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HEG Aula 27 – quinta-feira – 18/05 Exploração do novo mundo teria sido fundamental para a divergência OU não? Há visões e argumentos que defendem e que negam tal fato. Sim, haviam lucros advindos do comercio de escravos, mas até que ponto esses lucros foram fundamentais para a industrialização. Outro contra-argumento: maiores traficantes de escravos foram brasileiros, principalmente cariocas e soteropolitanos, e não britânicos. Comercio gera ganhos de dinamismo. Mas seriam esses ganhos também fundamentais para alavancar a industrialização? Villela não conhece nenhum estudo sobre isso. A Inglaterra, dentre as nações colonizadores, era a que mantinha a relação mais paritária com suas colônias (isso com as 13 colônias, e não com as que forneciam açúcar). Não era uma relação de exploração. Era comércio. Pomeranz tenta conferir um papel central às colônias no sucesso europeu. Villela não acha essa visão tão convincente. Dos comercio das colônias não se extraia grandes rendas de monopólio, Havia alguma, mas essa renda não deve ser exagerada. Havia diversos comerciantes (por exemplo) portugueses que disputavam o mercado na colônia entre sim. Não era concorrência perfeita porque pessoas de outras nações não podiam entrar no mercado, mas era quase. Relações de exploração, muitas vezes, se davam de modo mais local, vindo da elite local, do que vindo da metrópole: coloniais explorando coloniais. Revolução industrial sem carvão, Villela não consegue ver. Revolução industrial com uma oferta algodoeira menor, não inviabilizaria uma revolução industrial. Lembrando que depois de os EUA se tornarem nação independente foi quando eles se tornaram a “grande maquina de produzir algodão ”somente no século XIX. Brasil, Egito e outros também produziam algodão, mas não de forma tão eficiente quanto os EUA. “Não é o novo mundo que alimenta a Inglaterra.” Só a partir da metade do século XIX que o Novo mundo passa a ser importante para a Inglaterra na venda de grãos e carne. Crítica ao argumento do ghost acreage. (lembrando que ghost acreage é tanto o carvão quanto o novo mundo) A capacidade de extrair carvão e de explorar o novo mundo não se dá por sorte. Requere um “know-how” que teve que ser desenvolvido pelos ingleses. Não apenas as exportações fornecendo a capacidade te importar Avanço na indústria de transporte: possibilita que a periferia forneça matérias prima barata para o centro. Às vezes não é tão simples determinar causa e efeito da industrialização. Vries fala que capacidade de comercializar e transportar em grande escala foi mais uma conseqüência do que uma causa da industrialização. Finalizou analise do texto do Vries: Are Coal and Colonies Really Crucial. Começou resenha do Villela. Fala de Historia Global, a forma correta de se contar a historia não é a forma eurocêntrica de como usualmente contamos a historia, e da escola da Califórnia. Villela acredita que a maior contribuição da escola da Califórnia foi trazer a China e o resto da Ásia pro debate. Historia global foi uma tentativa de desprovincialisar a forma de contar historia. Revisonismo. Historia Global / Revisionistas diziam que antes da revolução industrial, a despeito de diferenças culturais e institucionais entre Ocidente e Oriente, o padrão de vida das duas regiões se assemelharia. Mokyr: a revolução industrial foi um fenômeno pan-europeu mas se manifestou de forma mais intensa na Inglaterra. Autores da escola californiana: Divergência só começou a partir da revolução industrial; Não haveria nada de superior na cultura européia. A revolução industrial se deu através de sorte. Bryant critica essa visão com 3 pontos (página 146) (Villela acha que o terceiro ponto é o que melhor ataca) 1) Fala que europeus conquistar partes da Ásia nos três séculos anteriores à industrialização sem que as forcas locais fossem capazes de expulsa-los. 2) Se a Ásia era tão forte econômica e tecnologicamente quanto a Europa, por que isso não se traduziu militarmente? 3) Se as sociedades da Europa ocidental e da Ásia eram equivalentes em termos de desenvolvimento econômico até 1800, como seria possível uma ruptura revolucionara (Revolução Industrial) sem um período antes “preparatório.” (Principal crítica) Allen: Capacidade de ofertar carvão barato é decorrência do progresso técnico. Conclusão do Villela: É mérito dos revisionistas trazer a Ásia para a discussão, porem eles viajam bastante em alguns aspectos. A PROVA: A primeira parte do curso a gente parou na discussão sobre a Holanda. De lá pra cá vimos: 1) Inglaterra no século XVII – Wrigley e a noção de economia orgânica 2) Revolução Industrial – a. verbete Mokyr (descritivo) não foi abrupta, mas não deixa de ser revolucionara, inaugurou a era da fabrica, permitiu que na seqüência houvesse o crescimento econômico moderno, tecnologia, afrouxa limites – verbete é mais um resumo – energia a vapor, têxtil e metalurgia. Ponto importante do Mokyr, revolução industrial não foram só esses três setores b. Allen – preços relativos e inovação induzida c. Mokyr de novo – critica ao Allen – iluminismo industrial d. Acemoglu e Robinson – critica ao Allen – explicação neo-institucional i. Varias criticas ao argumento do Acemolgu 3) Grande Divergência a. Vries falando de Pomeranz – Grande divergência b. Resenha Villela Tirando os autores que dão contribuições muito pessoais (Allen, Mokyr, Acemoglu e Robinson, Pomeranz que trazem suas próprias idéias) não precisa saber muito dos autores que só são mencionados no texto e dos que aparecem somente fazendo critica como McCloskey Quer sentir na resposta o que a gente discutiu aqui, o que lemos em casa e a capacidade de botar no papel. É um assunto bem geral e controverso, não é tanta questão de dizer o que está certo ou errado, como poderia ser em outra matéria com um período de tempo analisado menor.