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* Técnica Operatória Conceituação e nomenclatura Prof. Gustavo Santos * INTRODUÇÃO Cirurgia: kheir (mão) + érgon (trabalho) Operação: operatio + -onis (ato praticado com instrumentos) Cirurgia ≠ Operação Cirurgia: ramo da ciência médica Operação: intervenção manual Cirurgiar: neologismo * CONCEITUAÇÃO Técnica operatória: Fundamental, geral ou básica Especial ou especializada Fundamental Ambiente, instrumentos e manobras básicas cirúrgicas Especial Manobras cirúrgicas para cada operação em particular * CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS OPERATÓRIOS Classificação qto a: Porte Necessidade de realização (tempo) Seguimento de metodização Complexidade * CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PORTE Pequeno porte Simples, rápido, superfície ou pequena profundidade, ambulatorial Exs: cirurgia de pele, dissecção de veia, punções Médio porte Complexidade crescente, internação , centro cirúrgico, 1-2h Exs: colecistectomia, herniorrafias, plásticas Grande porte Várias horas, complexidade maior, órgãos profundos e/ou delicados, qdo são tratadas 2 ou mais enfermidades Exs: cirurgia sobre estômago, coração, cérebro, pâncreas * CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NECESSIDADE Emergência Realização imediata Ex: aneurisma dissecante de Ao, gravidez tubária Urgência Realização nas próximas horas ou dias Ex: obstrução intestinal, câncer Eletiva Embora haja indicação, não há necessidade imediata para próximos dias ou horas Ex: hérnia, colelitíase, * CLASSIFICAÇÃO QUANTO À METODIZAÇÃO Típicas Tempos cirúrgicos em sucessão regrada, padronizada, sincrônica Atípicas Tempos cirúrgicos não regrados, sem metodização, * CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COMPLEXIDADE Simples Facilidade de execução Etapas padronizadas Complexas Etapas não padronizadas Procedimentos delicados ou de risco Demoradas Exigem experiência, habilidade e conhecimento maiores * TÉCNICA ATRAUMÁTICA Conceitos antigos Técnica atraumática Delicadeza no trato com tecidos (redução dos danos da manipulação): manuseio e instrumentos apropriados Diminuir a resposta inflamatória Simplicidade de manobras Coordenação da equipe Resultado: cirurgia “elegante” CORRETO: rapidez sem pressa Pressa: maior sangramento, mais complicações, menos delicadeza com tecidos * ESTRATÉGIA E TÁTICA CIRÚRGICA Estratégia: planejamento Pré-op Per-op Pós-op Tática: execuçao do planejamento Tática cirúrgica ≠ técnica cirúrgica Padronização (metodização) x Imprevistos Falta de tática: operações desordenadas * NOMENCLATURA Órgãos e tecidos Manobras Procedimentos cirúrgicos Instrumentos cirúrgicos Denominações mundialmente conhecidas / aceitas Uso de radicais (latim e grego), sufixos e epônimos * NOMENCLATURA DE ÓRGÃOS * NOMENCLATURA DE ÓRGÃOS * NOMENCLATURA DE MANOBRAS * NOMENCLATURA COM EPÔNIMOS Manobras: Kocher, Cattel Posicionamento: Trendelemburg Sinal: Gray-Turner, Murphy, Blumberg Procedimento cirúrgico: Whipple, Puestow, Hepp-Couinaud, Nissen Instrumentos: Halsted, Kelly, Doyen, Farabeuf, Metzembaum, Balfour, Deaver * NOMENCLATURAS IMPRÓPRIAS Emprego errôneo Laparotomia: laparos = flanco: Litotomia: litos = cálculo; tomia = incisar / cortar Patologia ≠ doença Cirurgia ≠ operação Etiologia ≠ causa * TERMOS ESPECÍFICOS DO PER-OP Ligadura: nó Descolar / descolamento: dissecar / dissecção Reparar: prender fio que segura sutura, órgão ou ligadura (instrumento= reparo) Apresentação: manobras para expor tecidos / órgãos (função do 1º auxiliar) Gaze montada: chumaço de gazes preso na ponta de pinça longa (similar: fio montado) Campo operatório: local onde se realiza a operação * FIM Fonte: “Técnica Operatória e Cirurgia Experimental” Ruy Garcia Marques Guanabara Koogan