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A PRÁTICA DA DOCUMENTAÇÃO (SEVERINO, 2002). O saber constitui-se pela capacidade de reflexão de determinada área de conhecimento. A reflexão exige o domínio de uma série de informações. A documentação deve ser realizada criteriosamente e estar à disposição de forma organizada (notas em fichas). Divide-se em: DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA Segue-se um plano sistemático (temas e subtemas da área). Correspondem os títulos e subtítulos que encabeçam as fichas. Os elementos transcritos são tirados de livros, notas de aula, apostilas, conferências, seminários etc. DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA O fichário deve ser constituído de informações sobre livros, artigos e demais trabalhos (dissertações e teses) que existem sobre determinados assuntos, dentro de uma área do saber. DOCUMENTAÇÃO GERAL Organiza e guarda documentos úteis retirados de fontes perecíveis (recortes de jornais, revistas etc.). As fontes nem sempre são encontradas disponíveis fora da época de sua publicação. VOCABULÁRIO TÉCNICO-LINGÜÍSTICO Elaboração de um glossário dos principais conceitos e categorias para o domínio (leitura e redação) do estudo (definição de termos). DIRETRIZES PARA ESTUDO Delimitação da unidade de leitura É um setor do texto que forma uma totalidade de sentido (capítulo, seção, ou outra subdivisão). Portanto, deve-se fazer a leitura por etapas. Porém, deve-se evitar intervalos muito grandes entre as várias etapas da análise. Análise textual: preparação do texto Trabalha-se sobre unidades delimitadas. Visa adquirir uma visão de conjunto da mesma, levantar esclarecimentos relativos ao autor, ao vocabulário específico, aos fatos, doutrinas e autores citados. Análise temática: compreensão do texto Determina-se o tema-problema, a idéia central e as secundárias da unidade. Reconstrói-se o processo lógico do pensamento do autor. Evidencia-se a estrutura lógica do texto. Análise interpretativa: interpretação do texto Situa-se o texto (vida e obra do autor, contexto da cultura de sua especialidade – histórico e teórico). Explicitam-se os pressupostos teóricos. Associam-se idéias do autor com outras relacionadas à mesma temática. Criticam-se as posições do autor quanto: Coerência interna da argumentação; Validade dos argumentos empregados; Originalidade do tratamento dado ao problema; Profundidade de análise ao tema; Alcance de suas conclusões e conseqüências; Apreciação e juízo pessoal das idéias defendidas. Problematização: discussão do texto Levanta-se e debate-se questões explícitas ou implícitas no texto e as questões afins sugeridas pelo leitor. Síntese pessoal: reelaboração pessoal da mensagem Desenvolve-se a mensagem mediante retomada pessoal do texto e raciocínio personalizado. Elabora-se novo texto, com redação própria, com discussão e reflexão pessoal.