Text Material Preview
Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Resumão de Análise de Custos Unidade 01 Contabilidade É uma ciência que tem por objetivo mensurar, registar, interpretar e avaliar as mudanças que possam vir a ocorrer na estrutura patrimonial de uma organização, fornecendo dados e informações sobre a situação econômica e financeira da empresa. Patrimônio: Se refere a tudo o que a entidade possua de bens e direitos, e tudo aquilo que possua de obrigações. ativo: todos os bens e direitos; passivo: todas as obrigações; itens de curto prazo: circulantes; itens de longo prazo: não circulantes. Elementos de Resultado Tudo o que a empresa gera de faturamento e todo o gastos gerado em função das atividades propiciarão um resultado negativo ou positivo. Contabilidade de Gastos É uma derivação da contabilidade geral ou financeira, possui forte aderência com a contabilidade financeira, aborda o dimensionamento dos custos de insumos no processo produtivo, apuração dos custos nas diversas áreas nas organizações, fluxo de operação, o suporte nas diretrizes de redução de gastos e a elaboração de orçamentos. Conceitos da Contabilidade de Custos Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Gastos: são os desembolsos necessários para se adquirir um bem ou serviço, ou até mesmo realizar investimentos. É toda saída de dinheiro. Custos: caracterizam-se como um gasto necessário para se produzir um produto ou serviço, ou seja, são gastos que estão envolvidos diretamente na concepção do produto da empresa. Desembolsos: referem-se ao pagamento da aquisição do bem ou serviço. Perdas: é uma anormalidade decorrente de um processo executado de forma errônea, que pode gerar um gasto inesperado. Despesas: são gastos que podem estar atribuídos ou não ao processo produtivo, podendo ter papel secundário no processo ou ser um gasto destinado às áreas de apoio. Investimentos: são definidos também como gastos, são destinados para a estruturação da empresa, com durabilidade maior, não sendo adquirido com finalidade de venda no curto prazo. São bens que sofrem depreciação, amortização... OS GASTOS SÃO CLASSIFICADOS EM: DESPESA, INVESTIMENTO, DESEMBOLSO, CUSTO E PERDA! A contabilidade de custos é fundamental para estabelecer controles consistentes e monitorar a evolução dos custos. Separação dos Gastos Esse procedimento permite verificar: o custo para fazer o produto e a despesa para manter as áreas de apoio (administrativo, financeiro, vendas). É de extrema importância para os gestores quanto a administração e aos controles das análises de desempenho do negócio. Classificação dos Custos Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Custo de produção: consiste na composição do custo direto e indireto necessário no processo de produção ou elaboração do produto. Custo direto: refere-se ao gasto necessário para se produzir ou elaborar o produto ou serviço. Incluem bens físicos e não físicos. Custo indireto: se define como aquele gasto não associado diretamente a elaboração do produto em si, sendo, no entanto, parte do processo de elaboração. Informações Contábeis Produzem dados para fins fiscais (atendimento ao FISCO) e dados para fins gerenciais (avaliação necessária para monitorar o desempenho da empresa e para criar estratégias de ação para o futuro). Proporções Proporção do custo direto em relação ao total. Proporção= 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 Proporção do custo indireto em relação ao total Proporção= 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 Em termos de gestão, quanto menores as proporções de custos, melhor será para os resultados da empresa. Materiais Diretos e Indiretos Os materiais diretos são os itens que a empresa consome para constituir seus produtos, os indiretos são os empregados nas atividades de apoio a produção. Métodos de Avaliação de Estoque A escolha do método precisa ser aceita pelo Fisco, tem que ser prática na execução e tem que ter utilidade para o gestor. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai: a mercadoria mais antiga é a referência para efeito de cálculo do custo. É aceita pelo Fisco, a sequência lógica é feita de forma sistemática e evita na prática possíveis perdas de mercadorias. UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai: a mercadoria mais recente é a referência para efeito de cálculo do custo (é a 1ª a sair do estoque). Não é aceita pelo Fisco, é a mais utilizada para fins gerenciais, é aconselhável utiliza-la quando não há controles sistemáticos. Média Ponderada: a avaliação é feita pelo valor médio do estoque. É feita uma atualização dos valores do estoque a medida que há entrada de novas mercadorias. É aceita pelo Fisco, possui ampla utilização nas organizações. Esse método proporciona menor tributação para a empresa. Elementos de Redução do Valor das Compras ICMS Recuperável; Devoluções de mercadorias; Cancelamentos ou abatimentos das compras; Descontos obtidos. Elementos de Aumento do Valor das Compras IPI; Outros tributos; Fretes; Seguros; Embalagens. Elementos Redutores do Valor das Vendas ICMS, ISS, PIS, COFINS; Devoluções e Cancelamentos; Descontos concedidos e abatimentos. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Nota Fiscal (compra) VALOR DA MERCADORIA + IMPOSTOS + SEGUROS + EMBALAGENS + FRETE = VALOR BRUTO DA MERCADORIA (-) DESCONTOS DOS IMPOSTOS E OUTROS = VALOR LÍQUIDO DA MERCADORIA Compra Líquida CUSTO DA AQUISIÇÃO DA MERCADORIA (+) ADIÇÃO DE VALORES (IMPOSTOS, FRETES, EMBALAGENS…) (-) DEDUÇÕES DE VALORES (IMPOSTOS RECUPERÁVEIS, DESCONTOS) = CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA Venda Líquida VALOR DA VENDA BRUTA (-) DEDUÇÕES DE VALORES (TRIBUTOS, DESCONTOS) = VENDA LÍQUIDA Unidade 02 Sistema de Custeio É uma ferramenta que pode coletar, classificar e organizar os dados sobre os gastos da organização. Gastos esses referentes a custos e despesas de modo geral, relacionados aos produtos ou serviços. Essa ferramenta permite ao gestor transformar dados em informações, oferecendo subsídios em nível estratégico e operacional. Tem por objetivo verificar o quanto se gasta para elaborar o produto ou serviço. Pilares do Sistema de Custeio Sistema de produção: é o modo como a organização realiza suas operações e consome seus recursos. Pode ser: Por Encomenda; Em série (contínuo); Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Híbrido. Sistema acumulação: traduz como os custos devem ser acumulados a organização dos mesmos. A escolha do sistema de acumulação a ser adotado deve ser regido de acordo com o tipo de controle que se queira fazer. Pode ser: Por Ordem: quando a fabricação não é de forma contínua. Por Processo: quando a fabricação é de forma contínua. Híbrido. Sistema de custeio: dimensiona o aspecto do tempo na apuração dos custos. Pode ser: Histórico: baseado em dados reais; Pré-determinado: baseado em estimativas. Método de custeio: define de que maneira será feita a distribuição dos custos no produto. Pode ser: Por absorção; Variável; Pleno. Departamentalização É a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos. IMPORTANTE: A escolha do sistema de custos não depende da relação vantagem x desvantagem e sim da representação mais adequada do jeito de trabalhar da empresa durante o processo de produção. Sistema de Custeio por Absorção É originário da aplicação dos princípios da contabilidade e consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos no processo produtivo. Os critérios de rateio são elaborados pelo gestor e por isso assumem um caráter arbitrário. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins 1º passo: separar os custos das despesas; 2º passo: classificar os custos em diretos e indiretos; 3º passo: distribuir os custos de acordo com o critério de rateio. Sistema de Custeio ABC Em inglês Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividade é uma análise separada pelas diferentes atividades da empresa. Procura reduzir as distorções que ocorrem quanto à utilização do método de custeio por absorção. A proposta é alocar os custos indiretos às atividades. O sistema de custeio ABC parte do princípio que todos os gastos referentes ao processo produtivo devem ser absorvidos pelos produtos, de acordo com o que cada produto consome de recursos. Esse método não é aceito pelo Fisco. O ABC surgiu devido a criação de novas tecnologias e redução do custo da mão de obra. Atividades As atividades se referem ao que é executado na organização, ou seja, o que precisa ser feito. Direcionador Representam os recursos necessários para realizar as atividades propostas. Há dois tipos de direcionadores: os direcionadores de recursos (irão identificar como as atividades consomem os recursos) e os direcionadores de atividade (identificam como o produto consome a atividade). Etapas do Custeio ABC 1º passo: calcular o custo unitário de cada direcionador; 2º passo: atribuir os custos indiretos do processo a cada um dos produtos, respeitando proporcionalmente a quantidade consumida. 3º passo: calcular o custo unitário geral. IMPORTANTE Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Custo unitário do direcionador 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 𝐷𝐴 𝐴𝑇𝐼𝑉𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 𝑁º 𝐷𝐸 𝐷𝐼𝑅𝐸𝐶𝐼𝑂𝑁𝐴𝐷𝑂𝑅𝐸𝑆 Custo da atividade atribuído ao produto Custo unitário do direcionador x nº de direcionadores do produto Custo da atividade por unidade do produto 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 𝐷𝐴 𝐴𝑇𝐼𝑉𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑅𝐼𝐵𝑈𝐼𝐷𝐴 𝐴𝑂 𝑃𝑅𝑂𝐷𝑈𝑇𝑂 𝑄𝑈𝐴𝑁𝑇𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 𝑃𝑅𝑂𝐷𝑈𝑍𝐼𝐷𝐴 Vantagens E Desvantagens Vantagens: Informações mais autenticas por meio da redução do rateio; melhoria na base de informações para a tomada de decisões; identifica os produtos e clientes mais lucrativos; pode ser utilizado por diversos tipos de empresas. Desvantagens: Gastos elevados para a implantação; necessidade de revisão constante; necessidade de reorganizar a empresa; qualificação de funcionários é obrigatória; não é aceito pelo Fisco, o que obriga a empresa a ter dois sistemas de custeio. Sistema de Custeio Variável Esse sistema parte do princípio que todos os custos variáveis são incorporados aos produtos ou serviços, e os custos fixos são classificados como gastos incorridos no período e são direcionados ao resultado da empresa. É alocado nos produtos apenas os custos diretos e variáveis, não utiliza rateio e não é aceito pelo Fisco. Esquema de demonstração do Sistema de Custeio Variável: RECEITA COM VENDAS ( - ) CUSTO VARIÁVEL DOS PRODUTOS VENDIDOS = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ( - ) CUSTOS FIXOS = LUCRO Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Comportamento dos Gastos Fixos: decorre da atividade operacional da empresa, independente se há ou não produção ou venda de produtos ou serviços. Exemplo: aluguel (valor do gasto não se altera/valor unitário se altera). Variável: decorre apenas em razão do volume de produção ou venda de um produto ou serviço. O valor total do gasto se altera em razão do volume produzido, o valor unitário não se altera. Exemplo: matéria- prima. Misto: consiste na composição dos gastos das empresas em que pode haver uma parte fixa e uma variável. Exemplo: energia elétrica. Custo semi-variável São os custos que passam a variar a partir de uma faixa de volume de produção. Exemplo: salário comissionado. É utilizado o método dos pontos máximos e mínimos para calcular, esse método consiste em trabalhar com as diferenças entre os valores monetários e suas respectivas quantidades para estabelecer o custo variável unitário. VALOR MÁXIMO – QUANTIDADE VALOR MÍNIMO – QUANTIDADE _______________________ VARIAÇÃO Unidade 03 Análise CVL – Custo, Volume, Lucro É uma ferramenta que presta auxílio nos processos de planejamento, gerenciamento e controle que pode vir a impactar sensivelmente nas decisões empresariais em nível operacional e estratégico, ou seja, estuda Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins o comportamento do custo e do lucro diante do volume da atividade da empresa. Pode ser aplicada a qualquer tipo de empresa. Premissas As receitas se alteram em função do número de unidades vendidas/produzidas; Todos os gastos estarão limitados em fixos e variáveis; O preço de venda, gasto fixo e variável permanecerão constantes dentro do período analisado; As receitas e os custos variáveis serão lineares durante o período analisado; As receitas e custos podem ser agregados e comparados podendo não considerar o valor no tempo. Composição da Análise CVL Margem de Contribuição: se refere ao quanto cada produto ou serviço contribui para o negócio da empresa, com a finalidade de cobrir os custos fixos e propiciar lucro. Os valores podem ser totais ou unitários. Se dá pela fórmula: Receita ( - ) Custos Variáveis ( = ) Margem de Contribuição Quanto maior a sua proporção, menor será o esforço de venda e quanto menor a sua proporção maior será o esforço de venda. Margem de Segurança: corresponde ao volume de vendas ou a receita que foi planejada acima do ponto de equilíbrio. A margem de segurança irá dimensionar o nível de risco em que a empresa pode operar. Quanto mais próximo do ponto de equilíbrio a empresa estiver, maior será a exposição ao risco operacional. Pode ser determinado em termos de quantidade: Em valor absoluto: MARGEM DE SEGURANÇA = VOLUME DE VENDAS – QTD DO PONTO DE EQUILÍBRIO Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Em valor relativo: MARGEM DE SEGURANÇA = 𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝑫𝑬 𝑽𝑬𝑵𝑫𝑨𝑺−𝑸𝑻𝑫 𝑫𝑶 𝑷𝑶𝑵𝑻𝑶 𝑫𝑬 𝑬𝑸𝑼𝑰𝑳Í𝑩𝑹𝑰𝑶 𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝑫𝑬 𝑽𝑬𝑵𝑫𝑨𝑺 Pode ser determinado em termos de valor monetário: Em valor absoluto: MARGEM DE SEGURANÇA = RECEITA TOTAL – RECEITA DO PONTO DE EQUILÍBRIO Em valor relativo: MARGEM DE SEGURANÇA = 𝑹𝑬𝑪𝑬𝑰𝑻𝑨 𝑻𝑶𝑻𝑨𝑳−𝑹𝑬𝑪𝑬𝑰𝑻𝑨 𝑫𝑶 𝑷𝑶𝑵𝑻𝑶 𝑫𝑬 𝑬𝑸𝑼𝑰𝑳Í𝑩𝑹𝑰𝑶 𝑹𝑬𝑪𝑬𝑰𝑻𝑨 𝑻𝑶𝑻𝑨𝑳 Ponto de equilíbrio: é uma ferramenta de análise que quantifica o resultado mínimo que necessariamente não proporcione prejuízo para a organização, também pode ser dada adicionando lucro nos cálculos. Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC): refere-se em quanto a empresa deve gerar de volume de vendas ou receitas para que não haja perda, nem ganha, ou seja, lucro zero. PEC = 𝑮𝑨𝑺𝑻𝑶𝑺 𝑭𝑰𝑿𝑶𝑺 𝑴𝑨𝑹𝑮𝑬𝑴 𝑫𝑬 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑰𝑩𝑼𝑰ÇÃ𝑶 Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF): mostra em quanto a empresa deve gerar em volume de vendas para que haja a cobertura dos gastos fixos e despesas financeiras. PEF = (𝑮𝑨𝑺𝑻𝑶𝑺 𝑭𝑰𝑿𝑶𝑺+𝑫𝑬𝑺𝑷𝑬𝑺𝑨𝑺 𝑭𝑰𝑵𝑨𝑵𝑪𝑬𝑰𝑹𝑨𝑺)−𝑫𝑬𝑷𝑹𝑬𝑪𝑰𝑨ÇÃ𝑶 𝑴𝑨𝑹𝑮𝑬𝑴 𝑫𝑬 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑰𝑩𝑼𝑰ÇÃ𝑶 Autora: ThamyrisF. Rodrigues Martins Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE): mostra em quanto a empresa deve gerar em volume de vendas para cobrir os gastos fixos e proporcionar lucro. PEE = 𝑮𝑨𝑺𝑻𝑶𝑺 𝑭𝑰𝑿𝑶𝑺+𝑳𝑼𝑪𝑹𝑶 𝑴𝑨𝑹𝑮𝑬𝑴 𝑫𝑬 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑰𝑩𝑼𝑰ÇÃ𝑶 CVL COMPOSTO No CVL composto cada produto ou serviço possui uma representatividade em relação ao volume produzido ou vendido. Para a determinação do ponto de equilíbrio é necessário que se busque a margem de contribuição que represente todos os produtos da empresa que estão em análise. Surge então o Índice De Margem De Contribuição Ponderada (IMCp), que é a consolidação das margens de contribuição dos produtos produzidos ou vendidos, e leva em consideração o “peso” de cada produto na composição das vendas da empresa. IMCp = (% de vendas1 x M.C.1) + (% de vendas2 x M.C.2) + (% de vendas3 x M.C3) Obs.: a receita sempre representa 100%. O IMCp será a diferença entre a receita e o custo variável. Processo de Decisão Para tomar uma decisão no ambiente empresarial é preciso que se conheça bem o contexto da empresa, que saiba fazer cálculos, que tenha noções de economia e que conheça contabilidade, para ponderar de forma objetiva todas as variáveis analisadas. Dados: todo e qualquer dado precisa ser considerado; Classificação: os dados devem ser segregados e classificados de acordo com sua relevância. Projeções: nesse processo se desenha os dados futuros seguindo as alternativas levantadas. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Avaliações: estabelece uma relação custo x benefício para escolher as melhores alternativas. Acompanhamento: acompanha e avalia as decisões tomadas. No que se refere aos gastos, devemos considerar que: na segregação dos gastos, devemos trazer para a análise apenas os gastos relevantes; a relevância é dada pelo diferencial que ele pode representar. Em gestão de custos ao fazer uma análise custo x benefício devemos elaborar um fluxo de caixa. Custo x Benefício O investimento representa o custo e o lucro representa o benefício. Além disso os investimentos também podem trazer como benefício: melhorias na área produtiva, aumento da produtividade, aperfeiçoamento do produto ou serviço, etc. Fluxo de Caixa As análises elaboradas por meio do fluxo de caixa são essenciais, pois evidenciam resultados específicos ou de maior amplitude, resultados por período, permitindo ao gestor a avaliação no curto ou longo prazo. IMPORTANTE: Nem sempre o maior preço de aquisição será a pior opção. O gestor deve estar atento aos gastos agregados que podem ocorrer na aquisição de um bem ou serviço. Determinação do Preço de Venda Se caracteriza como um problema complexo operacionalmente pelo fato de haver a necessidade de observar as variáveis que nem sempre estão no controle da organização. Dentre as variáveis estão: controle do Estado; inovação e tecnologia, obsolescência dos equipamentos, comportamento do consumidor, concorrência de mercado. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Métodos Formais e Informais Informais: são técnicas aplicadas para determinar o preço de venda de um produto ou serviço, utilizando os padrões de mercado. São regidos pela lei da Oferta e Demanda, considerando o fator sazonal. Formas de determinar o preço de venda: aspecto intuitivo, aspecto de competição, aspecto psicológico. Formais: a fixação do preço é orientada pelos custos e deve cobrir todos os gastos incorridos na atividade e propiciar lucro. Possui caráter mais cientifico, pois utiliza-se de estudos comportamentais dos custos, independente do contexto do mercado. Em linhas gerais, requer você agregar valor sobre os custos totais e a margem de lucro desejada. Mark-Up Consiste em uma margem que via de regra se apresenta como indicador, é incorporado ao custo de produção ou custo variável para determinar o preço final do produto ou serviço. Pode ser dado de duas formas: Mark-Up Multiplicador Mark-Up Multiplicador = 1 1−(% 𝑑𝑎𝑠 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠+% 𝑑𝑜𝑠 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠) Mark-Up Divisor Mark-Up Divisor = 1 – (% das Despesas + % dos Lucros) Unidade 04 1ª Geração – Custeio ABC Na primeira geração, ao se identificar uma atividade, os recursos envolvidos para a execução são estimados, gerando assim o custo do produto ou serviço. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins 2ª Geração – Custeio ABC Na segunda geração é acrescida a verificação dos aspectos estratégicos e não estratégicos nas atividades. O custeio ABC se caracteriza como um elemento voltado para a gestão dos custos nas atividades, ao invés de funcionar como uma ferramenta de custeio de produtos. Gerenciamento de Atividades - ABC Gerir atividades é um tipo de gestão que se apoia no planejamento, execução e mensuração dos gastos ocorridos na organização, para se alcançar vantagens competitivas. A gestão de atividades, fornecerá ao gestor um conjunto de ações interligadas que só poderão ser implementadas com a utilização das informações geradas pelo ABC. A gestão por atividade (ABM), tem por objetivo administrar os processos de trabalho, reduzindo processos de rotina nas organizações. Dessa forma ela pode e deve ser utilizada tanto no âmbito operacional como para o estratégico. ABM Operacional x ABM Estratégico Operacional: gerenciamento de atividades; reengenharia dos processos de negócio; qualidade total; avaliação do desempenho. O ABM operacional busca aumentar a eficiência quanto ao uso de recursos, fazendo as coisas COMO devem ser feitas. Estratégico: altera o mix de produtos; altera o processo de formação dos preços; altera o processo de trabalho; reconfigura produtos; reduz desperdícios. O ABM estratégico busca reduzir a quantidade de processos, para aumentar a lucratividade, fazendo as coisas QUE devem ser feitas. 3ª Geração – Custeio ABC Nessa geração podemos destacar que o custeio ABC incorpora como elemento novo a análise de agregação de valor ocorrida em razão do Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins desempenho das empresas. A análise de valor deve ser efetuada sob a perspectiva do cliente. Margem de Contribuição É a M.C. quem irá determinar o tamanho do esforço de trabalho (venda) das organizações. Quanto maior a margem, menor o esforço e quanto menor a margem, maior o esforço. Análise da Margem de Contribuição A composição do mix de produtos ou serviços a serem ofertados pela empresa é diretamente influenciada por fatores de ordem externa e interna, portanto devem ser considerados pelos gestores no processos decisórios. Ao utilizar a margem de contribuição como critério de análise, devemos adequá-la de acordo com os fatores restritivos. IMPORTANTE: Qualquer alteração das variáveis que compõem os cálculos da margem de contribuição, necessitará haver o recálculo da mesma. Quanto maior o esforço da venda, maior o risco operacional. Cálculo da Rentabilidade Rentabilidade = 𝐿𝑈𝐶𝑅𝑂 𝐼𝑁𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝑂 Controle no Ambiente Empresarial Controlar remete a conhecer a realidade, comparar com o ambiente ideal, saber os pontos que estão divergentes e as origens desse fato, ao mesmo tempo em que deve-se tomar providências sob os eventos ou situações que devem ser corrigidas. Classificação dos Custos Custos controláveis: trata-se dos gastos que estão sob responsabilidade do gestor e precisam ser analisados e controlados. Exemplo: mão de obra, matéria prima.Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Custos não controláveis: são os que estão fora do alcance do gestor. Exemplo: depreciação, amortização. Custos estimados: previsão de gastos futuros com base em custos históricos. Gestão Estratégica de Custos Análise na perspectiva mais ampla, em que elementos estratégicos se mostram conscientes, visíveis e formais. Dados e informações geradas, assumem-se como instrumentos que, posteriormente transformam-se em estratégias (vantagem competitiva). Princípios da Gestão Estratégica de Custos Custos Apropriar o objeto de custeio ao custo relevante; Identificar as bases de custeio que reflitam causa x efeito; Utilizar o custeio ABC. Medida de desempenho Adotar bases relevantes de mensuração; As mensurações devem promover melhorias nos direcionadores. Gestão de investimentos Devem ser consistentes com os objetivos da empresa; Deve dar suporte ao eliminar atividades que não geram valor; Monitorar os investimentos realizados. Desempenho Operacional x Desempenho Econômico Operacional: Refere-se ao nível de atividade da organização, e eficiência no uso de recursos para viabilização do produto ou serviço. Pode ser uma análise mais pontual. Econômico: Avalia o sucesso que o negócio obteve na relação investimento x venda x lucro. Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Índices Reflete na relação de valores entre duas variáveis que levará um valor relativo em relatórios gerenciais e proporcionará a avaliação do desempenho dos negócios. É uma ferramenta que pode revelar alguns sintomas ou problemas. São divididos em: Índices Operacionais: medem o grau de eficiência em relação as atividades da empresa, ou seja, o quanto é gerado de resultado em razão dos investimentos em materiais. Taxa de Uso da Capacidade Produtiva Taxa de uso = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑜𝑢 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑜𝑢 𝑒𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎çã𝑜 Desempenho da Empresa em relação ao mercado concorrente Índice de desempenho = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐼𝑑𝑒𝑎𝑙 Onde: Demanda real é o volume de vendas realizado pela empresa. Demanda ideal é o volume de vendas teórico que a empresa deveria vender em relação ao mercado, com base na sua posição (participação) de mercado. Demanda ideal = % de participação no mercado x volume de vendas total do mercado Giro por Assento Giro por assento = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛º 𝑑𝑒 𝑎𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Índices Econômicos: medem o grau de rentabilidade alcançada em relação aos investimentos. Margem Bruta Margem bruta = 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 Margem Líquida Margem líquida = 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 Retorno Sobre o Investimento ROI = 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins Autora: Thamyris F. Rodrigues Martins