico e representa 
a continuação da medula espinal no encéfalo, portanto, todos os 
sulcos e fissuras presentes na medula espinal são encontrados no 
bulbo. Superiormente, o bulbo está separado da ponte por um 
sulco transversal denominado sulco bulbopontino. 
BULBO 
Na superfície da face anterior do bulbo distinguem-se dois pares 
de saliências: 
 
Pirâmide – situada entre a fissura mediana anterior e o sulco 
ântero-lateral. A pirâmide contém parte do trato corticoespinal. 
 
DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES: Local onde partes das fibras 
localizadas nas pirãmides se cruzam. 
 
Oliva – situada lateralmente à pirâmide. A oliva contém os 
núcleos nervosos olivares conectados por fibras nervosas ao 
cerebelo e envolvidos no mecanismo da aprendizagem motora 
BULBO 
Na superfície da face posterior do bulbo distinguem-se os seguintes 
pares de regiões: 
 
Fascículo grácil: situado entre o sulco mediano posterior e o sulco 
intermédio e que representa a continuação do fascículo de mesmo 
nome localizado na medula espinal. 
Fascículo cuneiforme: situado entre o sulco intermédio e o sulco 
póstero-lateral. É a continuidade do fascículo cuneiforme da medula 
espinal. 
Tubérculo grácil: pequena saliência arredondada situada no final do 
fascículo de mesmo nome. Contém o núcleo do fascículo grácil que 
recebe os impulsos nervosos conduzidos pelo fascículo grácil. 
Tubérculo cuneiforme: pequena saliência arredondada situada no 
final do fascículo de mesmo nome. Contém o núcleo do fascículo 
cuneiforme que recebe os impulsos nervosos conduzidos pelo 
fascículo cuneiforme. 
BULBO 
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante 
para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o 
centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros 
respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão 
particularmente perigosas. 
Localiza-se entre o bulbo e o mesencéfalo. Em sua superfície 
anterior há um sulco mediano (um sulco raso) que aloja a artéria 
basilar e, por isso, é denominado sulco basilar. Nas regiões 
laterais da ponte há um grosso feixe de fibras nervosas 
denominado de pedúnculo cerebelar médio que conecta a ponte 
ao cerebelo. 
PONTE 
Parte da face posterior do bulbo e a face posterior da ponte 
formam a fossa rombóide que é o soalho do IV ventrículo . Na 
fossa rombóide estão localizados inúmeros núcleos nervosos 
motores de nervos cranianos e núcleos que recebem impulsos de 
sensibilidade. 
PONTE 
É o segmento superior ou cranial do tronco encefálico que se liga, 
superiormente, ao diencéfalo. Contém em seu interior um 
estreito canal denominado aqueduto do mesencéfalo, inúmeros 
tratos e núcleos e, também uma região chamada de substância 
negra, a qual é um importante núcleo que contém neurônios 
dopaminérgicos (neurônios que liberam dopamina) que auxiliam 
no controle motor. 
MESENCÉFALO 
Na face posterior do mesencéfalo destacam-se as seguintes 
saliências arredondadas: 
 
Colículos inferiores: recebem e transmitem impulsos nervosos 
auditivos. 
 
Colículos superiores: recebem impulsos visuais para determinar 
ou conduzir impulsos relacionados aos movimentos reflexos de 
defesa frente a certos estímulos visuais. 
MESENCÉFALO 
Ao contrário da medula espinal, nos diversos segmentos do 
tronco encefálico não é possível distinguir regiões de substância 
branca e de substância cinzentas bem demarcadas. Então, fibras 
nervosas que se originam ou não no tronco encefálico e que se 
destinam à medula espinal, cerebelo, diencéfalo ou telencéfalo, 
obrigatoriamente devem passar pelo tronco encefálico, fazendo 
parte, portanto, da constituição do mesmo. 
 
 
Assim é possível identificar no interior do TE diversos núcleos 
nervosos (que contém corpos de neurônios como descrito 
anteriormente). Entre eles, destacam-se os núcleos dos nervos 
cranianos e da formação reticular. 
 
NERVOS CRANIANOS 
Além dos nervos espinhais existem também 12 pares 
de nervos cranianos (NC.), cuja maioria deles tem 
origem no tronco encefálico (NC. III a XII) sendo as 
exceções os nervos: 
-N. Olfatório (NC. I) que tem origem no telencéfalo e, 
o N. Óptico (NC. II) que tem origem no hipotálamo. 
 
Os nervos cranianos podem conter apenas fibras 
aferentes (sensitiva) ou eferentes (motoras), ou os 
dois tipos de fibras (sensitivas e motoras), neste caso 
se diz que o nervo é misto. 
 
Núcleos motores 
somáticos 
 
Núcleos motores 
viscerais (SNA) 
 
Núcleos sensitivos 
terminais viscerais 
 
Núcleos sensitivos 
somáticos 
Núcleos motores 
somáticos 
 
Núcleos motores 
viscerais (SNA) 
 
Núcleos sensitivos 
terminais viscerais 
 
Núcleos sensitivos 
somáticos 
N. OCULOMOTOR (III), N. TROCLEAR (IV) e N. 
ABDUCENTE (VI) 
N. TRIGÊMIO (V) – N. Oftálmico 
N. TRIGÊMIO (V) – N. Oftálmico 
N. TRIGÊMIO (V) – N. Maxilar 
N. TRIGÊMIO (V) – N. Mandibular 
N. FACIAL (VII) 
N. VESTIBULOCOCLEAR (VIII) 
N. GLOSSOFARÍNGEO (IX) 
N. VAGO (X) 
N. ACESSÓRIO (XI) 
N. HIPOGLOSSO (XII) 
FORMAÇÃO 
RETICULAR 
FORMAÇÃO RETICULAR 
Conceito 
- Agregado de neurônios um pouco 
difusos e com tipos e tamanhos 
diferentes que ocupa a região central 
do tronco encefálico. 
- A estrutura da formação reticular é 
intermediária. 
- Preenche todos os espaços que não é 
ocupado pelos tratos, fascículos e 
núcleos. 
FORMAÇÃO RETICULAR 
FORMAÇÃO RETICULAR – CENTRO 
RESPIRATÓRIO 
FORMAÇÃO RETICULAR – CENTRO 
VASOMOTOR 
FORMAÇÃO RETICULAR – CENTRO 
VASOMOTOR 
NÚCLEOS DO TRONCO ENCEFÁLICO 
VIAS DESCENDENTES 
VIAS DESCENDENTES 
VIAS ASCENDENTES 
TRATOS CEREBERALES NO TRONCO 
ENCEFÁLICO 
CONTROLE DA MOTRICIDADE SOMÁTICA 
Estimulação da 
formação reticular 
ativação 
inibição 
Neurônios 
motores 
medulares 
TRATO RETÍCULO-ESPINHAL 
- VIA CÓRTICO-RETICULAR-ESPINHAL => voluntário 
- CEREBELO => automático (equilíbrio, tônus e postura) 
CONTROLE DO SNA 
Controle do SNA 
Sistema Límbico 
Hipotálamo 
Formação 
Reticular 
Sistema Límbico 
Hipotálamo 
NEURÔNIOS PRÉ-
GANGLIONARES DO SNA 
CONTROLE NEUROENDÓCRINO 
 Estímulo da Formação reticular do MESENCÉFALO causam 
liberação de ACTH e de Hormônio Anti-diurético. 
Hipotálamo 
Noradrenérgicos 
Serotoninérgicos 
H. Hipofisários 
INTEGRAÇÃO DE REFLEXOS 
Centros 
Respostas motoras, 
somáticas ou viscerais 
Formação 
Reticular 
 Centros são geradores de PADRÕES DE ATIVIDADE 
(modificados por estímulos químicos, comandos centrais ou por 
aferências sensoriais). 
 AFERÊNCIAS SENSORIAIS => centros integradores de reflexos 
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 
Fibras 
aferentes do 
NC X 
Tracto 
solitário 
Distenção dos 
alvéolos 
CENTRO RESPIRATÓRIO 
 Centro respiratório => Formação Reticular do bulbo e da ponte 
 Dorsal => inspiração 
 Ventral => expiração 
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 
Fibras 
retículo 
espinhais 
Neurônios 
motores da 
porção cervical e 
torácica da 
medula 
Centro 
respiratório 
sinapse 
 Porção Cervical => n. frênico
=> m. diafragma 
 Neurônios do n. frênico e dos nn. Intercostais recebem fibras do 
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL (controle voluntário) 
 Porção Torácica => nn. Intercostais => mm. intercostais 
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 
Hipotálamo Centro 
respiratório 
 CO2 sangüíneo => Ação estimuladora direta sobre o centro 
respiratório (corpo carotídeo, quimiorreceptores sensíveis à 
dimunuição de O2) 
CONTROLE VASOMOTOR 
 CENTRO VASOMOTOR => regula o calibre vascular (PA e ritmo 
cardíaco) 
Centro 
vasomotor 
Neurônios pré-ganglionares do núcleo dorsal do vago 
Fibras retículo-espinhais para os neurônios pré-ganglionares 
da coluna lateral da medula 
Fibras do 
NC IX 
 PA 
Núcleo do Tracto 
Solitário 
Centro 
vasomotor 
 CONTROLADO PELO HIPOTÁLAMO 
CONSIDERAÇÕES ANÁTOMO-CLÍNICAS 
 CÓRTEX CEREBRAL é incapaz de funcionar sozinho de forma 
consciente; 
 Impulsos ativadores da FORMAÇÃO RETICULAR; 
 Processos PATOLÓGICOS que comprimem o MESENCÉFALO ou a 
TRANSIÇÃO deste com o diencéfalo quase sempre levam a perda total da 
consciência, ao COMA; 
 Lesão da FORMAÇÃO RETICULAR com interrupção do SARA; 
 COMA => comprometimento direto do córtex cerebral 
OBRIGADA!

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