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Departamento de Economia
ECO 1800 - Técnicas de Pesquisa em Economia
Lista Teórica 1
Parte I: Dados em Painel
1. Exercício 13.3 do Wooldridge.
2. Exercício 13.5 do Wooldridge.
3. Exercício 13.6 do Wooldridge.
4. Em um modelo com efeito individual não observado (ai),
itiitit uaxy +++= βα (1)
redefina o erro como vit = ai + uit, onde: (i) ai é não-correlacionado com uit e tem variância
constante e igual a σa2 ; (ii) uit tem variância constante e igual a σu2; (iii) uit é não-
correlacionado com x, além de serialmente não-correlacionado.
a) Explique por que, sob as hipóteses acima, o estimador de MQO da equação (1) é
consistente mas ineficiente.
Defina, agora, a equação transformada:
( ) ( ) ( )iitiitiit vvxxyy λλβλαλ −+−+−=− )1( (2)
onde λ=1−[ σu2/( σu2 + T σa2)]1/2.
O estimador de efeitos aleatórios é obtido pela aplicação de MQO nessa equação
transformada.
b) Defina ( )iitit vve λ−= . Mostre que, para t≠s, cov(eit,eis��)=0�. Você deve primeiro
mostrar que E(eit) = 0; depois, que Var(eit) = σu2, t=1,....T; e, enfim, provar o resultado
desejado.
c) Qual a implicação do resultado do item anterior para as propriedades do estimador de
MQO na equação transformada (2) - isto é, para as propriedades do estimador de
efeitos aleatórios?
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d) Compare a equação (2) com a equação transformada associada ao estimador de efeitos
fixos:
( ) ( ) ( )iitiitiit uuxxyy −+−=− β (3)
Sob que condições as duas equações (e, portanto, também os dois estimadores – efeitos fixos
e aleatórios) são idênticas? Isso faz sentido?
e) Agora compare a equação do estimador de efeitos aleatórios, (2), com a equação
original (1). Sob que condições as duas equações (e, portanto, também os dois
estimadores - efeitos aleatórios em (2) e MQO em (1)) são idênticas? Isso faz sentido?
5. Deseja-se estimar, para um painel com dois períodos e 500 indivíduos, a equação
ln (Rendit) = β0 + δT2 + ai + β1 Informal it + uit
Onde: T2 é uma dummy para o segundo período.
Rend=rendimento
Informal=dummy igual para trabalhadores informais e zero caso contrário
ai é um efeito individual não observado
uit é um erro não-correlacionado com as variáveis explicativas
(i) Qual é o possível problema em estimar esse modelo por MQO (“pooled”)?
(ii) Reescreva o modelo acima em primeira diferença e mostre como isso resolve o problema
acima.
(iii) Cite um outro método através do qual o problema citado poderia ser solucionado.
(iv) Por que não podemos incluir uma variável dummy para gênero nas regressões dos itens (ii)
e (iii)?
6. A tabela abaixo apresenta os resultados de regressões que usam dados de 27 Unidades da
Federação (UFs) brasileiras em diferentes períodos, que vão de 1992 a 2002. Nessas regressões, a
variável dependente é a porcentagem de domicílios, em cada UF, cuja renda per capita está abaixo
da “linha de pobreza extrema”. Na primeira coluna é estimada uma regressão por Mínimos
Quadrados Ordinários com os dados “empilhados” (“pooled”). A segunda coluna apresenta o
resultado da regressão com efeitos fixos e na terceira coluna são mostrados os resultados com
efeitos aleatórios.
As variáveis explicativas que aparecem nas regressões são as seguintes:
• Desig = Desigualdade de renda em cada UF medida pelo índice de Gini.
• Educ = média dos anos de educação em cada UF
• “Dummies” de tempo, representadas por: D1992, D1993,.....D2001.
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Variável dependente: Proporção de domicílios na pobreza extrema
Coeficiente Estatística-t Coeficiente Estatística-t Coeficiente Estatística-t
desig 0.668 5.79 0.315 3.51 0.368 4.06
educ -0.060 -15.74 -0.016 -2.01 -0.039 -6.15
D1992 - - - - - -
D1993 -0.005 -0.33 -0.005 -0.71 -0.005 -0.68
D1995 -0.051 -3.36 -0.056 -7.73 -0.052 -6.94
D1996 -0.040 -2.61 -0.050 -6.44 -0.043 -5.44
D1997 -0.029 -1.87 -0.043 -5.25 -0.033 -4.10
D1998 -0.032 -2.08 -0.052 -6.01 -0.040 -4.71
D1999 -0.014 -0.90 -0.043 -4.60 -0.027 -3.02
D2001 -0.010 -0.61 -0.044 -4.39 -0.025 -2.70
Constante 0.107 1.42 0.099 1.50 0.175 2.75
Obs.
Teste de Hausman
χ2(9)
(1) (2) (3)
MQO Efeitos fixos Efeitos aleatórios
19.41
216 216 216
a) Sob que condições cada um dos estimadores acima é consistente?
b) Comparando os coeficientes estimados para as variáveis desig e educ nas colunas (1) e (2)
da tabela acima, notamos que os coeficientes estimados por MQO são maiores em módulo
do que os estimados usando efeitos fixos. O que pode explicar essas diferenças entre os
coeficientes nas duas regressões? Exemplifique sua argumentação adequadamente.
c) Na regressão com efeitos fixos:
(i) Podemos incluir uma “dummy” para a região geográfica (Norte, Nordeste etc.) da
UF? Em caso negativo, por que não? Em caso positivo, como isso seria feito?.
(ii) Podemos reespecificar o modelo de modo a estimar de que forma o efeito da
educação varia entre regiões geográficas? Em caso negativo, por que não? Em
caso positivo, como isso seria feito?
d) O valor-p do teste de Hausman apresentado na tabela acima é menor que 0,025. Qual a
conclusão que podemos tirar desse teste? Explique.
e) Em geral, sob que condições o estimador de efeitos aleatórios seria superior ao estimador de
efeitos fixos?
f) Qual é a interpretação dos coeficientes associados às “dummies” de tempo? Como a inclusão
dessas “dummies” na regressão se diferencia da inclusão de uma tendência temporal linear?
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7. Suponha que você esteja interessado em saber qual é o efeito do preço da gasolina sobre a
demanda por esse produto. Você tem à sua disposição os resultados estimados para 18 países com
dados anuais de 1960 a 1978 da seguinte equação:
Ln (gasolina/carros)it = α + β1 (Y/N) it + β 2 (PG) it + β 3 (carros/N) it + u it
Onde:
(gasolina/carros)it = consumo de gasolina por automóvel no país i no ano t.
(Y/N)
it = renda real per capita no país i no ano t.
(PG) it = preço real da gasolina no país i no ano t.
(carros/N)
it = número de carros per capita no país i no ano t.
A tabela abaixo apresenta os resultados estimados usando Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e
Efeitos Fixos.
Coeficientes estimados
MQO Efeitos Fixos
1
ˆβ 0,89
(0,04)
0,66
(0,07)
2
ˆβ -0,89
(0,03)
-0,32
(0,04)
3
ˆβ -0,76
(0,02)
-0,64
(0,03)
a) Após observar esses resultados, uma economista afirma: “O efeito do preço da gasolina sobre o
consumo está estimado de forma viesada ao usarmos MQO, mas não ao usarmos o estimador
de efeitos fixos. Logo, a estimação por efeitos fixos é mais confiável”. Explique (sucintamente)
cada passo da argumentação da economista, exemplificando adequadamente.
b) Um segundo economista sugere estimar a equação de demanda por gasolina usando efeitos
aleatórios. Quais as condições para que isso seja apropriado? Você concorda com a sugestão
desse economista? Explique.
c) Um terceiro economista sugere estimar a equação de demanda por gasolina reespecificando o
modelo em primeiras diferenças. Sob que condições (se houver) esse procedimento é preferível
à estimação por MQO? Sob que condições (se houver) esse procedimento não é preferível à
estimação por MQO?
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8. Você trabalha no Ministério da Justiça do Brasil, onde há grande preocupação com os elevados
índices de criminalidade nos municípios brasileiros. O Ministro da Justiça lhe solicita a realização
de um estudo econométrico para comprovar a hipótese de que um aumento do número de
policiais per capita do município poderia reduzir os índices de criminalidade. Para uma amostra
aleatória dos municípios da Federação, você dispõe de dados anuais
entre 2000 e 2004, inclusive:
Crime: Número de crimes (em unidades) PIB: PIB (em R$ milhões)
Pop: População (em 1.000 habitantes) SalPol: Salário médio dos policiais do município (em R$)
Esc: Escolaridade média da população (em anos) EduPol: Educação média dos policiais do município (em
anos)
Rural: Variável binária (dummy) indicando se o
município é rural
ExpPol: Experiência média dos policiais do município (em
anos de serviço)
Ind: Variável binária (dummy) indicando se o
município é industrial
IdPol: Idade média da população (em anos)
Des: Índice de desigualdade social NumPol: Número de policiais per capita do município
U: Taxa de desemprego (em %) Cond: Percentual dos crimes que foram resolvidos e o(s)
criminosos foram efetivamente condenados
Apo: Número de aposentados do município NumEsc: Número de escolas per capita do município
Além disso, você dispõe dos seguintes dados para o Brasil como um todo:
PIBBrasil: PIB do Brasil (em R$ bilhões) TxJuros: Taxa de juros (em %)
UBrasil: Taxa de desemprego (em %) IdPopBrasil: Idade média da população (em anos)
Salmin: Salário mínimo Inf: Taxa de inflação
(a) Proponha um modelo econométrico a ser estimado usando parte, ou a totalidade, das variáveis
acima que permita testar a hipótese de interesse e ao mesmo tempo possa explicar as principais
causas dos elevados índices de criminalidade. Caso a hipótese não seja rejeitada, determine o
aumento percentual do número de policiais per capita requerido para reduzir os índices de
criminalidade em 15%. Seja preciso no que se refere aos seguintes pontos, justificando-os
adequadamente:
− Defina claramente a forma funcional da equação a ser estimada;
− Defina claramente a variável dependente da equação.
− Defina claramente as variáveis explicativas incluídas na equação.
− Defina claramente possíveis variáveis que não estão listadas acima e que deveriam
ser incluídas no modelo.
− Defina claramente os índices de cada variável, ou seja, indique precisamente quais
variáveis variam somente ao longo do tempo, quais variam unicamente entre municípios e
quais variam em ambas as dimensões;
− Defina claramente, em termos dos parâmetros do seu modelo, a hipótese a ser testada.
− Defina os possíveis fatores não observados, fixos ao longo do tempo, que poderiam
afetar os índices de criminalidade. Como você incluiria esses fatores no seu modelo?
(b) Como você estimaria o modelo definido no item anterior? Justifique cuidadosamente.
(c) Suponha que os níveis de escolaridade de todos os municípios da amostra tenham se mantido
constantes ao longo do tempo. O método de estimação proposto por você permite estimar a
elasticidade entre escolaridade e índices de criminalidade?
(d) Explique como você testaria a hipótese de interesse. Seja preciso no que se refere ao nível de
significância, valor crítico e regra de rejeição do teste.
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9. A fim de analisar a relação entre comparecimento às aulas e desempenho escolar, um economista
australiano observou os alunos do Curso de Estatística da Universidade de Wollongong durante um semestre
(J.R.Rodgers, “A Panel-Data Study of the Effect of Student Attendance on University Performance,
Australian Journal of Education, 45(3), 2001”). O semestre era dividido em 4 períodos, e ao final de cada
período o aprendizado da matéria era avaliado a partir da realização de uma prova.
Com base nas informações sobre a freqüência dos alunos às aulas e seu desempenho nas provas de cada
período do semestre, o economista inicialmente estimou a seguinte equação por MQO (usando apenas as
observações referentes aos 167 alunos que fizeram todas as provas):
(NOTA)it = α + β1 (FREQUENCIA)it + β 2 (DUM1)t + β 3 (DUM2)t + β 4 (DUM3)t + u it
Onde:
(NOTA)it = nota do aluno i na prova do período t.
(FREQUENCIA)
it = freqüência de comparecimento do aluno i às aulas do período t.
(DUM1)t = variável dummy para o período 1.
(DUM2)t = variável dummy para o período 2.
(DUM3)t = variável dummy para o período 3.
uit = termo de erro.
A estimativa obtida para o parâmetro 1ˆβ foi de 0,20, com erro-padrão 0,01.
a) Qual é a implicação desse resultado para a relação esperada entre comparecimento às aulas e
desempenho escolar? Por que é provável que essa estimativa esteja viesada?
b) Qual é a relevância de se incluir na regressão as dummies DUM1, DUM2 e DUM3?
Em seguida, o economista reestimou a equação acima através de dois métodos distintos, obtendo os
seguintes resultados:
− Efeitos fixos: 1ˆβ = 0,05, erro-padrão = 0,024
− Efeitos aleatórios: 1ˆβ = 0,10, erro-padrão = 0,01
c) Esses resultados fazem sentido, à luz de sua resposta ao item (a)?
d) A estatística do teste de Hausman para testar efeitos fixos contra efeitos aleatórios foi 17,73 (p-valor
0,0014). O que isso significa?
Por fim, o economista estimou novamente a equação acima, adicionando, porém, outras variáveis
explicativas, dentre as quais: (i) nota média do aluno i nas outras matérias cursadas no semestre sob
investigação; (ii) dummy de sexo; (iii) dummy para aluno em tempo integral. A nova estimativa para 1ˆβ foi
de 0,06, com erro-padrão 0,02.
e) Compare essa nova estimativa com as obtidas anteriormente, discutindo as razões para eventuais
semelhanças ou diferenças.
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10. Seja ity a taxa de desemprego no município i no período t. Você está interessado em estudar os efeitos
de um programa federal de treinamento e qualificação profissional sobre o desemprego dos municípios. Seja
iz um vetor de k características observáveis que variem entre municípios mas sejam constantes no tempo (o
Estado em que o município se localiza, por exemplo). Seja itx um vetor de p características observáveis que
variem entre municípios e no tempo. A variável itprog é a dummy indicadora da participação no programa:
itprog =1 se o município i participa do programa no período t. Qualquer seqüência de participação é
possível, ou seja, certo município pode participar em um período mas não em outro.
a) (0,5 ponto) Considere o seguinte modelo estimado por MQO:
itititiit uprogxzy ++++= 1δβγα , i=1,2,...,N; t=1,2,...,T
onde o erro do modelo é dado por: itiit vcu += .
Avalie a seguinte afirmativa: “Esse modelo é de utilidade limitada porque os estimadores de MQO serão
inconsistentes se os erros { itu } forem autocorrelacionados”. [Concorda? Discorda? Por quê?]
b) (0,75 ponto) Suponha que 0),|( =itiit xzuE e 0)|( =itit progvE , mas você suspeite que a
participação no programa dependa de características não observáveis das cidades constantes no tempo –
isto é, que 0)|( ≠iti progcE . Como você testaria essa hipótese? Explique detalhadamente.
c) (0,75 ponto) Suponha que suas suspeitas no item anterior tenham sido confirmadas – isto é, que o teste
proposto no item anterior indique que 0)|( ≠iti progcE . Que método de estimação você usaria para
estimar a regressão de interesse? Justifique!
d) (0,5 ponto) Você consegue estimar todos os parâmetros 1 e ,, δβγα a partir do método proposto no item
anterior? Explique.
e) (0,5 ponto) Suponha agora que, em vez de depender das características não observáveis das cidades
constantes no tempo, a participação no programa dependa de efeitos temporais não observados tθ (por
exemplo, fatores macroeconômicos que variem no tempo mas afetem todos os municípios da mesma
forma). Logo, o modelo apropriado é agora:
ittititiit vprogxzy +++++= θδβγα 1 , i=1,2,...,N; t=1,2,...,T
Uma forma de controlar para tais efeitos temporais seria através da introdução de variáveis dummy para
cada período. Suponha, porém, que você não queira introduzir dummies para cada período. Que
transformação do modelo acima pode ajudar a resolver a omissão do efeito temporal
e tornar o modelo
transformado estimável consistentemente por MQO? (Mostre algebricamente a transformação utilizada).
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Parte II: Séries Temporais
1. Considere a seguinte versão modificada do modelo de Samuelson (Review of Economics and
Statistics, maio de 1939) de interação entre o “multiplicador keynesiano” e o “princípio do
acelerador”:
( )1
1
−
−
−=
+=
++=
ttt
ttt
ttt
cci
yc
gicy
β
εα
onde y, c, i, g e ε são, respectivamente, a renda nacional, o consumo, o investimento, os gastos
do governo e um distúrbio i.i.d. com média zero; α e β são parâmetros positivos que
representam o multiplicador e o acelerador, respectivamente. Note que os gastos do governo
são constantes no tempo.
a) Mostre que a trajetória da renda pode ser descrita por um modelo ARMA(2,1). Você deve
definir adequadamente o erro do modelo ARMA e especificar a relação entre os coeficientes
desse modelo e os parâmetros do modelo estrutural.
b) Que restrições os coeficientes α e β devem satisfazer para que o processo que descreve a
trajetória da renda seja estacionário? Desenhe a região de estacionariedade em um gráfico
tendo α no eixo vertical e β no horizontal.
c) Suponha α = β = 0,5 e g = 100. O processo é estacionário? Caso positivo, em torno de qual
valor a renda deve flutuar?
2. Considere o processo estocástico definido por
11),,0NID(~, 02110 <<−++= − φσεεφφ tttt YY
Prove que o processo {Yt; t = 1, ..., T} é estacionário de segunda ordem.
3. Considere o processo estocástico definido por
),0NID(~, 2332211 σεεεθεθεθεθµ ttqtqttttY ++++++= −−−− L
Prove que para quaisquer valores de θ1,..., θq, o processo {Yt; t = 1, ..., T} é estacionário de
segunda ordem.
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4. Verifique a estacionariedade dos processos ARIMA abaixo:
a) tttt uyyy +−= −− 21 1.07.0
b) tttt uyyy +−= −− 21 5.0
c) 11 8.05.02 −− +++= tttt uuyy
d) tt uByBB )5.01()1.09.01( 2 −=−−
e) ttt uyy ++= −110
5. Considere o seguinte processo estocástico:
Yt = 0,8 Yt-1 – 0,2 Yt-2 + ut – 1,5 ut-1 + 0,5 ut-2 ut ~ ruído branco
Todo número complexo x = a + bi, onde 1−=i , pode ser
representado por um vetor num plano cartesiano; sua
coordenada horizontal é a parte real do número (a), enquanto
que a coordenada vertical é sua parte imaginária (b). Dessa
forma, localize no plano ao lado, em que os quadrados
pontilhados têm lado unitário, a(s) raíz(es) do polinômio φ(B)
do processo Yt, calculando também o módulo
(“comprimento”) dela(s). O que a localização dessa(s) raíz(es)
no plano indica sobre o processo Yt?
6. Mostre que a soma de dois processos estocásticos estacionários independentes também é um
processo estacionário.
7. Considere o processo estocástico:
>
=
=
−
1
1
1 tz
t
z
t
t
ω
onde ω é uma variável aleatória qualquer. O processo é estacionário? É ergódico (isto é,
“assintoticamente independente”)?
Re
Im
10
8. Calcule a função de autocorrelação dos processos abaixo. Mostre os 5 primeiros valores da FAC num
gráfico.
(a) ttt uyy += −15.0
(b) 21 3.02.0 −− −−= tttt uuuy
9. Considere o seguinte processo estocástico:
21 )3,0()1,0( −− −−= tttt uuuY (*)
ut ~ N(0, 1)
(a) Que formato você esperaria para a FAC e FACP de uma realização do processo?
(b) O economista A observa uma realização do processo, sem saber que o verdadeiro processo gerador dos
dados é (*). Ele deseja identificar o processo através da análise da FAC e FACP amostral. Mas o
economista B, que conhece o processo gerador (*), afirma: “Dificilmente o economista A conseguirá
identificar corretamente o processo, a menos que disponha de número muito grande de observações”.
Comente essa afirmação.
10. A FACP teórica de um processo ARIMA decai exponencialmente (em módulo), enquanto que sua FAC
teórica tem o seguinte gráfico, onde ρ(k) = 0 para k > 2:
Escreva a equação completa do processo, com o valor teórico dos parâmetros e verifique se ele é
estacionário. Suponha que Var(ut) = 2 e a Var(Yt) = 12. [Dica: Primeiro escreva a equação do processo em
função de parâmetros desconhecidos; em seguida, calcule o valor desses parâmetros a partir da função de
autocorrelação do processo e das informações acima.]
Defasagem 1
2
1/3
-1/2
11
11. Um processo da classe ARIMA apresenta os seguintes formatos para a FAC e FACP:
F A C
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
D efasagem
F AC P
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Def asag em
Você observa uma realização do processo até o período T e deseja prever os valores que serão observados
em T+1 e T+2. Além da FAC e FACP acima, você dispõe das seguintes informações: (i) a média do processo
é 10; (ii) o valor de Y em T é 12; (iii) as inovações ut têm distribuição N(0,1).
(a) Calcule as previsões para T+1 e T+2.
(b) Calcule a variância do erro de previsão para as previsões acima.
(c) O intervalo de confiança para suas previsões é maior em T+1 ou T+2? Comente.
(d) Qual é o valor previsto para T+100?
12. Você deseja prever a taxa de inflação a partir de um modelo ARIMA. A FAC e FACP amostrais da taxa
de inflação mensal encontram-se retratadas abaixo:
(a) Com base nos gráficos acima, que tipo de modelo ARIMA parece constituir uma boa aproximação
para a série em questão?
(b) Quais informações adicionais você gostaria de obter a fim de certificar-se de que o modelo escolhido
no item anterior é realmente adequado?
(c) Supondo que você disponha de informações até maio de 2009, explique como você obteria previsões
para junho e julho de 2009, e para junho de 2012.
(d) Um colega sugere estimar um modelo para a inflação em função da taxa de câmbio e da taxa de
juros, pois acredita que tais variáveis possam aumentar a capacidade preditiva do modelo,
relativamente a um modelo univariado da classe ARIMA. Como você compararia as previsões dos
dois modelos, a fim de escolher aquele com melhor capacidade preditiva?
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13. Considere o seguinte modelo macroeconômico:
pipiλpi tEttt uy ++= (1)
y
t
E
ttt uiy +−= − )( 1 piγ (2)
1−= t
E
t pipi (3)
)( pipiρ −+= tt ii (4)
onde:
0 ,01 ,10
0 média com i.i.d. choques"" ,
)(constante inflação de meta
)(constante "equilíbrio de" nominal juros de taxa
tperíodo no nominal juros de taxa
1)-(tanterior período o até informação em base com t,em inflação da aexpectativ
tperíodo no produto do hiato
tperíodo no inflação
≥<<−<<
=
=
=
=
=
=
=
ργλ
pi
pi
pi
pi y
tt
t
E
t
t
t
uu
i
i
y
A equação (1) é uma “curva de Phillips” que relaciona a inflação corrente ao hiato do produto e à expectativa
passada da inflação, além de um “choque de oferta”. A equação (2) é uma relação do tipo IS, na qual o hiato
do produto depende da taxa de juros real no período anterior e de um “choque de demanda”. A equação (3) é
a regra de formação de expectativas, segundo a qual a inflação esperada para o período t é simplesmente a
inflação observada no período t-1. Finalmente, a equação (4) é a regra de política monetária do Banco
Central, que determina a taxa de juros nominal em função do desvio entre a inflação corrente e a meta de
inflação.
(a) Mostre que a trajetória da inflação pode ser descrita por um processo ARMA(p,q). Você deve definir
adequadamente o erro do modelo ARMA e especificar a relação entre os coeficientes desse modelo e
os parâmetros do modelo estrutural
acima.
(b) Considere três possíveis valores para o coeficiente ρ na regra de política monetária do Banco
Central: 0, 1 e 2. Em cada caso, diga se a inflação segue um processo estacionário ou não-
estacionário (de segunda ordem), justificando sua resposta adequadamente. O que você pode inferir,
a partir desses resultados, acerca da condução adequada da política monetária nessa economia?
14. Considere os seguintes processos estocásticos:
),0(~ e ),0(~
0, 0, , 10 onde (II)
(I)
22
1
1
x
x
ty
y
t
xy
x
ttxt
y
ttyt
NuNu
uXX
uYY
σσ
µµφφµ
µ
≥≥<<++=
++=
−
−
(a) Por que se diz que o processo Y é um “processo com raiz unitária”?
(b) Mostre de que forma os valores de Xt e Yt dependem de todos os respectivos choques aleatórios
(u´s) ocorridos no passado.
(c) O que os resultados do item (b) implicam em termos da persistência ou transitoriedade dos
efeitos dos choques que afetam Y e X? E em termos das médias e das variâncias de Y e X?
(d) Na sua opinião, qual desses processos representaria uma melhor aproximação para o
comportamento do PIB do país? E para o comportamento da taxa de juros real? Em cada caso,
seria mais razoável considerar 0=µ ou 0>µ ?
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15. Um economista analisa uma série temporal macroeconômica com freqüência mensal, abrangendo o
período de janeiro de 1970 a dezembro de 2004. Abaixo, o gráfico do logaritmo da série e uma tabela
com suas FAC e FACP:
2.2
2.4
2.6
2.8
3.0
3.2
3.4
30 40 50 60 70 80 90 00
Defasagem FAC FACP
1 0.997 0.997
2 0.994 -0.129
3 0.990 -0.070
4 0.986 -0.016
5 0.981 0.017
6 0.977 0.011
7 0.973 -0.015
8 0.969 0.007
9 0.965 -0.023
10 0.961 -0.021
a) Que propriedade importante o processo gerador dessa série parece não possuir, e qual a sua relevância
para a estimação de um modelo da classe ARMA? Justifique sua resposta através do gráfico da série e da
tabela que o acompanha.
O economista calculou a primeira diferença da série mostrada no item anterior e, para essa série de
diferenças, obteve as seguintes FAC e FACP:
Defasagem FAC FACP
1 0.480 0.480
2 0.209 -0.028
3 0.077 -0.017
4 -0.008 -0.044
5 -0.032 -0.008
6 -0.039 -0.015
7 -0.042 -0.018
8 -0.002 0.036
9 0.000 -0.013
10 0.013 0.016
b) Lembrando que a distribuição assintótica das autocorrelações amostrais (FAC e FACP) pode ser
aproximada por uma distribuição normal com variância 1/T, onde T é o número de observações
amostrais, calcule o intervalo de confiança de 95% para a FAC e FACP. Até que defasagem a
FAC é estatisticamente significativa? E a FACP?
c) Com base nos itens anteriores, sugira um modelo ARIMA(p,d,q) para a série macroeconômica original,
especificando os valores dos hiperparâmetros e, se possível, fornecendo uma estimativa do(s)
parâmetro(s) da equação.
14
16. Suponha que o PIB brasileiro trimestral (com ajuste sazonal) seja representado pelo seguinte
processo estocástico:
)()( I
t
P
tt yyy += , (Equação 1)
onde Pty é o componente permanente (tendência) ou “PIB potencial” e Ity é o componente irregular
out “hiato do produto”. Suponha ainda que:
,
,
11
)(
22
)(
110
)(
)(
tt
I
t
I
t
I
t
P
t
yyy
btay
ηηθφφφ +−++=
+=
−−−
(Equação 2)
onde a, b, φ0, φ1, φ2 e θ1 são parâmetros desconhecidos, ut e tη são dois ruídos-branco com média
nula e variâncias 2uσ e
2
ησ , respectivamente e ( ) τητ ,,0E tut ∀= . Suponha ainda que θ1 tenha
exatamente o mesmo valor do inverso de uma das raízes do polinômio auto-regressivo Φ(L) = (1 -
φ1L - φ2L2). Somente a série yt é observada. Você é um economista recém contratado do Banco
Central e a sua primeira tarefa é modelar o PIB trimestral do Brasil. Suponha que você tenha uma
amostra de 40 observações.
(a) (0,5 ponto) Explique como você obteria uma estimativa do PIB potencial e do hiato do
produto.
Um estagiário seu estimou o PIB potencial e encontrou as seguintes FAC e FACP para o hiato:
FAC
FACP
(b) (0,5 ponto) A FAC e a FACP estimadas pelo estagiário estão de acordo com o esperado?
Justifique cuidadosamente.
(c) (0,75 ponto) A partir do resultado do item (c) o seu estagiário resolveu estimar o seguinte
modelo MA(1) para o hiato e obteve os resultados abaixo:
Modelo Estimado
Variável Coeficiente
Erro
padrão
Estatística
t p-valor
Constante 2.598385 0.140002 18.55959 0.0000
MA(1) 0.667790 0.124203 5.376606 0.0000
R2 0.450413
R2 ajustado 0.435950
15
A FAC, FACP e a estatística Q de Ljung-Box para várias defasagens dos resíduos estão
apresentadas a seguir.
FAC
Estatística Q de Ljung-Box
Defasagem Q-
Stat P-valor
1 3,7683
2 17,172 0.000
3 20,661 0.000
4 24,881 0.000
5 29,067 0.000
6 31,517 0.000
7 32,498 0.000
8 32,570 0.000
9 32,572 0.000
10 33,063 0.000
FACP
Interpretando todas as estatísticas fornecidas, você acredita que o modelo estimado pelo
estagiário está adequado aos dados? Justifique cuidadosamente.
17. A figura abaixo apresenta a evolução mensal do número de cheques sem fundo para cada 1.000
compensados no Brasil, entre 1995 e 2005.
0
4
8
12
16
20
24
95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05
CSF
Nas aulas e listas, discutimos as características de vários processos estocásticos. Escreva as equações de dois
processos estocásticos que, na sua opinião, poderiam gerar séries temporais semelhantes à série de cheques
sem fundo acima – e, portanto, ser utilizados como aproximações do “verdadeiro” processo gerador da série
de interesse. Apresente todos os detalhes possíveis, explicitando possíveis valores (ou intervalos de valores)
para os coeficientes dos processos estocásticos selecionados. Justifique adequadamente a opção por esses
processos vis-à-vis processos alternativos, bem como a escolha dos valores atribuídos aos coeficientes de
cada processo.
16
18. Nos últimos anos, economistas de vários países latino-americanos têm manifestado preocupação com
uma possível “sobrevalorização” de suas respectivas moedas – isto é, de uma situação caracterizada por
um valor da moeda nacional, em relação às moedas estrangeiras, acima do que os “fundamentos
econômicos” justificariam. A fim de verificar a ocorrência desse fenômeno para El Salvador, um
economista decide decompor o logaritmo da taxa de câmbio efetiva real (LTCER) do país em um
componente “permanente”, associado à tendência de longo prazo da variável – e, portanto, aos
“fundamentos econômicos” – e um componente “transitório”, ou “cíclico”. Ele decide usar dois
métodos para calcular o componente “tendencial” de LTCER: (i) regressão em uma tendência linear; (ii)
filtro Hodrick-Prescott.
(a) Independentemente das características específicas da série temporal sob análise, você diria que, para esse
tipo de aplicação, um dos métodos parece mais apropriado do que o outro? Justifique.
A figura abaixo mostra o gráfico da série LTCER e de seu componente “tendencial” estimado pela regressão
na tendência linear. Note que aumentos de LTCER equivalem a desvalorizações da moeda nacional, de modo
que, de acordo com o resultado obtido, em 2005 a moeda de El Salvador estava, na verdade, fortemente
subvalorizada (pois a taxa de câmbio efetiva real se encontrava acima de seu valor tendencial), ao contrário
da expectativa inicial que motivou a análise.
4.4
4.6
4.8
5.0
5.2
5.4
5.6
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005
LTCER
COMPONENTE TENDENCIAL (REGRESSÃO EM t)
(b) Ao usar o filtro HP (com o parâmetro λ “padrão” sugerido por Hodrick e Prescott) para estimar o
componente tendencial de LTCER, o economista também encontra uma situação de subvalorização.
Entretanto, o grau de subvalorização (isto é, a magnitude do desvio entre LTCER e seu componente
tendencial) é diferente. Esboce no gráfico, à mão, uma possível estimativa do componente tendencial obtido
pelo filtro HP. Você acredita que, de acordo com essa estimativa, o grau de subvalorização deve ser maior ou
menor do que no caso anterior?
(c) Se o economista usasse, no cálculo do filtro HP, um valor mais baixo para o parâmetro λ, você acredita
que o grau de subvalorização encontrado seria maior ou menor do que nos casos anteriores?
19. Como você dessazonalizaria a série de produção física industrial mensal? Explique
detalhadamente.
17
20. O economista Pedro deseja realizar previsões da taxa de inadimplência nos empréstimos a pessoa física
para outubro e novembro/2009. A partir de 400 observações mensais da taxa de inadimplência (y), ele
estima o seguinte modelo AR(1):
ttt uyy ˆ8.02 1 ++= − , 36.0)ˆvar( =tu
A tabela abaixo apresenta as últimas informações disponíveis da taxa de inadmplência (y) e do resíduo da
regressão acima ( tuˆ ):
Período
ty tuˆ
Julho/09 8.6 0.2
Agosto/09 8.4 -0.48
Setembro/09 8 -0.72
a) (0,75 ponto) Calcule as previsões para outubro e novembro/2009, com seus respectivos intervalos de
confiança a 95%. Explicite quaisquer hipóteses necessárias para realizar tal tarefa.
b) (0,75 ponto) Qual seria uma previsão razoável, com seu respectivo intervalo de confiança, para a taxa de
inadimplência em dezembro de 2011?
A economista Paula decide investigar se o modelo AR(1) proposto por Pedro é realmente adequado para
representar a dinâmica da taxa de inadimplência. Para tanto, ela calcula a FAC e FACP amostrais para a taxa
de inadimplência a partir das 400 observações disponíveis, obtendo os seguintes resultados para as primeiras
12 defasagens:
Defasagem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
FAC 0.8792 0.6578 0.4592 0.2837 0.16 0.08 0.02 -0.007 -0.003 -0.006 -0.039 -0.069
FACP 0.8792 -0.507 0.32 -0.25 0.1628 -0.1 0.0502 0.002 0.042 -0.08 -0.048 0.075
c) (1 ponto) Com base na análise da FAC e FACP acima, indique, dentre os processos abaixo, aquele que
parece mais adequado para representar a série em questão:
(a) ttt uyy ++= −18.02
(b) tttt uyyy +++= −− 21 1.07.02
(c) 11 8.08.02 −− +++= tttt uuyy
(d) 11 8.08.02 −− −++= tttt uuyy
(e) ttt uyy += −1
(f) 18.02 −++= ttt uuy
18
d) (0,5 ponto) Após selecionar um dos processos acima, Paula estima o modelo correspondente. A FAC,
FACP e a estatística Q de Ljung-Box para várias defasagens dos resíduos do modelo estimado estão
apresentadas abaixo. Você diria que o modelo estimado por Paula parece adequado?
DEF FAC FACP Q-stat. [p-valor]
1 0.0721 0.0721 1.0455 [0.307]
2 0.0070 0.0018 1.0553 [0.590]
3 0.0066 0.0060 1.0641 [0.786]
4 -0.0236 -0.0247 1.1782 [0.882]
5 -0.0851 -0.0835 5.0685 [0.408]
6 -0.0266 -0.0074 5.2141 [0.517]
7 -0.0482 -0.0455 5.6967 [0.576]
8 -0.0791 -0.0729 6.9994 [0.537]
9 0.0139 0.0196 7.0401 [0.633]
10 0.0935 0.0854 9.2948 [0.504]
11 -0.0033 -0.0218 9.2972 [0.594]
12 -0.0819 -0.0903 11.5067 [0.486]
e) (0,75 ponto) Vimos acima que Pedro e Paula propõem aproximar o processo gerador da série de
inadimplência a partir de dois processos estocásticos distintos. Suponha que o VERDADEIRO processo
econômico gerador da taxa de inadimplência seja descrito pelo sistema de equações abaixo:
I.
1200 −++= ttt DJy βββ
II. tt JD 10 γγ +=
III.
ttt eJJ += −11δ
10 1 << δ
Onde y é a taxa de inadimplência, J é o desvio da taxa de juros real sobre os empréstimos em relação a
seu nível de equilíbrio e D é a taxa de desemprego, e todos os parâmetros do modelo são positivos.
Mostre que a trajetória da taxa de inadimplência segue um processo ARMA(p,q), definindo
adequadamente o erro do modelo ARMA e especificando a relação entre os coeficientes desse modelo e
os parâmetros do “verdadeiro” modelo econômico acima. [Dica: a forma mais fácil de resolver essa
questão é usando o operador de defasagem L de forma “esperta”.]
21. O gráfico abaixo apresenta a evolução da série trimestral de gastos reais do setor público brasileiro,
dessazonalizada e em logaritmo, G, para o período 1995-2008.
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
3.8
3.9
4.0
95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08
G
19
A economista Paula deseja estimar um modelo para captar a evolução dessa série. Ele está em dúvida entre
qual dos seguintes modelos utilizar:
),0(~ , ),0(~ 0, 0, , 10
onde G (IV)
G (III)
G (II)
G (I)
22
1
1
1
etut
ttttt
tt
ttt
ttt
iideiidu
eXXXt
ut
uG
uG
σσαµφ
φαµ
αµ
µ
φµ
≥≥<<
+=++=
++=
++=
++=
−
−
−
a) (0,5 ponto) Quais dos processos acima são estacionários (de 2ª.ordem) e quais não-estacionários?
b) (1,25 ponto) Quais são as diferenças fundamentais entre os processos acima? Ou seja, quais são as
diferenças entre as séries temporais “típicas” geradas por cada um desses processos? Qual (ou quais)
dos processos acima parece(m) constituir uma boa aproximação para o processo gerador da série de
interesse, G? Justifique cuidadosamente.
c) (0,5 ponto) Com base em sua resposta ao item anterior, qual seria um processo adequado para
representar o processo gerador da taxa de crescimento dos gastos (∆G)?
d) (0,5 ponto) O economista Pedro afirma: “Olhando para o período completo (1995-2008), realmente
fica-se em dúvida sobre o melhor modelo para representar a evolução de G. Mas se analisarmos
apenas o período 2000-2008, não há dúvida sobre qual é o melhor modelo”. Concorda? Discorda?
Por quê?
e) (0,5 ponto) A fim de verificar a validade da afirmação de Pedro, Paula estima regressões de G em
uma constante e em uma tendência determinística linear para o período completo e para o subperíodo
2000-2008, obtendo as seguintes séries de resíduos:
-.16
-.12
-.08
-.04
.00
.04
.08
.12
.16
.20
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008
RES_1995_2008 RES_2000_2008
onde RES_1995_2008 é a série de resíduos para o período completo e RES_2000_2008 é a série de
resíduos para o subperíodo 2000-2008. Esse gráfico realmente parece corroborar a afirmação de Pedro?
Ou não?