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1 EAE-206 – Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Gabarito da Lista de Exercícios 4 1. Blanchard, cap. 7, exercício 2 P AS1 AS0 P2 P1 P0 AD0 AD1 Yn Y1 Y i LM2 LM1 LM0 i2 i1 i0 IS0 IS1 Yn Y1 Y Situação inicial: curvas AD0, AS0, IS0, LM0. Equilíbrio inicial: Y = Yn, i = i0, P = P0. No curto prazo, IS se desloca para IS1 e AD se desloca para AD1. Por conta do aumento de preços, LM se desloca um pouco para esquerda para LM1. Equilíbrio de curto prazo: Y = Y1, i = i1, P = P1. No médio prazo, AS se desloca para AS1 e LM se desloca para LM2. 2 Equilíbrio final de médio prazo: Y = Yn, i = i2, P = P2. Consumo aumenta e investimento cai. 2. Blanchard, cap. 7, exercício 3 P AS2 AS1 AS0 P2 P1 P0 AD Y2 Y1 Yn Y Situação inicial: curvas AD e AS0. Equilíbrio inicial: Y = Yn, P = P0. No curto prazo, AS se desloca para AS1. Equilíbrio de curto prazo: Y = Y1, P = P1. No médio prazo, AS se desloca para AS2. Equilíbrio final de médio prazo: Y = Y2 (novo nível de produto natural), P = P2. 3 3. Blanchard, cap. 7, exercício 5 P AS0 AS1 P0 P1 P2 AD1 AD0 Y1 Yn Y i LM0 LM1 LM2 i0 i1 i2 IS1 IS0 Y1 Yn Y Situação inicial: curvas AD0, AS0, IS0, LM0. Equilíbrio inicial: Y = Yn, i = i0, P = P0. No curto prazo, IS se desloca para IS1 e AD se desloca para AD1. Por conta da queda resultante de preços, LM se desloca um pouco para direita para LM1. Equilíbrio de curto prazo: Y = Y1, i = i1, P = P1. Consumo cai, investimento e a poupança privada são ambíguos. Poupança privada pode cair se o investimento cair. No médio prazo, AS se desloca para AS1 e LM se desloca para LM2. Equilíbrio final de médio prazo: Y = Yn, i = i2, P = P2. Consumo cai, investimento e poupança privada aumentam. Não há paradoxo da poupança no médio prazo. 4 4. Blanchard, cap. 7, exercício 6 (b) a (d): Quando a taxa de juros não tem qualquer efeito sobre o investimento, a IS se torna vertical, a LM não altera sua inclinação e a AD se torna também vertical. (e) e (f): P AD AS1 AS0 P1 P0 Yn Y Situação inicial: curvas AD e AS0. Equilíbrio inicial: Y = Yn, P = P0. No curto prazo, AS se desloca para AS1. Equilíbrio de curto prazo: Y = Yn, P = P1. No médio prazo, AS se desloca continuamente para cima e os preços aumentam continuamente. Não há equilíbrio de médio prazo pois os preços sempre estarão abaixo dos preços esperados. O que ocorre é que com o choque em z, há uma nova taxa natural de desemprego e, portanto, um novo nível natural de produto (mais baixo que Yn). O problema é que a economia não consegue alcançar esse novo nível natural de produto porque a posição da AD está sendo determinada pela posição da IS que, por sua vez, só pode ser deslocada por instrumentos fiscais. 5 5. Blanchard, cap. 7, exercício 7 (a) e (b): i LM 0 Y Na armadilha da liquidez, a curva LM tem um trecho horizontal à taxa de juros 0. À medida que o produto aumenta, a partir de um certo nível, a curva LM volta a ter inclinação positiva. A relação IS não tem qualquer alteração. (c): A curva AD depende de onde ocorra a intersecção da IS com a LM. Se a intersecção ocorre ao nível da taxa de juros zero (porção horizontal da LM) então a curva AD é vertical. Se a intersecção ocorre a uma taxa de juros positiva, a curva AD tem inclinação normal. (d): i LM0 LM1 0 IS Y0 Yn Y No equilíbrio inicial, a curva LM é LM0 e o produto de equilíbrio é Y0. Se o Banco Central aumenta o estoque de moeda, a curva LM se desloca para LM1. Isto, contudo, não altera o equilíbrio de curto prazo. No médio prazo, como o produto Y0 é inferior ao produto natural, os preços se encontram abaixo do esperado e a curva AS começa a se deslocar para a direita. Mas como a curva AD 6 é vertical, o produto continua em Y0 e os preços caem continuamente. Não há equilíbrio de médio prazo. 6. Blanchard, cap. 7, exercício 8 (a) e (b): P AS0 AS1 P0 P1 P2 AD1 AD0 Y1 Yn Y Situação inicial: curvas AD0 e AS0. Equilíbrioinicial: Y = Yn, P = P0. No curto prazo, AD se desloca para AD1. Equilíbrio de curto prazo: Y = Y1, P = P1. Taxa de desemprego aumenta. No médio prazo, AS se desloca para AS1. Equilíbrio final de médio prazo: Y = Yn, P = P2. Taxa de desemprego volta ao natural. (c) a (e): O FED deve aumentar a oferta de moeda deslocando a curva AD de volta a AD0. Com a ação do FED, tanto o produto quanto os preços permanecem nos seus níveis originais. O mesmo ocorre com a taxa de desemprego. 7 7. Blanchard, cap. 7, exercício 9 (a) e (b): P AS3 P3 AS2 AS1 AS0 P2 P1 P0 AD0 AD1 Y2 Y1 Yn Y Situação inicial: curvas AD0 e AS0. Equilíbrio inicial: Y = Yn, P = P0. No curto prazo, AS se desloca para AS1. Equilíbrio de curto prazo: Y = Y1, P = P1. Taxa de desemprego aumenta. No médio prazo, AS se desloca para AS2. Equilíbrio final de médio prazo: Y = Y2 (novo nível de produto natural), P = P2. Taxa de desemprego aumenta. (c) a (e): O FED deve aumentar a oferta de moeda deslocando a curva AD para a direita para AD1. Com a ação do FED, o produto permanece em Yn e os preços aumentam mais que na situação sem a intervenção do FED. A taxa de desemprego permanece no nível inicial. No médio prazo, AS se desloca para AS3. Equilíbrio final de médio prazo: Y = Y2 (novo nível de produto natural), P = P3. Taxa de desemprego aumenta. Ou seja, comparado com o equilíbrio de médio prazo sem a intervenção do FED, os preços agora são mais elevados. 8. Blanchard, cap. 7, exercício 12 (a) Relação AS: � = (1 + �)�� (�, )��(� )��� (c) Para dados valores de � e x, a relação AS tem o mesmo formato que a relação AS anterior, ou seja, é positivamente inclinada. 8 (d) Quando � = � , a relação AS se torna: 1 = (1 + �)� �⁄ (�, )(�)(���) �⁄ . Essa relação define implicitamente a taxa natural de desemprego �� como função das demais variáveis. Como ����� � é positivo, um aumento em x requer, para manter a igualdade, uma redução em F(.) e, portanto, um aumento na taxa natural de desemprego ��. (e) Idêntico à questão (2) acima. (f) com o aumento no preço real da energia e o consequente deslocamento da AS para cima, aumenta o nível de preços no curto prazo. Portanto, há que haver um ajuste para cima dos preços esperados, no curto para o médio prazo. Para que não haja o aumento no nível de preço esperado é necessário que ocorra uma contração monetária deslocando a relação AD para AD1 na figura abaixo. P AS1 AS0 P1 P0 AD1 AD0 Y1 Yn Y 9. Seja a especificação linear para a função (�, ) que aparece na relação WS: (�, ) = 1 − �� + O que a tabela mostra é o valor de � para diferentes países. a) A taxa natural de desemprego é: �� = ���� . Portanto, quanto maior for �, menor será a taxa natural de desemprego. Logo, em ordem crescente temos: Japão – Suécia – França - Itália b) A curva de oferta agregada é: � = � (1 + �) �1 − � �1 − � ! + " Portanto, sua inclinação é dada por: #$(���)�% , que é tanto maior quanto maior for �. Logo, em ordem crescente temos: Itália – França – Suécia - Japão c) Considere 2 países, I (de Itália) e J (de Japão) com curvas AS de inclinações diferentes: 9 P ASI ASJ AD0 AD1 YI0 YI1 YJ0 YJ1 Y O país I tem uma curva AS menos inclinada que a do país J. Razão pela qual, pelo item (a), tem um produto natural (YI0) menor que a do país J (YJ0). Uma política monetária expansionista provoca o deslocamento da AD de AD0 para AD1 para ambos os países. O novo equilíbrio ocorre em YI1 para o país I e em YJ1 para o país J. É fácil verificar que o efeito sobre o produto será maior no país com a AS menos inclinada. Assim, em ordem crescente temos: Japão – Suécia – França - Itália d) Como os países são idênticos eles possuem IS’s idênticas, que se deslocam da mesma forma. A posição da LM pode ser diferente para cada país, gerando equilíbrios iniciais distintos. Considere os países I e J abaixo: i LMI1 iI1 LMI0 iI0 iJ1 LMJ1 LMJ0 iJ0 IS0 IS1 YI0 YI1 YJ0 YJ1 Y 10 O equilíbrio inicial para o país I é representado pelo produto YI0 e taxa de juros iI0. Para o país J, o equilíbrio inicial é representado pelo produto YJ0 e taxa de juros iJ0. A política fiscal expansionista desloca a curva IS de IS0 para IS1. Pelo item (d), o produto aumenta mais no país I que no país J. Repare também no diagrama do item (d) que o impacto sobre os preços é maior no país com AS mais inclinada (ou seja, país J). Portanto, o país J sofre uma maior contração da LM com o aumento de preços que o país I. O diagrama mostra que o país J sofre um aumento maior da taxa de juros que o país I. Assim, em ordem crescente temos: Itália – França – Suécia - Japão 10 a) Impostos mais baixos podem ser pensados como um deslocamento para baixo da relação WS: para cada nível da taxa de desemprego, os trabalhadores topam negociar salários mais baixos pois o governo agora pega um pedaço menor de seus rendimentos. Assim, a redução nos impostos diminui a taxa natural de desemprego e, por consequência, aumenta o nível natural do produto. b) A curva de demanda agregada se desloca para a direita (de AD0 para AD1 no diagrama abaixo) pois a redução no imposto aumenta a renda disponível das famílias, o que leva a um maior consumo. A curva de oferta se desloca para a direita (de AS0 para AS1 no diagrama abaixo) pelo mecanismo encorajador sobre a oferta de mão de obra. P AS0 AS1 P2 P1 AD0 AD1 Y0 Y2 Y1 Y c) Conforme o diagrama acima, o produto aumenta inequivocamente (de Y0 para Y1). O efeito sobre os preços é ambíguo.Comparado com o caso em que não há o efeito do imposto sobre a oferta de mão de obra (intersecção entre AS0 e AD1), o efeito sobre o produto torna-se maior (Y1 ao invés de Y2) e o efeito sobre os preços torna-se menor (P1 ao invés de P2). 11 11. a) A relação AS é: � = � (1 + �) �1 − &% , � A inclinação da AS é positiva: um produto Y mais elevado está associado a uma taxa de desemprego mais baixa. Pela relação WS, os trabalhadores vão negocias salários nominais W mais altos. Tais salários mais elevados, por sua vez, levam, pela relação PS, a preços mais elevados. b) A relação AD é: � = '(() + *) + +),-,- + '*�,� − '*�,),- + '*�,� + � '*�,- + '*�,�!./� Sua inclinação é negativa e é igual a: −� '*�,- + '*�,�!./�- < 0 c) Renda Y* = 500. Preço esperado Pe = 2. (Vide o gráfico no próximo item) d) P AS(Pe=2) 2 1 AD0 AD1 500 550 Y O equilíbrio inicial de curto prazo ocorre com o Y = 500 e P = 1. Esse nível de produto está abaixo do produto natural (igual a 550). O governo deve então aumentar seus gastos e deslocar a curva AD de AD0 para AD1. Para tanto, os gastos do governo devem passar de 100 para 200. 12 (a) Estática comparativa da política monetária Curto prazo: � é considerado exógeno Diferenciando completamente o sistema e considerando 2� ≠ 0, 24 ≠ 0, 2� ≠ 0 e 2. ≠0, obtemos o sistema: 12 Δ 67 777 82�2.242.2�2.9: ::: ; = <01�0= Onde: Δ = 67 77 78�1 − >? − @A@�! −@A@4 0@ @� @ @4 .�-� �1 + �ℒ ! @ @� 0 1 9: :: :; Cujo determinante é: |Δ| = �D#E� FGFH �AI(J4IKçãN PQ − AI(J4IKçãNPR� < 0 Resolvendo o sistema obtemos: 2�2. = |Δ�||Δ| = � 1��@A@4|Δ| > 0 242. = |Δ-||Δ| = � 1�� �1 − >? − @A@��|Δ| < 0 2�2. = |ΔT||Δ| = − @A@4 �� � ! �1 + �ℒ �@ @�|Δ| > 0 Para as demais variáveis temos: 2�2. = −�1ℒ! 2�2. < 0 2(U �⁄ )2. = 0 2U2. = �U� ! 2�2. > 0 2(. �⁄ )2. = �@ @�! 2�2. + �@ @4! 242. > 0 2>2. = >? 2�2. > 0 2A2. = �@A@�! 2�2. + �@A@4! 242. > 0 Médio Prazo: � = �. Substituindo essa condição na relação AS e diferenciando completamente o sistema considerando 2� ≠ 0, 24 ≠ 0, 2� ≠ 0 e 2. ≠ 0, obtemos o sistema: 13 Δ 67 777 82�2.242.2�2.9: ::: ; = <01�0= Onde: Δ = 67 77 78�1 − >? − @A@�! −@A@4 0@ @� @ @4 .�-�1 + �ℒ ! @ @� 0 0 9: :: :; Cujo determinante é: |Δ| = −�D#E� FGFH ����ℒ � FVFW < 0 Resolvendo o sistema obtemos: 2�2. = |Δ�||Δ| = 0 242. = |Δ-||Δ| = 0 2�2. = |ΔT||Δ| = ��.! > 0 Para as demais variáveis temos: 2� 2. = 2�2. > 0 2�2. = −�1ℒ! 2�2. = 0 2(U �⁄ )2. = 0 2U2. = �U� ! 2�2. > 0 2(. �⁄ )2. = �@ @�! 2�2. + �@ @4! 242. = 0 2>2. = >? 2�2. = 0 2A2. = �@A@�! 2�2. + �@A@4! 242. = 0 (b) Estática comparativa para o grau de mark up Curto prazo: � é considerado exógeno Diferenciando completamente o sistema e considerando 2� ≠ 0, 24 ≠ 0, 2� ≠ 0 e 2� ≠ 0, obtemos o sistema: 14 Δ 677 777 82�2�242�2�2�9:: ::: ; = X 00� (. )Z Onde: Δ = 67 77 78�1 − >? − @A@�! −@A@4 0@ @� @ @4 .�-� �1 + �ℒ ! @ @� 0 1 9: :: :; Cujo determinante é: |Δ| = �D#E� FGFH �AI(J4IKçãN PQ − AI(J4IKçãNPR� < 0 Resolvendo o sistema obtemos: 2�2� = |Δ�||Δ| = −� .�-� @A@4 � (. )|Δ| < 0 242� = |Δ-||Δ| = −� .�-�� (. ) �1 − >? − @A@��|Δ| > 0 2�2� = |ΔT||Δ| = � (. ) ��1 − >? − @A@��@ @4 + �@A@4� @ @�"|Δ| > 0 Para as demais variáveis temos: 2�2� = −�1ℒ!2�2� > 0 2(U �⁄ )2� = − 1(1 + �)- < 0 2U2� = � @ @� 2�2� < 0 2(. �⁄ )2� = �@ @�!2�2� + �@ @4! 242� < 0 2>2� = >? 2�2� < 0 2A2� = �@A@�! 2�2� + �@A@4! 242� < 0 Médio Prazo: � = �. Substituindo essa condição na relação AS e diferenciando completamente o sistema considerando 2� ≠ 0, 24 ≠ 0, 2� ≠ 0 e 2� ≠ 0, obtemos o sistema: 15 Δ 677 777 82�2�242�2�2�9:: ::: ; = X 00 (. )Z Onde: Δ = 67 77 78�1 − >? − @A@�! −@A@4 0@ @� @ @4 .�-�1 + �ℒ ! @ @� 0 0 9: :: :; Cujo determinante é: |Δ| = −�D#E� FGFH ����ℒ � FVFW < 0 Resolvendo o sistema obtemos: 2�2� = |Δ�||Δ| = −� .�-� @A@4 (. )|Δ| < 0 242� = |Δ-||Δ| = −� .�-� (. ) �1 − >? − @A@��|Δ| > 0 2�2� = |ΔT||Δ| = (. ) ��1 − > ? − @A@�� @ @4 + �@A@4� @ @�"|Δ| > 0 Para as demais variáveis temos: 2� 2� = 2�2� > 0 2�2� = −�1ℒ!2�2� > 0 2(U �⁄ )2� = − 1(1 + �)- < 0 2U2� = � @ @� 2�2� + (. ) 2� 2� = K,*í\�N 2(. �⁄ )2� = �@ @�!2�2� + �@ @4! 242� < 0 2>2� = >? 2�2� < 0 2A2� = �@A@�! 2�2� + �@A@4! 242� < 0 16 13. Anpec (2006), questão 9 Ⓞ F ① V ② F ③ V ④ V 14. Anpec (2008), questão 5 0 F 1 V 2 F 3 V 4 V 15. Anpec (2009), questão 4 0 V 1 F 2 V 3 V 4 F 16. Anpec (2009), questão 5 0 F. A renda de equilíbrio dessa economia é igual a 3.500. 1 V. A taxa de juros real de equilíbrio dessa economia é igual a 6%. 2 F. A nova renda de equilíbrio é 3.750. 3 F. A taxa de juros real sobe para 9%. 4 V A oferta real de moeda no novo equilíbrio de curto prazo é 312,5, o que representa uma queda de 37,5%.