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tério do Interior cujos relatórios são publicados semestralmente pelo
Parlamento. Eles portanto fornecem uma estatística contínua e oficial
sobre a avidez dos capitalistas por mais-trabalho.
Ouçamos por um momento os inspetores de fábrica:364
“O fabricante fraudulento começa o trabalho 1/4 de hora antes
das 6 da manhã, às vezes antes, às vezes mais tarde, e encerra
1/4 de hora depois das 6 da tarde, às vezes antes, às vezes mais
tarde. Ele corta 5 minutos tanto no começo como ao final da 1/2
hora nominalmente destinada ao café da manhã, e retira 10 mi-
nutos tanto no começo como ao final da hora reservada para o
almoço. Aos sábados, ele trabalha 1/4 de hora depois das 2 horas
da tarde, às vezes mais, às vezes menos. Dessa forma, o seu
ganho perfaz:
Antes das 6 horas da manhã . . . . 15 minutos
Depois das 6 horas da tarde . . . . 15 " Soma em 5 dias
No café da manhã . . . . . . . . . . . . . 10 " = 300 minutos
No almoço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 " 
60 minutos
Aos sábados
Antes das 6 horas da manhã . . . . 15 minutos Total do ganho
No café da manhã . . . . . . . . . . . . . 10 " semanal =
Depois das 2 horas da tarde . . . . 15 " 340 minutos
Ou 5 horas e 40 minutos semanais, o que, multiplicado por
50 semanas, depois de subtrair 2 semanas para os dias festivos
ou interrupções ocasionais, dá 27 dias de trabalho".365
OS ECONOMISTAS
354
364 Do período que vai do começo da grande indústria na Inglaterra até 1845, ocupo-me apenas
aqui e ali e recomendo a esse respeito ao leitor a obra de ENGELS, Friedrich. Die lage
der arbeitenden Klasse in England. Leipzig, 1845. A profundidade com que Engels apreendeu
o espírito do modo de produção capitalista demonstram os Factory Reports,* Reports on
Mines** e outros, que apareceram a partir de 1845, e como ele nos pintou admiravelmente
as condições em detalhes, evidencia-se mesmo com a comparação mais superficial entre
seu trabalho e os Reports oficiais da Children’s Employment Commission*** (1863/67), pu-
blicados 18 a 20 anos mais tarde. Estes tratam na verdade de ramos industriais, nos quais
até 1862 a legislação fabril não havia sido introduzida, em parte ainda não foi introduzida.
Aqui ainda não foi imposta coercitivamente nenhuma modificação mais ou menos grande
nas condições descritas por Engels. Tomo meus exemplos principalmente do período do
livre-câmbio posterior a 1848, daquela época paradisíaca, sobre a qual os mascates do
livre-câmbio, tão fanfarrões quão cientificamente negligentes, tanto de fabuloso impingem
aos alemães. De resto, a Inglaterra figura aqui apenas em primeiro plano, porque ela
representa classicamente a produção capitalista e é a única a possuir, sobre os assuntos
tratados, uma estatística oficial ininterrupta.
* Relatórios Fabris. (N. dos T.)
** Relatórios sobre Minas. (N. dos T.)
*** Comissão de Emprego Infantil. (N. dos T.)
365 "Suggestions etc. by Mr. L. Horner, Inspector of Factories". In: Factories Regulation Act.
Ordered by the House of Commons to be printed 9 Aug. 1859. p. 4-5.

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