Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
1)- O que se entende por desconsideração da pessoa jurídica? É uma prática no direito civil e no direito do consumidor de, em certos casos, desconsiderar a separação patrimonial existente entre o capital de uma empresa e o patrimônio de seus sócios para os efeitos de determinadas obrigações, com a finalidade de evitar sua utilização de forma indevida, ou quando este for obstáculo ao ressarcimento de dano causado ao consumidor. A palavra desconsideração, quando integrante da expressão “desconsideração da personalidade jurídica”, significa tornar sem efeito, ignorar, anular, ou seja, não reconhecer a personalidade jurídica de determinada sociedade. Vale dizer que a teoria, objeto do presente estudo, é uma ficção criada com o intuito de separar, distinguir os sócios integrantes da sociedade que integram, para atingi-los e torná-los também sujeitos passíveis de responder pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica da qual fazem parte. 2)- O condomínio pode ser considerado pessoa jurídica. Justifique a sua resposta? O Condomínio pode sim figurar como parte em demanda jurídica, seja no polo ativo ou passivo; o Condomínio é o representante legal dos Condôminos de um modo geral; é pessoa jurídica sui generis, dotado, inclusive, de CNPJ. Neste caso, é viável uma ação de cobrança (Justiça Comum ou JESP) figurando o Condomínio (na pessoa de seu representante legal) no polo passivo da demanda. No mérito, a grande dificuldade será provar que os danos no veículo foram causados dentro das dependências condominiais, além de ter que se provar/demonstrar, a responsabilidade do Condomínio em relação aos fatos narrados. 3)- Quais são os entes despersonalizados ou quase pessoas jurídicas (ler artigo 12 do CPC) Os entes despersonalizados estão elecandos no artigo 12 do Código de Processo Civil Brasileiro, sendo eles a massa falida, o espólio, a herança jacente, a herança vacante, a sociedade irregular e o condomínio edilício. Entretanto, tais entes não receberam qualquer denominação legal. A expressão “entes despersonalizados” é criação doutrinária, sendo a mais usual e conhecida. Contudo, não é unânime, havendo ainda várias outras terminologias. Dentre elas, entes atípicos, sujeitos de personalidade reduzida, grupos de personificação anômala. O artigo 12 do CPC conferiu ao condomínio, à massa falida, ao espólio, à herança vacante e jacente e às sociedades irregulares a faculdade de figurarem como partes na relação processual, tornando evidente o problema dos entes despersonalizados no ordenamento brasileiro. Isso porque, os entes, que anteriormente não eram enquadrados como sujeitos de direitos, passaram a ter a faculdade de participarem da relação processual.