Logo Passei Direto
Buscar

Terminologia_básica_de_custos(1)

User badge image

Enviado por CÁSSIO ALMEIDA PEIXOTO em

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Terminologia Contábil Básica 
 
Para facilitar o entendimento da sistemática de apuração de custos é necessário compreender o significado 
dos principais termos utilizados: 
 
 
• Gasto: entende-se por gasto o compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição de bens ou 
serviços. Podendo o gasto ser definido como gasto de investimento, quando o bem ou serviço for utilizado em 
vários processos produtivos, e como gastos de consumo, quando o bem ou serviço for consumido no momento 
mesmo da produção ou do serviço que a empresa realizar. Dependendo da destinação do gasto de consumo, ele 
poderá converter-se em custo ou despesa. 
 
• Desembolso: Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
 
• Custo: São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos 
efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, pode-se dizer que os custos são os gastos 
relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De 
modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa. 
 
• Despesa: Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas e manutenção da 
organização. 
 
• Investimento: São todos os bens e direitos registrados no ativo das empresas para baixa em função de venda, 
amortização, consumo, desaparecimento, perecimento ou desvalorização. Assim , quando se comparam 
materiais, realiza-se um investimento em estoque. O consumo na fabricação de um produto ou na realização de 
um serviço gera um custo, assim como o consumo nas divisões administrativas ou de vendas gera uma despesa. 
Do mesmo modo, a aquisição de uma máquina gera um investimento no imobilizado. Pela depreciação teremos 
um custo ou despesa. 
 
• Perda: consumo de bens e serviços de forma anormal ou involuntária. Exemplos: Estoque Obsoleto, etc. 
 
 
Exemplificando, consideramos a compra de uma matéria-prima. A compra em si (a vista ou a prazo) é um 
gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um investimento (pois o material ficará estocado até que seja 
requisitado para consumo, isto é, aplicado na produção de um bem). Ao requisita-lo do estoque e aplicá-lo na 
produção, temos a ocorrência do custo. Ao concluir o produto e estoca-lo para venda, temos novamente um 
investimento no estoque (estoque de produtos acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos incorridos 
serão considerados despesas, como também os gastos incorridos na administração da empresa. 
 
Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão-de-obra da área fabril (a mão-de-
obra compreende qualquer funcionário de uma empresa que trabalhe no processo de fabricação ou em funções 
administrativas da divisão fabril. O custo da mão-de-obra corresponde à somatória dos gastos com salários e 
encargos sociais), matéria-prima (a matéria-prima compreende os materiais usados no processo de fabricação, 
transformados em produtos), aluguéis de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia 
elétrica consumida na fábrica, etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção, como mão-de-obra dos 
departamentos de administração e de vendas, comissões de vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de 
móveis e utensílios, manutenção e depreciação dos prédios administrativos, etc. 
 
 
 
 
 
 
Quadro Resumo: Terminologia Contábil. 
 
TERMO DEFINIÇÃO 
DESEMBOLSO Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. 
GASTO Compromisso financeiro assumido para aquisição de bens e serviços. 
INVESTIMENTO Gasto com bem ou serviço registrados no ativo das empresas, em função de sua vida útil e da sua 
destinação. 
CUSTO Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços, relacionados com 
a atividade de produção. 
DESPESA Gasto com bens e serviços que não estejam relacionados diretamente com a produção, mas 
realizados para a obtenção de receitas. 
PERDA Gasto não intencional decorrentes de fatores externos ou fortuitos. 
 
 
 
Alguns Princípios Contábeis Aplicados à Contabilidade de Custos 
 
Princípio do Custo Histórico com Base de Valor (Registro pelo Valor Original) 
 
Os ativos são registrados pelo valor de entrada (valor da nota fiscal ou custo de produção). Os custos de produção 
são lançados na Contabilidade pelo valor de compra para que, no Balanço Patrimonial, os estoques apareçam pelos 
valores dos custos de produção. 
 
Princípio da Realização da Receita 
 
Determina este princípio o reconhecimento contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da realização da 
receita. E ocorre a realização da receita, em regra, quando da transferência do bem ou serviço para terceiros. 
 
Princípio da Competência (ou da confrontação entre despesas e receitas) 
 
Pela competência, as despesas devem ser registradas no período em que elas forem incorridas. 
Os custos somente serão lançados no resultado quando da realização da receita, ou seja, após o produto ser 
vendido, antes disto é Ativo Circulante (Estoques). 
 
Pela confrontação, as despesas são especificamente ligadas às receitas e são contabilizadas no momento da 
realização das receitas. 
 
Consistência (ou Uniformidade) 
 
Entre vários critérios que existem para o registro contábil, a empresa deve escolher um deles e adotá-lo de forma 
consistente, não podendo mudá-lo em cada período. A mudança de critérios pode ser realizada caso haja um fato 
relevante que justifique tal mudança. 
 
Conservadorismo (ou Prudência) 
 
Na dúvida em como proceder um lançamento contábil, devemos ser cautelosos. 
 
Materialidade (ou Relevância) 
 
Os itens considerados de pequeno valor (irrelevantes) não devem consumir muitos recursos da empresa para sua 
apuração. 
Entidade 
 
A Contabilidade é executada e mantida para as entidades como pessoas completamente distintas das pessoas físicas 
dos sócios. 
 
 
Os Custos são classificados de várias formas para atender às diversas finalidades para as quais são apurados. As 
duas classificações básicas compreendem aquelas que permitem determinar o custo de cada produto fabricado e o 
seu comportamento em diferentes níveis de produção em que uma empresa possa operar. 
 
a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são classificados em Custos 
Diretos e Indiretos. 
b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar os custos de vários níveis de 
produção, eles se classificam em Custos Fixos e Custos Variáveis. 
 
Custos Diretos e Custos Indiretos 
 
a) CUSTOS DIRETOS: são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados porque há 
uma medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. 
 
Exemplos: 
 
• Matéria-prima:- geralmente a empresa sabe qual a quantidade exata de matéria-prima utilizada para a produção 
de uma unidade do produto. Sabendo-se o preço da matéria-prima, o custo está associado diretamente ao 
produto. 
• Mão-de-obra direta:- trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados diretamente na produção. Sabendo-se 
quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente ao 
produto. 
• Depreciação de equipamentos:- quando é utilizado para produzir um único tipo de produto. 
• Energia elétrica das máquinas:- quando sabemos quanto foi consumido na produção de cada produto. 
 
 
b) CUSTOS INDIRETOS: são os que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em 
diferentes produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio. 
 
Exemplos: 
 
• Depreciação de equipamentos:- quanto utilizados na fabricação de mais de um produto. 
• Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção. 
• Gastos com limpeza da fábrica. 
•
Energia Elétrica:- quando não pode ser associada diretamente ao produto. 
 
 
Custos Fixos e Custos Variáveis 
 
a) CUSTOS FIXOS: são os custos que, dentro de determinada atividade, não variam com o volume de produção. 
São fixos em relação ao volume de produção, mas variáveis em relação às unidades produzidas, pois quanto 
maior for a quantidade produzida, menor será o índice desses custos sobre as unidades. 
 
Exemplos: 
 
• Honorários e salários da administração. 
• Aluguéis. 
 
b) CUSTOS VARIÁVEIS: são assim denominados os custos que variam proporcionalmente com o volume da 
produção ou das atividades desenvolvidas pela empresa. 
 
Exemplos: 
 
• Materiais diretos. 
• Mão-de-obra direta 
• Energia Elétrica 
 
Outras Terminologias 
 
 
a) CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO: São os custos incorridos no processo produtivo num determinado período 
de tempo. É normalmente composto da seguinte forma: 
 
Material Direto + Mão-de-obra direta + Custos Indiretos de 
Fabricação 
= CUSTO DE PRODUÇÃO DO 
PERÍODO 
(MD) (MOD) (CIF) (CPP) 
 
Onde: 
 
Material direto = Matéria-prima; Materiais secundários (cujo valor compense apropriá-los diretamente ao produto); 
material de embalagem. 
Mão-de-obra direta = Gasto com mão-de-obra diretamente apropriáveis ao produto. 
CIF = Demais gastos de fabricação. São conhecidos também como Gastos Gerais de Fabricação. 
 
 
b) CUSTO PRIMÁRIO 
 
Custo Primário ou 
Direto 
= Material Direto + Mão-de-obra direta 
 (MD) (MOD) 
 
 
c) CUSTO DE CONVERSÃO OU TRANSFORMAÇÃO 
 
Custo de 
Transformação 
= Mão-de-obra direta + Custos Indiretos de 
Fabricação 
 
 (MOD) (CIF)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?