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1 Usinagem dos Metais Capítulo 3 NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE 2 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Norma ABNT - NBR 6163 1980 CONCEITOS DA TÉCNICA DE USINAGEM: GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE - TERMINOLOGIA - 3 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Definições: Cunha de corte Superfície de saída, A Superfície de folga • Superfície principal de folga, A • Superfície secundária de folga, A’ Aresta de corte • Aresta principal de corte, S • Aresta secundária de corte, S’ Ponta de corte 4 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Definições: Cunha de corte: é a cunha formada pelas superfícies de saída e de folga da ferramenta. Através do movimento relativo entre a peça e a ferramenta, formam-se os cavacos sobre a cunha de corte. 5 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Definições: Superfície de Saída A: é a superfície da cunha de corte sobre a qual o cavaco se desliza. Superfície de Folga: é a superfície da cunha de corte, que determina a folga entre a ferramenta e a superfície em usinagem. Distinguem-se a superfície principal de folga A e a superfície secundária de folga A’. 6 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Definições: Arestas de Corte: são as arestas da cunha de corte formada pelas superfícies de saída e da folga. Deve-se distinguir a aresta principal de corte S e a aresta secundária de corte S’: - Aresta Principal de Corte S: é a aresta de corte cuja cunha de corte, observada no plano de trabalho, e para um ângulo da direção de avanço = 90, indica a direção de avanço. - Aresta Secundária de Corte S’: é a aresta de corte cuja cunha de corte, observada no plano de trabalho, e para o ângulo da direção de avanço = 90, indica a direção contrária a direção de avanço. 7 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Definições: Ponta de corte: parte da cunha de corte onde se encontram as aresta principal de corte S e a aresta secundária de corte S’: Aresta Principal de Corte S: ponto destinado à determinação das superfícies e ângulos da cunha de corte, ou seja as definições se referem a um ponto da ferramenta, dito ponto de corte escolhido ou “Ponto de Referência”. 8 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Cunha de corte da ferramenta 9 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Cunha de corte da ferramenta 10 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE 11 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Sistemas Utilizados na Determinação dos Ângulos da Cunha Cortante: Sistema de referência da ferramenta: • Plano de referência da ferramenta, Pr • Plano de corte da ferramenta, Ps • Plano ortogonal (ou de medida) da ferramenta, Po Sistema efetivo de referência: • Plano de referência efetivo, Pre • Plano de corte efetivo, Pse • Plano ortogonal (ou de medida) efetivo, Poe 12 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Planos do sistema de referência da ferramenta P. de referência da ferramenta (Pr) – plano perpendicular à direção admitida de corte; Plano de corte da ferramenta (Ps) – plano perpendicular ao plano de referência que é tangente ou contém a aresta de corte da ferramenta; Plano ortogonal da ferramenta (Po) – plano ortogonal aos planos de referência e de corte da ferramenta; Plano admitido de trabalho (Pf) – plano perpendicular ao plano de referência da ferramenta, definido pelas direções de avanço e Vc. Plano normal à aresta de corte (Pn) – plano que é perpendicular à aresta de corte. 13 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Plano de Referência: Plano de Referência da Ferramenta - Pr: plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular à direção admitida de corte. Esta é escolhida de maneira que o plano de referência da ferramenta seja o mais possível paralelo ou perpendicular à uma superfície ou eixo de ferramenta. Plano de Referência Efetivo - Pre: plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular à direção efetiva. 14 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Plano de Corte: Plano de Corte Principal da Ferramenta - Ps: plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é tangente à aresta de corte e perpendicular ao plano de referência da ferramenta. Plano de Corte Secundário da Ferramenta – Ps': plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é tangente à aresta secundária de corte e perpendicular ao plano de referência da ferramenta. 15 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Plano de Ortogonal (Plano de Medida) : Plano Ortogonal da Ferramenta - Po: plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular aos planos de referência e de corte da ferramenta. 16 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Plano de Trabalho: Plano Admitido de Trabalho - Pf: plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular ao plano de referência e paralelo a direção admitida de avanço. É escolhido de tal forma que fique o mais possível paralelo ou perpendicular à uma superfície ou eixo da ferramenta, respectivamente. 17 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Plano Dorsal da Ferramenta - Pp: plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular aos planos de referência da ferramenta e admitido de trabalho. Plano Normal a Aresta de Corte Pn (ou PLANO EFETIVO NORMAL À ARESTA DE CORTE Pne): plano que, passando pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular à aresta de corte S. 18 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Planos do sistema de referência da ferramenta 19 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Planos do sistema de referência da ferramenta 20 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos da Cunha Cortante Ângulos medidos no plano de referência da ferramenta ou efetivo: Ângulo de Posição, r , re Ângulo de Ponta, r , re Ângulo de Posição Secundário, ’r , ’re Vale: r + r + ’r = 180o 21 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos medidos no plano de referência Ângulo de Posição da Ferramenta r: ângulo entre o plano de corte da ferramenta Ps e o plano admitido de trabalho Pf, medido no plano de referência da ferramenta. É sempre positivo e situa-se sempre fora da cunha cortante, de forma que o seu vértice indica a ponta de corte. Este ângulo indica a posição da aresta de corte. Ângulo de Posição Secundário da Ferramenta ’r: ângulo entre o plano de corte secundário da ferramenta Ps e o plano admitido de trabalho Pf, medido no plano de referência da ferramenta. É sempre positivo e situa-se sempre fora da cunha cortante, de forma que o seu vértice indica a ponta de corte. Este ângulo indica a posição da aresta secundária de corte. Ângulo de Ponta da Ferramenta r: ângulo entre os planos principal de corte Ps e secundário de corte P’s medido no plano de referência da ferramenta 22 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos da Cunha Cortante Ângulo medido no plano de corte da ferramenta ou efetivo: Ângulo de Inclinação, s , se 23 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulo medido no plano de corte Ângulo de Inclinação da Ferramenta s: ângulo entre a aresta de corte e o plano de referência da ferramenta Pr, medido no plano de corte da ferramenta Ps. Ângulo de Inclinação Efetivo se: ângulo entre a aresta de corte o plano de referência efetivo Pre, medido no plano de corte efetivo Pse. 24 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos da Cunha Cortante Ângulos medidos no plano ortogonal (ou de medida) da ferramenta ou efetivo: Ângulo de Saída, o , oe Ângulo de Cunha, , Ângulo de Folga, o , oe Vale: o + + o = 90o 25 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos medidos no plano ortogonal Ângulo de Saída da Ferramenta o: ângulo entre a superfície de saída A e o plano de referência da ferramenta Pr, medido no plano ortogonal da ferramenta Po. O ângulo de saída é sempre um ângulo agudo. Ele é positivo quando, a interseção entre a superfície de saída e o plano ortogonal encontra-se na região posterior em relação ao plano de referência, orientando-se para tanto segundo o sentido de corte. 26 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos medidos no plano ortogonal Ângulo de Cunha da Ferramenta o: ângulo entre as superfícies de saída A e de folga A, medido no plano ortogonal da ferramenta Po. Ângulo de Folga da Ferramenta o: ângulo entre a superfície de folga A e o plano de corte da ferramenta Ps, medido no plano ortogonal da ferramenta Po. 27 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE 28 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos de uma ferramenta de torneamento 29 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos de uma fresa de facear 30 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Ângulos de uma broca helicoidal 31 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE FUNÇÕES E INFLUÊNCIA DOS ÂNGULOS DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Folga (o) Evitar atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta. Se o é pequeno, a cunha não penetra convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente, grande geração de calor e prejudica o acabamento superficial. Se o é grande, a cunha da ferramenta perde resistência, podendo soltar pequenas lascas ou quebrar. o depende principalmente da: resistência do material da ferramenta e da peça a usinar. Geralmente 2o o 14 o. 32 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE FUNÇÕES E INFLUÊNCIA DOS ÂNGULOS DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Saída (o) Influi decisivamente na força e na potência necessária ao corte, no acabamento superficial e no calor gerado. Quanto maior o menor será o trabalho de dobramento do cavaco. o depende principalmente da: - resistência do material da ferramenta e da peça a usinar. - quantidade do calor gerado pelo corte. - velocidade de avanço (vf). o negativo é muito usado para corte de materiais de difícil usinabilidade e em cortes interrompidos, com o inconveniente da necessidade de maior força e potências de usinagem e maior calor gerado na ferramenta. Geralmente -10o o 30 o. 33 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Quanto a aplicação as fresas são classificadas em tipo: W (α=8º, β=57º e γ=25º) - materiais de baixa dureza: alumínio, bronze e plásticos. N (α=7º, β=73º e γ=10º) -materiais de média dureza: aços até 700N/mm2. H (α=4º, β=81º e γ=4º) -materiais duros: aços acima de 700N/mm2. 34 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE FUNÇÕES E INFLUÊNCIA DOS ÂNGULOS DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Inclinação (s) Controlar a direção de saída do cavaco. Proteger a quina da ferramenta contra impactos. Atenuar vibrações. Geralmente -4o s 4 o. 35 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE FUNÇÕES E INFLUÊNCIA DOS ÂNGULOS DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Posição (r ) Distribui as tensões de corte favoravelmente no início e no fim do corte. Aumenta o ângulo de ponta (r), aumentando a sua resistência e a capacidade de dissipação de calor. Influi na direção de saída do cavaco. Produz uma força passiva na ferramenta, reduzindo vibrações. Geralmente 30o r 90 o. Em perfilamento pode ser maior que 90o. 36 Capítulo 3: NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE Em relação à geometria da fresa: evita-se Xr = 90º, exceto quando o projeto prevê este ângulo. Xr deve ser menor que 90º devido: Saída do cavaco mais fácil; Menor tendência a vibrações (se Xr = 90º, a força radial é muito maior que a força axial, o que provoca vibrações). Maior resistência devido ao maior ângulo de ponta da ferramenta (εr = 180º - Xr – Xr’). Valores usuais de Xr são 75º, 60º e 45º. Geometria da fresa