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Em primeira instância, a partir das informações trazidas sobre o caso, deve- se dar atenção a urgência trazida na décima primeira sessão, que seria a tentativa de suicídio. Levando em consideração a quantidade de sessões já realizadas o terapeuta deve acolher o cliente bem como sua demanda, tentando ao máximo lembrar e trazer ao setting os sentidos valorativos supostamente mencionados em sessões anteriores, além disso, deve-se acionar o contato de emergência para prevenção de outras tentativas suicidas. Em se tratando da principal queixa (isolamento social), alguns aspectos devem ser levados em consideração como: angústia relacionada ao emprego denotam uma falta de sentido relacionado ao trabalho uma vez que o rapaz só o faz para suprir uma necessidade financeira; a faculdade, que poderia ser um sentido pertinente e um objetivo para sua vida, é colocada em segundo plano; baixa auto estima e sentimento de vazio existencial por não suprir as próprias expectativas relacionadas aos pais. Para chegar ao entendimento do que motiva este menino a procurar o isolamento social, é necessário investigar, por meio das sessões terapêuticas quais são suas frustrações relacionadas ao seu papel dentro do contexto familiar. Para isto, as principais técnicas cabíveis para a condução deste caso seria a desreflexão e o denominador comum, onde o objetivo seria desfocar a atenção do "eu" afim de trazer os problemas aparentemente inresolviveis como inerentes à vida dos seres humanos e passíveis de resolução funcional e posteriormente tentar nortear o paciente no seu processo de tomada de atitude diante das situações, buscando sempre observa-las procurando possíveis resoluções junto ao terapeuta.