Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Mearsheimer: A superioridade nuclear seria uma hipóteses de contornar esse problema da projeção de poder em grandes oceanos, mas é uma hipótese difícil, o que leva a dificuldade de um Estado chegar a hegemonia global, mas segundo ele, dá pra ser um hegemon regional. O Mearsheimer quer entender o papel dos EUA no momento pós- Guerra Fria. O papel passa por saber que ele é, do ponto de vista prático, um hegemon regional. Pelo menos controla o hemisfério ocidental. Porque não é uma hegemonia global (precisaria ser a uma potência do sistema e não é). Os Estados tem que maximizar poder. O que exista nesse sistema que faz com que os Estados queiram a hegemonia global ainda que ela não seja alcançavel? Mearsheimer vai trabalhar com 5 premissas sobre o sistema internacional. 1. O sistema internacional é anárquico. (Estados unidades independentes que convivem) 2. Estados (particularmente as grandes potências) tem alguma capacidade ofensiva. Ou seja, de alguma maneira eles podem ser uma ameaça uns pros outros, em função dessa "alguma capacidade ofensiva". 3. Busca pela sobrevivência. 4. Incerteza. O grau de incerteza que existe no relacionamento entre os Estados. Não dá pra saber o que os Estados querem. 5. Atores racionais. São essas premissas que justificam o argumento que os Estados devem querer muito poder. Em função dessa capacidade ofensiva que cada um tem, do elemento de incerteza, com atores racionais querendo sobreviver em um mundo anárquico. Cooperação: Mearsheimer é pessimista do ponto de vista de cooperação e argumenta que a cooperação é difícil por causa de todas essas premissas e por conta do problema dos ganhos relativos. Mearsheimer x Waltz: A diferença em relação ao Waltz tá na consequência desse mundo. O Waltz acha que tem que ter poder suficiente pra sobreviver, se você quiser muito poder esse seu poder pode se tornar uma ameaça pros outros. O Mearsheimer vai dizer que esse cálculo não dá pra ter, é preciso buscar o máximo de poder possível nesse mundo descrito por essas 5 premissas. A melhor estratégia é ser o fodão do mundo, ter mais poder. Esse negócio de pensar no mínimo pra sobreviver não tem como ser medido, é preciso tentar ser o mais forte nesse sistema. O Mearsheimer é elitista, pensa o sistema a partir das grandes potências, ou seja, os menores vivem como dá e vão sendo levados por esse sistema. Unipolaridade é o mesmo que hegemonia global, portanto o sistema internacional no pós-Guerra Fria não é unipolar, já que não há uma hegemonia global. O problema da convivência dos Estados é a parcela de incerteza e de medo que eles tem uns dos outros, medo em função do poder do outro, da capacidade que o outro tem. Três variáveis vão interferir nesse medo que os Estados tem: 1. Armas nucleares (NUKES). Metem medo! 2. Geografia (mesma ideia do Jervis) 3. Distribuição de capacidades. Multipolaridade mete medo. Agora o que mete mais medo? Muita gente forte ou muita gente forte com um mais forte? Muita gente forte com um mais forte. Em função de ter mais capacidade ofensiva. Ele divide a multipolaridade em: equilibrada e desequilibrada. O sistema pós-Guerra Fria é o que? Uma multipolaridade desequilibrada. Essa multipolaridade desequilibrada seria mais desequilibrada, geraria mais medo, entretanto, não se vê isso no pós-Guerra Fria. (isso não é o que o Mearsheimer tá falando, é o que observamos) E isso vai ser um problema do Mearsheimer. A década de 90 foi muito estável. Os EUA são uma hegemonia regional. Seriam conservadores ao não deixarem que haja aumento de poder por parte dos outros Estados. A posição privilegiada dos EUA é que eles são conservadores e estão em uma multipolaridade desequilibrada. Analisam onde é que devem se preocupar ou não. Os EUA podem do alto de sua proteção olhar pro mundo e ver onde é que deve se preocupar. Quais lugares metem mais medo? Lugares onde possa a ver alguém forte: pro Mearsheimer é a Rússia e a China. A preocupação dos EUA deve ser onde tiver uma multipolaridade desequilibrada. Pensar em um nível global do sistema como um todo, que seria caracterizado como uma hegemonia regional. Os EUA são um hegemon regional e na parte do mundo que ele é o hegemon ele tá tranquilo e essa posição o deixa capaz de avaliar no outro lado do mundo o que lhe causa medo e ele chega a conclusão que é a China e a Rússia, que poderiam ser uma ameaça a essa hegemonia regional. Pensando agora no nível regional, nas outras regiões onde os EUA não tem controle é de onde pode vir a ameaça e isso não é só na Ásia, segundo Mearsheimer, pode ser que aonde os EUA são um hegemon regional possa surgir uma ameaça. O que se explica a estabilidade do sistema seria essas regiões do mundo mais estáveis e tranquilas. Na Ásia uma multipolaridade equilibrada, na América do Sul uma bipolaridade, na África uma bipolaridade (Af. do Sul e Nigéria) ou até mesmo uma unipolaridade (Af. do Sul). Pensar o que que gera mais medo. Armas nucleares, vizinhos problemáticos (geografia) e também a configuração da balança de poder (bipolaridade ou multipolaridade equilibrada ou desequilibrada). Resumo feito por Victor Miranda IRiscool 2012.1