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Trabalho G2 Linguagem e Cognição Grupo: Andrea Moreira, Marcia Rizzo, Patricia Bonaparte, Patricia Pacote Tema: LINGUAGEM CORPORAL Novembro, 2012.2. Os estudos sobre Linguagem Corporal nos mostram que não é preciso ter bola de cristal para decifrar a verdadeira mensagem que há por trás de gestos, expressões faciais e sorrisos. Basta aprender a interpretar corretamente a linguagem do corpo e identificar os sinais que demonstram receptividade, desprezo, atração, mentira ou indiferença. A linguagem corporal foi uma das primeiras formas de comunicação humana e continua sendo uma das mais fortes e expressivas. Para alguns autores, como o psicólogo Sergio Senna, especializado no tema, as palavras correspondem por menos de trinta e cinco por cento das mensagens transmitidas numa conversa frente a frente. Sessenta e cinco por cento de nossa comunicação é não verbal. O casal Allan e Barbara Pease, criadores do livro “Desvendando os segredos da Linguagem Corporal”, ( 2004) vão além, e asseguram que noventa e três por cento da comunicação humana é feita através de sinais. Quem aprende a ler o que aparece nas entrelinhas dos discursos, percebe as contradições existentes entre palavras e gestos. Muitas vezes uma pessoa afirma algo com palavras precisas, mas sua voz, sua expressão facial, seus olhos transmitem incerteza. A credibilidade do orador depende de seus movimentos. Ter consciência corporal é estar em vantagem na hora de fazer uma negociação, uma apresentação profissional, causar impressão positiva, disputar uma vaga de trabalho ou conquistar a pessoa amada. É sobre essa comunicação que vamos falar agora. A LINGUAGEM CORPORAL DEFINE QUEM VOCÊ É http://www.ted.com/talks/amy_cuddy_your_body_language_shapes_who_you_are.html?source=email #.UIU_ENShnux.email Amy Cuddy da Harvard Business School e Dana Carney da Columbia University desenvolveram uma pesquisa que propõe que a linguagem corporal ou o que elas chamam de “power poses” - posições de poder, que causam alterações fisiológicas no organismo de quem as pratica e que esta transformação tem um impacto significativo na sensação de poder vivida pela pessoa. As pesquisadoras observaram que humanos e animais expressam poder através de posturas expansivas assim como eles expressam falta de poder através de posturas fechadas e contraídas. O que buscou-se observar e constatar nesta pesquisa é se essas posturas causam poder, ou seja se as posturas são capazes de influenciar nossa capacidade de sentir mais poder ou menos poder dependendo de como nos comportamos não verbalmente. As duas atitudes, em posições propostas no experiment,o foram retiradas da literatura sobre comunicação não verbal e são mostradas nas fotos abaixo: Os participantes do experimento foram alocados aleatoriamente sendo manualmente colocados nas posições com o pretexto de testar a precisão da resposta fisiológica em função da localização de um sensor em relação ao seu coração. Os participantes permaneceram nessa posição por 1 minuto cada. Ao final do tempo determinado para permanecerem nessas posições, eles foram submetidos à um jogo de risco e foram solicitados a indicarem o quanto eles se sentiram em poder ou em controle em uma escala que varia de 1 à 4. Saliva foi coletada para análise hormonal de níveis de testoterona e cortisol. Resultados O experimento constatou que a comunicação não verbal alterou significantemente os estados fisiológicos, mentais e de sensações dos participantes e que as implicações desses resultados são substanciais para o nosso dia a dia. Um dos resultados sugere que o efeito embutido na comunicação não verbal se estende para além das emoções e da cognição, atingindo também um nível fisiológico e portanto, afetando assim diretamente o comportamento. http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,2091589_2092033_2109441,00.html ENTREVISTA DE TRABALHO Para se ter sucesso numa entrevista de trabalho não é suficiente se preparar verbalmente, a linguagem corporal é tão importante para o entrevistador, mesmo que inconscientemente, do que as respostas dadas pelo entrevistado. É através de gestos e atitudes corporais que pode se demonstrar confiança, credibilidade e interesse na empresa em que está se procurando trabalhar. Embora não seja possível controlar completamente a própria linguagem corporal, existem meios de se comunicar através de uma postura e atitude positiva numa entrevista. Se o candidato estiver atento ele poderá utilizar recursos que lhe favoreçam e os entrevistadores são treinados para compreender essa linguagem. O entrevistador pode, por exemplo, obter informação muito útil e verdadeira sobre os candidatos sem nem mesmo recorrer a perguntas diretas. O que o candidato diz de si mesmo é tão importante como a forma como se expressa, através dos sinais de linguagem não verbal, já que a linguagem corporal não mente, e as nossas expressões refletem o que pensamos. Estudos mostram que ao utilizar esses recursos, o interessado no trabalho aumenta muito as chances de conseguir o emprego. Recrutadores, psicólogos e especialistas concordam que a linguagem não verbal comunica tanto ou até mais que a falada. É importante prestar atenção em alguns detalhes se você quer realmente causar uma boa impressão. Apesar de não o fazermos de forma consciente, quando não estamos falando, continuamos a comunicar com a linguagem corporal ou não verbal: com os nossos movimentos e gestos, exteriorizamos o que pensamos internamente, inconscientes de que estamos a fazê-lo. Acontece que, muita vezes, quando se afirma algo verbalmente, essa comunicação não corresponde ao que se transmite com os nossos movimentos ou gestos. Isso deixa claro que não se está dizendo a verdade. Assim, é importante conhecer a postura do seu próprio corpo, as expressões do seu rosto ou os movimentos de suas mãos para transmitir de uma imagem positiva. Dicas que aumentam suas chances de sucesso: 1. Sorrir. Um sorriso natural abre portas pois demonstra simpatia e receptividade. No entanto, evite exageros: pior que uma face carrancuda é ostentar um sorriso forçado. 2. Falar com convicção e manter um tom de voz constante pode fazer a diferença, uma vez que as nuances da voz podem denunciar nervosismo, insegurança e muitas outras emoções. Fale com calma e articule bem as palavras. 3. Cuidado com as mãos. Jamais aponte o dedo para o entrevistador, ao menos que você queira ser taxado como alguém agressivo. Gesticular não é proibido, mas evite excessos: o recrutador deve prestar atenção na mensagem, não em suas mãos. 4. Não se feche para as possibilidades. Cruzar os braços indica que você não está aberto ao diálogo e nem ao momento; portanto não faça isso. 5. Mantenha uma boa postura enquanto estiver sentado. Não se esparrame na cadeira e nunca escolha a cabeça entre os ombros quando lhe fizerem uma pergunta. Isso demonstra que você se sente inseguro e está na defensiva. 6. Ao cumprimentar o recrutador cuidado com a força do aperto de mão. Um aperto de mão frouxo pode ser encarado como falta de sinceridade, enquanto um aperto demasiadamente apertado indica arrogância e agressividade. O ideal é ser firme e direto. (fonte?) A MENTIRA O que aconteceria se disséssemos às pessoas a verdade nua e crua o tempo todo? Segundo Pierre Weil, autor do livro O Corpo Fala (data), a famosa “mentira branca” é necessária para manter relações sociais amistosas. É uma forma de agradar e ser agradável, quase uma convenção social. Já a mentira maldosa se caracteriza quando o indivíduo tem consciência de seu ato e mente para enganar deliberadamente o outro em benefício próprio. O bom mentiroso é habilidoso com as palavras e manipula as situações para que não seja pego. É aí que o corpo fala através dos sinais. Os gestos são inconscientes, sobre eles não temos quase nenhum controle. Não existe um movimento ou uma expressão facial específica que garanta que uma pessoa está mentindo. Mas aprender a reconhecer os vários grupos gestuais pode aumentar sensivelmente as nossas chances de identificar uma mentira. Existem pesquisas feitas em câmera lenta que apontam os principais indicadores gestuais da mentira. Por mais que a pessoa faça esforço consciente para suprimir todos os sinais, alguns micro gestos ainda serão transmitidos, como as contorções dos músculos faciais, a dilatação e contração das pupilas, o suor, o rubor sutil das bochechas, a frequência do piscar dos olhos, (que sobe de dez para cinquenta por minuto) e muitos outros. Por isso, a melhor maneira de mentir é via telefone ou e-mail. Segundo Allan e Barbara Pease (“Desvendando os segredos da linguagem corporal”, 2004), existem oito gestos mais comuns associados à mentira, como: - Tapar a boca. - Tocar o nariz - Esfregar os olhos - Pegar na orelha - Coçar o pescoço - Afrouxar o colarinho - Colocar o dedo na boca Bibliografia CARNEY, Dana R.; CUDDY, Amy J. C.; YAP, Andy J. "Power Posing – Brief Nonverbal Displays Affect Neuroendocrine Levels and Risk Tolerance". Journal fo the Association for Psychological Science 21 (10): 1363–1368. PEASE, Allan; PEASE, Barbara. Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal. Editora Sextante, 2004. TOMPAKOW, Roland; WEIL, Pierre. O Corpo Fala – A Linguagem Silenciosa da Comunicação Não-verbal. Editora Vozes, 2001.