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Aula Ancilostomídeos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Parasitologia
Ancilostomídeos
Ricardo Toshio Fujiwara
fujiwara@icb.ufmg.br
Ancilostomídeos
Classificação
Filo Nematoda
Ordem Strongylida
Família Ancylostomatidae 
Subfamília: Bunostominae
Necator americanus
Subfamília: Ancylostomatinae
Ancylostoma duodenale
A. ceylanicum
A. braziliense
A. caninum
A. tubaeforme
Blaxter et al., 1998; Blaxter, 2000; Brooker et al., 2004
A. ceylanicum
A. caninum
A. braziliense
A. tubaeforme
N. americanus
A. duodenale
A. ceylanicum
Ancilostomídeos
Hotez et al., 2004
Brooker & Bethony, 2005
Característica dos parasitos
Necator americanus
 Machos (9 mm); Fêmeas (11 mm).
 Vivem até 3 anos.
 Depositam até 10 mil ovos/dia.
 0,01 a 0,04 mL de sangue/dia/parasita. 
Ancylostoma
 Macho (11 mm); Fêmeas (18 mm).
 Vivem até 5 anos.
 Depositam até 20 mil ovos/dia.
 0,05 a 0,3 mL de sangue/dia/parasita. 
Brooker & Bethony, 2005
Característica dos parasitos
Necator americanus
 “do Novo Mundo”, predominando nas regiões tropicais das Américas, África
Central e África do Sul. No Brasil, maior prevalência nas regiões onde
migração européia é evidente.
Ancylostoma
 “do Velho Mundo”, predominando nos países do Mediterrâneo, partes do
Irã, Norte da Índia e partes do extremo Oriente (Japão).
Situação da ancilostomíase em 1949
Doença negligenciada: afeta países subdesenvolvidos; manifestações insidiosas; 
dificuldade de quantificação da morbidade real.
Situação atual
Hotez et al., 2005
Campanha de erradicação
Campanha de erradicação
Campanha de erradicação
1910 – Criada a 
Comissão Sanitária 
Rockefeller
1940 – Taxas de 
positividade se 
reduzem para 11%
Situação atual
Hotez et al., 2005
Situação atual
Bethony et al., 2006
OMS(1998): 1,25 bilhão de pessoas infectadas
Situação atual
Vinha, 1968; Hotez et al., 2005; Hotez, 2008
190 milhões
AL: 50 milhões
32,3 milhões
Importância epidemiológica
Hotez et al., 2005
Prevalência ao longo do tempo
Loukas et al., 2006
Brasil (1921) – 77436 
pessoas examinadas, 
77,4% de positividade
Brasil (1952) – 400.000 
pessoas examinadas, 
46,1% de positividade
Brasil (1969) – 2,5 
milhões de pessoas 
examinadas, 28,8% de 
positividade
Perfil de uma área endêmica
Parasito Prevalência (%)
Necator americanus 68
Ascaris lumbricoides 49
Schistosoma mansoni 45
Trichuris trichiura 5
Strongyloides stercoralis 10
Enterobius vermiculares 5
Hymenolepis nana 5
Taenia spp. 2
Entamoeba coli 1
Entamoeba histolytica 2
Giardia intestinalis 5
Jardim-Botelho et al., 2008
Bethony et al., 2006
Estimativas de DALY 
(anos de vida perdidos ajustados por incapacidade)
 As estimativas menores consideram que os casos de ancilostomíase não
resultam em anemia grave ou hipoproteinemia, enquanto as maiores
destacam as conseqüências da infecção a longo prazo, como má nutrição e
déficit cognitivo (especialmente em crianças).
Hotez, 2008
Anemia
Espoliação sanguínea
Hemorragia (ruptura de capilares/arteríolas intestinais)
Secreção de anticoagulantes
Anemia ferropriva e hipoproteinemia
Roche & Layrisse, 1966; Brooker et al., 2004; Hotez et al., 2004; Hotez et al., 2005
Patogenia
Anemia
Espoliação sanguínea
Hemorragia (ruptura de capilares/arteríolas intestinais)
Secreção de anticoagulantes
Bundy et al., 1995; Satki et al., 1999; Hotez et al., 2005; Jardim-Botelho et al., 2008
Deficiência cognitiva, baixa produtividade, 
reações adversas na gravidez
Patogenia
Loukas et al., 2006
Patogenia
Loukas & Prociv, 2001
Hematofagia
Wu et al., 2007
Hematofagia
Hematofagia
Wu et al., 2007
Hematofagia
Brooker & Bethony, 2005; Hotez et al., 2005; Loukas et al., 2006
Ancilostomíase em crianças
• Anemia por deficiência de ferro
• Deficiência protéica
• Retardo no crescimento
• Retardo intelectual
• Deficiência de memória/cognição
• Redução da frequência escolar
• Redução da performance escolar
Impacto na saúde, educação e desenvolvimento econômico
Loukas et al., 2006
Ancilostomíase em crianças
Controle
Tratamento em massa
Fonte: WHO, 2008
Hotez et al., 2005; WHO, 2005; WHO, 2008
Medida eficaz, porém limitada
Controle
Eficácia limitada do tratamento
De Clercq et al., 1997; Albonico et al., 2002; Keiser & Utzinger, 2008
Days Since Treatment
20 40 60 80 100 120 140 160 180
Days Since Treatment
20 40 60 80 100 120 140 160 180
H
o
o
k
w
o
rm
 B
u
rd
e
n
Village A
Village B
Zanzibar, Tanzania
Controle – Aspectos epidemiológicos
Albonico et al., 1995; Albonico et al., 2003
Reinfecção após tratamento
Brooker et al., 2004; Hotez et al., 2004
Prevalência e Intensidade x Idade
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Age (years)
P
re
va
le
nc
e
0
500
1000
1500
2000
2500
In
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pg
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Age (years)
P
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2000
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0
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90
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0 10 20 30 40 50 60 70 80
Age (years)
P
re
va
le
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e
0
500
1000
1500
2000
2500
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pg
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0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Age (years)
P
re
va
le
nc
e
0
500
1000
1500
2000
2500
In
te
ns
ity
 o
f i
nf
ec
tio
n 
(e
pg
) 
 
 
 
Controle – Aspectos epidemiológicos
Hotez et al., 2004
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Age (years)
M
e
a
n
 n
u
m
b
e
r 
o
f 
w
o
rm
s
A.lumbricoides (worms x 2)
T.trichiura (actual numbers)
Hookworm (worms x 7)
Carga parasitária x Idade
Controle – Aspectos epidemiológicos
Brooker & Bethony, 2005; Hotez et al., 2005
Pobreza
Educação
Saneamento 
básico
Má-nutrição
Abandono
Sistema 
de Saúde
Fatores de manutenção
Diagnóstico
Exame Parasitológico de Fezes
Técnica de Kato-Katz
Diagnóstico
Exame Parasitológico de Fezes
Técnica de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons & Janer – HPJ)
Amostra de fezes
Água
Filtrar 
em 
gaze
Completar o 
volume com água
Repouso de 2 a 24 hs
Descartar 
gaze
Descartar líquido sem 
ressuspender
Repouso de 
60 min
Descartar líquido sem 
ressuspender
Análise do sedimento
Diagnóstico
Exame Parasitológico de Fezes
Controle – Novas perspectivas
Vacinas
Vacinas 
contra larvas 
infectantes
Vacinas contra 
estágio adulto
L3
Controle – Novas perspectivas
Seleção de antígenos vacinais
Hotez et al., 2003; Brooker & Bethony, 2005; Fujiwara et al., 2006
Desenvolvimento de vacinas contra ancilostomídeos
Vacinas contra estágio larval (L3) Vacinas contra verme adulto
- Prevenção contra infecção
- Redução de carga parasitária
- Redução de anemia
- Redução de morbidade
- Redução de carga parasitária
- Redução de anemia
- Redução de ovos nas fezes
Controle – Novas perspectivas
Desenvolvimento de vacinas contra ancilostomídeos
Introdução
Resposta imune protetora
Adaptado de Anthony et al., 2007
Introdução
IL-4 e IL-13
IL-5
IL-9
IL-21
IL-25
Eosinofilia mediada por IL-5
Liberação de 
fatores solúveis
Eosinófilo
Mastócito
Basófilo
Macrófago
Célula 
muscular lisa
Célula epitelial
Expressão de 
Arginase-1
Célula de Goblet
granulócito
Célula B
Expulsão e 
eliminação do 
parasito
Eosinófilos
Resposta imunológica
Geiger et al., 2004; Quinnell et al., 2004; Fujiwara et al., 2006; Anthony et al., 2007
Th2
IL-4, IL-5, IL-13
Th1
IFN-γ, IL-12
Resposta imunológica
Quinnell et al., 2004; Fujiwara et al., 2006; Geiger et al., 2007; Geiger et al., 2008
Th2
IL-4, IL-5, IL-13
IgG1, IgG4 e IgE
Eosinofilia periférica
Resposta imunológica
Loukas e Prociv, 2001; Geiger et al., 2004; Fujiwara et al., 2006
Th2
IL-4, IL-5, IL-13
Sobrevivência por período 
prolongado (5 a 7 anos)
Resposta imunológica
Loukas e Prociv, 2001; Pritchard e Brown, 2001; Loukas et al., 2005
Sobrevivência por período 
prolongado (5 a 7 anos)
Sítio de “privilégio imune”
Evasão da resposta imune pelo parasito
Introdução
Redução da 
frequência de células 
T CD4+
Citocinas reguladoras 
(IL-10)
Redução da 
maturação de células 
dendríticas
Apoptose de 
linfócitos T
Fatores secretados 
pelo parasito 
(NKBP, NIF, MIF, 
metaloproteases)
Th17
Macrófagos ativados 
alternativamente
Regulação por 
histamina
Regulação de 
receptores tipo Toll
Células T reguladoras
Sobrevivência por período 
prolongado (5 a 7 anos)
Resposta imunológica
Ancilostomídeos e Doença de Crohn’s
“O Jeca não é assim: está assim”
Monteiro Lobato (1882-1948)
Larva migrans cutânea 
associada a 
ancilostomídeos
• “Creeping eruption”
• Larva de nematódeos em biópsia
• A. caninum, A. braziliense e Uncinaria 
stenocephala
Outras causas de erupção cutânea 
(Gnathostoma spp., Loa loa, Sarcoptes 
scabiei, larva de moscas parasitas – miíases)
Lee, 1874; Kirby-Smith et al., 1926; revisado por Helkelbach & Feldmeier, 2008
• Larva migrans vs. Larva currens
Helkelbach & Feldmeier, 2008
ancilostomídeos Strongyloides stercoralis
• Diagnóstico e diagnóstico diferencial
Diagnóstico clínico
Biópsia
Eosinofilia
Padrão migratório
• Tratamento
Ivermectina (droga de escolha)
Albendazol (uso repetido)
Uso tópico de Tiabendazol
• Controle

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