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QUÍMICA
Eletronegatividade 
A "força" que o átomo tem para capturar elétrons 
Fábio Rendelucci* 
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação 
Já conhecemos o modelo atômico e sabemos que ele possui um núcleo positivo circundado 
por uma eletrosfera negativa. O que mantém os elétrons em torno do núcleo é a atração 
magnética que um exerce sobre o outro. Lembrando um pouco das aulas de 
eletromagnetismo, em Física, sabemos que a força elétrica entre dois corpos é diretamente 
proporcional à carga e inversamente proporcional à distância ao quadrado. Traduzindo: 
quanto mais carga um corpo tem, mais ele atrai ou repele outro corpo e, quanto mais longe 
ele está, menos ele conseguirá atrair. 
 
Se o átomo possui um núcleo positivo, é de se esperar que ele consiga atrair corpos 
negativos (no caso, elétrons) mas, se ele possui uma eletrosfera - que é negativa - 
podemos supor também que a maior distância a que o núcleo pode chegar de um corpo 
negativo é o tamanho do raio da eletrosfera, devido à força de repulsão que começa a 
aparecer. Ficou confuso? Veja esta figura: 
 
 
 
Quando uma partícula vai se aproximando do núcleo, atraída por ele, aproxima-se também 
da eletrosfera, só que esta a repele. Dessa forma, existe (em teoria) um ponto de equilíbrio 
que se localiza aproximadamente a uma distância igual ao raio atômico do núcleo do 
átomo. 
 
O que acontece quando um átomo chega perto do outro? 
Um começa a atrair os elétrons mais externos da eletrosfera do outro, enquanto o núcleo 
tenta segurá-lo. O que acontece é um verdadeiro "cabo de guerra" entre os núcleos, cada 
um tentando atrair os elétrons externos do outro. 
 
A essa "força" que o átomo tem de capturar elétrons dos outros (vencer o "cabo de 
guerra"), damos o nome de eletronegatividade. Assim um átomo é fortemente 
eletronegativo quando tem facilidade em "roubar" os elétrons dos outros. 
 
Qual o mais forte? E o mais fraco? 
Se analisarmos novamente a expressão da força magnética, vamos perceber que dois 
fatores são importantes para aumentar a eletronegatividade: a carga nuclear, capaz de 
atrair os elétrons, e o raio atômico, que determina a distância máxima de aproximação do 
elétron em relação ao núcleo. Acontece que a força é diretamente proporcional à carga e 
inversamente proporcional ao raio ao quadrado. Concluímos então que, se duplicarmos a 
carga nuclear, a força dobra, mas, se duplicarmos o raio, a força diminui quatro vezes, 
portanto o raio atômico influi muito mais na eletronegatividade do que a carga nuclear. Um 
 
Página 1 de 3Eletronegatividade - Química - UOL Educação
08/11/2010http://educacao.uol.com.br/quimica/ult1707u13.jhtm
 
Pensando na tabela periódica, sabemos que quanto maior o período (linha) da tabela, mais 
camadas sua eletrosfera terá e, por conseqüência, maior será seu raio, diminuindo sua 
eletronegatividade. 
 
Átomos que estão no mesmo período, têm o mesmo número de camadas, portanto raios 
muito próximos mas, à medida que nos deslocamos para a direita da tabela e o número 
atômico cresce, cresce o número de prótons, a carga nuclear e a eletronegatividade. 
 
Assim, a eletronegatividade cresce na tabela de baixo para cima e da esquerda para a 
direita. Como os gases nobres não tentam "roubar" elétrons de ninguém, os excluímos 
dessa propriedade, sobrando então: 
 
 
 
O elemento mais eletronegativo é o flúor e o menos eletronegativo é o frâncio. É bastante 
útil que você conheça uma pequena fila de eletronegatividade decrescente: 
 
F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P > H 
 
A eletronegatividade é uma propriedade fundamental para entendermos por exemplo os 
tipos de ligações químicas, a polaridade de uma molécula e algumas outras coisas. 
 
Medição da eletronegatividade 
Dá sim. Linus Pauling propôs uma escala que atribui o valor 4,0 para o átomo mais 
eletronegativo (Flúor) e os valores para os outros átomos são atribuídos por comparação. 
Podemos provar experimentalmente que o átomo de Boro, por exemplo, atrai os elétrons 
com a metade da força do átomo de Flúor, assim a eletronegatividade do Boro é 2,0 na 
escala de Pauling. 
 
Na escala de Pauling, um átomo com eletronegatividade 1,5 atrai os elétrons com uma 
força igual a 3/8 da força com que o Flúor o faz. 
 
 
 
 
 
 
Linus Pauling
portanto o raio atômico influi muito mais na eletronegatividade do que a carga nuclear. Um 
átomo "fortão" deve ser pequeno e com um núcleo cheio de prótons. 
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08/11/2010http://educacao.uol.com.br/quimica/ult1707u13.jhtm
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Diagrama de Pauling e distribuição eletrônica 
 
* Fábio Rendelucci é profesor de física e química e diretor do cursinho COC-Universitário, de 
Santos (SP) 
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Veja também 
Página 3 de 3Eletronegatividade - Química - UOL Educação
08/11/2010http://educacao.uol.com.br/quimica/ult1707u13.jhtm

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