Resumo de Direito Desportivo

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Resumo de Direito Desportivo
Base Constitucional -> Art. 217 CRFB 
	Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:
	I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;
	II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;
	III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;
	IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
	§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
	§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
	§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.
-> Assim, podemos observar que o Desporto é um direito social. O legislador exonerou o Estado da responsabilidade de fomentar o esporte, assim, há um, dever moral, mas não jurídico, de incentivar o mesmo.
# 	Classificações do Desporto
-> Quanto às Dimensões Sociais do Desporto
1. Educacional
-	 Voltada para o estudante, é todo desporto praticado no âmbito educacional. Visa o desenvolvimento global do indivíduo. Tem como princípio fundamental a inclusão.
2. Participação
- 	Voltada para a comunidade, é todo desporto praticado em comunidade; é deliberativo. Tem como princípio fundamental o desenvolvimento social e a integração da comunidade.
3. Alto Rendimento
-	Voltada para os profissionais, é todo desporto que visa a profissionalização do atleta e não do desporto. Tem como princípio fundamental a formação de um atleta profissionalizado.
-> Quanto à formalidade
1. Formal
-	 É aquele regido pelo regramento específico de cada modalidade. Nessa prática, o fim é o próprio desporto com todas as características performáticas. 
2. Não-Formal
- 	É aquela prática norteada pelo princípio da adaptação. Tem como objetivo a inclusão e, por isso, pode eliminar todas as possíveis barreiras que bloqueiem o atingir da inclusão.
# Princípios Fundamentais do Desporto
“I -	 da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na organização da prática desportiva;”
“II -	 da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de pessoas físicas e jurídicas organizarem-se para a prática desportiva;”
“III - 	da democratização, garantido em condições de acesso às atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de discriminação;”
“IV - 	da liberdade, expresso pela livre prática do desporto, de acordo com a capacidade e interesse de cada um, associando-se ou não a entidade do setor;”
“V - 	do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em fomentar as práticas desportivas formais e não-formais;”
“VI - 	da diferenciação, consubstanciado no tratamento específico dado ao desporto profissional e não profissional;”
“VII - 	da identidade nacional, refletido na proteção e incentivo às manifestações desportivas de criação nacional;”
“VIII - 	da educação, voltado para o desenvolvimento integral do homem como ser autônomo e participante, e fomentado por meio da prioridade dos recursos públicos ao desporto educacional;”
“IX - 	da qualidade, assegurado pela valorização dos resultados desportivos, educativos e dos relacionados à cidadania e ao desenvolvimento físico e moral;”
“X - 	da descentralização, consubstanciado na organização e funcionamento harmônicos de sistemas desportivos diferenciados e autônomos para os níveis federal, estadual, distrital e municipal;”
“XI - 	da segurança, propiciado ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto a sua integridade física, mental ou senso
#	Direitos do Atleta
Art. 28:
- Seguridade Social (§4º);
- Limites de concentração (§4º, I e II) 
- Acréscimos remuneratórios (§4º, III) 
- Repouso semanal remuneratório (§4º, IV) 
- Férias remuneradas (§4º, V);
- Jornada de 44 horas (§4º, VI)
# A Justiça Desportiva 
-> A Justiça Desportiva é autônoma e independente; Ela não faz parte do sistema judiciário criando uma justiça de governo. 
Art. 217
	§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
	§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
-> Formação Incentivada
	
	Lei Pelé
	FIFA
	Requisitos
	Art. 29
	Inscrição
	Percentual
	5%
	5%
	Idade
	14 -19
	12 - 23
	Prazo mínimo para o contrato
	3 meses
	3 meses
	Prazo máximo para o contrato
	5 anos
	3 anos
-> 	Direito Federativo X Direito Econômico 
-> Direito Federativo
-	É o direito que a EPD tem de vincular determinado atleta à si. Tal fato decorre do registro do contrato de trabalho na federação, sendo, portanto, o vínculo desportivo acessório do trabalhista. (Art. 28, §5º, Lei 9.615/98)
	 
-> Direito Econômico
-	É uma expectativa de Direito. A expressão “Direito Econômico” não existe na legislação e é utilizada no meio jurídico para designar a expectativa que determinada entidade tem de receber o valor da cláusula indenizatória no momento de saída de seu atleta. Pode haver cessão à terceiro? (Art. 27-B e 27-C , Lei 9.615/98)
-> 	Contrato de Trabalho
Requisitos:
S ubordinação
H abitualidade
O nerosidade
P essoalidade
E xclusividade
-> 	Contrato de patrocínio
-	A patrocinadora (EPD ou empresa) paga a determinado atleta para que ele participe de uma competição, ou diversas competições em período certo, utilizando o logotipo da patrocinadora.
-	Não pode haver a subordinação, requisito do contrato de trabalho. Assim, a patrocinadora contratante não pode exigir horários ou determinar a forma de treinamento do atleta.
-	Só pode ser assinado por atleta autônomo, definido pelo Art. 28-A, Lei 9.615/98.