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ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO Profa. Naianne Kelly Clebis, PhD O tronco encefálico corresponde ao segmento inferior do encéfalo. No sentido caudo-cranial (de baixo para cima), é constituído por bulbo, ponte e mesencéfalo, estando todas essas estruturas localizadas na caixa craniana, anteriormente ao cerebelo. PONTE BULBO MESENCÉFALO IV VENTRÍCULO O bulbo é o primeiro segmento do tronco encefálico e representa a continuação da medula espinal no encéfalo, portanto, todos os sulcos e fissuras presentes na medula espinal são encontrados no bulbo. Superiormente, o bulbo está separado da ponte por um sulco transversal denominado sulco bulbopontino. BULBO Na superfície da face anterior do bulbo distinguem-se dois pares de saliências: Pirâmide – situada entre a fissura mediana anterior e o sulco ântero-lateral. A pirâmide contém parte do trato corticoespinal. DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES: Local onde partes das fibras localizadas nas pirãmides se cruzam. Oliva – situada lateralmente à pirâmide. A oliva contém os núcleos nervosos olivares conectados por fibras nervosas ao cerebelo e envolvidos no mecanismo da aprendizagem motora BULBO Na superfície da face posterior do bulbo distinguem-se os seguintes pares de regiões: Fascículo grácil: situado entre o sulco mediano posterior e o sulco intermédio e que representa a continuação do fascículo de mesmo nome localizado na medula espinal. Fascículo cuneiforme: situado entre o sulco intermédio e o sulco póstero-lateral. É a continuidade do fascículo cuneiforme da medula espinal. Tubérculo grácil: pequena saliência arredondada situada no final do fascículo de mesmo nome. Contém o núcleo do fascículo grácil que recebe os impulsos nervosos conduzidos pelo fascículo grácil. Tubérculo cuneiforme: pequena saliência arredondada situada no final do fascículo de mesmo nome. Contém o núcleo do fascículo cuneiforme que recebe os impulsos nervosos conduzidos pelo fascículo cuneiforme. BULBO No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas. Localiza-se entre o bulbo e o mesencéfalo. Em sua superfície anterior há um sulco mediano (um sulco raso) que aloja a artéria basilar e, por isso, é denominado sulco basilar. Nas regiões laterais da ponte há um grosso feixe de fibras nervosas denominado de pedúnculo cerebelar médio que conecta a ponte ao cerebelo. PONTE Parte da face posterior do bulbo e a face posterior da ponte formam a fossa rombóide que é o soalho do IV ventrículo . Na fossa rombóide estão localizados inúmeros núcleos nervosos motores de nervos cranianos e núcleos que recebem impulsos de sensibilidade. PONTE É o segmento superior ou cranial do tronco encefálico que se liga, superiormente, ao diencéfalo. Contém em seu interior um estreito canal denominado aqueduto do mesencéfalo, inúmeros tratos e núcleos e, também uma região chamada de substância negra, a qual é um importante núcleo que contém neurônios dopaminérgicos (neurônios que liberam dopamina) que auxiliam no controle motor. MESENCÉFALO Na face posterior do mesencéfalo destacam-se as seguintes saliências arredondadas: Colículos inferiores: recebem e transmitem impulsos nervosos auditivos. Colículos superiores: recebem impulsos visuais para determinar ou conduzir impulsos relacionados aos movimentos reflexos de defesa frente a certos estímulos visuais. MESENCÉFALO Ao contrário da medula espinal, nos diversos segmentos do tronco encefálico não é possível distinguir regiões de substância branca e de substância cinzentas bem demarcadas. Então, fibras nervosas que se originam ou não no tronco encefálico e que se destinam à medula espinal, cerebelo, diencéfalo ou telencéfalo, obrigatoriamente devem passar pelo tronco encefálico, fazendo parte, portanto, da constituição do mesmo. Assim é possível identificar no interior do TE diversos núcleos nervosos (que contém corpos de neurônios como descrito anteriormente). Entre eles, destacam-se os núcleos dos nervos cranianos e da formação reticular. NERVOS CRANIANOS Além dos nervos espinhais existem também 12 pares de nervos cranianos (NC.), cuja maioria deles tem origem no tronco encefálico (NC. III a XII) sendo as exceções os nervos: -N. Olfatório (NC. I) que tem origem no telencéfalo e, o N. Óptico (NC. II) que tem origem no hipotálamo. Os nervos cranianos podem conter apenas fibras aferentes (sensitiva) ou eferentes (motoras), ou os dois tipos de fibras (sensitivas e motoras), neste caso se diz que o nervo é misto. Núcleos motores somáticos Núcleos motores viscerais (SNA) Núcleos sensitivos terminais viscerais Núcleos sensitivos somáticos Núcleos motores somáticos Núcleos motores viscerais (SNA) Núcleos sensitivos terminais viscerais Núcleos sensitivos somáticos N. OCULOMOTOR (III), N. TROCLEAR (IV) e N. ABDUCENTE (VI) N. TRIGÊMIO (V) – N. Oftálmico N. TRIGÊMIO (V) – N. Oftálmico N. TRIGÊMIO (V) – N. Maxilar N. TRIGÊMIO (V) – N. Mandibular N. FACIAL (VII) N. VESTIBULOCOCLEAR (VIII) N. GLOSSOFARÍNGEO (IX) N. VAGO (X) N. ACESSÓRIO (XI) N. HIPOGLOSSO (XII) FORMAÇÃO RETICULAR FORMAÇÃO RETICULAR Conceito - Agregado de neurônios um pouco difusos e com tipos e tamanhos diferentes que ocupa a região central do tronco encefálico. - A estrutura da formação reticular é intermediária. - Preenche todos os espaços que não é ocupado pelos tratos, fascículos e núcleos. FORMAÇÃO RETICULAR FORMAÇÃO RETICULAR – CENTRO RESPIRATÓRIO FORMAÇÃO RETICULAR – CENTRO VASOMOTOR FORMAÇÃO RETICULAR – CENTRO VASOMOTOR NÚCLEOS DO TRONCO ENCEFÁLICO VIAS DESCENDENTES VIAS DESCENDENTES VIAS ASCENDENTES TRATOS CEREBERALES NO TRONCO ENCEFÁLICO CONTROLE DA MOTRICIDADE SOMÁTICA Estimulação da formação reticular ativação inibição Neurônios motores medulares TRATO RETÍCULO-ESPINHAL - VIA CÓRTICO-RETICULAR-ESPINHAL => voluntário - CEREBELO => automático (equilíbrio, tônus e postura) CONTROLE DO SNA Controle do SNA Sistema Límbico Hipotálamo Formação Reticular Sistema Límbico Hipotálamo NEURÔNIOS PRÉ- GANGLIONARES DO SNA CONTROLE NEUROENDÓCRINO Estímulo da Formação reticular do MESENCÉFALO causam liberação de ACTH e de Hormônio Anti-diurético. Hipotálamo Noradrenérgicos Serotoninérgicos H. Hipofisários INTEGRAÇÃO DE REFLEXOS Centros Respostas motoras, somáticas ou viscerais Formação Reticular Centros são geradores de PADRÕES DE ATIVIDADE (modificados por estímulos químicos, comandos centrais ou por aferências sensoriais). AFERÊNCIAS SENSORIAIS => centros integradores de reflexos CONTROLE DA RESPIRAÇÃO Fibras aferentes do NC X Tracto solitário Distenção dos alvéolos CENTRO RESPIRATÓRIO Centro respiratório => Formação Reticular do bulbo e da ponte Dorsal => inspiração Ventral => expiração CONTROLE DA RESPIRAÇÃO Fibras retículo espinhais Neurônios motores da porção cervical e torácica da medula Centro respiratório sinapse Porção Cervical => n. frênico => m. diafragma Neurônios do n. frênico e dos nn. Intercostais recebem fibras do TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL (controle voluntário) Porção Torácica => nn. Intercostais => mm. intercostais CONTROLE DA RESPIRAÇÃO Hipotálamo Centro respiratório CO2 sangüíneo => Ação estimuladora direta sobre o centro respiratório (corpo carotídeo, quimiorreceptores sensíveis à dimunuição de O2) CONTROLE VASOMOTOR CENTRO VASOMOTOR => regula o calibre vascular (PA e ritmo cardíaco) Centro vasomotor Neurônios pré-ganglionares do núcleo dorsal do vago Fibras retículo-espinhais para os neurônios pré-ganglionares da coluna lateral da medula Fibras do NC IX PA Núcleo do Tracto Solitário Centro vasomotor CONTROLADO PELO HIPOTÁLAMO CONSIDERAÇÕES ANÁTOMO-CLÍNICAS CÓRTEX CEREBRAL é incapaz de funcionar sozinho de forma consciente; Impulsos ativadores da FORMAÇÃO RETICULAR; Processos PATOLÓGICOS que comprimem o MESENCÉFALO ou a TRANSIÇÃO deste com o diencéfalo quase sempre levam a perda total da consciência, ao COMA; Lesão da FORMAÇÃO RETICULAR com interrupção do SARA; COMA => comprometimento direto do córtex cerebral OBRIGADA!