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SÉRIE Roberto Moreira de Almeida TEORIA GERAL DO PROCESSO Civil, Penal e Trabalhista 3.a edição revista e atualizada MATERIAL SUPLEMENTAR EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO Material Suplementar.indd 1Material Suplementar.indd 1 09/06/2011 17:09:3809/06/2011 17:09:38 1. SOCIEDADES E TUTELA JURÍDICA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Assinale a opção correta (A) o ser humano é um ser gregário, porque foi concebido para viver em sociedade; (B) desde os primórdios da humanidade, se tem notícias de que o ser humano se agru- pa; (C) o primeiro agrupamento social foi a família, depois advieram o clã, a tribo e, num estágio futuro, o Estado; (D) todas as opções estão corretas. Resposta: D. As assertivas “a”, “b” e “c” estão corretas. 02. Assinale a opção correta (A) a convivência humana em sociedade sempre exigiu o estabelecimento de regras de conduta destinadas a estabelecer uma certa paz social; (B) as regras disciplinadoras das condutas humanas em sociedade somente surgiram a partir do descobrimento da escrita; (C) as regras disciplinadoras das condutas humanas em sociedade somente surgiram com o advento do Estado; (D) as regras disciplinadoras das condutas humanas em sociedade surgiram a partir da idade moderna, com os ideais da liberdade, igualdade e fraternidade. Resposta: A. Sempre se observou a presença de regras de conduta destinadas a esta- belecer uma certa paz social em todas as sociedades, inclusive as primitivas. 03. A máxima latina do ubi homo, ibi societas; ubi societas, ibi jus pode ser enten- dida como: (A) existe direito sem sociedade e que existe sociedade sem direito; (B) não há direito sem sociedade e não existe sociedade sem direito; Material Suplementar.indd 2Material Suplementar.indd 2 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 SOCIEDADES E TUTELA JURÍDICA 3 (C) não existe direito sem sociedade, mas há sociedade sem direito; (D) existe direito sem sociedade, mas não há sociedade sem direito. Resposta: B. “Onde há o homem, existe a sociedade; onde há a sociedade, existe o direito”. 04. Assinale a opção correta (A) na sociedade individualista e complexa contemporânea, os confl itos intersubjetivos de interesses são a regra; (B) nasce um confl ito de interesses todas as vezes em que, para um mesmo bem, se voltem as atenções de no mínimo três pessoas; (C) ao desejo de afastar o interesse alheio em benefício de interesse próprio denomina-se pretensão; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. Ao desejo de afastar o interesse alheio em benefício de interesse próprio denomina-se pretensão). As opções A e B são incorretas (os conflitos de interesses, mesmo nas sociedades atuais, são exceções; e nasce um conflito de interesses todas as vezes em que, para um mesmo bem, se voltem as atenções de, no mínimo, duas pessoas. 05. Pode-se conceituar lide como (A) um confl ito de interesses qualifi cado por uma pretensão resistida ou insatisfeita; (B) um confl ito de desejos qualifi cado pela pretensão e resistência de uma única pessoa em relação a um mesmo bem; (C) um confl ito de interesses qualifi cado pela pretensão e resistência simultânea de duas ou mais pessoas em relação a um mesmo bem; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: A. Lide é conceituada como um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida ou insatisfeita. 06. É (são) forma(s) de composição dos litígios (A) a autodefesa ou autotutela, apenas; (B) a autodefesa e a autocomposição, somente; (C) a autodefesa, a autocomposição e a heterocomposição; (D) a autodefesa, a autocomposição, a heterocomposição e a justaposição. Resposta: C. Três são as formas de composição dos litígios: a autodefesa, a autocom- posição e a heterocomposição. 07. Sobre a autodefesa, é correto afi rmar (A) consiste na modalidade de solução dos litígios por obra dos próprios litigantes, quando um deles, ou ambos, resolve dispor do próprio interesse ou de parte dele e, com isso, põe fi m ao litígio; (B) é uma forma civilizada e justa para se solucionar os litígios; (C) o ordenamento jurídico admite o seu uso, sendo a matéria disponível, irrestritamente; (D) caracteriza-se por não haver um sujeito imparcial para a solução do litígio e o litigante mais forte ou mais astuto impor a sua vontade sobre a outra parte. Material Suplementar.indd 3Material Suplementar.indd 3 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida4 Resposta: D. São características da autodefesa a inexistência de um sujeito imparcial para a solução do litígio e a imposição da vontade do mais forte ou do mais astuto sobre o mais fraco). Opções incorretas A (conceito de autocomposição); B (é uma forma não civilizada e injusta de solucionar os litígios); C (o ordenamento jurídico, em regra, veda o uso da autodefesa, mesmo em questões disponíveis. 08. Acerca da autodefesa, marque a assertiva correta (A) a autodefesa, não obstante ter sido utilizada com bastante frequência em tempos idos, hodiernamente vem recebendo a repulsa estatal; (B) o legislador brasileiro tipifi cou a autodefesa como crime, intitulado de exercício arbitrário das próprias razões, quando a pessoa faz justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite; (C) a autodefesa somente é admitida quando a lei expressamente a admitir; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas são corretas. A autodefesa era bastante utilizada na Antiguidade, mas hoje é tipificada como crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345, CP). Somente é permitida quando a lei expressamente permitir. 09. É hipótese de autodefesa admitida pelo ordenamento jurídico brasileiro (A) a defesa da propriedade, sem limites; (B) o direito de cortar ramos, galhos e raízes de árvores limítrofes que ultrapassem os limites do terreno; (C) a prisão preventiva; (D) o direito de retenção por benfeitorias voluptuárias. Resposta: B. (Art. 1.283, C(C). Opções incorretas: A [a defesa da propriedade deve ser realizada nos limites da lei, ou seja, não pode o desforço imediato ir além do indispensá- vel à manutenção ou restituição da posse (art. 1.210, parágrafo único, C(C)]; C (a prisão em flagrante, não a prisão preventiva, é caso de autodefesa); D [há direito de retenção em casos de benfeitorias necessárias ou úteis, não nas benfeitorias voluptuárias (art. 1.219, C(C)]. 10. Sobre a autocomposição, é correto afi rmar (A) consiste na modalidade de solução dos litígios pela imposição da vontade individual do litigante mais forte ou mais astuto sobre o mais fraco; (B) sua prática é vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro; (C) pode ser endo ou extraprocessual; (D) é admitida quando o interesse material em litígio é disponível ou indisponível. Resposta: C. A autocomposição pode ocorrer dentro (endo) ou fora do processo (extra- processual). Opções incorretas: A (o conceito dado foi de autotutela ou autodefesa); B (a prática é permitida e até incentivada) e D (somente é admitida quando o interesse material em litígio é disponível). 11. É(são) modalidade(s) de autocomposição (A) desistência; (B) submissão; Material Suplementar.indd 4Material Suplementar.indd 4 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 SOCIEDADES E TUTELA JURÍDICA 5 (C) transação; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Três são as modalidades de autocomposição: a desistência, a submissão e a transação. 12. Haverá desistência (A) e a lide estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua pretensão; (B) mas a lide não estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua pretensão; (C) e a lide estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou renunciar à sua resistência; (D) mas a lide não estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua resistência. Resposta: A. Haverá desistência e a lide estará definitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua pretensão. 13. Há submissão (A) e o litígio estará defi nitivamente solucionado quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua pretensão; (B) mas a lide não estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua pretensão; (C) e a lide estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua resistência; (D) mas a lide não estará defi nitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua resistência. Resposta: C. Há submissão e a lide estará definitivamente solucionada quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à sua resistência. 14. Existe transação (A) mas o litígio não estará defi nitivamente solucionado quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à parte de sua pretensão e o outro abdicar de parte de sua resistência; (B) e o litígio estará defi nitivamente solucionado quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à parte de sua pretensão e o outro abdicar de parte de sua resistên- cia; (C) e o litígio estará defi nitivamente solucionado quando um dos litigantes vier a abrir mão da totalidade de sua pretensão e o outro abdicar de parte de sua resistên- cia; (D) e o litígio estará definitivamente solucionado quando um dos litigantes vier a abrir mão de parte de sua pretensão e o outro abdicar da totalidade de sua resistência. Resposta: B. Existe transação e o litígio estará definitivamente solucionado quando um dos litigantes vier a abrir mão ou a renunciar à parte de sua pretensão e o outro abdicar de parte de sua resistência. Material Suplementar.indd 5Material Suplementar.indd 5 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida6 15. Sobre heterocomposição, é inverdade afi rmar (A) a heterocomposição é a modalidade de solução de litígios derivada da atuação de um terceiro, o qual fi xa a regra solucionadora do confl ito a ser cumprida pelo vencido, sob pena de eventual execução forçada; (B) duas são as espécies de heterocomposição: a arbitragem e a jurisdição; (C) a arbitragem é obrigatória em certos casos; (D) o juízo arbitral está disciplinado na Lei 9.307/1996, a qual prevê duas hipóteses para a implementação da convenção de arbitragem: a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. Resposta: C. Pretende-se saber qual a assertiva falsa. No caso, apenas a opção C está incorreta, porque a arbitragem é um método facultativo de solução dos litígios. As demais alternativas estão corretas. Material Suplementar.indd 6Material Suplementar.indd 6 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 2. DIREITO PROCESSUAL EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Pode-se conceituar direito processual como (A) o ramo do direito privado constituído por normas e princípios disciplinadores da função jurisdicional do Estado; (B) o conjunto das normas jurídicas que dispõem sobre a constituição dos órgãos jurisdi- cionais e sua competência, disciplinando essa realidade que chamamos processo e que consiste numa série coordenada de atos tendentes à produção de um efeito jurídico fi nal que, no caso do processo jurisdicional, é a decisão e sua eventual execução; (C) o ramo do direito público constituído por normas, mas não princípios, disciplinadores da função jurisdicional estatal; (D) nenhuma assertiva está verdadeira. Resposta: B. Assertiva correta é a letra B (conceito doutrinário de direito processual). São incorretas as letras A (o direito processual é ramo do direito público) e C (o direito processual é constituído por normas e princípios jurídicos). 02. Marque a assertiva correta (A) A fonte material do direito processual civil, penal e trabalhista é a lei; (B) A fonte material do direito processual civil, penal e trabalhista é a doutrina; (C) A fonte material do direito processual civil, penal e trabalhista é a jurisprudência; (D) A fonte material do direito processual civil, penal e trabalhista é o Estado. Resposta: D. O Estado é a fonte material do direito processual. 03. Marque a assertiva correta (A) é da competência da União legislar exclusivamente sobre direito processual no Brasil; (B) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito processual no Brasil; Material Suplementar.indd 7Material Suplementar.indd 7 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida8 (C) compete à União legislar privativamente sobre direito processual no Brasil; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Conforme previsão do art. 22, inc. I, da CF. 04. Marque a assertiva correta (A) lei complementar federal poderá autorizar que os Estados legislem sobre questões específi cas em matéria processual; (B) lei complementar federal poderá autorizar que os Estados legislem sobre questões específi cas em matéria de procedimento, nunca processual; (C) lei complementar federal não poderá autorizar que os Estados legislem sobre questões específi cas de direito processual, já que a matéria é exclusiva da União; (D) lei complementar federal não poderá tratar de matéria processual. Resposta: A. Segundo o parágrafo único do art. 22 da CF, lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas de direito processual. 05. Marque a assertiva correta (A) cabe à União, por meio de ato subscrito pelo Presidente da República e referendado pelo Congresso Nacional, celebrar tratados e convenções internacionais, porém não são fontes do direito processual; (B) cabe à União, por meio de ato subscrito pelo Presidente da República e referendado pelo Congresso Nacional, celebrar tratados e convenções internacionais, que são fontes do direito processual; (C) cabe à União e aos Estados, por meio de ato subscrito pelo Presidente da República e governador, referendado pelo Congresso Nacional, celebrar tratados e convenções internacionais, porém não são fontes do direito processual; (D) cabe à União e aos Estados, por meio de ato subscrito pelo Presidente da República e governador, referendado pelo Congresso Nacional, celebrar tratados e convenções internacionais, que são fontes do direito processual; Resposta: B. Cabe à União, com exclusividade, por meio de ato subscrito pelo Presidente da República, celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (art. 84, inc. VIII, CF). São fontes do direito processual. 06. Legislar sobre custas dos serviços forenses; criação, funcionamento e processo dos juizados de pequenas causas e procedimentos em matéria processual é da competência (A) privativa da União; (B) exclusiva da União; (C) concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal; (D) concorrente entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Resposta: C. Segundo a CF, compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre custas dos serviços forenses (art. 24, inc. IV), criação, funcio- namento e processo dos juizados de pequenas causas (art. 24, inc. X) e procedimentos em matéria processual (art. 24, inc. XI). Material Suplementar.indd 8Material Suplementar.indd 8 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 DIREITO PROCESSUAL 9 07. A elaboração da lei de organização judiciária do Estado (A) é de iniciativa exclusiva do Tribunal de Justiça; (B) é de iniciativa privativa do Tribunal de Justiça; (C) é de iniciativa concorrente do Governador e do Tribunal de Justiça; (D) é comum, já que qualquer deputado ou comissão da Assembleia Legislativa pode dar início ao projeto de lei. Resposta: A. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos na Constituição Federal. A lei de organização judiciária é de iniciativa exclusiva do Tribunal de Justiça, conforme determina o art. 125 e § 1.º da CF. 08. Sobre fontes formais do direito processual no Brasil, é correto asseverar que (A) a única fonte formal direta do direito processual é a lei federal; (B) a única fonte formal direta do direito processual é a lei nacional; (C) duas são as fontes formais diretas do direito processual: a lei e a jurisprudência; (D) duas são as fontes formais diretas do direito processual: a lei e a doutrina. Resposta: B. Doutrinariamente, faz-se uma distinção entre a lei federal (aplicada apenas ao ente federativo União) e a lei nacional (aquela dirigida a todo o Brasil); cediço, portanto, que a lei processual é a única fonte formal direta do direito processual e é sempre uma lei aplicável a todos os brasileiros (lei nacional). 09. Assevere a assertiva correta (A) é permitida a edição de medidas provisórias em matéria processual, desde que haja a aceitação por três quintos dos deputados federais e senadores; (B) é permitida a edição de medidas provisórias em matéria processual, desde que haja a aceitação por dois terços dos deputados federais e senadores; (C) é permitida a edição de medidas provisórias em matéria processual, desde que haja a aceitação por maioria absoluta dos deputados e senadores; (D) não é permitida a edição de medidas provisórias em matéria processual. Resposta: D. É vedada a edição de medidas provisórias em matéria processual civil, penal ou trabalhista, conforme art. 62, § 1.º, inc. I, b, CF. 10. São fontes formais indiretas ou mediatas do direito processual (A) os costumes e analogia, (B) os costumes, a analogia e os princípios gerais do direito; (C) os costumes, a analogia, os princípios gerais do direito e a jurisprudência; (D) os costumes, a analogia, os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a equi- dade. Resposta: B. A doutrina é uníssona em apontar a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito como fontes formais indiretas ou mediatas do direito processual. 11. É correto asseverar (A) no direito romano, adotou-se a expressão “direito judiciário” para designar a disciplina direito processual; Material Suplementar.indd 9Material Suplementar.indd 9 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida10 (B) a locução direito judiciário, utilizada por muito tempo, passou a receber diversas críticas da doutrina (indicava demais, porque nem todo o judiciário é processual, e de menos, pelo fato de o juiz ser apenas o sujeito imparcial do processo, que exige pelo menos mais dois sujeitos – os litigantes; (C) as críticas levaram a uma alteração da denominação vetusta de “direito judiciário” para “direito processual”; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Conforme salientado em nossa lição (item 2.3.1), todas as opções são verdadeiras. 12. Qual a posição enciclopédica do direito processual (A) o direito processual civil é ramo do direito privado e o direito processual penal é ramo do direito público; (B) os direitos processual civil e trabalhista são ramos do direito privado e o direito penal é ramo do direito publico; (C) o direito processual civil é ramo do direito privado, o direito processual do trabalho é ramo do direito social e o direito processual penal é ramo do direito público; (D) todos os ramos do direito processual integram o direito público. Resposta: D. Os direitos processual civil, penal e trabalhista integram o ramo do direito público. 13. Marque a assertiva falsa (A) por critério constitucional, divide-se o direito processual em civil, penal e trabalhista; (B) ao processo civil destina-se estabelecer os princípios gerais do direito processual e a atuar nas questões voltadas para a solução de confl itos de âmbito privado (civil e comercial), público (constitucional, administrativo, fi nanceiro, tributário) ou qualquer outro que não tenha regramento específi co. É utilizado residualmente e como complementação dos processos trabalhista e penal; (C) o processo penal rege o jus puniendi estatal. As regras relacionadas à aplicação das penas e medidas de segurança aos infratores (criminosos e contraventores penais) são estudadas por esse ramo da dogmática processual; (D) no processo trabalhista se inserem as normas regedoras das soluções dos confl itos in- tersubjetivos individuais e coletivos de interesses entre empregados e empregadores. Resposta: A. A única assertiva falsa é a primeira, porque a divisão em direito processual civil, penal e trabalhista é de cunho didático e não constitucional. 14. Sobre a evolução histórica do direito processual brasileiro, marque a assertiva verdadeira (A) durante o Brasil colônia, vigia no País a legislação lusitana, isto é, as famosas codifi - cações reinóis de Portugal: Ordenações Ambrosinas (de 1456), Tertulianas (de 1521) e Machadinas (de 1603); (B) a bem da verdade, foram as Ordenações Machadinas, àquela época, o diploma legal de maior aplicação no território brasileiro. O direito processual civil estava tratado no Livro III e o direito processual penal no Livro V; (C) com a independência política do Brasil, datada de 7.9.1822, resolveu-se manter em vigor em território pátrio as ordenações e leis extravagantes portuguesas até então Material Suplementar.indd 10Material Suplementar.indd 10 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 DIREITO PROCESSUAL 11 vigentes, naquilo em que não ferissem ou não contrariassem a soberania e o interesse nacionais. Vigorariam num período de transição até que fossem elaborados os diplomas normativos brasileiros propriamente ditos. (D) todas estão corretas. Resposta: C. Durante o Brasil colônia, vigia no Brasil a legislação lusitana [Ordenações Afonsinas (de 1456), Manuelinas (de 1521) e Filipinas (de 1603), sobretudo estas últimas]. Com independência, manteve-se vigente em solo pátrio a legislação portuguesa, naquilo que não ferisse ou contrariasse a soberania e o interesse nacionais, até que fossem elaborados os diplomas normativos brasileiros propriamente ditos. 15. Sobre a evolução histórica do direito processual civil brasileiro, marque a as- sertiva verdadeira (A) a primeira Constituição Republicana (1891) fi xou competência legislativa, em matéria processual, concorrentemente, para a União e Estados-membros. Pela primeira e única vez na história brasileira, teríamos códigos de processo civil e de processo criminal federal e estaduais. Apenas dois se destacaram: os Códigos dos Estados de São Paulo e da Bahia; (B) com o advento da Constituição de 1934, a União passou a exercer com exclusividade a competência legislativa sobre processo. Foi dada aos Estados, no entanto, a com- petência concorrente para legislar sobre procedimentos em matéria processual. Essa regra perdura até hoje; (C) elaborou-se o Código de Processo Civil de 1939, sob o paradigma dos diplomas pro- cessuais civis de Portugal, Alemanha e Áustria; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide exposição da matéria no item 2.4.3. Material Suplementar.indd 11Material Suplementar.indd 11 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 3. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva verdadeira (A) o vocábulo princípio tem um único signifi cado; (B) o vocábulo princípio tem dois signifi cados: um jurídico e outro comum; (C) o vocábulo princípio tem três signifi cados: um jurídico, um físico e outro metafísico; (D) o vocábulo princípio tem vários signifi cados, sendo um deles no âmbito jurídico. Resposta: D. Sem dúvida, diversos são os sentidos ou alcances que tem o vocábulo princípio. 02. Princípio jurídico pode ser concebido como (A) “as idéias estruturais do direito, capazes de sustentá-lo, enquanto sistema, do mesmo modo que as fundações suportam o peso de um edifício”; (B) “um postulado que se irradia por todo o sistema de normas, fornecendo um padrão de interpretação, integração, conhecimento e aplicação do direito positivo, estabelecendo uma meta maior a seguir”; (C) “a regra fundamental, regra padrão ou regra paradigma à ciência do direito”; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas de “a” a “c” são conceitos doutrinários de princípio jurídico. 03. Os princípios podem ser classifi cados em (A) onivalentes: são aplicáveis a todas as ciências; (B) plurivalentes: estão relacionados a duas ou mais ciências; ((C) monovalentes: encontram-se circunscritos a uma única ciência; (D) todas as assertivas estão corretas. Material Suplementar.indd 12Material Suplementar.indd 12 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 13 Resposta: D. Classificam-se os princípios em onivalentes, plurivalentes e monovalentes, conforme exposto nas assertivas. 04. Quanto aos princípios informativos do processo, destaque a assertiva verdadeira (A) são normas ideais que representam uma aspiração de melhoria do aparelhamento processual; (B) são verdadeiros axiomas (independem de demonstração), universalmente aceitos, sem conteúdo ideológico e incontrovertidos; (C) P. S. Mancini é considerado o primeiro doutrinador a utilizar a nomenclatura princípios informativos do processo, quando, em 1855, ao lado de G. Pisanelli e A. Scialoia, comentou o então vigente Código de Processo Civil italiano; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Conforme estudado (item 3.3.1), todas as opções são verdadeiras. 05. Acerca dos princípios informativos do processo, marque a opção correta (A) o princípio lógico relaciona-se com o fato de o juiz dever selecionar os meios proce- dimentais mais efi cazes em prol da procura e do descobrimento da verdade de modo a evitar o erro; (B) o princípio jurídico está calcado no fato de que o processo deve assegurar a máxima garantia social, com o mínimo de sacrifício individual de liberdade dos litigantes; (C) o princípio político orienta no sentido de buscar a economia de tempo e de dinheiro por todos os operadores do direito; (D) o princípio econômico recomenda que o órgão jurisdicional deve proporcionar aos litigantes isonomia de tratamento e justiça na decisão. Resposta: A. A letra “b” refere-se ao princípio político; a letra “c”, ao princípio econômico e a letra “d”, ao princípio jurídico. 06. Sobre o princípio do devido processo legal, marque a opção correta (A) não tem previsão constitucional; (B) signifi ca que ninguém poderá ser privado de sua liberdade ou de seus bens sem um julgamento justo e prolatado com base em regras previamente estabelecidas em lei; (C) o devido processo legal é por demais restrito e aplicável apenas ao direito processual civil; (D) nenhuma das opções está correta. Resposta: B. O devido processo legal tem previsão constitucional [art. 5.º, inc. LIV, CF], significa que ninguém poderá ser privado de sua liberdade ou de seus bens sem um jul- gamento justo e prolatado com base em regras previamente estabelecidas em lei, é um princípio por demais amplo e aplicável aos direitos processual civil, penal e trabalhista. 07. Marque a assertiva correta (A) a imparcialidade do juiz tem previsão expressa no texto constitucional; (B) decorre diretamente do princípio do devido processo legal; (C) as causas de suspeição e impedimento no processo civil estão expressamente previstas em lei; Material Suplementar.indd 13Material Suplementar.indd 13 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida14 (D) se o juiz não averbar suspeição ou impedimento ex offi cio, a parte interessada ou o Ministério Público poderá suscitá-la, por meio do incidente processual da exceção declinatória de foro. Resposta: C. A imparcialidade do juiz não tem previsão expressa no texto constitucio- nal; decorre diretamente dos princípios do acesso à justiça e da isonomia processual; as causas de suspeição e impedimento estão taxativamente elencadas nos arts. 134 e 135 do CPC e, se o juiz não averbar suspeição ou impedimento ex officio, a parte interessada ou o Ministério Público poderá suscitar a hipótese, mediante uma petição autônoma [não incidente processual] denominada exceção de suspeição ou exceção de impedimento. 08. Assevere a opção correta (A) se o juiz for parte interessada no processo, poderá julgar a causa desde que assine termo de responsabilidade de que será imparcial; (B) se o juiz interveio como mandatário da parte, ofi ciou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha, será suspeito de parcialidade; (C) se alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de paren- tes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau, o juiz será considerado suspeito de parcialidade; (D) se o juiz for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes, ele será impedido de julgar a causa. Resposta: C. As hipóteses das letras “a” e “b” são casos de impedimento e a letra “d”, de suspeição. 09. Marque a opção correta (A) a exceção de suspeição e a exceção de impedimento são os nomes das medidas adequadas para afastar do processo magistrado não imparcial ou impedido de exercer a jurisdição. Ambos os instrumentos servem para tornar exitosa a regra segundo a qual o magistrado deve ser isento e imparcial às partes e ao litígio; (B) tanto a exceção de suspeição como a de impedimento podem ser apresentadas em qualquer tempo, ou grau de jurisdição, mas deve a parte descrever o motivo e apre- sentar a petição incidental, no prazo de quinze dias, contado do fato que ocasionou o impedimento ou a suspeição; (C) o recebimento da exceção de suspeição e de impedimento faz com que o processo fi que suspenso até serem defi nitivamente julgados; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas estão corretas conforme notas inseridas nos itens 3.3.2 e 3.3.2.2. 10. Acerca do princípio da igualdade das partes ou isonomia processual, marque a opção correta (A) signifi ca que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza; (B) não tem previsão expressa no texto constitucional; (C) é também conhecido como princípio da paridade de armas; (D) não é possível que a lei estabeleça certas regras em favor de determinada parte em detrimento da outra, assim os privilégios processuais assegurados ao Ministério Material Suplementar.indd 14Material Suplementar.indd 14 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 15 Público, à Defensoria Pública e à Fazenda Pública no processo civil são todos in- constitucionais. Resposta: C. O princípio da isonomia processual, previsto no art. 5.º, inc. I, CF, é também conhecido como paridade de armas; significa que todos são iguais perante a lei, mas há certas prerrogativas processuais asseguradas ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Fazenda Pública (prazos diferenciados, não adiantamento de custas, etc.), não consideradas inconstitucionais, que são exceção ao princípio em epígrafe. 11. Marque a opção correta, sobre o princípio do contraditório (A) é cláusula pétrea esculpida no art. 5.º, inc. LV da Constituição Federal; (B) prenuncia que o processo deve ser uma relação jurídica dialética entra as partes liti- gantes e o juiz; (C) é corolário da isonomia processual e do devido processo legal, exigindo a lei a sua observância, sob pena de nulidade absoluta do processo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. O contraditório é regra prevista no art. 5.º, inc. LV, da CF (cláusula pétrea em virtude de ser direito individual fundamental); assegura que o processo é uma relação dialética permanente entre as partes e o juiz; deriva dos princípios da isonomia processual e do devido processo legal. 12. Sobre o princípio da ampla defesa, marque a assertiva correta (A) a ampla defesa é um desdobramento do princípio da isonomia processual; (B) cabe ao magistrado, sob pena de nulidade processual absoluta, assegurar aos acusados em geral, como corolário do contraditório, a ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes; (C) não tem assento constitucional; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. O princípio da ampla defesa, desdobramento do princípio do contraditório, está previsto no art. 5.º, inc. LV, da CF, in verbis: “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 13. Em relação ao princípio da demanda ou iniciativa das partes, pode-se asseverar que (A) a jurisdição é inerte e nunca atuará ex offi cio; (B) é necessário que as partes solicitem a prestação jurisdicional ao Estado, pois este, em regra não age ex offi cio; (C) o Código de Processo Penal prevê duas hipóteses de ação penal ex offi cio: “A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em fl agrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial” (art. 26, CPP). Houve recepção constitucional de ambas as hipóteses; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. A jurisdição é em regra inerte; há casos, porém, em que pode agir ex officio como, por exemplo, nas execuções penal e trabalhista e no habeas corpus; as hipóteses Material Suplementar.indd 15Material Suplementar.indd 15 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida16 de execução penal ex officio previstas no art. 26 do CPP não foram recepcionadas pela Constituição Federal. 14. No tocante ao princípio da lealdade processual, assine a opção correta (A) é dever das partes e de todos aqueles que participam do processo expor os fatos em juízo conforme a verdade, salvo no caso de defesa, eis que esta é ampla e pode ser formulada de qualquer modo; (B) existe um dever de moralidade, honestidade e probidade às partes e a seus advogados, ao Ministério Público, aos juízes e aos auxiliares da Justiça: a lealdade processual; (C) existem aqueles que agem deslealmente, conhecidos como litigantes de má-fé, não obstante serem uma minoria. O órgão judicial, ao identifi cá-los, deve cominar sanções privativas de liberdade; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. A lealdade processual é o princípio segundo o qual é dever das partes e de todos aqueles que participam do processo expor os fatos em juízo conforme a verdade, sem exceção; incumbe às partes e a seus advogados, ao Ministério Público, aos juízes e aos auxiliares da Justiça um dever de moralidade, honestidade e probi- dade: a lealdade processual; aqueles que agem deslealmente devem ser penalizados com sanções pecuniárias, mas não, por ausência de previsão legal, com a privação da liberdade. 15. Segundo o Código de Processo Civil brasileiro, é considerado litigante de má-fé aquele que (A) deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso ou alterar a verdade dos fatos; (B) usar do processo para conseguir objetivo ilegal ou opuser resistência injustifi cada ao andamento do processo; (C) proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo, provocar inci- dentes manifestamente infundados ou interpuser recurso com o intuito manifestamente protelatório; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as hipóteses são consideradas litigância de má-fé pelo art. 17 do CPC. 16. Marque a assertiva correta (A) são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, salvo se houver homologação judicial; (B) são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos e estas contaminam as provas dela derivadas; (C) são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, mas estas não contaminam as provas dela derivadas; (D) são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, mas estas podem contaminar ou não as provas dela derivadas. Resposta: B. Em consonância com o que dispõe o art. 5.º, inc. LVI, da CF, “são inad- missíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”; jurisprudencialmente, foi reconhecido pelo STF que uma prova ilícita contamina as provas dela derivadas. Material Suplementar.indd 16Material Suplementar.indd 16 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 17 17. A teoria acolhida pelo Supremo Tribunal Federal em relação às provas derivadas das provas ilícitas se denomina (A) the fruits of the poisonous tree theory; (B) the fruits are under the table; (C) the fruits are prohibted to use; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. A teoria acolhida pelo STF é de origem inglesa e se denomina originalmente por the fruits of the poisonous tree theory (os frutos da árvore envenenada). 18. Marque a assertiva correta (A) os atos processuais são desenvolvidos oralmente e não precisam ser reduzidos a termo; (B) os atos processuais são produzidos oralmente, mas precisam ser reduzidos a escrito para a devida documentação; (C) os atos processuais são todos escritos, eis que a oralidade não se aplica ao ordena- mento jurídico brasileiro; (D) colhem-se os depoimentos das testemunhas, dos declarantes e das partes diretamente pelos advogados das partes e, mediante petição, são juntados ao processo após decisão judicial. Resposta: B. Os atos processuais devem ser produzidos oralmente em audiência [prin- cípio da oralidade], mas precisam ser reduzidos a termo para a devida documentação (princípio da escritura). 19. O depoimento do mudo é colhido nos seguintes moldes (A) o juiz formula as perguntas oralmente e ele responde por escrito; (B) o juiz formula as perguntas por escrito e ele responde oralmente; (C) o juiz formula as perguntas oralmente e ele responde oralmente; (D) há nomeação de intérprete, sempre. Resposta: A. 20. O depoimento do surdo é colhido nos seguintes moldes (A) o juiz formula as perguntas oralmente e ele responde por escrito; (B) o juiz formula as perguntas por escrito e ele responde oralmente; (C) o juiz formula as perguntas oralmente e ele responde oralmente; (D) há nomeação de intérprete, sempre. Resposta: B. 21. O depoimento do surdo-mudo alfabetizado e que sabe se expressar por meio da linguagem de sinais (libras) é colhido nos seguintes moldes (A) o juiz formula as perguntas oralmente e ele responde por escrito; (B) o juiz formula as perguntas por escrito e ele responde por escrito; (C) o juiz formula as perguntas oralmente e ele responde oralmente; (D) há nomeação de intérprete, sempre. Resposta: B. Material Suplementar.indd 17Material Suplementar.indd 17 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida18 22. Marque a assertiva correta (A) as atividades jurisdicionais devem ser exercidas com a maior transparência possível. É preciso que não apenas as partes (interessadas diretas), mas também a sociedade (interessados indiretos) tomem conhecimento dos atos processuais e das decisões administrativas e judiciais e possam fi scalizar as atividades do Poder Judiciário; (B) a Constituição Federal de 1988 traz o princípio da publicidade dos atos jurisdicionais expresso em seu texto; (C) há atos processuais, contudo, que devem tramitar em segredo de justiça, quando o interesse social ou a defesa da intimidade assim o exigir; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. O princípio da publicidade das atividades jurisdicionais está expresso no texto constitucional em duas ocasiões (art. 5.º, inc. LX, e art. 93, inc. IX). Recomenda a transparência dos atos judiciais para que todos, não apenas as partes e seus advogados, possam tomar conhecimento e fiscalizar a função jurisdicional. 23. Correm em segredo de justiça os seguintes atos processuais, exceto (A) quando o exigir o interesse público; (B) os que dizem respeito à fi liação; (C) os processos relativos a alimentos e guarda de menores; (D) os processos de celebração de casamento. Resposta: D. O casamento é sempre um ato público, segundo o art. 1.534, CC; correm em segredo de justiça, nos termos do art. 155 e parágrafo único do CPC, entre outros casos: os atos em que exigir o interesse público ou que digam respeito a filiação, ali- mentos e guarda de menores. 24. Marque a assertiva correta (A) o princípio da recorribilidade ou duplo grau de jurisdição é absoluto e sempre utiliza- do; (B) o duplo grau de jurisdição, embora não previsto expressamente na Constituição Fede- ral, é um princípio implicitamente contido no inc. LV de seu art. 5.º que vaticina: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são asse- gurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Se o texto fala em recursos, implícito está o princípio ora em comento; (C) o juiz deve recorrer de sua sentença sempre que o decisum for contrário ao interesse público; (D) todas as opções anteriores são verdadeiras. Resposta: B. O princípio do duplo grau de jurisdição, assim como os demais princípios processuais, são relativos. Há casos em que não se pode aplicá-lo, v.g, quando do jul- gamento de processo originário do STF (decisão única e irrecorrível). Não há previsão de recurso de ofício pelo juiz, mas remessa ex officio, nem sempre utilizado quando a decisão é contrária ao interesse público, mas nos casos expressamente previstos no art. 475 do CPC. 25. Marque a assertiva verdadeira (A) as provas produzidas no processo, a pedido do autor, apenas a ele servirão; (B) as provas produzidas no processo, a pedido do réu, apenas a ele servirão; Material Suplementar.indd 18Material Suplementar.indd 18 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 19 (C) as provas produzidas no processo, a pedido do autor ou do réu, a todos servirão e não apenas àquele que a requereu; (D) as opções “a” e “b” são verdadeiras. Resposta: C. As provas produzidas no processo, a pedido de determinada parte, a todos servirão e não apenas àquela que a requereu. 26. Marque a assertiva correta (A) por exigência constitucional (art. 93, incs. IX e X), todas as decisões judiciais precisam ser fundamentadas, salvo as decisões interlocutórias e os despachos de mero expe- diente; (B) a motivação da decisão judicial permitirá aos litigantes e a qualquer interessado o co- nhecimento dos motivos e razões que levaram o magistrado a decidir daquele modo; (C) a motivação servirá para que a parte sucumbente divirja e apresente as suas razões recursais no intuito de obter do tribunal a reforma da decisão proferida; (D) as assertivas “b” e “c” estão corretas. Resposta: D. Todas as decisões judiciais, inclusive as interlocutórias, precisam ser funda- mentadas; a motivação permite o conhecimento das razões de decidir e serve para que o interessado sucumbente divirja e apresente sua fundamentação recursal. 27. No que tange ao princípio da presunção da inocência, marque a assertiva correta (A) é conhecido o princípio como a culpabilidade presumida; (B) não tem previsão constitucional; (C) antes que haja uma condenação defi nitiva, ninguém será considerado culpado no Bra- sil; (D) em virtude de sua previsão na Carta Política, todas as prisões cautelares vigentes (preventiva, provisória, em fl agrante) são consideradas inconstitucionais. Resposta: C. É conhecido o princípio como não culpabilidade ou estado de inocência; está previsto no art. 5.º, inc. LVII, da CF; vaticina que, antes de uma condenação definitiva, a pessoa é presumivelmente inocente; as prisões cautelares devem ser decretadas em casos excepcionais, mas não se enquadram em nenhuma inconstitucionalidade. 28. No que concerne ao princípio do in dubio pro reo, marque a assertiva correta (A) na relação processual, se houver dúvida entre a acusação e a defesa, deve-se aceitar a tese desta. É preferível absolver um culpado a condenar um inocente; (B) é um princípio também conhecido como favor rei, favor libertatis ou prevalência do interesse do réu; (C) no momento da interpretação da norma processual penal, se houver dúvidas quanto ao seu sentido e alcance, esta deve ser interpretada de forma mais favorável ao acu- sado; (D) todas as assertivas são corretas. Resposta: D. Conforme a teoria estudada, todas as assertivas são verdadeiras. 29. Quanto ao princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, marque a opção correta (A) esse princípio é também conhecido pela expressão latina nemo tenetur se detegere; Material Suplementar.indd 19Material Suplementar.indd 19 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida20 (B) está expressamente previsto no texto constitucional; (C) não foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal, eis que o Pretório Excelso entende que o acusado deve colaborar na busca da verdade real; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. O princípio em epígrafe é sim conhecido pela expressão latina nemo te- netur se detegere; não está previsto expressamente no texto constitucional, mas deriva da conjugação dos princípios da ampla defesa, da presunção de inocência e do direito constitucional ao silêncio; foi acolhido pelo STF. 30. Sobre o princípio da ofi cialidade, marque a assertiva correta (A) signifi ca que cabe ao Estado, por meio de órgãos ofi ciais, em todas as suas fases, a persecução penal; (B) a investigação criminal, em regra, é desempenhada pela polícia judiciária (polícia civil em relação aos delitos da Justiça Comum Estadual e polícia federal, nos delitos da competência das Justiças da União; (C) a ação penal pública é da incumbência do Ministério Público e cabe aos órgãos inte- grantes do Poder Judiciário a função de punir os infratores, aplicando o direito no caso concreto; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Incumbe ao Estado, por meio dos órgãos oficiais, em todas as suas fases, a persecução penal [investigação (polícia), processo (Ministério Público) e julgamento (Judiciário)]. 31. Quanto ao princípio da busca da verdade real, marque a assertiva verdadeira (A) deve o juiz no processo penal, tal qual ocorre nos processos civil e trabalhista, se contentar com as provas que lhe são apresentadas pelas partes; (B) o juiz, no processo penal, não poderá, de ofício, proceder à verifi cação da falsidade documental; (C) a verdade real no processo penal é relativa; (D) para dar cumprimento ao princípio, o legislador brasileiro passou a reconhecer a revisão criminal contra o réu. Resposta: C. No processo penal, diversamente dos processos civil e trabalhista, deve o juiz aplicar o princípio da verdade real; assim, poderá, de ofício, proceder à verificação de falsidade; o princípio, no entanto, não é absoluto, mas relativo; não há revisão criminal contra o réu no Brasil. 32. Marque a assertiva correta (A) a ação penal privada é divisível; (B) se o querelante promover a ação penal em face de um único querelado, caberá ao Ministério Público aditar a queixa-crime para obrigar a todos os coautores a que res- pondam ao processo criminal; (C) caso o querelante (autor da ação penal privada) queira renunciar ao direito de queixa em relação a um dos infratores, essa renúncia se estenderá aos demais querelados, não cabendo ao Ministério Público aditar a queixa-crime; (D) todas as assertivas são falsas. Material Suplementar.indd 20Material Suplementar.indd 20 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 21 Resposta: C. Na ação penal privada se aplica o princípio da indivisibilidade, segundo o qual o autor da demanda deverá apresentar a queixa-crime (petição inicial) em face de todos os criminosos; caberá ao Ministério Público, na condição de custos legis, fiscalizar o cumprimento de tal princípio; se o querelante renunciar ao direito de queixa em relação a um dos infratores, essa renúncia se estenderá aos demais querelados, não cabendo aditamento da inicial no caso concreto. 33. Marque a assertiva correta (A) a responsabilidade penal é individual, sem exceção; (B) a responsabilidade penal é individual, salvo se cometida a infração por menor de 18 anos, quando deverá ser processado criminalmente o pai ou mãe, já que ele é inim- putável; (C) a responsabilidade penal é individual, mas a responsabilidade civil decorrente do ilícito penal pode passar da pessoa do verdadeiro criminoso; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. A responsabilidade penal é individual, mas se admite que se proponha a ação de reparação de danos em face de outras pessoas que não o criminoso. 34. Assevere a opção verdadeira (A) ao processo do trabalho aplica-se, com exclusividade, o princípio da instauração ex offi cio da instância; (B) ao processo do trabalho aplicam-se, concorrentemente, os princípios da instauração ex offi cio da instância e o jus postulandi individual das partes; (C) ao processo do trabalho aplicam-se, concorrentemente, os princípios da instauração ex offi cio da instância, do jus postulandi individual das partes e do poder normativo da Justiça do Trabalho; (D) ao processo do trabalho, além dos princípios da instauração ex offi cio da instância, do jus postulandi individual das partes e do poder normativo da Justiça do Trabalho, aplicam-se os princípios processuais do devido processo legal, da imparcialidade do juiz, da isonomia, do contraditório, da iniciativa das partes e de todos aqueles que não confl item com o escopo da Justiça do Trabalho. Resposta: D. Conforme estudado, ao processo do trabalho se aplicam todos os princípios indicados na assertiva D. 35. Acerca do princípio do jus postulandi direto e individual aplicável ao processo do trabalho pode-se asseverar (A) signifi ca que, perante a Justiça do Trabalho, é vedado à pessoa física e à pessoa jurídica ingressar com reclamação trabalhista através de advogado regularmente constituído; (B) signifi ca que, perante a Justiça do Trabalho, diversamente do que ocorre no processo civil e penal, é permitido que empregados e empregadores ingressem com ações tra- balhistas sem a presença de advogado; (C) não há aplicação de mencionado princípio à justiça laboral; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. Conforme preceitua o art. 791 da CLT, “Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”. Material Suplementar.indd 21Material Suplementar.indd 21 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva correta (A) a lei processual brasileira tem aplicação em todo o território universal; (B) a jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos magistrados, em todo o território nacional, conforme as regras estabelecidas pelas leis processuais; (C) o princípio da extraterritorialidade tem correlação com a soberania estatal, ou seja, uma norma processual deve ser elaborada para viger fora do território pátrio; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. Art. 1.º do CPC e CPP. 02. No que concerne à aplicação da lei processual no espaço, predomina o princípio da (A) territorialidade; (B) extraterritorialidade; (C) ambiguidade; (D) benignidade. Resposta: A. O princípio da territorialidade tem correlação com a soberania estatal, ou seja, uma norma processual deve ser elaborada para viger dentro de um determinado espaço físico. 03. Considera-se território brasileiro, exceto (A) o solo (superfície terrestre) e o subsolo do Distrito Federal e de todos os Estados- membros integrantes da República Federativa do Brasil; (B) as águas territoriais; Material Suplementar.indd 22Material Suplementar.indd 22 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO 23 (C) a plataforma submarina, que corresponde ao leito do mar e o subsolo das regiões submarinas em que o País exerce soberania; (D) os navios mercantes e aeronaves particulares em mar territorial e espaço aéreo cor- respondente de país estrangeiro. Resposta: D. Os navios mercantes e as aeronaves particulares não se consideram ter- ritório brasileiro quando estiverem, respectivamente, em mar territorial ou espaço aéreo de país estrangeiro. 04. Considera-se território brasileiro, salvo (A) os navios brasileiros de guerra onde quer que se encontrem; (B) as aeronaves brasileiras de guerra que se encontrem em espaço aéreo norte-america- no; (C) os navios brasileiros mercantes em água territorial chinesa; (D) as aeronaves brasileiras mercantes em espaço aéreo relativo ao alto-mar. Resposta: C. Os navios mercantes somente são considerados território brasileiro se es- tiverem em mar territorial brasileiro ou em alto-mar. 05. Marque a assertiva incorreta (A) excepcionalmente fala-se em princípio da extraterritorialidade, isto é, quando, segundo as regras de direito internacional, são aplicadas pelos juízes leis estrangeiras ou leis brasileiras a fatos ocorridos fora dos limites das fronteiras nacionais; (B) não se admite a aplicação por juiz brasileiro de norma processual estrangeira; (C) se um determinado fato litigioso estiver sob a apreciação do Poder Judiciário brasileiro, mesmo que o negócio jurídico tenha sido concluído no exterior e seja aplicada aqui a lei civil estrangeira para dirimir o confl ito, o caso será regrado por lei processual pátria; (D) os prédios das representações brasileiras no exterior são considerados territórios bra- sileiros. Resposta: D. Os prédios das representações brasileiras no exterior não mais são con- siderados territórios brasileiros. 06. Marque a assertiva correta (A) por prática de crime comum, não mais se aplica a regra da imunidade diplomática; (B) a imunidade diplomática é exceção ao princípio da territorialidade; (C) o Brasil não é signatário da Convenção de Viena que fi xou as regras acerca da imu- nidade diplomática; (D) os diplomatas estrangeiros que praticam infrações penais no Brasil estão imunes à jurisdição brasileira e de seu país de origem. Resposta: B. A imunidade diplomática é exceção ao princípio da territorialidade; aplica- se a todos os crimes; ao agente dotado de imunidade, aplicam-se as regras criminais e processuais penais do país de origem do diplomata; o Brasil, por ser signatário da Convenção de Viena, acolheu as regras relativas à imunidade diplomática. 07. Sobre a efi cácia da norma processual no tempo, marque a assertiva verdadeira (A) a lei processual nasce com a promulgação, porém somente passa a viger com a pu- blicação de seu texto no Diário Ofi cial; Material Suplementar.indd 23Material Suplementar.indd 23 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida24 (B) uma vez publicada no Diário Ofi cial da União (DOU), a lei processual há de ser observada e cumprida por todos, porque ninguém tem o direito de furtar-se a sua observância, sob a alegação de desconhecê-la; (C) a obrigatoriedade, entretanto, não se iniciará necessariamente no dia de sua publicação no DOU. Isso somente se dará quando a lei mesma assim o determinar ao vaticinar a seguinte cláusula: “esta lei entra em vigor na data de sua publicação”. De outra ban- da, é possível que o legislador estabeleça certo prazo entre a data da publicação e o termo inicial de vigência da lei. A esse lapso temporal a doutrina denomina de vacatio legis. (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Nasce a lei com a promulgação, mas passa a viger com a publicação de seu texto no Diário Oficial; uma vez publicado no DOU, a ninguém é dado o seu descumprimento sob alegação de desconhecimento; a obrigatoriedade mesmo ocorre na data na lei prevista. 08. Sobre a efi cácia da norma processual no tempo, marque a assertiva verdadeira (A) a vacatio legis pode ser única ou progressiva. Será única quando entrar a lei em vigor simultaneamente em todo o território nacional. É o que costumeiramente ocorre. A va- catio legis progressiva, diferentemente, se dá quando a lei entrar em vigor em prazos diferentes nos vários Estados da federação. Embora não costumeiro, nada impede que o legislador assim delibere; (B) o art. 8.º da LC 95/1998 passou a exigir que se indique a vigência da lei de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo co- nhecimento, ressalvada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para leis de pequena repercussão; (C) a lei processual pode ter ou não vigência temporária, isto é, pode ser fi xado ou não pelo próprio legislador o prazo de sua duração. As leis temporárias são também conhe- cidas como autorrevogáveis. Já se sabe o momento de sua perda de vigência. A regra, todavia, é que a lei vigore até que surja outra de mesma hierarquia ou de hierarquia superior alterando-a ou revogando-a; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. As assertivas “a”, “b” e “c” estão corretas (vide a matéria lecionada). 09. Sobre a lei processual no tempo, marque a assertiva correta (A) a lei processual pode ter ou não vigência temporária, isto é, pode ser fi xado ou não pelo próprio legislador o prazo de sua duração. (B) as leis temporárias são também conhecidas como autorrevogáveis. Já se sabe o momento de sua perda de vigência. A regra, todavia, é que a lei vigore até que surja outra de mesma hierarquia ou de hierarquia superior alterando-a ou revogando-a. (C) existem duas espécies de revogação: ab-rogação e derrogação. A primeira consiste na revogação total e a segunda na revogação parcial da lei. Pode, ainda, a revogação ser expressa ou tácita. É expressa quando se menciona a lei ou os dispositivos da lei velha que não mais vigorarão. É tácita quando a lei nova passa a regular a matéria tratada pela lei anterior de modo diverso; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. As assertivas “a”, “b” e “c” estão corretas (vide a matéria lecionada). Material Suplementar.indd 24Material Suplementar.indd 24 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO 25 10. Sobre a lei processual no tempo, marque a assertiva correta (A) a lei nova, ao estabelecer disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga ou modifi ca a lei anterior; (B) a cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas; (C) a lei processual, como todas as demais, possui efeito repristinatório; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. Art. 9.º da Lei Complementar 95/1998. 11. Sobre a lei processual no tempo, marque a assertiva verdadeira (A) a lei processual, não importa se ela é de natureza penal, civil ou trabalhista, seja favo- rável ou desfavorável ao réu, entra em vigor imediatamente e tem efeito geral, porém deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido; (B) a lei processual, apenas a de natureza civil e trabalhista, seja ela favorável ou desfa- vorável ao réu, entra em vigor imediatamente e tem efeito geral, porém deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido; (C) a lei processual, apenas a de natureza civil, seja ela favorável ou desfavorável ao réu, entra em vigor imediatamente e tem efeito geral, porém deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido; (D) a lei processual, não importa se ela é de natureza penal, civil ou trabalhista, seja favorável ou desfavorável ao réu, entra em vigor imediatamente e tem efeito geral, e não precisa respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada ou o direito adquirido. Resposta: A. A lei processual – não importa se ela é de natureza penal, civil ou trabalhista, seja favorável ou desfavorável ao réu – entra em vigor imediatamente e tem efeito geral, porém deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido. 12. Acerca da interpretação na norma de direito processual, assinale a assertiva correta (A) interpretar é explicar, esclarecer; dar o sentido do vocábulo, atitude ou comportamen- to; (B) interpretar uma lei consiste na atividade de obter o sentido ou signifi cado e o alcance de seu texto; (C) as leis processuais devem ser interpretadas do mesmo modo que as demais normas do ordenamento jurídico brasileiro; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. 13. Acerca da interpretação na norma de direito processual, assinale a assertiva correta (A) a lei processual penal, da mesma forma que as leis penais incriminadoras, não admite a interpretação extensiva; (B) a lei processual penal, diferentemente da lei penal incriminadora, não admite a inter- pretação extensiva; (C) a lei penal incriminadora e a lei processual penal admitem a interpretação extensiva; (D) apenas a lei penal incriminadora admite a interpretação extensiva. Material Suplementar.indd 25Material Suplementar.indd 25 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida26 Resposta: B. De acordo com o art. 3.º do CPP, a lei processual penal admite a inter- pretação extensiva. Tal não se dá com a lei penal incriminadora. 14. Quanto aos sujeitos, são assim classifi cados os métodos interpretativos (A) interpretação legislativa, judicial, doutrinária e extrajudicial; (B) interpretação executiva, judicial e legislativa; (C) interpretação doutrinária, legislativa, executiva e judiciária; (D) interpretação legislativa, judicial e doutrinária. Resposta: D. Quanto aos sujeitos, a interpretação é classificada em legislativa, judicial e doutrinária. 15. Quanto aos meios, são assim classifi cados os métodos interpretativos (A) interpretação gramatical, lógica, sistemática, teleológica e histórica; (B) interpretação literal, lógica, apostólica e epistemológica; (C) interpretação gramatical, sistemática, lógica e epistemológica; (D) interpretação apostólica, teleológica, ordinária e extraordinária. Resposta: A. Quanto aos meios, a interpretação é doutrinariamente classificada em gra- matical (literal), lógica, sistemática, teleológica e histórica. 16. Quanto aos resultados, são assim classifi cados os métodos interpretativos (A) interpretação declarativa (declaratória), fi nalística e histórica; (B) interpretação declarativa (declaratória), restritiva e extensiva; (C) interpretação positiva, negativa e objetiva; (D) interpretação positiva, negativa e fi nalística. Resposta: B. Quanto aos resultados, a interpretação pode ser declarativa (declaratória), restritiva e extensiva. 17. Quanto à interpretação legislativa ou autêntica, marque a assertiva correta (A) é a interpretação realizada pelo próprio legislador, ao elaborar um livro explicitando a lei; (B) é a interpretação realizada pelo próprio legislador, ao elaborar um parecer antes da apreciação do projeto de lei pela Comissão de Constituição e Redação da Câmara dos Deputados; (C) é a interpretação levada a efeito pelo próprio legislador no corpo da própria lei (inter- pretação legislativa contextual) ou realizada por diploma legal diverso (interpretação legislativa extratextual); (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. A interpretação legislativa é levada a efeito pelo próprio legislador. Pode ser contextual (feita pela própria lei) ou extratextual (realizada por lei autônoma). 18. Quanto à interpretação judicial, marque a assertiva correta (A) é a interpretação realizada pelos magistrados no momento do exercício da atividade jurisprudencial; Material Suplementar.indd 26Material Suplementar.indd 26 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO 27 (B) a partir da interpretação judicial, surge o que a doutrina denomina de jurisprudência; (C) as súmulas de jurisprudência editadas pelos tribunais brasileiros são um exemplo clás- sico de interpretação judicial. (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D 19. Marque a assertiva correta (A) uma tese jurídica defendida em um curso de doutoramento deve ser considerada in- terpretação jurisprudencial; (B) o intérprete deve desconsiderar a interpretação literal, já que ela nunca traz um bom resultado hermenêutico; (C) a apreciação literal da lei nem sempre resolve. Às vezes, surgem dúvidas e obscuri- dades a serem resolvidas por outros métodos hermenêuticos. O direito é uma ciência racional e, por meio de raciocínios lógicos, pode-se chegar a uma boa e razoável interpretação; (D) nenhuma assertiva está correta. Resposta: C. A tese defendida em um curso de doutoramento pode ser considerada in- terpretação doutrinária, jamais jurisprudencial; a interpretação literal, embora muitas vezes deficiente, é o primeiro caminho do hermeneuta para identificar o sentido da norma jurí- dica; sendo a interpretação literal deficiente, o intérprete deverá, por meio de raciocínios lógicos, chegar a uma razoável interpretação. 20. Tício interpreta a lei buscando o sentido estrito dos vocábulos empregados pelo legislador. Pode-se dizer que a interpretação realizada por Tício é (A) interpretação literal; (B) interpretação sistemática; (C) interpretação lógica; (D) interpretação teleológica. Resposta: A 21. Mévio interpreta uma lei civil e para tal atividade leva em consideração uma harmonia existente dentro do sistema jurídico para conhecer o real sentido da norma e não interpretá-la isoladamente. Mévio realiza a (A) interpretação literal; (B) interpretação sistemática; (C) interpretação lógica; (D) interpretação teleológica. Resposta: B 22. Semprônio, ao interpretar uma norma, sempre busca identifi car qual a sua fi na- lidade em relação às exigências sociais a que ela se destina. Semprônio nesse caso se vale da (A) interpretação literal; (B) interpretação sistemática; Material Suplementar.indd 27Material Suplementar.indd 27 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida28 (C) interpretação lógica; (D) interpretação teleológica. Resposta: D 23. Marque a assertiva correta (A) a integração é a técnica de colmatar as lacunas da lei. Se há lei, ela deve ser inter- pretada. Se não há, deve o aplicador do direito valer-se da integração; (B) a integração do direito não é aceita. Destarte, se não houver lei, o intérprete nada poderá fazer já que a presença da lei é imprescindível para a solução dos litígios; (C) a integração do direito somente é cabível em matéria trabalhista; (D) nenhuma das opções está correta. Resposta: A. Na ausência da lei, cabe ao intérprete valer-se da integração do direito; esta é cabível não apenas em matéria trabalhista, como também em relação a direito do consumidor, obrigações etc. 24. São meios de integração do direito (A) analogia, os costumes e a equidade; (B) a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito; (C) a equidade, a teleologia e o método sistemático; (D) a teleologia, o método sistemático e os princípios gerais do direito. Resposta: B. São meios de integração do direito a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. 25. A aplicação de um princípio jurídico regulador de certo fato a outro não regulado mas semelhante ao primeiro confi gura (A) interpretação histórica; (B) interpretação sistemática; (C) aplicação de um princípio geral de direito; (D) aplicação da analogia. Resposta: D. Trata-se de caso de analogia. 26. São espécies de analogia (A) analogia legal e analogia jurídica; (B) apenas analogia legal; (C) apenas analogia jurídica; (D) analogia legal, jurídica e científi ca. Resposta: A. São espécies de analogia a legal e a jurídica. 27. Podemos chamar uma norma jurídica sobre determinada relação de fato e re- sultante de prática diurna e uniforme, que lhe dá força de lei (A) à analogia; (B) ao costume; Material Suplementar.indd 28Material Suplementar.indd 28 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO 29 (C) aos princípios gerais do direito; (D) à equidade. Resposta: B. Conceito de costume do Professor Carlos Maximiliano. 28. São espécies de costumes (A) secundum legem; (B) praeter legem; (C) contra legem; (D) todas estão corretas. Resposta: D. Os costumes se classificam em secundum legem, praeter legem e contra legem. 29. São princípios gerais do direito, exceto (A) a proibição de locupletamento ilícito; (B) a ninguém é dado o direito de transferir mais direitos do que possui; (C) a interpretação a ser dada deve ser a menos onerosa ao credor; (D) não é permitido que alguém se benefi cie da própria torpeza (própria malícia). Resposta: C. A interpretação a ser dada deve ser a menos onerosa ao devedor. 30. São princípios gerais do direito, exceto (A) a pessoa não pode ser responsabilizada duplamente pelo mesmo fato, concomitante- mente, nas searas civil, penal e administrativa; (B) a pessoa não pode se escusar de cumprir a lei, alegando desconhecê-la, salvo se comprovar que não sabe ler nem escrever; (C) a igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres; (D) deve-se proteger a boa-fé e repelir a má-fé nos negócios jurídicos. Resposta: B. A pessoa não pode se escusar de cumprir a lei alegando desconhecê-la, independentemente de ser ou não ser alfabetizada (art. 3.º, LIC(C). Material Suplementar.indd 29Material Suplementar.indd 29 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 5. AÇÃO E EXCEÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva correta (A) ação é o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o poder de exigir esse sacrifício). Mediante o exercício da ação, provoca-se a jurisdição, que por sua vez se exerce por meio daquele complexo de atos que é o processo; (B) a ação é um direito constitucionalmente assegurado a todos aqueles que tenham sofrido ou estejam na iminência de sofrer lesão ou ameaça a direito; (C) ação é o direito público, subjetivo, abstrato e autônomo de se pedir ao Estado-juiz a prestação da tutela jurisdicional; (D) todas as assertivas estão verdadeiras. Resposta: D. Conceitos doutrinários. 02. Pode-se classifi car a natureza jurídica do direito de ação (A) é um direito público, subjetivo, abstrato, autônomo e instrumental; (B) é um direito público, objetivo, concreto, autônomo e vinculado; (C) é um direito privado, subjetivo, concreto, não autônomo e instrumental; (D) é um direito privado, objetivo, abstrato, não autônomo e vinculado. Resposta: A. Hodiernamente entende-se a ação como um direito público, subjetivo, abs- trato e instrumental. 03. A teoria que prescrevia “a todo direito deve corresponder uma ação, que o assegura” é intitulada (A) teoria da ação como um direito autônomo e concreto; (B) teoria imanentista ou civilista; (C) teoria da ação como um direito autônomo e abstrato; (D) teoria instrumental da ação. Material Suplementar.indd 30Material Suplementar.indd 30 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 AÇÃO E EXCEÇÃO 31 Resposta: B. A teoria civilista, imanentista ou tradicional pregava que “a todo direito deveria corresponder uma ação, que o assegura”. 04. A célebre polêmica ocorrida em meados do século XIX, entre dois juristas ale- mães (Windscheid e Müther), deu ensejo ao surgimento da teoria da ação como um direito (A) dependente do direito material; (B) autônomo ao direito material; (C) instrumental; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. Windscheid e Müther chegaram a uma conclusão comum em seus estudos: o direito de ação é autônomo. 05. Adolf Wach, também na Alemanha, elaborou a teoria da ação como um (A) direito instrumental; (B) direito autônomo, mas concreto à proteção jurídica; (C) direito autônomo, mas abstrato à proteção jurídica; (D) direito potestativo. Resposta: B. Adolf Wach elaborou uma teoria da ação como um direito autônomo, porém concreto à proteção jurídica. 06. Quem apregoava que somente teria o direito de ação aquele litigante que obti- vesse uma decisão jurídica favorável eram os adotantes da teoria da ação como um (A) direito instrumental; (B) direito autônomo, mas concreto à proteção jurídica; (C) direito autônomo, mas abstrato à proteção jurídica; (D) direito potestativo. Resposta: B. Os concretistas apregoavam que somente teria o direito de ação aquele indivíduo que obtivesse uma decisão jurídica favorável. 07. O italiano Giuseppe Chiovenda reconhecia a ação como um direito (A) autônomo, concreto e potestativo; (B) autônomo, abstrato e potestativo; (C) não autônomo, concreto e não potestativo; (D) não autônomo, abstrato e não potestativo. Resposta: A. Para Chiovenda, a ação seria um direito autônomo, concreto e potestativo. 08. Para Chiovenda, a ação seria dirigida (A) apenas contra o litigante adversário; (B) apenas contra o Estado; (C) contra o litigante adversário e contra o Estado; (D) contra o litigante adversário ou contra o Estado. Material Suplementar.indd 31Material Suplementar.indd 31 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida32 Resposta: A. Chiovenda, em sua teoria do direito de ação como autônomo e potestativo, reconhecia que a demanda se dirigia contra o adversário e não contra o Estado. 09. Heinrich Degenkolb, na Alemanha, Alexander Plósz, na Hungria, Alfredo Rocco e Francesco Carnelutti, na Itália, acolheram a teoria da ação como um direito (A) autônomo e concreto; (B) autônomo e abstrato; (C) dependente e concreto; (D) dependente e abstrato. Resposta: B. Degenkolb, Plósz, Rocco e Carnelutti foram adeptos da teoria da ação como um direito autônomo e abstrato. 10. A teoria eclética da ação, no sentido de que o direito de ação não se qualifi ca- va como direito de agir, mas, sim, como o direito de fazer agir do Estado em sancionar e coagir relações jurídicas foi pregada por (A) Liebman; (B) Carnelutti; (C) Degenkolb; (D) Pekelis. Resposta: D. Pekelis é considerado o pai da teoria eclética. 11. A teoria eclética da ação, no sentido de que a ação é um direito autônomo e abstrato, mas condicionado ao preenchimento de certas condições, foi pregada por (A) Liebman; (B) Carnelutti; (C) Degenkolb; (D) Pekelis. Resposta:A. Liebman estabeleceu aludida teoria da ação. 12. Qual a teoria adotada pelo Código de Processo Civil brasileiro de 1973? (A) teoria eclética de Pekelis; (B) teoria autônoma de Rocco; (C) teoria autônoma de Carnelutti; (D) teoria eclética de Liebman. Resposta: D. A teoria de Liebman foi expressamente acolhida pelo CPC/1973 nos arts. 3.º e art. 267, VI. 13. Para Liebman, tradicionalmente, são condições da ação (A) a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a legitimidade para o pro- cesso; (B) a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a legitimidade para a causa; Material Suplementar.indd 32Material Suplementar.indd 32 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 AÇÃO E EXCEÇÃO 33 (C) a legitimidade para o processo, a legitimidade para a causa e o interesse proces- sual; (D) a legitimidade para o processo e o interesse de agir. Resposta: B. Tradicionalmente, três são as condições da ação: a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a legitimidade para a causa. 14. Ao juiz incumbe fazer uma apreciação prévia acerca da viabilidade ou não da pretensão deduzida pelo autor na petição inicial, seja esta no âmbito do pro- cesso civil, penal ou trabalhista. Assim agindo, o magistrado está verifi cando a presença da seguinte condição da ação (A) interesse de agir; (B) possibilidade jurídica do pedido; (C) legitimidade para a causa; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: B 15. Quando a lei autoriza a terceiro, agindo em nome próprio, pleitear direito alheio, estamos diante de (A) ingresso de terceiro ao processo; (B) legitimação ordinária; (C) legitimação extraordinária; (D) legitimação sucessiva. Resposta: C. A legitimação extraordinária consiste na autorização a terceiro pleitear em nome próprio interesse alheio. 16. A ação de cobrança de dívida de jogo é (A) juridicamente possível; (B) juridicamente impossível; (C) dependendo da licitude do jogo, o pedido poderá ser juridicamente possível; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: C. é juridicamente possível a propositura de ação de cobrança de jogo lícito. 17. Tício ingressa com ação de cobrança de dívida não vencida. Faltará a seguinte condição da ação (A) possibilidade jurídica do pedido; (B) interesse de agir; (C) legitimidade ad causam; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. Ausente estará o interesse de agir se alguém pleiteia a cobrança de dívida não vencida. 18. Na ação de petição de herança de pessoa viva, falta a seguinte condição da ação (A) possibilidade jurídica do pedido; Material Suplementar.indd 33Material Suplementar.indd 33 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida34 (B) interesse de agir; (C) legitimidade ad causam; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. O pedido é juridicamente impossível quando se pleiteia a herança de pes- soa viva. 19. “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interes- sado a requerer, nos casos e formas legais.” Tal princípio é intitulado por (A) oportunidade; (B) disponibilidade; (C) impulso ofi cial; (D) exclusividade. Resposta: A 20. Na ação penal pública incondicionada, prevalece o princípio da (A) oportunidade; (B) disponibilidade; (C) obrigatoriedade; (D) exclusividade. Resposta: C. O Ministério Público é obrigado a ingressar com a ação penal pública in- condicionada, salvo nos delitos de menor potencial ofensivo (neste caso, é possível ofertar transação penal ou suspensão condicional do processo, conforme o caso). 21. Na ação penal privada, prevalece o princípio da (A) oportunidade; (B) disponibilidade; (C) obrigatoriedade; (D) exclusividade. Resposta: A. O querelante tem a oportunidade de ingressar ou não com a ação penal privada. 22. No processo do trabalho, prevalece o princípio da (A) oportunidade; (B) disponibilidade; (C) obrigatoriedade; (D) exclusividade. Resposta: A. Da mesma forma que no processo civil, prevalece o princípio da oportuni- dade no processo do trabalho. 23. Mesmo depois de ajuizada a ação civil, é possível ao autor alterar o pedido ou a causa de pedir, mesmo sem o consentimento do réu (A) antes da citação; Material Suplementar.indd 34Material Suplementar.indd 34 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 AÇÃO E EXCEÇÃO 35 (B) antes do despacho saneador; (C) até a audiência de instrução e julgamento; (D) antes de proferida sentença. Resposta: A. Antes de realizada a citação, o autor poderá alterar livremente a petição inicial. 24. A ação de investigação de paternidade é (A) meramente declaratória; (B) constitutiva; (C) condenatória; (D) desconstitutiva. Resposta: A. A ação de investigação tem conteúdo meramente declaratório. 25. A ação de divórcio é (A) meramente declaratória; (B) constitutiva; (C) condenatória; (D) desconstitutiva. Resposta: D. A ação de divórcio visa desconstituir uma relação jurídica, ou seja, o ca- samento. 26. A ação de cobrança de certa importância é (A) meramente declaratória; (B) constitutiva; (C) condenatória; (D) desconstitutiva. Resposta: C. A ação visa condenar o devedor a pagar determinada importância ao cre- dor. 27. As ações de habeas data, habeas corpus e mandado de segurança são classi- fi cadas como (A) condenatórias; (B) declaratórias; (C) constitutivas; (D) mandamentais. Resposta: D. São mandamentais as ações de mandado de segurança, habeas data e habeas corpus. 28. As ações condenatórias que prescindem de um processo de execução autônomo são chamadas de (A) ação executiva lato sensu; (B) ação executiva stricto sensu; Material Suplementar.indd 35Material Suplementar.indd 35 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida36 (C) ação executiva autônoma; (D) ação de execução forçada. Resposta: A. Chamamos de executiva lato sensu as ações condenatórias que prescindem de um processo de execução autônomo. 29. A ação cautelar (A) é sempre preparatória da ação principal; (B) é sempre incidental ao processo principal; (C) é sempre autônoma; (D) pode ser preparatória ou incidental ao processo principal. Resposta: D. A ação cautelar é autônoma em relação à ação de conhecimento ou de execução, mas é sempre preparatória ou incidental a estas. 30. O juiz concederá a medida cautelar se estiver presente (A) apenas o fumus boni juris; (B) apenas o periculum in mora; (C) concomitantemente o fumus boni juris e o periculum in mora; (D) alternativamente o fumus boni juris e o periculum in mora. Resposta: C. Para a concessão da medida cautelar, é imprescindível a presença simul- tânea de dois requisitos: o fumus boni juris e o periculum in mora. 31. Quanto ao sujeito que promove as ações penais, estas são classifi cadas em (A) públicas e privadas; (B) públicas, privadas e personalíssimas; (C) populares e subsidiárias; (D) subsidiárias, personalíssimas e condicionadas. Resposta: A. As ações penais, quanto ao sujeito que as promove, são classificadas em públicas e privadas. 32. É(são) espécie(s) de ação penal pública (A) incondicionadas e subsidiárias da pública; (B) incondicionadas, condicionadas à representação do ofendido ou de seu representante legal e condicionadas à requisição do Ministro da Justiça; (C) personalíssimas, subsidiárias da pública e populares; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. As ações penais públicas são classificadas em incondicionadas, condicio- nadas à representação do ofendido ou de seu representante legal e condicionadas à requisição do Ministro da Justiça. 33. Marque a assertiva incorrreta (A) o autor da ação penal pública é o Ministério Público e o autor da ação penal privada é o ofendido ou seu representante legal (querelante); Material Suplementar.indd 36Material Suplementar.indd 36 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 AÇÃO E EXCEÇÃO 37 (B) as petições iniciais da ação penal pública e da ação penal privada são, respectivamente, denominadas denúncia e queixa-crime; (C) na ação penal pública incondicionada, o Ministério Público não está subordinado a nenhuma condição de procedibilidade; (D) a ação penal privada é a regra do ordenamento jurídico brasileiro. Resposta: D. A ação penal privada é exceção. Com efeito, o art. 100 do Código Penal vaticina: “A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”. 34. Marque a assertiva incorreta (A) toda ação penal é pública incondicionada, salvo quando a lei exige representação ou requisição do Ministro da Justiça (ação penal pública condicionada) ou quando expres- samente a declara privativa do ofendido; (B) quando o Ministério Público é o titular da ação penal, mas somente pode promovê-la se preenchidas certas condições legais, ou seja, representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública condicionada; (C) nos crimes de ação penal pública condicionada, sempre estará expresso: “somente se procede mediante representação” ou “somente se procede mediante requisição do Ministro da Justiça”; (D) o Ministro da Justiça tem o prazo de seis meses para propor a requisição prevista em lei, nas ações penais públicas condicionadas à requisição do Ministro da Justiça. Resposta: D. Não há prazo legal para que o Ministro da Justiça promova a requisição. 35. Marque a assertiva incorreta (A) a ação penal privada é aquela em que a titularidade é atribuída por lei ao ofendido ou a seu representante legal; (B) o ato que dá início à ação penal privada é a queixa-crime, peça processual que deve ser subscrita por advogado; (C) existem duas modalidades de ação penal privada: propriamente dita e personalíssi- ma; (D) quando a lei diz “somente se procede mediante queixa”, diz-se que a ação é privada exclusiva ou privada propriamente dita. Resposta: C. Existem três modalidades de ação penal privadas: propriamente dita, per- sonalíssima e subsidiária da pública. 36. Marque a assertiva incorreta (A) o prazo para a propositura da ação penal privada é sempre de seis meses; (B) quando se atribui, com exclusividade, a legitimidade ao próprio ofendido, diz-se que a ação penal é privada personalíssima; (C) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; (D) se o querelante não ajuizar a ação penal no prazo legal, diz-se que há a extinção da punibilidade pela ocorrência da decadência. Resposta: A. Existem prazos menores que seis meses para a propositura da ação penal pri- vada (exempli gratia: nos crimes contra a honra pela imprensa – prazo de três meses). Material Suplementar.indd 37Material Suplementar.indd 37 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida38 37. As ações, quanto aos efeitos da decisão judicial, são classifi cadas em (A) individuais; (B) coletivas; (C) multitudinárias; (D) as assertivas A e B estão corretas. Resposta: D. As ações, quanto aos efeitos da decisão judicial, são classificadas em individuais e coletivas. 38. Toda ação é identifi cada pelos seus elementos subjetivos e objetivos. Identifi que a assertiva correta (A) os elementos subjetivos são a causa de pedir e o pedido; (B) os elementos objetivos são as partes; (C) os elementos subjetivos são as partes e os elementos objetivos são a causa de pedir e o pedido; (D) as assertivas A e B estão corretas. Resposta: C. Os elementos subjetivos da ação são as partes e os elementos objetivos, a causa de pedir e o pedido. 39. Marque a assertiva correta (A) admitem-se a assistência, a oposição, a nomeação à autoria, a denunciação da lide e o chamamento ao processo nos processos civil, penal e trabalhista; (B) admitem-se a assistência, a oposição, a nomeação à autoria, a denunciação da lide e o chamamento ao processo nos processos civil e penal, apenas; (C) admitem-se a assistência, a oposição, a nomeação à autoria, a denunciação da lide e o chamamento ao processo nos processos civil e trabalhista, apenas; (D) admitem-se a assistência, a oposição, a nomeação à autoria, a denunciação da lide e o chamamento ao processo apenas no processo civil. Resposta: D. Apenas no processo civil (procedimento comum ordinário) são admitidas as formas de intervenção de terceiros declinadas. 40. Marque a assertiva incorreta (A) exceção, em sentido amplo, é o poder jurídico de que se acha investido o réu e que lhe possibilita opor-se à ação que lhe foi movida. Por isso, dentro de uma concepção sistemática do processo, o tema da exceção é virtualmente paralelo ao da ação; (B) exceção é o direito de ação concedido ao réu para se contrapor à pretensão do autor. Sucintamente, para fi ns didáticos, exceção pode ser entendida como defesa. (C) a exceção deve ser apresentada oralmente pelo réu na audiência preliminar de conci- liação; (D) a ação é bilateral (bilateralidade da ação ou do processo), isto é, do mesmo modo que é permitido ao autor formular sua pretensão em juízo (direito de ação é público), há de se admitir que o réu também participe da relação processual em posição de defesa (exceção). É com o contraditório formado pela oitiva de ambas as partes que o Estado poderá conhecer melhor a lide e a ela dar uma solução mais sábia e justa. Resposta: C. A exceção deve ser apresentada pelo réu, por meio de petição escrita, subscrita por advogado e direcionada ao juiz da causa. Material Suplementar.indd 38Material Suplementar.indd 38 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 6. O PROCESSO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva incorreta (A) processo é o instrumento do qual se vale o Estado para exercer a jurisdição; (B) processo é o instrumento para solucionar as lides ou confl itos de interesses qualifi cados por pretensões resistidas ou insatisfeitas; (C) processo é o rito ou a sequência de atos processuais que deve ser observada pelo órgão judicial para solucionar o litígio; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: C. A assertiva C não se refere a processo, mas a procedimento. 02. Marque a assertiva correta (A) processo, autos e procedimentos podem ser entendidos como termos sinônimos; (B) procedimento confunde-se com processo, já que é o rito (o modus faciendi) ou a se- quência de atos processuais a ser observada para o exercício da jurisdição; (C) autos são a materialização do processo, isto é, a representação gráfi ca ou a documen- tação do processo; (D) o advogado, ao comparecer ao cartório judicial, deve solicitar vista do processo. Resposta: C. Não há como confundir processo com procedimento ou autos; os autos são a materialização do processo; o advogado deve pedir vista dos autos e não vista do processo. 03. O processo, segundo entendimento majoritário da doutrina, tem natureza jurídica (A) de direito privado (é um contrato); (B) de direito privado (é um quase-contrato); (C) de direito público (é uma relação jurídica autônoma); (D) de direito público (é uma relação jurídica vinculada). Resposta: C. Prevalece o entendimento segundo o qual o processo é uma relação jurídica autônoma de direito público. Material Suplementar.indd 39Material Suplementar.indd 39 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida40 04. Acerca da teoria linear sobre a relação jurídica processual, marque a assertiva correta (A) seus teóricos mais fervorosos foram os juristas Wach e Bülow; (B) asseverava que o processo seria uma relação desenvolvida apenas entre os próprios litigantes (autor e réu); (C) asseverava que o processo seria uma relação desenvolvida diretamente entre autor e juiz; (D) asseverava que o processo seria uma relação desenvolvida entre o autor e juiz ou entre juiz e réu. Resposta: B. Wach e Bülow pregavam a teoria triangular da relação processual; a teoria linear salientava que o processo seria uma relação desenvolvida diretamente entre os próprios litigantes (autor e réu). 05. Sobre a teoria angular da relação processual, marque a assertiva correta (A) é a teoria predominante na atualidade; (B) Hellwig, James Goldschmidt e Pontes de Miranda foram defensores de aludida teo- ria; (C) asseverava que o processo seria uma relação processual estabelecida entre o juiz e o autor, de um lado, ou entre o juiz e o réu, de outro lado; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. 06. A lei estabelece requisitos mínimos que devem ser observados para a instaura- ção do processo e seu desenvolvimento regular e válido. Denominam-se esses requisitos de (A) pressupostos processuais; (B) condições da ação; (C) condições de procedibilidade; (D) requisitos objetivos da ação. Resposta: A. São pressupostos processuais aqueles requisitos mínimos que devem ser observados para a instauração do processo e seu desenvolvimento regular e válido). 07. Os pressupostos processuais são classifi cados em (A) objetivos e subjetivos; (B) diretos e indiretos; (C) obrigatórios e facultativos; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Tradicionalmente os pressupostos processuais são classificados em obje- tivos e subjetivos. 08. Marque a assertiva incorreta: o magistrado, para o exercício da atividade juris- dicional (A) deverá estar regularmente investido na judicatura; Material Suplementar.indd 40Material Suplementar.indd 40 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 O PROCESSO 41 (B) tem de ser competente para apreciar o pedido (a incompetência relativa leva à nulidade processual insanável); (C) precisa ser imparcial (não haver fato que o torne suspeito ou impedido para o julga- mento da causa); (D) poderá averbar suspeição por motivo de foro íntimo. Resposta: B. A incompetência relativa não leva à nulidade processual insanável. 09. Marque a assertiva incorreta (A) as partes precisam ser legitimadas para o processo, isto é, devem ter capacidade processual para agirem pessoalmente ou pleitearem o seu direito; (B) a incapacidade absoluta leva à assistência e a incapacidade relativa, à representa- ção; (C) devem ser representadas as pessoas absolutamente incapazes; (D) devem ser assistidas as pessoas relativamente incapazes. Resposta: B. A incapacidade civil absoluta leva à representação e a incapacidade civil relativa, à assistência. 10. A legitimatio ad processum é (A) condição da ação; (B) condição de procedibilidade da ação; (C) pressuposto processual subjetivo; (D) pressuposto processual objetivo. Resposta: C. A legitimatio ad processum é pressuposto processual subjetivo. 11. Os silvícolas (A) são sempre considerados absolutamente incapazes; (B) são sempre considerados relativamente incapazes; (C) terão sua capacidade regulada por lei especial; (D) são equiparados aos brancos e negros, já que a Constituição Federal não permite qualquer forma de discriminação. Resposta: C. Os silvícolas terão sua capacidade regulada por lei especial (art. 4.º, pa- rágrafo único, C(C). 12. Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por defi ciência mental, tenham o discernimento reduzido (A) precisam ser representados; (B) necessitam de assistência; (C) podem ser representados ou assistidos, a depender do parecer médico; (D) não precisam de assistência nem de representação, já que são aptos a litigar por si mesmos. Resposta: B. Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência men- tal, tenham o discernimento reduzido precisam ser assistidos, eis que são considerados relativamente incapazes. Material Suplementar.indd 41Material Suplementar.indd 41 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida42 13. Acerca da capacidade postulatória, marque a assertiva correta (A) o advogado é indispensável à administração da justiça, daí ser imprescindível a sua intervenção em todos os processos, sem exceção; (B) o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo o único a possuir capa- cidade postulatória; (C) o juiz tem o dever de verifi car se as partes estão regularmente representadas por advogado no processo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: C. O advogado é indispensável à administração da justiça, porém há causas em que a sua participação é facultativa (o habeas corpus, por exemplo, pode ser impe- trado diretamente pelo paciente); o Ministério Público tem capacidade postulatória (atua como parte ou custos legis no processo civil); incumbe ao juiz verificar se as partes estão regularmente representadas por advogado no processo. 14. A petição inicial será considerada inepta quando (A) faltar pedido ou causa de pedir; (B) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; (C) um pedido for juridicamente impossível ou dois ou mais pedidos forem incompatíveis entre si; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Parágrafo único do art. 295 do CPC. 15. Estando a petição inicial inepta, deverá o juiz (A) indeferir desde logo a petição inicial; (B) mandar o autor emendar a petição no prazo improrrogável de dez dias; (C) determinar a citação do réu e apenas indeferir a petição se houver manifestação ex- pressa dele acerca da inépcia; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. A petição inicial, ao ser considerada inepta, deverá ser indeferida imedia- tamente pelo juiz. 16. Sobre o instrumento do mandato, marque a assertiva correta (A) a outorga de poderes ao advogado sempre deverá ser feita pela parte autora ou ré, independentemente de sua capacidade civil; (B) no caso de a parte ser relativamente incapaz, a procuração deverá ser outorgada apenas pelo assistente; (C) no caso de a parte ser absolutamente incapaz, a procuração haverá de ser outorgada pelos assistente e assistido, conjuntamente; (D) o instrumento de mandato deverá ser outorgado pela parte capaz diretamente ao ad- vogado. Resposta: D. A procuração deverá ser passada diretamente pela parte capaz (outorgan- te) ao advogado (outorgado); se a incapacidade for absoluta, a outorga do instrumento de mandato é feita pelo representante legal da parte; se a incapacidade for relativa, a procuração é assinada pela parte e seu assistente. Material Suplementar.indd 42Material Suplementar.indd 42 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 O PROCESSO 43 17. Marque a assertiva incorreta (A) a procuração poderá ser outorgada por instrumento público ou particular; (B) a cláusula ad judicia confere ao advogado todos os poderes para o processo; (C) o advogado pode postular em causa própria; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. A cláusula ad judicia confere ao advogado todos os poderes para o pro- cesso, salvo receber a citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir e renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação. 18. Quando houver demanda idêntica em curso envolvendo as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir dizemos que estamos diante de (A) litispendência; (B) coisa julgada; (C) perempção; (D) nenhuma assertiva está correta. Resposta: A. § 3.º do art. 301 do CPC. 19. Quando a lide, ou parte dela, já tiver sido decidida por sentença não mais sujeita a recurso e a parte intentar novamente a mesma demanda estaremos diante de (A) litispendência; (B) coisa julgada; (C) perempção; (D) nenhuma assertiva está correta. Resposta: B. § 3.º do art. 301 do CPC. 20. Quando o autor dá ensejo à extinção do processo sem o julgamento do mérito por três vezes consecutivas e intenta a mesma ação pela quarta vez é caso de (A) litispendência; (B) coisa julgada; (C) perempção; (D) nenhuma assertiva está correta. Resposta: C. Art. 268, parágrafo único, CPC. 21. A citação (A) é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fi m de se defender; (B) deverá ser feita no rigor da forma que a lei considera apta a atingir os seus fi ns; (C) poderá ser feita pelo correio, por ofi cial de justiça ou por edital; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D 22. A inexistência de qualquer das nulidades previstas na legislação processual é (A) pressuposto processual objetivo; Material Suplementar.indd 43Material Suplementar.indd 43 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida44 (B) pressuposto processual subjetivo; (C) condição da ação; (D) requisito objetivo de procedibilidade. Resposta: A. A inexistência de qualquer das nulidades previstas na legislação processual brasileira é pressuposto processual objetivo. 23. São pressupostos processuais de existência (A) existência de jurisdição; (B) existência de uma ação; (C) existência de capacidade postulatória e existência de citação; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Alguns autores classificam os pressupostos processuais de existência em: existência de jurisdição, existência de uma ação, existência de capacidade postulatória e existência de citação. 24. São pressupostos processuais de validade (A) petição inicial válida; (B) competência e imparcialidade do juiz; (C) capacidade de ser parte, capacidade processual e legitimidade para o processo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Outra classificação leva em consideração a validade do processo, nos seguintes termos: petição inicial válida, competência e imparcialidade do juiz, capacidade de ser parte, capacidade processual e legitimidade para o processo. Material Suplementar.indd 44Material Suplementar.indd 44 09/06/2011 17:09:3909/06/2011 17:09:39 7. JURISDIÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva correta (A) a jurisdição é a função de atuação terminal do direito exercida pelos órgãos do Poder Judiciário independentes e imparciais, compondo confl itos de interesses mediante a aplicação da lei por meio do devido processo legal; (B) jurisdição é o poder, função e atividade de aplicar o direito a um fato concreto, pelos órgãos públicos destinados a tal, obtendo-se a justa composição da lide; (C) jurisdição é uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titula- res dos interesses em confl ito para, imparcialmente, buscar a pacifi cação do confl ito que os envolve, com justiça. Essa pacifi cação é feita mediante a atuação da vontade do direito objetivo que rege o caso apresentado em concreto para ser solucionado; e o Estado desempenha essa função sempre mediante o processo, seja expressando imperativamente o preceito (por meio de uma sentença de mérito), seja realizando no mundo das coisas o que o preceito estabelece (mediante a execução forçada); (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D 02. São características da jurisdição (A) unidade; (B) substitutividade; (C) defi nitividade; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Três são as características básicas da jurisdição: a unidade, a substituti- vidade e a definitividade. 03. Embora imutáveis, as sentenças de mérito transitadas em julgado são passíveis de rescisão (ação rescisória) pelo Poder Judiciário, quando (A) verifi car-se que a sentença foi dada por prevaricação ou corrupção do juiz; Material Suplementar.indd 45Material Suplementar.indd 45 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida46 (B) proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; (C) resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou de colusão entre as partes para fraudar a lei; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Em todas essas causas, é cabível, no prazo de dois anos, a propositura de ação rescisória. 04. No processo penal é cabível (A) ação rescisória em favor do réu ou do autor da ação; (B) ação rescisória, apenas em favor do réu; (C) revisão criminal, apenas em favor do réu; (D) revisão criminal em favor do réu ou do autor da ação. Resposta: C. A revisão criminal é exclusiva do réu na sistemática processual brasileira. 05. É cabível revisão criminal quando (A) a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; (B) a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos compro- vadamente falsos; (C) após a sentença, descobrirem-se novas provas de inocência do réu ou de circunstância que determine ou autorize a diminuição da pena; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas comportam hipóteses de cabimento de revisão criminal, nos termos do art. 621 do CPP. 06. O princípio segundo o qual a jurisdição somente pode ser exercida, em qualquer parte do território nacional, por pessoas regularmente nomeadas ao cargo de juiz se chama (A) investidura; (B) juiz natural; (C) aderência ao território; (D) promotor natural. Resposta: A 07. Os atos processuais praticados por pessoas não investidas legitimamente na judicatura deverão ser declarados (A) inexistentes ou nulos de pleno direito; (B) anuláveis; (C) irregulares; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. Os atos praticados por pessoas não investidas na judicatura deverão ser, a qualquer tempo, declarados inexistentes ou nulos de pleno direito. Material Suplementar.indd 46Material Suplementar.indd 46 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 JURISDIÇÃO 47 08. Marque a assertiva correta (A) a arbitragem não é reconhecida como forma solucionadora dos litígios no Brasil; (B) os juízos arbitrais são públicos; (C) a arbitragem foi disciplinada pela Lei 9.307/1996, porém o Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade de tal diploma legal; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: D. A arbitragem é reconhecida como método solucionador de litígios pela Lei 9.307/1996; os juízos arbitrais são privados e o STF julgou improcedente ação direta de inconstitucionalidade da Lei 9.307/1996. 09. Os atos meramente ordinatórios (A) devem ser praticados sempre pelos magistrados, sem exceção; (B) devem ser praticados pelos magistrados, pessoalmente, ou mediante delegação ao escrivão; (C) após o advento da Lei 8.952/1994, independem de despacho e devem ser praticados de ofício pelo servidor e, quando necessário, revistos pelo juiz; (D) nenhuma assertiva está correta. Resposta: C. A Lei 8.952, de 13.12.1994, permitiu que os atos meramente ordinatórios, antes praticados pelos magistrados, tais como a juntada de documentos, independessem de despacho e devessem ser praticados de ofício pelo servidor. 10. O fato de a pessoa ter o direito constitucional de ser submetida a um julgamento isento, imparcial e emanado de um magistrado não suspeito nem impedido e regularmente investido na função jurisdicional se relaciona com o princípio (A) da investidura; (B) do juiz natural; (C) da aderência ao território; (D) do promotor natural. Resposta: B 11. Marque a assertiva incorreta (A) cada magistrado exerce a sua atividade jurisdicional, dentro do território nacional, nos limites de sua competência. Está cada órgão judicial adstrito a um determinado território (circunscrição territorial); (B) os tribunais superiores (STF, STJ, TST, TSE e STM) têm jurisdição sobre todo o terri- tório nacional. O Tribunal de Justiça de cada Estado, sobre o território desse Estado. Já os juízes estaduais exercem a jurisdição dentro da área (comarca) traçada pela lei de organização judiciária do Estado; (C) caso haja necessidade de praticar um ato processual fora dos limites da jurisdição, cabe ao juiz solicitar a cooperação de outros magistrados, seja mediante a expedição de cartas rogatórias (cumprimento dentro do território nacional) ou precatórias (cumpri- mento no exterior); (D) a jurisdição somente pode ser exercida nos limites do território fi xado ao órgão judicial (princípio da aderência ao território). Material Suplementar.indd 47Material Suplementar.indd 47 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida48 Resposta: C. A assertiva está incorreta porque cartas precatórias são expedidas dentro do território nacional e rogatórias, para o exterior. 12. Marque a assertiva incorreta (A) a atividade jurisdicional é indelegável; (B) o magistrado, ao ser investido na judicatura, não poderá atribuir a outros órgãos ou a outras pessoas as funções que são inerentes a seu cargo; (C) a expedição de cartas precatórias, rogatórias e de ordem constituem violação ao prin- cípio da indelegabilidade; (D) os juízos deprecante (que pede a colaboração) e deprecado (que vai praticar o ato processual solicitado) cumprem a sua função jurisdicional dentro dos limites de sua circunscrição territorial. Resposta: C. A expedição de cartas precatórias, rogatórias e de ordem não constitui violação ao princípio da indelegabilidade. 13. Marque a assertiva incorreta (A) a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; (B) qualquer que seja a lesão ou ameaça a direito poderá ser levada ao conhecimento do Poder Judiciário, que terá o poder, o dever e a função de aplicar uma solução para o caso concreto; (C) as condições da ação e os pressupostos processuais não consistem limitação ou vio- lação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição; (D) não há exceção ao princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. Resposta: D. O art. 217, § 1.º, da Constituição Federal estabelece exceção ao princípio ao dispor que “o Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei”. 14. Qual princípio assevera que a jurisdição é um dever do Estado e a atividade jurisdicional haverá de ser exercida pelo Poder Judiciário, quando legitimamente provocado? (A) indeclinabilidade; (B) improrrogabilidade; (C) inevitabilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A 15. Qual princípio estabelece que os limites do poder jurisdicional são taxativamente fi xados pelo ordenamento jurídico? (A) indeclinabilidade; (B) improrrogabilidade; (C) inevitabilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B Material Suplementar.indd 48Material Suplementar.indd 48 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 JURISDIÇÃO 49 16. Qual o princípio jurídico que se atrela ao fato de, ao se recorrer ao órgão Judi- ciário, as partes não poderão escolher o magistrado que irá solucionar o litígio ou aplicar a lei ao caso concreto? (A) indeclinabilidade; (B) improrrogabilidade; (C) inevitabilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: C 17. São poderes da jurisdição (A) poder de polícia; (B) poder de decisão; (C) poder de documentação; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. São poderes ou atributos inerentes à jurisdição: o poder de polícia, o poder de decisão e o poder de documentação. 18. Quanto ao objeto (matéria), a jurisdição é classifi cada em (A) civil e penal; (B) comum e especial; (C) superior e inferior; (D) contenciosa e voluntária. Resposta: A. Quanto ao objeto, a jurisdição pode ser classificada didaticamente em civil e penal. 19. Quanto aos organismos judiciários que a exercem, a jurisdição se classifi ca em (A) civil e penal; (B) comum (ordinária) e especial; (C) superior e inferior; (D) contenciosa e voluntária. Resposta: B 20. Quanto à posição hierárquica dos órgãos, a jurisdição de classifi ca didaticamente em (A) civil e penal; (B) comum e especial; (C) superior e inferior; (D) contenciosa e voluntária. Resposta: C 21. Marque a assertiva correta (A) a jurisdição contenciosa é a jurisdição propriamente dita; Material Suplementar.indd 49Material Suplementar.indd 49 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida50 (B) na jurisdição voluntária, também chamada de jurisdição graciosa ou administrativa, não existe atividade jurisdicional propriamente dita; (C) a jurisdição voluntária consiste na atividade atribuída ao Poder Judiciário para que determinados negócios privados tenham validade ou funções de natureza administrativa nas quais o órgão judicial é chamado a intervir para que possam produzir efeitos na órbita civil; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. A jurisdição civil é costumeiramente classificada em contenciosa e voluntária; a primeira é a jurisdição propriamente dita [há litígio, partes e coisa julgada material]; a jurisdição voluntária, graciosa ou administrativa é a atividade atribuída ao Poder Judiciário para que determinados negócios privados tenham validade; na jurisdição voluntária, não há atividade jurisdicional propriamente dita. Material Suplementar.indd 50Material Suplementar.indd 50 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 8. ESTATUTO DA MAGISTRATURA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. O Estatuto da Magistratura ou Lei Orgânica da Magistratura Nacional é (A) lei ordinária; (B) lei complementar; (C) lei delegada; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. De acordo com o caput do art. 93 da CF, o Estatuto da Magistratura será disciplinado em lei complementar. 02. A iniciativa da Lei Orgânica da Magistratura Nacional incumbirá (A) a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; (B) privativamente ao Presidente da República; (C) aos cidadãos, na forma da lei; (D) ao Supremo Tribunal Federal. Resposta: D. Segundo o caput do art. 93 da CF, a iniciativa da Lei Orgânica da Magis- tratura Nacional é do Supremo Tribunal Federal. 03. Marque a assertiva correta (A) o ingresso na magistratura, no primeiro grau, para o cargo de juiz substituto, dar-se-á mediante nomeação, após aprovação em concurso público de provas e títulos, do ba- charel em direito que tenha, no mínimo, três anos de atividade jurídica. A Ordem dos Advogados do Brasil integrará obrigatoriamente todas as fases do concurso. Deverá ser observada, na nomeação, a ordem de classifi cação; (B) o ingresso na magistratura, no primeiro grau, para o cargo de juiz substituto, dar-se-á mediante eleição, pelo voto direto e secreto. A Ordem dos Advogados do Brasil integrará obrigatoriamente todas as fases do certame eletivo; Material Suplementar.indd 51Material Suplementar.indd 51 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida52 (C) o ingresso na magistratura, no primeiro grau, para o cargo de juiz substituto, dar-se-á mediante nomeação, após aprovação em concurso público de títulos, do bacharel em direito que tenha, no mínimo, três anos de atividade jurídica. A Ordem dos Advogados do Brasil integrará obrigatoriamente todas as fases do concurso. Deverá ser observada, na nomeação, a ordem de classifi cação; (D) o ingresso na magistratura, em todos os graus, dar-se-á mediante nomeação, após aprovação em concurso público de provas e títulos, do bacharel em direito que tenha, no mínimo, três anos de atividade jurídica. A Ordem dos Advogados do Brasil integrará obrigatoriamente todas as fases do concurso. Deverá ser observada, na nomeação, a ordem de classifi cação. Resposta: A. Nos termos do inc. I do art. 93 da Constituição Federal. 04. Marque a assertiva correta (A) o acesso ao segundo grau de jurisdição (tribunais de justiça estaduais e do Distrito Federal, tribunais regionais federais e tribunais regionais do trabalho) far-se-á por eleição, obedecidos os critérios de antiguidade e merecimento, alternativamente, apurados na última entrância, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça; (B) o acesso ao segundo grau de jurisdição (tribunais de justiça estaduais e do Distrito Federal, tribunais regionais federais e tribunais regionais do trabalho) far-se-á por promo- ção, obedecidos os critérios de antiguidade e merecimento, alternativamente, apurados na última entrância, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça. (C) o acesso ao segundo grau de jurisdição (tribunais de justiça estaduais e do Distrito Federal, tribunais regionais federais e tribunais regionais do trabalho) far-se-á por promoção, sempre pelo critério de antiguidade, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça; (D) o acesso ao segundo grau de jurisdição (tribunais de justiça estaduais e do Distrito Federal, tribunais regionais federais e tribunais regionais do trabalho) far-se-á por pro- moção, sempre pelo critério de merecimento, apurado na última entrância, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça. Resposta: B. De acordo com a previsão do inc. III do art. 93 da CF. 05. Marque a assertiva correta (A) é obrigatória a promoção do juiz que fi gure por três vezes consecutivas ou dez alter- nadas em lista de merecimento; (B) é obrigatória a promoção do juiz que fi gure por cinco vezes consecutivas ou dez al- ternadas em lista de merecimento; (C) é obrigatória a promoção do juiz que fi gure por três vezes consecutivas ou cinco al- ternadas em lista de merecimento; (D) é obrigatória a promoção do juiz que fi gure por duas vezes consecutivas ou quatro alternadas em lista de merecimento. Resposta: C. Vide art. 93, inc. II, alínea a, CF. 06. Marque a assertiva correta (A) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; Material Suplementar.indd 52Material Suplementar.indd 52 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ESTATUTO DA MAGISTRATURA 53 (B) a promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; (C) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira metade da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; (D) a promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Resposta: A. Vide art. 93, inc. II, alínea b, CF. 07. Marque a assertiva correta (A) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios subjetivos de pro- dutividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos ofi ciais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (B) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produ- tividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos ofi ciais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (C) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios subjetivos de pro- dutividade e presteza no exercício da jurisdição, independentemente de frequência e aproveitamento em cursos ofi ciais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (D) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de pro- dutividade e presteza no exercício da jurisdição, independentemente de frequência e aproveitamento em cursos ofi ciais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. Resposta: B. Vide art. 93, inc. II, alínea c, CF. 08. Marque a assertiva correta (A) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado da maioria absoluta de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fi xar-se a indicação; (B) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fi xar-se a indicação; (C) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de três quintos de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fi xar-se a indicação; (D) o tribunal, em nenhuma hipótese, na apuração de antiguidade, poderá recusar o juiz mais antigo. Resposta: B. Vide art. 93, inc. II, alínea d, CF, com a redação dada pela Emenda Cons- titucional 45/2004. 09. Marque a assertiva correta (A) não será promovido o juiz que, injustifi cadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (B) não será promovido o juiz que, injustifi cadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo, porém, devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; Material Suplementar.indd 53Material Suplementar.indd 53 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida54 (C) poderá ser promovido o juiz que, injustifi cadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, desde que haja deliberação do tribunal por maioria absoluta; (D) poderá ser promovido o juiz que, injustifi cadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, desde que haja deliberação do tribunal por maioria de dois terços dos seus integrantes. Resposta: A. Vide art. 93, inc. II, alínea e, CF, com a redação dada pela Emenda Cons- titucional 45/2004. 10. Marque a assertiva correta (A) haverá cursos ofi ciais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso ofi cial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magis- trados; (B) haverá cursos ofi ciais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa facultativa do processo de vitaliciamento a participação em curso ofi cial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (C) não há previsão de cursos ofi ciais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados no texto constitucional; (D) há cursos ofi ciais apenas para aperfeiçoamento e promoção de magistrados, consti- tuindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso ofi cial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados. Resposta: A. Vide art. 93, inc. IV, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 11. Marque a assertiva correta (A) o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 85% do subsídio mensal fi xado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (B) o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 90% do subsídio mensal fi xado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (C) o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 95% do subsídio mensal fi xado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (D) não há vinculação entre o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores com subsídio mensal fi xado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal. Resposta: C. Vide art. 93, inc. V, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 19/1998. 12. Marque a assertiva correta (A) a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes seguirão as mesmas regras atinentes ao Regime Geral de Previdência Pública, segundo os parâmetros da autarquia INSS; (B) a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes seguirão as mesmas regras atinentes ao Regime Público de Previdência Social, nos termos do art. 40 da Constituição Federal; (C) a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes seguirão as regras atinentes à previdência privada; Material Suplementar.indd 54Material Suplementar.indd 54 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ESTATUTO DA MAGISTRATURA 55 (D) não houve previsão de regime previdenciário para magistrados e seus dependentes no texto constitucional de 1988. Resposta: B. Vide art. 93, inc. VI, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 20/1998. 13. Marque a assertiva correta (A) o juiz titular residirá na comarca, salvo autorização do tribunal; (B) o juiz titular residirá na comarca, a menos que seja uma cidade de pouca infra-estru- tura; (C) o juiz titular não precisará residir na comarca, desde que comprove que os processos estão devidamente instruídos; (D) o juiz titular tem a faculdade de residir ou não na comarca onde exerce a jurisdição. Resposta: A. Vide art. 93, inc. VII, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 14. Marque a assertiva correta (A) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa; (B) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse públi- co, fundar-se-á em decisão por voto de maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa; (C) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo tribunal ou de maioria absoluta do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa; (D) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de três quintos do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa. Resposta: B. Vide art. 93, inc. VIII, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 15. Marque a assertiva correta (A) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em deter- minados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (B) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, sem exceção; (C) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, mas as decisões podem ser tomadas sem que haja a prévia a necessária fundamentação, tal como só acontece no processo penal em geral; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: A. Vide art. 93, inc. IX, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. Material Suplementar.indd 55Material Suplementar.indd 55 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida56 16. Marque a assertiva correta (A) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão reservada, sendo as disciplinares tomadas pelo voto de dois terços de seus membros; (B) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto de dois terços de seus membros; (C) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão reservada, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (D) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Resposta: D. Vide art. 93, inc. X, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 17. Marque a assertiva correta (A) nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de quinze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (B) nos tribunais com número superior a trinta e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (C) nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (D) a Emenda Constitucional 45/2004 aboliu a possibilidade de instituição de órgãos espe- ciais para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais. Resposta: C. Vide art. 93, inc. XI, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 18. Marque a assertiva correta (A) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; (B) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas em todos os juízos e tribunais, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; (C) a atividade jurisdicional nos tribunais será interrompida nos meses de julho e dezembro para férias coletivas dos magistrados, mas, nos dias em que não houver expediente forense normal, trabalharão juízes em plantão permanente; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: A. Vide art. 93, inc. XII, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. Material Suplementar.indd 56Material Suplementar.indd 56 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ESTATUTO DA MAGISTRATURA 57 19. Marque a assertiva correta (A) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial, à arrecadação de tributos municipais e à respectiva população; (B) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (C) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judi- cial; (D) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à população. Resposta: B. Vide art. 93, inc. XIII, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 20. Marque a assertiva correta (A) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (B) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de expediente com caráter decisório; (C) os servidores não mais receberão delegação para a prática de atos de administração nem atos de expediente sem caráter decisório; (D) os servidores somente receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório se houver autorização do tribunal por maioria absoluta de seus membros. Resposta: A. Vide art. 93, inc. XIV, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 21. Marque a assertiva correta (A) a distribuição de processos será imediata, na primeira e segunda instâncias; (B) a distribuição de processos será imediata, na primeira e segunda instâncias, bem como nos tribunais superiores, com exceção do Supremo Tribunal Federal; (C) a distribuição de processos será realizada no prazo máximo de quarenta e oito horas em todos os graus de jurisdição; (D) a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Resposta: D. Vide art. 93, inc. XV, CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 22. Marque assertiva correta (A) um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profi ssional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes; (B) um quinto dos lugares de todos os tribunais brasileiros, exceto nos tribunais eleitorais, será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profi ssional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes; Material Suplementar.indd 57Material Suplementar.indd 57 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida58 (C) um quinto dos lugares, apenas dos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal, será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profi ssional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes; (D) o quinto constitucional foi extinto com o advento da Emenda Constitucional 45/2004. Resposta: A. Vide art. 94, CF. 23. Os juízes gozam das seguintes garantias (A) vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitado em julgado; (B) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, fundada na decisão tomada por maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa; (C) irredutibilidade de subsídios, ressalvada a incidência dos tributos legalmente estatuídos; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 95, CF. 24. Aos juízes é vedado (A) exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; (B) receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo, bem como receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (C) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração, bem como dedicar-se à atividade político-partidária; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide parágrafo único do art. 95, CF. 25. Compete privativamente aos tribunais, exceto (A) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos; (B) propor a criação de novas varas judiciárias; (C) fi xar o valor do subsídio remuneratório dos magistrados; (D) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servi- dores que lhes forem imediatamente vinculados. Resposta: C. Não é da competência dos tribunais, mas sim do Poder Legislativo, fixar o valor do subsídio mensal dos magistrados; as demais assertivas estão corretas e previstas como competência privativa dos tribunais pelo inc. I do art. 96 da CF. 26. É da competência privativa do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais superiores e dos tribunais de justiça dos Estados propor ao Poder Legislativo respectivo, exceto (A) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; Material Suplementar.indd 58Material Suplementar.indd 58 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ESTATUTO DA MAGISTRATURA 59 (B) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares; (C) a criação ou extinção dos tribunais superiores; (D) a alteração da organização e da divisão judiciárias. Resposta: C. É prevista a proposta para a criação ou extinção de tribunais inferiores, mas não de tribunais superiores como está redigido na assertiva. 27. Os tribunais poderão declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público (A) pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial; (B) pelo voto da maioria simples de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial; (C) pelo voto da maioria qualifi cada de dois terços de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial; (D) pelo voto da maioria qualifi cada de três quintos de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial. Resposta: A. Vide art. 97, CF. 28. Os juizados especiais cíveis e criminais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses pre- vistas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau serão criados (A) pelos Estados e pelo Distrito Federal; (B) pela União, no Distrito Federal e Territórios; (C) apenas pelos Estados-membros; (D) pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Resposta: B. Conforme preceitua o caput do art. 98 da CF. 29. Sobre a justiça de paz, nos termos da Constituição Federal, marque a assertiva correta (A) é uma justiça remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verifi car, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação; (B) é uma justiça não remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verifi car, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação; (C) é uma justiça remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de oito anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verifi car, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de Material Suplementar.indd 59Material Suplementar.indd 59 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida60 habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação; (D) é uma justiça não remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de oito anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verifi car, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. Resposta: A. Vide art. 98, inc. II, CF. Material Suplementar.indd 60Material Suplementar.indd 60 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 9. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. São órgãos do Poder Judiciário, salvo (A) o Supremo Tribunal Federal; (B) o Tribunal de Contas da União; (C) o Tribunal Regional Federal da 5.ª Região; (D) o Tribunal Regional do Trabalho da 13.ª Região. Resposta: B. O Tribunal de Contas da União integra o Poder Legislativo. 02. São órgãos do Poder Judiciário, exceto (A) o Superior Tribunal de Justiça; (B) o Tribunal Superior Eleitoral; (C) o Tribunal Federal de Recursos; (D) o Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Resposta: C. O Tribunal Federal de Recursos foi extinto pela Constituição Federal de 1988. 03. Não é órgão do Poder Judiciário (A) o Procon; (B) o Conselho de Justiça da Auditoria Militar da 2.ª Região; (C) o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro; (D) o Superior Tribunal Militar. Resposta: A. O Procon é órgão executivo de defesa do consumidor; não integra o Poder Judiciário. Material Suplementar.indd 61Material Suplementar.indd 61 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida62 04. É órgão incumbido de realizar o controle administrativo e disciplinar dos órgãos integrantes do Poder Judiciário (A) o Supremo Tribunal Federal; (B) o Conselho Nacional de Justiça; (C) o Superior Tribunal de Justiça; (D) o Tribunal Superior do Trabalho. Resposta: B. O Conselho Nacional de Justiça foi criado pela EC 45/2004 com a incum- bência de controlar a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados brasileiros. 05. Marque a assertiva verdadeira sobre o Supremo Tribunal Federal (A) é o órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro; (B) tem sede na capital federal e jurisdição para todo o Brasil; (C) tem competência originária e recursal, mas se destina precipuamente à Guarda da Constituição Federal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. O STF é o tribunal de mais alto grau da jurisdição brasileira; está localizado em Brasília e tem jurisdição para todo o País; possui competência originária (art. 102, I, CF) e recursal – recursos extraordinário e ordinário (art. 102, incs. II e III). 06. O Supremo Tribunal Federal é (A) composto de 15 Ministros; (B) integrado por magistrados escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada; (C) um tribunal cujos ministros são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha por maioria simples do Senado Federal; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: D. O STF é composto de 11 Ministros; todos são obrigatoriamente brasileiros natos; são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha por maioria absoluta do Senado Federal. 07. Incumbe ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente (A) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal; (B) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual; (C) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; (D) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Resposta: C. Vide art. 102, I, b, CF. 08. É da competência do Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originaria- mente (A) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; Material Suplementar.indd 62Material Suplementar.indd 62 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 63 (B) as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; (C) a homologação de sentença estrangeira e a concessão de exequatur às cartas roga- tórias; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Vide art. 102, I, e, CF. 09. Não é da competência do Supremo Tribunal Federal processar e julgar, origina- riamente (A) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente inte- ressados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem esteja impedida ou seja direta ou indiretamente interessada; (B) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; (C) as revisões criminais e a ação rescisória dos julgados do Superior Tribunal de Justi- ça; (D) o habeas corpus, sendo paciente o Procurador-Geral da República, os próprios Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Congresso Nacional ou o Presidente da República. Resposta: C. As revisões criminais e a ação rescisória dos julgados do Superior Tribunal de Justiça são da competência do próprio STJ e não do STF, conforme previsão do art. 105, I, e, CF. 10. O Supremo Tribunal Federal tem competência para processar e julgar, em sede de recurso ordinário, salvo (A) o habeas corpus, o mandado de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (B) o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (C) o crime político; (D) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa domiciliada no País. Resposta: D. As assertivas “a”, “b” e “c” são casos de recurso ordinário para o Supre- mo Tribunal Federal (art. 102, II, CF); a assertiva d se refere a recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça (art. 105, II, c, CF). 11. Marque a assertiva incorreta: o Supremo Tribunal Federal tem competência para processar e julgar, em sede de recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida (A) contrariar dispositivo da Constituição Federal; (B) contrariar dispositivo da Constituição Estadual; (C) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; (D) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal ou julgar válida lei local em face de lei federal. Resposta: B. As hipóteses de cabimento de recurso extraordinário estão previstas no art. 102, III, a a d, da CF. Material Suplementar.indd 63Material Suplementar.indd 63 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida64 12. A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente de descum- primento da Constituição Federal, será apreciada pelo(s) (A) Supremo Tribunal Federal; (B) Superior Tribunal de Justiça; (C) Tribunais Regionais Federais; (D) juízes, tribunais regionais e superiores. Resposta: A. Vide § 1.º, art. 102, CF. 13. O recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucio- nais discutidas no caso, nos termos da lei, a fi m de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros é uma exigência para a admissibilidade do (A) recurso ordinário constitucional para o Supremo Tribunal Federal; (B) recurso extraordinário; (C) recurso especial; (D) recurso ordinário constitucional para o Superior Tribunal de Justiça. Resposta: B. Vide § 3.º do art. 102, CF. 14. As decisões defi nitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal produzirão efi cácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, dar-se-ão (A) em todas as decisões emanadas do Supremo Tribunal Federal; (B) apenas nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de cons- titucionalidade; (C) apenas nas ações diretas de inconstitucionalidade; (D) apenas nas ações declaratórias de constitucionalidade. Resposta: B. Vide § 2.º do art. 102, CF. 15. Não podem propor ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade (A) o Presidente da República e a Mesa do Senado Federal; (B) a Mesa da Câmara dos Deputados e a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (C) o Governador de Estado e o Procurador-Geral da República; (D) o Conselho Regional da Ordem dos Advogados do Brasil e a federação sindical ou entidade de classe de âmbito regional. Resposta: D. Os legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade estão inseridos no art. 103, incs. I a IX, da CF; o Conselho Regional da Ordem dos Advogados do Brasil e a federação sindical ou entidade de classe de âmbito regional não integram o rol. 16. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido (A) nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Su- premo Tribunal Federal; Material Suplementar.indd 64Material Suplementar.indd 64 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 65 (B) apenas nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de cons- titucionalidade; (C) em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal, salvo naqueles em que não houver interesse público; (D) em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal, exceto naqueles em que não houver interesse de incapaz. Resposta: A. Vide § 1.º do art. 103, CF. 17. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional (A) o próprio Supremo Tribunal Federal editará a norma regulamentadora; (B) o Supremo Tribunal Federal fi xará o prazo de 30 dias para que o Poder Legislativo elabore a norma regulamentadora, sob pena de multa diária; (C) o Supremo Tribunal Federal dará simples ciência ou Poder competente para a adoção das providências necessárias e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias; (D) o Supremo Tribunal Federal dará simples ciência ao Poder Legislativo ou Poder Exe- cutivo para a edição da norma regulamentadora, mas não estabelecerá prazo nenhum já que os Poderes são independentes e harmônicos entre si. Resposta: C. Vide § 2.º do art. 103, CF. 18. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, para defender o ato ou texto impugnado (A) o Procurador-Geral da República; (B) o Advogado-Geral da União; (C) o Procurador-Geral do Congresso Nacional; (D) o Procurador-Geral da Fazenda Nacional. Resposta: B. Vide § 3.º do art. 103, CF. 19. A edição de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa ofi cial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à admi- nistração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, será realizada (A) por qualquer tribunal brasileiro; (B) apenas pelo Supremo Tribunal Federal; (C) apenas pelo Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça; (D) apenas pelo Supremo Tribunal Federal e pelos Tribunais Superiores. Resposta: B. Vide caput do art. 103-A da CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 20. O Conselho Nacional de Justiça (A) compõe-se de 15 membros com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, com mandato de dois anos, permitida uma recondução; Material Suplementar.indd 65Material Suplementar.indd 65 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida66 (B) compõe-se de 15 membros com mais de 35 e menos de 66 anos de idade, com mandato de dois anos, permitida uma recondução; (C) compõe-se de 16 membros com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, com mandato de dois anos, permitida uma recondução; (D) compõe-se de 17 membros com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, com mandato de dois anos, permitida uma recondução. Resposta:B. Vide caput do art. 103-B da CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 21. Não efetuadas, no prazo legal, as indicações pelos órgãos competentes dos membros para o Conselho Nacional de Justiça (A) a escolha incumbirá ao Presidente da República; (B) a escolha incumbirá ao Superior Tribunal de Justiça; (C) a escolha incumbirá ao Supremo Tribunal Federal; (D) a escolha incumbirá ao cidadão brasileiro, mediante votação pelo voto direto e secreto. Resposta: B. Vide art. 103-B, § 3.º, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 22. Não é da competência do Conselho Nacional de Justiça (A) controlar a atuação administrativa e fi nanceira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes; (B) zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (C) receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares; (D) sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, pode avocar pro- cessos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade, a demissão ou a aposentadoria de magistrado vitalício com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada a ampla defesa. Resposta: D. As atribuições do Conselho Nacional de Justiça estão expressas no § 4.º do art. 103-B da CF, além de outras que poderão ser definidas pelo Estatuto da Magis- tratura; não está prevista a aplicação pelo Conselho Nacional de Justiça de penalidade administrativa de demissão de magistrado vitalício. 23. A presidência do Conselho Nacional de Justiça e a corregedoria fi carão a cargo, respectivamente, dos membros oriundos (A) do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça; (B) do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal; (C) do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Superior do Trabalho; (D) qualquer um dos membros integrantes poderá exercer as funções de Presidente ou Ministro-Corregedor do Conselho Nacional de Justiça. Resposta: A. O CNJ será presidido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (§ 1.º do art. 103-B, CF) e terá como Ministro-Corregedor o Ministro do Superior Tribunal de Justiça (§ 5.º do art. 103-B, CF). Material Suplementar.indd 66Material Suplementar.indd 66 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 67 24. Ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça, serão criados (A) pela União, no Distrito Federal, nos Estados e nos Municípios; (B) pela União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios; (C) pela União, pelos Estados e pelos Municípios; (D) pelos Estados e pelo Distrito Federal. Resposta: B. Vide § 7.º do art. 103-B, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 25. O Supremo Tribunal Federal foi criado (A) pelo Decreto 848, de 11.10.1890, logo após a Proclamação da República; (B) pelo Decreto Imperial 125, de 22.4.1825, pelo Imperador D. Pedro I; (C) pela Constituição Federal de 1946; (D) pela Constituição Federal de 1988. Resposta: A. Com a Proclamação da República, editou-se o Decreto 848, de 11.10.1890, o qual previu a criação do Supremo Tribunal Federal. 26. O Superior Tribunal de Justiça é (A) composto de 33 Ministros, no máximo; (B) composto de 33 Ministros, no mínimo; (C) composto de 11 Ministros, no mínimo; (D) composto de 11 Ministros, no máximo. Resposta: B. Vide art. 104, caput, CF. 27. É requisito para ser Ministro do Superior Tribunal de Justiça (A) ser brasileiro nato; (B) ter mais de 35 anos e menos de 70 anos de idade; (C) ter notável saber jurídico e reputação ilibada; (D) ser nomeado pelo Presidente da República, após aprovada a escolha pela maioria simples do Senado Federal. Resposta: C. Vide parágrafo único do art. 104, CF, com redação determinada pela Emenda Constitucional 45/2004; os Ministros do STJ poderão ser brasileiros natos ou naturalizados; precisam ter idade entre 35 e 65 anos; deverão ter notável saber jurídico e reputação ilibada; são nomeados pelo Presidente da República, após aprovada a escolha por maioria absoluta do Senado Federal. 28. Do total de Ministros do Superior Tribunal de Justiça (A) um terço há de ser escolhido dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais; (B) um terço há de ser escolhido dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça; (C) um terço há de ser escolhido, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente; (D) todas as assertivas estão corretas. Material Suplementar.indd 67Material Suplementar.indd 67 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida68 Resposta: D. Vide art. 104, parágrafo único, incs. I e II, da CF. 29. Incumbe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente (A) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e todos os membros do Ministério Público da União; (B) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, do próprio Superior Tribunal de Justiça ou de Tribunal de Justiça; (C) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: C. Vide art. 105, I, e, CF; a afi rmativa “a” está errada porque não compete ao STJ processar e julgar originariamente todos os membros do Ministério Público da União, mas apenas aqueles que ofi ciam perante tribunais; a assertiva “b” está errada porque não é da competência do STJ processar e julgar os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Tribunal de Justiça. 30. É da competência do Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, origina- riamente (A) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; (B) os confl itos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; (C) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 105, I, f, g e h, da CF. 31. É da competência do Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, em sede de recurso ordinário (A) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; (B) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando de- negatória a decisão; (C) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 105, II, a a c, da CF. Material Suplementar.indd 68Material Suplementar.indd 68 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 69 32. É da competência do Superior Tribunal de Justiça processar e julgar em sede de recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e territórios, quando a decisão recorrida (A) contrariar tratado ou lei federal ou estadual, ou negar-lhes vigência; (B) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei estadual; (C) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: C. Vide art. 105, III, c, CF; a letra “a” está errada porque não é da compe- tência do STJ processar e julgar em sede de recurso especial a decisão que contrariar lei estadual ou negar-lhe vigência; no mesmo diapasão, não cabe ao STJ apreciar de recurso especial interposto de decisão que julgar válido ato de governo local constatado em face de lei estadual. 33. Funcionará junto ao Superior Tribunal de Justiça (A) a Escola Nacional de Formação de Magistrados, cabendo-lhe, entre outras funções, regulamentar os cursos ofi ciais para o ingresso e promoção na carreira; (B) o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) apenas a assertiva “a” está correta. Resposta: C. Vide art. 105, parágrafo único, I e II, da CF, com redação determinada pela Emenda Constitucional 45/2004. 34. O Superior Tribunal de Justiça (A) foi criado pela Constituição de 1988; (B) foi criado pela Constituição de 1946; (C) foi criado pela Constituição de 1891; (D) foi criado pela Constituição Imperial de 1824. Resposta: A. O STJ foi criado pela Constituição Federal de 1988 com o intuito de desafogar o STF. Sucedeu o antigo Tribunal Federal de Recursos, extinto pela Carta Cidadã. 35. Os Tribunais Regionais Federais são (A) órgãos da Justiça Federal de 2.º grau de jurisdição compostos de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos de idade, após aprovação da escolha por maioria absoluta do Senado Federal; (B) um quinto dos magistrados dos Tribunais Regionais Federais será escolhido dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profi ssional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; (C) é vedada a remoção ou permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais; (D) todas as assertivas estão corretas. Material Suplementar.indd 69Material Suplementar.indd 69 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida70 Resposta: B. Vide art. 107, CF; a letra “a” está errada porque na nomeação dos ma- gistrados dos Tribunais Regionais Federais não há a participação do Senado Federal; a assertiva “c” é falsa porque caberá à lei disciplinar a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais, conforme previsão do § 1.º do art. 107 da CF. 36. Os Tribunais Regionais Federais (A) serão instalados na capital de cada Estado e no Distrito Federal; (B) instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários; (C) não poderão funcionar descentralizadamente, pois a criação de Câmaras Regionais foi expressamente vedada pela Emenda Constitucional 45/2004; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. Vide art. 107, § 2.º, CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004; a letra “a” está incorreta porque foram previstos apenas cinco Tribunais Regionais Federais; a assertiva “c” também está incorreta porque os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo, conforme dispõe o § 3.º do art. 107, CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 37. Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar, originariamente (A) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (B) as revisões criminais, as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região, os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; (C) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal e os confl itos de com- petência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 108, I, a a e, da CF. 38. Acerca da justiça federal, marque a assertiva incorreta (A) os juízes federais são órgãos de primeiro grau da Justiça Federal. Cada Estado da Federação, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária com sede na capital; (B) nos territórios federais, a jurisdição e as atribuições dos juízes federais serão exercidas pelos juízes da justiça local; (C) os juízes federais serão nomeados, após aprovação em concurso público de títulos; (D) os Tribunais Regionais Federais têm competência para julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da com- petência federal da área de sua jurisdição. Resposta: C. A única assertiva errada é a letra “c”, porque os juízes federais de primeiro grau são nomeados originariamente para o cargo de juiz federal substituto, após aprovação do bacharel em direito em concurso de provas e títulos. Material Suplementar.indd 70Material Suplementar.indd 70 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 71 39. Aos juízes federais compete processar e julgar (A) as causas em que a União, entidade autárquica, empresa pública ou sociedade de economia mista federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (B) as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Estado ou o Distrito Federal, bem como as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; (C) os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, ex- cluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; (D) todos os crimes contra a organização do trabalho ou contra o sistema fi nanceiro e a ordem econômico-fi nanceira. Resposta: C. Vide art. 109, inc. III, CF; a letra “a” está errada porque não é da competência da Justiça Federal processar e julgar as causas em que forem interessadas as sociedades de economia mistas federais; a letra “b” também está errada porque não incumbe à Justiça Federal processar e julgar as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Estado ou o Distrito Federal; do mesmo modo, a assertiva “d” está errada porque não compete à Justiça Federal processar e julgar todos os crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, mas apenas aqueles determinados por lei; as assertivas “a”, “b” e “d” podem ser consultadas no art. 109, incs. I, II e VI, CF. 40. Aos juízes federais compete processar e julgar (A) os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; (B) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, ex- cetuados os casos de competência dos tribunais federais, bem como a disputa sobre direitos indígenas; (C) os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar, bem como os crimes de ingresso e permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 109, VII a XI, da CF. 41. São órgãos da Justiça do Trabalho (A) o Superior Tribunal de Justiça do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e as Juntas de Conciliação e Julgamento; (B) o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais de Justiça do Trabalho e as Juntas de Conciliação e Julgamento; (C) o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do Trabalho; (D) o Superior Tribunal de Justiça do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do Trabalho. Resposta: C. Vide art. 111, I, II e III, CF. Material Suplementar.indd 71Material Suplementar.indd 71 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida72 42. O Tribunal Superior do Trabalho (A) é órgão jurisdicional com sede em Brasília e jurisdição para todo o território nacional; (B) é destinado precipuamente à correta aplicação da legislação federal trabalhista em todo o território nacional; (C) tem competência originária e recursal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. O TST é um órgão jurisdicional com sede em Brasília e jurisdição para todo o território nacional; destina-se, precipuamente, à correta aplicação da legislação federal trabalhista em todo o Brasil; possui competência originária e recursal. 43. O Tribunal Superior do Trabalho é (A) composto de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal; (B) composto de 27 Ministros, todos brasileiros natos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria relativa do Senado Federal; (C) composto de 17 Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal; (D) composto de 17 Ministros, todos brasileiros natos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria relativa do Senado Federal. Resposta: A. Vide caput do art. 111-A, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 44. A Justiça do Trabalho (A) foi prevista pela primeira vez no art. 122 da Constituição Federal de 1934, mas so- mente em 1942 deu-se a sua criação propriamente dita. Era uma justiça vinculada ao Ministério do Trabalho (Poder Executivo). Passou a integrar o Poder Judiciário com o advento da Constituição de 1946; (B) a Justiça do Trabalho sempre integrou o Poder Judiciário brasileiro, desde a primeira Constituição Republicana; (C) a Justiça do Trabalho sempre fez parte do Poder Executivo, salvo com o advento da Constituição Federal de 1988, quando passou a fazer parte do Poder Executivo; (D) a Justiça do Trabalho foi criada pelo Imperador D. Pedro I, já na Constituição Imperial de 1824. Resposta: A. Doutrina. 45. Marque a assertiva correta (A) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho; (B) a lei criará varas da Justiça do Trabalho para todos os rincões brasileiros, sendo vedada a delegação das atribuições dos magistrados trabalhistas para os juízes de direito; Material Suplementar.indd 72Material Suplementar.indd 72 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 73 (C) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes federais, com recurso para o respectivo Tribunal Regional Federal; (D) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal de Justiça. Resposta: A. Vide art. 112, CF, com redação determinada pela Emenda Constitucional 45/2004. 46. Não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (A) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (B) as ações que envolvam exercício do direito de greve por trabalhadores celetistas e servidores públicos estatutários; (C) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (D) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. Resposta: B. A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar as ações que envolvam o exercício de greve de servidores públicos estatutários; as demais assertivas estão contidas no art. 114, incs. I, III e IV, CF, acrescentados pela Emenda Constitucional 45/2004. 47. Não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (A) os confl itos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvada a com- petência do Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, o, da CF); (B) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (C) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregados pelos órgãos de fi scalização das relações de trabalho; (D) a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir, assim como outras contro- vérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Resposta: C. Apenas as penalidades impostas aos empregadores, pelos órgãos de fis- calização das relações de trabalho, são previstas como da competência da Justiça do Trabalho, conforme preceitua o inc. VII do art. 114 da CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004; as demais assertivas estão contidas como competência da Justiça do Trabalho nos incs. V, VI, VIII e IX do art. 114 da CF, também acrescentados pela Emenda Constitucional 45/2004. 48. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida (A) por um juiz singular; (B) por dois juízes singulares, um titular e outro substituto; (C) por um juiz togado e vitalício, mais dois juízes classistas temporários; (D) por um colegiado de cinco magistrados togados e vitalícios. Material Suplementar.indd 73Material Suplementar.indd 73 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida74 Resposta: A. Vide art. 116, CF, com redação determinada pela Emenda Constitucional 24/1999, a qual extinguiu o cargo de juiz classista da Justiça do Trabalho. 49. Integram a Justiça Eleitoral (A) o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais; (B) o Superior Tribunal de Justiça Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Juízes Eleitorais; (C) o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Juízes Eleitorais; (D) o Superior Tribunal de Justiça Eleitoral, os Tribunais de Justiça Eleitoral, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Resposta:A. Vide art. 118, I a IV, da CF. 50. Marque a assertiva correta (A) o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (B) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II) por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal; (B) o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) dois juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (B) três juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II) por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal; (C) o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no máximo, de sete membros, escolhidos: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (B) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II) por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (D) o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no máximo, de sete membros, escolhidos: I) mediante eleição, pelo voto aberto: a) dois juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; (B) três juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II) por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis membros do Ministério Público Federal de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Resposta: A. Vide art. 119, I e II, da CF. 51. O Tribunal Superior do Trabalho elegerá seu Presidente, Vice-Presidente e o Corregedor-Geral Eleitoral, respectivamente, dentre (A) quaisquer de seus juízes; (B) Ministro do STF, Ministro do STF e Ministro do STJ; (C) Ministro do STF, Ministro do STJ e Ministro do STF; (D) os Ministros do STF ocuparão os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor- Geral Eleitoral. Resposta: B. Vide parágrafo único do art. 119, CF. Material Suplementar.indd 74Material Suplementar.indd 74 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 75 52. Marque a assertiva correta (A) haverá um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada Estado e no Distrito Fede- ral; (B) poderá haver mais de um Tribunal Regional Eleitoral na capital de Estado que tenha elevada população, nos termos defi nidos em lei complementar; (C) a depender do número reduzido de eleitores de determinado Estado, poderá ser defi - nido pelo Tribunal Superior Eleitoral a não implantação de Tribunal Regional Eleitoral na respectiva capital; (D) o número de Tribunais Regionais Eleitorais será defi nido em lei ordinária federal. Resposta: A. Vide caput do art. 120, CF. 53. Marque a assertiva correta (A) os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; (B) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II) de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III) por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça; (B) os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; (B) d e dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II) de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III) por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal; (C) os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) de três juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; (B) de um juiz, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II) de um juiz do Tri- bunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III) por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça; (D) os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I) mediante eleição, pelo voto secreto: a) de três juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; (B) de um juiz, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II) de um juiz do Tri- bunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III) por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Resposta: A. Vide § 1.º do art. 120, CF. 54. A organização e a competência da Justiça do Trabalho serão defi nidas (A) por lei ordinária federal; (B) por lei complementar federal; Material Suplementar.indd 75Material Suplementar.indd 75 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida76 (C) por emenda constitucional; (D) pela própria Constituição Federal. Resposta: B. Vide caput do art. 121, CF. 55. Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão (A) das garantias da vitaliciedade, da inamovibilidade e da irredutibilidade de subsídios; (B) das garantias da inamovibilidade e da vitaliciedade, apenas; (C) de plenas garantias e serão inamovíveis; (D) não terão garantia nenhuma, já que são magistrados temporários. Resposta: C. Vide § 1.º do art. 121 da CF. 56. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justifi cado, servirão (A) até que venha a aposentadoria, já que são todos vitalícios; (B) por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria; (C) por dois anos, no máximo, salvo se não houver outro magistrado apto a aceitar o exercício do cargo; (D) por três anos, no mínimo, e nunca por mais de dois triênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. Resposta: B. Vide § 2.º do art. 121 da CF. 57. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo (A) as que contrariarem a Constituição Federal, apenas; (B) as denegatórias de habeas corpus, apenas; (C) as denegatórias de mandado de segurança, tão somente; (D) as que contrariarem a Constituição Federal, as denegatórias de habeas corpus e as denegatórias de mandado de segurança. Resposta: D. Vide § 3.º do art. 121 da CF. 58. A Justiça Eleitoral (A) foi criada sob inspiração de Getúlio Vargas no Código Eleitoral de 1932; (B) nasceu sob a inspiração de Rui Barbosa na Constituição Federal de 1891; (C) surgiu com a redemocratização e advento da Constituição Federal de 1946; (D) foi criada sob a inspiração do governo militar na Constituição Federal de 1967. Resposta: A. Doutrina. 59. Sobre o Superior Tribunal Militar, marque a assertiva correta (A) é o mais antigo tribunal superior brasileiro. Foi criado, com a própria Justiça Militar, em 1.º.4.1808, por meio de Alvará (com força de lei), assinado pelo então Príncipe Material Suplementar.indd 76Material Suplementar.indd 76 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E AUXILIARES DA JUSTIÇA 77 Regente D. João. Recebeu, à época, a denominação de Conselho Supremo Militar e de Justiça; (B) foi criado pelo Presidente Deodoro da Fonseca, por meio do Ato Presidencial 34 (com força de lei), assinado um ano após a Proclamação da República, tendo recebido, à época, a denominação de Supremo Tribunal Militar; (C) é o mais novo tribunal superior brasileiro. Foi criado, com a própria Justiça Militar, em 1.º.5.2001, por meio do Decreto Presidencial 2.234, assinado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, logo após a criação do Ministério da Defesa; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: A. Doutrina. 60. O Superior Tribunal Militar será composto de (A) 15 Ministros vitalícios, todos civis, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, por maioria simples; (B) 15 Ministros vitalícios, sendo cinco militares, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, por maioria absoluta; (C) 15 ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de a escolha pelo Senado Federal, por maioria simples. Destes: i) dez são militares: todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, sendo: três ofi ciais-generais da Marinha, quatro ofi ciais-generais do Exército em três ofi ciais-generais da Aeronáutica; ii) cinco são civis: brasileiros natos ou naturalizados, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, dos quais: três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profi ssional e dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores militares e membros do Ministério Público Militar; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: C. Vide art. 123, CF. 61. À Justiça Militar compete processar e julgar (A) os militares brasileiros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, por crimes militares e comuns, praticados no exercício da função; (B) os crimes militares defi nidos em lei; (C) os militares brasileiros por crimes militares cometidos em período de guerra, apenas; (D) tão somente os militares e civis que praticarem crimes comuns e militares praticados em caso de guerra declarada ou na iminência de uma guerra, nos termos da lei. Resposta: B. Vide art. 124, CF. 62. Lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos conselhos de justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja (A) superior a vinte mil integrantes; (B) superior a cinquenta mil integrantes; (C) até dez mil integrantes; (D) nenhuma das assertivas anteriores. Resposta: A. Vide § 3.º do art. 125 da CF. Material Suplementar.indd 77Material Suplementar.indd 77 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida78 63. Para dirimir confl itos fundiários, o Tribunal de Justiça criará (A) turmas descentralizadas de segundo grau de jurisdição; (B) juizados especiais cíveis e criminais; (C) justiça itinerante; (D) varas especializadas. Resposta: D. Vide art. 126, CF, com redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 64. Marque a assertiva correta (A) escrivão ou diretor de secretaria é o principal auxiliar da justiça. É o responsável pelo andamento do processo, pela documentação dos atos processuais e pela organização do cartório judicial; (B) ofi cial de justiça é o serventuário da justiça incumbido de realizar as diligências deter- minadas pelo juiz fora do cartório e de dar cumprimento aos mandados judiciais; (C) perito é o auxiliar da justiça, em geral pessoa estranha aos quadros do Poder Judiciário, detentor de conhecimentos técnicos ou científi cos e que analisa determinada prova no interesse da justiça (prova pericial); (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Doutrina. 65. Marque a assertiva correta (A) denominam-se auxiliares da justiça as pessoas que colaboram com o Poder Judiciário para o desempenho de suas funções; (B) auxiliares da justiça são os serventuários (funcionários públicos) e demais pessoas que colaboram com a atividade jurisdicional, seja documentando os atos processuais (escrivão); cumprindo os mandados judiciais dentro e fora da sede do juízo (ofi cial de justiça); guardando e administrando os bens judicialmente apreendidos (depositário e administrador), seja traduzindo para o vernáculo textos redigidos em língua estrangeira (intérprete); (C) são auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas nor- mas de organização judiciária, o escrivão, o ofi cial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Doutrina. Material Suplementar.indd 78Material Suplementar.indd 78 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 10. O MINISTÉRIO PÚBLICO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. O Ministério Público é uma instituição permanente (A) essencial à função jurisdicional do Estado e incumbido de realizar a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis; (B) não essencial à função jurisdicional do Estado e incumbido de realizar a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis; (C) essencial à função jurisdicional do Estado e incumbido de realizar a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais disponíveis; (D) não essencial à função jurisdicional do Estado e incumbido de realizar a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais disponíveis. Resposta: a. Vide art. 127, caput, CF. 02. É princípio institucional do Ministério Público (A) a unidade; (B) a divisibilidade; (C) a hierarquia funcional; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Três são os princípios institucionais do Ministério: a unidade, a indivisibili- dade e a independência funcional. 03. O Ministério Público é detentor das seguintes autonomias (A) funcional; (B) administrativa; (C) fi nanceira; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide §§ 2.º a 6.º do art. 127, CF. Material Suplementar.indd 79Material Suplementar.indd 79 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida80 04. O Ministério Público da União abrange, exceto (A) o Ministério Público Federal; (B) o Ministério Público do Trabalho; (C) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; (D) o Ministério Público Eleitoral. Resposta: D. O Ministério Público da União é formado por quatro ramos: Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; o Ministério Público Eleitoral não integra o MPU. 05. A organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público serão objeto de (A) uma lei complementar, facultativamente; (B) uma lei ordinária, obrigatoriamente; (C) uma lei complementar, obrigatoriamente; (D) uma lei ordinária, facultativamente. Resposta: C. Vide § 5.º do art. 128, CF. 06. A iniciativa da Lei Orgânica do Ministério Público da União incumbirá (A) ao Presidente da República, com exclusividade; (B) ao Procurador-Geral da República, com exclusividade; (C) ao Procurador-Geral da República e ao Presidente da República, concorrentemente; (D) a qualquer membro do Congresso Nacional. Resposta: C. A legitimidade de iniciativa da lei orgânica do Ministério Público incumbirá concorrentemente ao Procurador-Geral da República e ao Presidente da República. 07. Marque a assertiva correta sobre as garantias dos membros do Ministério Pú- blico (A) a vitaliciedade ocorrerá após transcorridos três anos de exercício, ocasião em que o membro não poderá perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julga- do; (B) a inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante a decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada a ampla defesa; (C) a irredutibilidade de subsídios, com reajustes periódicos de modo a ensejar a manu- tenção permanente do poder aquisitivo da moeda; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: D. Vide inc. I do § 5.º do art. 128 da CF; a vitaliciedade se adquire aos dois anos de efetivo exercício; a inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, pelo voto de maioria absoluta dos membros que compõem o órgão colegiado do Ministério Público; e não há garantia de reajustes periódicos, de modo a assegurar a manutenção permanente do poder aquisitivo da moeda. 08. É vedado aos membros do Ministério Público (A) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; Material Suplementar.indd 80Material Suplementar.indd 80 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 O MINISTÉRIO PÚBLICO 81 (B) participar de sociedade comercial, mesmo na condição de acionista e exercer a advo- cacia, sem exceção; (C) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo duas de professor; (D) todas as assertivas anteriores estão corretas. Resposta: A. Vide inc. II do § 5.º do art. 128 da CF; é permitido ao membro do Ministério Público participar de sociedade comercial, desde que seja na condição de sócio cotista, acionista ou comanditário; é permitido exercer, mesmo em disponibilidade, apenas uma função pública, e não duas, de professor. 09. É permitido ao membro que ingressou no Ministério Público após o advento da Constituição de 1988 (A) exercer atividade político-partidária; (B) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (C) exercer duas funções de professor, sendo uma pública e outra privada, havendo com- patibilidade de horário; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: C. Vide inc. II do § 5.º do art. 128 da CF; a vedação se dá para o exercício de mais de uma função pública de professor. 10. É função institucional do Ministério Público (A) promover, exclusivamente, a ação penal pública, na forma da lei; (B) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; (C) promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, com exclusivi- dade; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. Vide incs. I, II e III do art. 129 da CF; a promoção da ação penal pública não é uma atribuição exclusiva, mas sim privativa, do Ministério Público; a instauração de inquérito civil é atribuição exclusiva do parquet, mas a propositura de ação civil pú- blica pode ser feita pelo Ministério Público e outros legitimados, tais como a Defensoria Pública, a União, os Estados, o Distrito Federal e Municípios, bem como suas autarquias e fundações públicas. 11. Não é função institucional do Ministério Público (A) promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fi ns de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição Federal; (B) defender administrativa, judicial e extrajudicialmente os direitos e interesses das popu- lações indígenas; (C) expedir notifi cações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; (D) todas as assertivas anteriores são funções institucionais do Ministério Público. Material Suplementar.indd 81Material Suplementar.indd 81 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida82 Resposta: B. Vide incs. IV, V e VI do art. 129 da CF; caberá ao Ministério Público defender judicialmente (não administrativa ou extrajudicialmente) os direitos e interesses das populações indígenas. 12. É função institucional do Ministério Público (A) exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencio- nada no artigo anterior; (B) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; (C) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua fi na- lidade, sendo-lhe vedadas a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide incs. VII, VIII e IX do art. 129 da CF. 13. A legitimidade para a propositura de ação civil pública para a defesa do pa- trimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (A) é exclusiva do Ministério Público; (B) não impede que haja a atuação de terceiros; (C) é privativa do Ministério Público; (D) é concorrente apenas entre o Ministério Público e a Defensoria Pública. Resposta: B. Vide § 1.º do art. 129 da CF. 14. Marque a assertiva correta (A) as funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira; (B) as funções do Ministério Público podem ser delegadas aos membros do Poder Judi- ciário; (C) as funções do Ministério Público somente podem ser delegadas aos membros da De- fensoria Pública; (D) as funções do Ministério Público podem ser delegadas a membros da Procuradoria- Geral do Estado. Resposta: A. Vide § 2.º do art. 129 da CF. 15. Marque a assertiva correta (A) o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classifi cação; (B) o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas, ou de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classifi cação; (C) o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil na sua Material Suplementar.indd 82Material Suplementar.indd 82 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 O MINISTÉRIO PÚBLICO 83 primeira fase de realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classifi cação; (D) o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classifi cação. Resposta: D. Vide § 3.º do art. 129 da CF. 16. A distribuição de processos no Ministério Público será (A) imediata; (B) no prazo de 24 horas; (C) no prazo de 48 horas; (D) no prazo de 72 horas. Resposta: A. Vide § 5.º do art. 129 da CF. 17. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas (A) não se aplicam as disposições constitucionais relativas a direitos, vedações e forma de investidura; (B) aplicam-se as disposições constitucionais relativas a direitos e forma de investidura, apenas; (C) aplicam-se as disposições constitucionais relativas à forma de investidura e vedações, apenas; (D) aplicam-se as disposições constitucionais relativas a direitos, vedações e forma de investidura. Resposta: D. Vide art. 130 da CF. 18. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de (A) quinze membros; (B) dezesseis membros; (C) quatorze membros; (D) onze membros. Resposta: C. O CNMP possui quatorze membros em sua composição, nos termos do caput do art. 130-A da CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004. 19. Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público são nomeados (A) todos pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução; (B) todos pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução; (C) todos pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida a recondução; (D) a maioria pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Congresso Nacional, para um mandato de dois anos, admitida a recon- dução. Material Suplementar.indd 83Material Suplementar.indd 83 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida84 Resposta: A. Vide caput do art. 130-A da CF, com a redação dada pela Emenda Cons- titucional 45/2004. 20. Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público (A) o controle da atuação administrativa do Ministério Público; (B) o controle da atuação fi nanceira do Ministério Público; (C) fi scalizar o cumprimento dos deveres funcionais dos membros do Ministério Público; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide § 2.º do art. 130-A da CF, com a redação dada pela Emenda Cons- titucional 45/2004. 21. Não compete ao Conselho Nacional do Ministério Público (A) receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disci- plinares em curso; (B) aplicar sanções disciplinares de remoção, disponibilidade, aposentadoria compulsória com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar a pena de demissão aos Membros do Ministério Público da União e dos Estados, desde que assegurada a ampla defesa; (C) rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; (D) elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a si- tuação do Ministério Público do País e as atividades do próprio Conselho. Resposta: B. Vide art. 130-A, § 2.º, da CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004; não tem o CNMP atribuição para aplicar pena de demissão a membro do Mi- nistério Público vitalício. 22. Marque a assertiva correta (A) o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ofi ciará junto ao Conselho Nacional do Ministério Público; (B) o Presidente do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal ofi ciará junto ao Conselho Nacional do Ministério Público; (C) o Corregedor-Geral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ofi ciará junto ao Conselho Nacional do Ministério Público; (D) não haverá ofício da Ordem dos Advogados do Brasil junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. Resposta: A. Vide § 4.º do art. 103-A da CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 23. Marque a assertiva correta (A) leis da União, obrigatoriamente, e dos Estados, facultativamente, criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer inte- ressado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público; Material Suplementar.indd 84Material Suplementar.indd 84 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 O MINISTÉRIO PÚBLICO 85 (B) leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público; (C) leis da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público; (D) não há previsão de criação de ouvidorias do Ministério Público no texto constitucio- nal. Resposta: B. Vide § 5.º do art. 103-A da CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 24. Marque a assertiva correta (A) o Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público será eleito dentre os membros que o compõem; (B) o Procurador-Geral da República será, obrigatoriamente, o Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público; (C) o Procurador-Geral da República será, facultativamente, o Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público; (D) todas as assertivas anteriores estão incorretas. Resposta: B. Vide inc. I do caput do art. 103-A da CF, acrescentado pela Emenda Cons- titucional 45/2004. 25. Marque a assertiva correta (A) o Conselho Nacional do Ministério Público escolherá, em votação secreta, um Corre- gedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução; (B) o Conselho Nacional do Ministério Público escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução; (C) o Conselho Nacional do Ministério Público escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre quaisquer dos integrantes do próprio Conselho, permitida uma recondução; (D) o Conselho Nacional do Ministério Público escolherá, em votação secreta, um Corre- gedor nacional, dentre quaisquer dos integrantes do próprio Conselho permitida uma recondução. Resposta: A. Vide § 3.º do art. 103-A da CF, acrescentado pela Emenda Constitucional 45/2004. 26. O Procurador-Geral Eleitoral será (A) o Procurador-Geral do Trabalho; (B) o Procurador-Geral do Ministério Público do Distrito Federal; (C) o Procurador-Geral da República; (D) o Procurador-Geral do Ministério Público Militar. Material Suplementar.indd 85Material Suplementar.indd 85 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida86 Resposta: C. O Procurador-Geral da República exercerá a função de Procurador-Geral Eleitoral. 27. Marque a assertiva correta (A) o Ministério Público do Distrito Federal é órgão do próprio Distrito Federal; (B) o Ministério Público do Distrito Federal integra o Ministério Público da União; (C) o Ministério Público do Distrito Federal não foi previsto no texto constitucional; (D) nenhuma das opões anteriores está correta. Resposta: B. Vide art. 128, inc. I, d, CF. 28. Em face do princípio da unidade do Ministério Público, pode-se dizer (A) que o Procurador do Trabalho pode atuar livremente como representante do Ministério Público Federal na Justiça Federal; (B) que o Procurador da República pode atuar livremente como representante do Ministério Público na Justiça do Trabalho; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) todas as assertivas anteriores estão erradas. Resposta: D. Não existe unidade entre o Ministério Público Federal e o Ministério Públi- co do Trabalho; este atua perante a Justiça do Trabalho e aquele, no âmbito da Justiça Federal. 29. Marque a assertiva correta (A) o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República, dentre integrantes da carreira, ou seja, do MPF, MPT, MPM ou do MPDFT, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução; (B) o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República, dentre quaisquer brasileiros natos ou naturalizados, de notável saber jurídico e reputação ilibada, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida uma recondução; (C) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República, dentre integrantes da carreira, ou seja, do MPF, MPT, MPM ou do MPDFT, maiores de 45 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria simples dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida uma recondução; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. Vide § 1.º do art. 128 da CF. 30. Marque a assertiva correta (A) a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da Repú- blica, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal; (B) a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da Repú- blica, deverá ser precedida de autorização da maioria simples do Senado Federal; Material Suplementar.indd 86Material Suplementar.indd 86 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 O MINISTÉRIO PÚBLICO 87 (C) a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da Repú- blica, não precisará de autorização do Senado Federal; (D) o Procurador-Geral da República não poderá ser destituído do cargo antes de trans- corrido o mandato integral, salvo por vontade própria (exoneração a pedido). Resposta: A. Vide § 2.º do art. 128 da CF. 31. Marque a assertiva correta (A) os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista sêxtupla dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos permitida uma recondução; (B) os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista sêxtupla dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos permitida a recondução; (C) os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos permitida uma recondução; (D) os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos permitida a recondução. Resposta: C. Vide § 3.º do art. 128 da CF. 32. Marque a assertiva correta (A) os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria de dois terços dos membros do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva; (B) os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva; (C) os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser des- tituídos por deliberação da maioria de três quintos dos membros do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva; (D) os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios não poderão ser destituídos por deliberação do Poder Legislativo. Resposta: B. Vide § 4.º do art. 128 da CF. 33. O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal é no- meado (A) pelo Presidente da República, após formação de lista tríplice, por meio de voto obri- gatório, secreto e plurinominal, dentre os integrantes da carreira do MPDF; (B) pelo Procurador-Geral da República, após formação de lista tríplice, por meio de voto obrigatório, secreto e plurinominal, dentre os integrantes da carreira do MPDF; Material Suplementar.indd 87Material Suplementar.indd 87 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida88 (C) pelo Presidente do Congresso Nacional, após formação de lista tríplice, por meio de voto obrigatório, secreto e plurinominal, dentre os integrantes da carreira do MPDF; (D) pelo Presidente da Câmara dos Deputados, após formação de lista tríplice, por meio de voto facultativo, secreto e plurinominal, dentre os integrantes da carreira do MPDF. Resposta: A. Vide § 3.º do art. 128, CF. 34. Ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (A) aplicam-se as disposições constitucionais relativas a direitos, vedações e forma de investidura do Ministério Público Estadual e da União; (B) aplicam-se as disposições constitucionais relativas a direitos e vedações, ressalvada a forma de investidura que é diversa da realizada pelo Ministério Público Estadual e da União; (C) aplicam-se as disposições constitucionais relativas a direitos, mas as vedações e formas de investidura são diversas daquelas estabelecidas para o Ministério Público Estadual e da União; (D) não se aplicam as disposições constitucionais relativas a direitos, vedações e formas de investidura. Resposta: A. Vide art. 130, CF. 35. Marque a assertiva correta (A) o Ministério Público pode presidir inquérito policial sempre que entender pertinente promover a investigação; (B) o Ministério Público pode presidir inquérito policial, se autorizado pelo Chefe da Polí- cia; (C) o Ministério Público pode presidir inquérito policial, desde que haja autorização expressa de maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério Público; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: D. É pacífico que o Ministério Público não pode presidir inquérito policial, eis que é um procedimento administrativo privativo da polícia judiciária; o que se discute, em sede jurisprudencial e doutrinária, é a possibilidade de o Ministério Público presidir investigação criminal [que não se confunde com instaurar inquérito policial]; a matéria ainda aguarda solução a ser dada pelo Supremo Tribunal Federal. 36. É dever funcional do membro do Ministério Público (A) manter conduta ilibada pública e particular; (B) zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas fun- ções; (C) indicar os fundamentos jurídicos de seus pronunciamentos processuais, elaborando relatório em sua manifestação fi nal ou recursal e obedecer aos prazos processuais; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 43 da Lei 8.625/1993. 37. É dever funcional do membro do Ministério Público (A) obedecer aos prazos processuais e assistir aos atos judiciais, quando obrigatória ou conveniente a sua presença; Material Suplementar.indd 88Material Suplementar.indd 88 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 O MINISTÉRIO PÚBLICO 89 (B) declarar-se suspeito ou impedido, quando estiver atuando como advogado da parte amigo seu; (C) residir, sendo titular ou substituto, na respectiva comarca de lotação, salvo autorização do Corregedor Geral; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Vide art. 43 da Lei 8.625/1993; não é caso de suspeição ou impedimento atuar o promotor em processo no qual o advogado da parte é seu amigo ou inimigo (a suspeição se dá quando a própria parte é amiga íntima ou inimiga capital do membro do MP); os integrantes da carreira do MP devem residir na respectiva comarca de lotação, salvo quando são autorizados pelo chefe da instituição (conf. § 2.º do art. 129 da CF, com redação determinada pela Emenda Constitucional 45/2004). 38. É dever funcional do membro do Ministério Público (A) prestar informações quando solicitadas pelos órgãos da instituição; (B) identifi car-se em suas manifestações funcionais e atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos emergentes; (C) acatar, no plano administrativo, as decisões dos órgãos da Administração Superior do Ministério Público; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide art. 43 da Lei 8.625/1993. 39. O Ministério Público no processo civil, quando parte, poderá atuar (A) em qualquer causa; (B) apenas nas causas taxativamente autorizadas por lei; (C) apenas nas causas autorizadas pelo Conselho Superior do Ministério Público; (D) apenas nas causas em que houver interesse de incapaz. Resposta: B. Ao Ministério Público foi dada a legitimação ativa para promover as ações apenas e tão somente nos casos em que a lei expressamente lhe autorizar. 40. Como se denomina a posição do Ministério Público como parte no processo civil (A) substituto processual; (B) parte subsidiária; (C) parte assistente; (D) parte alternativa. Resposta: A. O Ministério Público, quando parte, atua no processo em nome próprio, mas na defesa de interesse alheio (interesse da coletividade); é denominado, destarte, de substituto processual. 41. O Ministério Público não tem legitimidade para propor (A) ação civil pública na defesa do meio ambiente; (B) ação de improbidade administrativa em face de prefeito corrupto; (C) ação penal pública incondicionada; (D) ação ordinária de cobrança em favor de menor pobre. Material Suplementar.indd 89Material Suplementar.indd 89 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida90 Resposta: D. A ação ordinária de cobrança trata de interesse disponível; sendo o titular pobre, mesmo menor, deverá ajuizar a ação mediante a representação da Defensoria Pública. 42. No processo civil, como custos legis, o Ministério Público (A) intervirá em todos os processos; (B) intervirá apenas nos processos em que houver interesse de incapaz; (C) intervirá nos processos em que houver interesse de incapaz; quando referentes ao estado da pessoa, poder familiar, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade ou quando exista interesse público, eviden- ciado pela natureza da lide ou qualidade da parte; (D) não intervirá no processo civil brasileiro. Resposta: C. Vide art. 82 do CPC. 43. No processo penal, o Ministério Público (A) intervirá em todos os processos, mas, quando for autor, não funcionará como custos legis; (B) intervirá em todos os processos, seja como autor ou custos legis; (C) não terá obrigatoriedade de atuar em todos os processos, salvo naqueles em que houver ação penal pública; (D) atuará apenas nos processos em que houver interesse de incapaz. Resposta: B. É obrigatória a intervenção do Ministério Público no processo penal, seja como parte ou como custos legis; nenhuma nulidade advirá da atuação do parquet como custos legis nos processos em que ele é parte autora. 44. No processo do trabalho, o Ministério Público (A) será parte, ou melhor, substituto processual, quando a lei expressamente o autorizar; (B) nunca será parte, mas agirá como autor nas causas envolvendo interesse de inca- paz; (C) apenas será parte nas ações civis públicas; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: A. O Ministério Público atuará no processo do trabalho como parte, ou me- lhor, como substituto processual (atuará em nome próprio na defesa de interesse alheio), quando a lei expressamente o autorizar. 45. Tem o Ministério Público do Trabalho legitimidade para propor a seguinte ação (A) instauração de instância em dissídio coletivo, quando ocorrer suspensão da atividade laboral; (B) de execução trabalhista, nas decisões emanadas dos tribunais regionais do trabalho; (C) ação civil pública para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homo- gêneos em matéria trabalhista; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Doutrina. Material Suplementar.indd 90Material Suplementar.indd 90 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 O MINISTÉRIO PÚBLICO 91 46. É poder processual do Ministério Público, quando age como custos legis (A) ter vista dos autos depois das partes; (B) receber intimação pessoal de todos os atos do processo; (C) juntar documentos e certidões, produzir provas e contraprova em audiência e requerer as medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide assunto doutrinário supra. 47. É poder processual do Ministério Público, quando age como custos legis (A) pode suscitar confl ito de competência; (B) tem o prazo em quádruplo para recorrer; (C) não pode interpor recursos; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. O MP pode: (i) suscitar conflito de competência (art. 118, II, CP(C); (ii) juntar documentos e certidões, produzir prova e contraprova em audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade (art. 83, II, CP(C); (iii) ter o prazo em dobro para recorrer (art. 188, CP(C) e interpor recursos (art. 499, caput, CP(C). 48. Se não for dada ao Ministério Público a oportunidade de intervir no processo nos casos de sua intervenção obrigatória (A) haverá nulidade absoluta; (B) haverá nulidade relativa; (C) nenhuma nulidade advirá, salvo se requerida ao magistrado; (D) nenhuma nulidade advirá, salvo se reconhecida pelo Conselho Superior do Ministério Público. Resposta: A. Entendimento jurisprudencial dominante diz que haverá nulidade absoluta do processo se não for dada ao Ministério Público a oportunidade de intervir no processo em casos legalmente previstos (STF-RP 70/272). 49. Marque a assertiva correta (A) por prática de ato regular e de boa-fé, desde que cause prejuízo a alguma pessoa, esta poderá responsabilizar diretamente o agente do Ministério Público; (B) o agente do Ministério Público responderá civilmente quando agir culposamente e causar dano a alguém; (C) o agente do Ministério Público responderá civilmente quando agir dolosamente e causar dano a alguém; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Haverá responsabilidade do agente do Ministério Público quando, agindo com dolo ou fraude, causar dano a outrem. Material Suplementar.indd 91Material Suplementar.indd 91 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 11. A ADVOCACIA PÚBLICA E PRIVADA E A DEFENSORIA PÚBLICA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva correta (A) cabe à Advocacia-Geral da União (AGU) realizar a representação judicial e extrajudi- cial da União, bem como promover, nos termos de lei complementar, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo Federal; (B) cabe à Advocacia-Geral da União (AGU) realizar a representação judicial e extrajudicial, bem como promover, nos termos de lei complementar, a consultoria e assessoramento jurídico da administração direta e indireta da União; (C) cabe à Advocacia-Geral da União (AGU) realizar apenas a representação judicial e extrajudicial do Poder Executivo Federal; a consultoria e assessoramento jurídico da União incumbirá ao Consultor Geral da República; (D) cabe à Advocacia-Geral da União (AGU) realizar apenas a representação judicial e extrajudicial do Poder Executivo Federal; a consultoria e assessoramento jurídico da União incumbirá ao Procurador-Geral da República. Resposta: A. Vide art. 131, caput, CF. 02. Marque a assertiva correta (A) a AGU é chefi ada pelo Advogado-Geral da União, nomeado livremente pelo Presidente da República, dentre cidadãos brasileiros maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada; (B) a AGU é chefi ada pelo Advogado-Geral da União, nomeado pelo Presidente da Re- pública, dentre advogados da União e procuradores federais, maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada; (C) a AGU é chefi ada pelo Consultor-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República, dentre advogados da União e procuradores federais, maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada; Material Suplementar.indd 92Material Suplementar.indd 92 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 A ADVOCACIA PÚBLICA E PRIVADA E A DEFENSORIA PÚBLICA 93 (D) a AGU é chefi ada pelo Consultor-Geral da República, nomeado livremente pelo Presi- dente da República, dentre cidadãos brasileiros maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Resposta: A. Vide § 1.º do art. 131 da CF. 03. O ingresso nas classes iniciais da carreira da AGU far-se-á (A) mediante concurso público de provas; (B) mediante concurso público de títulos; (C) mediante concurso público de provas e títulos; (D) mediante concurso público de provas ou títulos. Resposta: C. Vide § 2.º do art. 131 da CF. 04. Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe (A) à Advocacia-Geral da União; (B) à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; (C) à Procuradoria-Geral Federal; (D) ao Ministério Público Federal. Resposta: B. Vide § 3.º do art. 131 da CF. 05. As autarquias e fundações públicas federais serão representadas ativa e passi- vamente (A) pelo Ministério Público Federal; (B) pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; (C) pela Procuradoria-Geral Federal; (D) pela Advocacia-Geral da União. Resposta: C. Os Procuradores Federais são os representantes judiciais das autarquias e fundações públicas federais. 06. A Advocacia Pública dos Estados incumbe (A) ao Ministério Público Estadual; (B) ao Ministério Público junto aos Tribunais de Contas do Estado; (C) à Defensoria Pública; (D) à Procuradoria-Geral do Estado. Resposta: D. A Procuradoria-Geral do Estado é o órgão incumbido de realizar a defesa ju- dicial e extrajudicial, bem como a consultoria jurídica dos Estados (art. 132, caput, CF). 07. Os Procuradores do Estado são (A) nomeados livremente pelo Governador do Estado dentre advogados de sua livre con- fi ança; (B) nomeados após aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases; Material Suplementar.indd 93Material Suplementar.indd 93 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida94 (C) nomeados após aprovação em concurso público de provas e títulos, sem a participação da Ordem dos Advogados do Brasil; (D) eleitos diretamente pelo povo para mandato de dois anos. Resposta: B. Vide art. 132, caput, CF. 08. Os Procuradores do Estado adquirirão (A) vitaliciedade após dois anos de efetivo exercício; (B) estabilidade após dois anos de efetivo exercício; (C) vitaliciedade após três anos de efetivo exercício; (D) estabilidade após três anos de efetivo exercício. Resposta: D. Vide parágrafo único do art. 132 da CF. 09. O Procurador-Geral do Estado é o chefe da Procuradoria-Geral do Estado. Ele é (A) nomeado livremente, nos termos da lei, pelo Governador do Estado; (B) nomeado a partir da formação de uma lista tríplice, dentre os Procuradores do Estado, com mais de 35 anos de idade, após a aprovação da Assembleia Legislativa por maioria absoluta; (C) nomeado a partir da formação de uma lista tríplice, dentre os Procuradores do Estado, com mais de 45 anos de idade, após a aprovação da Assembleia Legislativa por maioria absoluta; (D) nomeado a partir da formação de uma lista tríplice, dentre os Procuradores do Estado, com mais de 35 anos de idade, após a aprovação da Assembleia Legislativa por maioria relativa. Resposta: A. O Procurador-Geral do Estado é nomeado livre e diretamente pelo Gover- nador do Estado, nos termos da lei respectiva, sem a necessidade de formação de lista tríplice ou aprovação prévia da Assembleia Legislativa. 10. Marque a assertiva correta (A) o advogado é dispensável à administração da justiça, mas é inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão, nos limites da lei; (B) o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão, nos limites da lei; (C) o advogado é dispensável à administração da justiça e pode ser punido por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão; (D) o advogado é indispensável à administração da justiça, mas pode ser punido por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão, mesmo que praticados nos limites da lei. Resposta: B. Vide art. 133, CF. 11. Marque a assertiva correta (A) a advocacia, embora seja uma atividade nitidamente privada, consiste em um munus público; (B) a advocacia é sempre considerada uma atividade pública; Material Suplementar.indd 94Material Suplementar.indd 94 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 A ADVOCACIA PÚBLICA E PRIVADA E A DEFENSORIA PÚBLICA 95 (C) não há advocacia pública; (D) existe advocacia pública apenas no âmbito da União e dos Estados. Resposta: A. “No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social” (conf. § 1.º do art. 2.º da Lei 8.906/1994). 12. Não se inclui na atividade privativa de advocacia (A) a impetração de mandado de segurança; (B) o ajuizamento de qualquer causa perante os juizados especiais cíveis e criminais; (C) as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicos; (D) a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. Resposta: D. § 1.º do art. 1.º da Lei 8.906/1994. 13. Marque a assertiva correta (A) considera-se advogado todo aquele profi ssional egresso dos cursos de graduação em direito; (B) somente é considerado advogado o bacharel em direito que, aprovado em exame da Ordem dos Advogados do Brasil, não tenha incompatibilidade com exercício da advo- cacia; (C) não exercem advocacia, por expressa vedação legal, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional e da Defensoria Pública; (D) exercem advocacia todos os membros do Ministério Público. Resposta: B. Vide art. 8.º, incs. IV e V, da Lei 8.906/1994. 14. Incumbe à Ordem dos Advogados do Brasil (A) defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida adminis- tração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; (B) promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil; (C) as letras “a” e “b” estão corretas; (D) apenas a assertiva “a” está correta. Resposta: C. Vide art. 44, incs. I e II, Lei 8.906/1994. 15. A Ordem dos Advogados do Brasil (A) é dotada de personalidade jurídica e forma federativa; (B) é dotada de personalidade jurídica e forma confederativa; (C) não é dotada de personalidade jurídica nem tem forma federativa; (D) não é dotada de personalidade jurídica, mas tem forma federativa; Resposta: A. Vide art. 44, caput, Lei 8.906/1994. 16. A Ordem dos Advogados do Brasil (A) mantém vínculo funcional com a administração pública federal; Material Suplementar.indd 95Material Suplementar.indd 95 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida96 (B) mantém vínculo hierárquico com a administração pública federal, estadual e munici- pal; (C) não mantém vínculo funcional ou hierárquico com quaisquer órgãos da administração pública; (D) não mantém vínculo funcional com quaisquer órgãos da administração pública, mas está subordinada hierarquicamente ao Ministério da Justiça. Resposta: C. Vide § 1.º do art. 44 da Lei 8.906/1994. 17. É prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil (A) a imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços; (B) poder inscrever em dívida ativa os seus créditos com natureza de título executivo extrajudicial; (C) ter legitimidade para a propositura de ação de execução de seus créditos; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide a) § 5.º do art. 45; b e (C) parágrafo único do art. 46, todos da Lei 8.906/1994. 18. Marque a assertiva correta (A) quatro são os órgãos integrantes da OAB: o Conselho Federal, os Conselhos Seccionais estaduais, as subseções e as Caixas de Assistência dos Advogados; (B) três são os órgãos integrantes da OAB: o Conselho Federal, os Conselhos Seccionais estaduais e as Caixas de Assistência dos Advogados; (C) cinco são os órgãos integrantes da OAB: o Conselho Federal, os Conselhos Seccionais estaduais, as subseções, as Caixas de Assistência dos Advogados e o Instituto dos Advogados Brasileiros (IA(B); (D) dois são os órgãos integrantes da OAB: o Conselho Federal e os Conselhos Seccionais estaduais. Resposta: A. Vide art. 45, incs. I, II, III e IV, da Lei 8.906/1994. 19. O Conselho Federal da OAB (A) é o órgão supremo e está sediado no Estado do Rio de Janeiro; (B) tem personalidade jurídica própria, porém a estrutura e o funcionamento são defi nidos em lei federal; (C) tem diretoria integrada por um presidente, um vice-presidente, um secretário-geral, um secretário-geral adjunto e um tesoureiro; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: C. O Conselho Federal da OAB: é o órgão supremo da entidade e está se- diado em Brasília/DF; tem diretoria composta por um presidente, um vice-presidente, um secretário-geral, um secretário-geral adjunto e um tesoureiro. 20. Realizar o Exame de Ordem é atribuição (A) do Conselho Federal da OAB; (B) dos Conselhos Seccionais da OAB; Material Suplementar.indd 96Material Suplementar.indd 96 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 A ADVOCACIA PÚBLICA E PRIVADA E A DEFENSORIA PÚBLICA 97 (C) dos Institutos dos Advogados Brasileiros; (D) da Caixa de Assistência dos Advogados. Resposta: B. Vide inc. VI do art. 58 da Lei 8.906/1994. 21. Os ex-Presidentes da OAB (A) têm direito apenas de voz nas sessões do Conselho Federal; (B) têm direito de voz e voto nas sessões do Conselho Federal; (C) não têm direito de voz nem de voto nas sessões do Conselho Federal; (D) têm direito apenas de voto nas sessões do Conselho Federal. Resposta: A. Vide § 2.º do art. 51 da Lei 8.906/1994. 22. As Caixas de Assistência dos Advogados (A) são criadas para prestar assistência e seguridade complementar aos inscritos no Con- selho Seccional; (B) receberão a totalidade das anuidades arrecadadas pelo Conselho Seccional, após as deduções regulamentares obrigatórias; (C) não terão personalidade jurídica própria, eis que são órgãos integrantes da própria OAB; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Vide art. 62 da Lei 8.906/1994. 23. Os advogados regularmente inscritos nos quadros da OAB (A) possuem imunidade material (inviolabilidade) e formal, por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão; (B) possuem imunidade apenas material (inviolabilidade), por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão; (C) possuem imunidade apenas formal, por seus atos e manifestações no exercício da profi ssão; (D) não possuem imunidade material (inviolabilidade) ou formal, por seus atos e manifes- tações no exercício da profi ssão. Resposta: B. Vide art. 133, CF. 24. A Defensoria Pública (A) é uma instituição essencial à função jurisdicional do Estado incumbida da orientação jurídica e da defesa, em todos os graus, das pessoas necessitadas; (B) é uma instituição que, embora não essencial à função jurisdicional do Estado, está incumbi- da da orientação jurídica e da defesa, em todos os graus, das pessoas necessitadas; (C) é uma instituição essencial à função jurisdicional do Estado incumbida da orientação jurídica e da defesa, no primeiro e segundo graus de jurisdição, das pessoas neces- sitadas; (D) é uma instituição que, embora não essencial à função jurisdicional do Estado, está in- cumbida da orientação jurídica e da defesa, no primeiro e segundo graus de jurisdição, das pessoas necessitadas. Resposta: A. Vide art. 134, CF. Material Suplementar.indd 97Material Suplementar.indd 97 09/06/2011 17:09:4009/06/2011 17:09:40 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida98 25. A Defensoria Pública será organizada (A) por lei complementar; (B) por lei ordinária; (C) por decreto legislativo; (D) por emenda constitucional. Resposta: A. Vide § 1.º do art. 134, CF, conforme redação dada pela Emenda Consti- tucional 45/2004. 26. A Emenda Constitucional 45/2004 estatuiu aos defensores públicos a garantia da (A) vitaliciedade; (B) irredutibilidade de subsídios; (C) inamovibilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: C. Vide § 1.º do art. 134, CF, conforme redação dada pela Emenda Consti- tucional 45/2004. 27. Os defensores públicos (A) podem exercer a advocacia, além das atribuições institucionais, desde que seja em causa própria; (B) podem exercer a advocacia, além das atribuições institucionais, desde que seja perante a Justiça da União; (C) podem exercer a advocacia, além das atribuições institucionais, desde que seja perante a Justiça dos Estados; (D) não podem exercer a advocacia fora das atribuições institucionais. Resposta: D. Vide § 1.º do art. 134, CF, conforme redação dada pela Emenda Consti- tucional 45/2004. 28. As Defensorias Públicas estaduais adquiriram, após o advento da Emenda Constitucional 45/2004 (A) autonomia funcional; (B) autonomia administrativa; (C) a legitimidade para a iniciativa de projetos de lei de sua proposta orçamentária, dentro dos limites fi xados na lei de diretrizes orçamentárias; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide § 2.º do art. 134, CF, conforme redação dada pela Emenda Consti- tucional 45/2004. 29. É prerrogativa da Defensoria Pública a isenção (A) das taxas judiciárias, emolumentos e custas devidos aos serventuários da justiça; (B) de honorários advocatícios e periciais; (C) das despesas com a realização do exame de código genético – DNA, que for requisitado pela autoridade judiciária nas ações de investigação de paternidade; (D) todas as assertivas estão corretas. Material Suplementar.indd 98Material Suplementar.indd 98 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 A ADVOCACIA PÚBLICA E PRIVADA E A DEFENSORIA PÚBLICA 99 Resposta: D. Vide art. 3.º da Lei 1.060/1950. 30. Marque a assertiva correta (A) apenas nas primeira e segunda instâncias, os benefícios da assistência judiciária com- preenderão todos os atos do processo; (B) o defensor público, sob pena de nulidade processual, deverá ser intimado pessoalmente de todos os atos do processo; (C) a Defensoria Pública terá prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recor- rer; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: B. § 5.º do art. 5.º da Lei 1.060/1950. Material Suplementar.indd 99Material Suplementar.indd 99 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 12. ATOS PROCESSUAIS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Ato processual é conceituado como (A) a declaração, ou manifestação de pensamento, feita voluntariamente por um dos sujeitos do processo, enquadrada em uma das categorias de atos previstos pela lei processual e pertencente a um procedimento, com efi cácia constitutiva, modifi cativa ou extintiva sobre a correspondente relação processual; (B) aqueles que têm por efeito a constituição (petição inicial, citação), a conservação (aquele que repele a exceção da coisa julgada ou litispendência), o desenvolvimento (notifi cações e intimações), a modifi cação (citação de litisconsortes) ou a cessação (sentença terminativa ou defi nitiva, desistência, renúncia da ação) da relação pro- cessual; (C) a ocorrência, dependente da vontade humana, que tenha aptidão para dar início, de- senvolver, modifi car ou extinguir a relação jurídico-processual; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas tratam de conceitos doutrinários de ato processual. 02. Ato processual é espécie de (A) ato jurídico; (B) negócio jurídico; (C) relação contratual; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Ato processual é espécie de ato jurídico. 03. É princípio informador do ato processual (A) a instrumentalidade das formas; (B) a documentação e publicidade; Material Suplementar.indd 100Material Suplementar.indd 100 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 101 (C) a obrigatoriedade do vernáculo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. As quatro assertivas retratam princípios informadores dos atos proces- suais. 04. O princípio da instrumentalidade das formas signifi ca que os atos proces- suais (A) possuem forma predefi nida a qual deve ser observada, sob pena de nulidade; (B) têm forma livre, não havendo nenhuma nulidade quando de suas práticas; (C) podem ser praticados livremente, salvo quando a lei exigir forma preestabelecida; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: C. A instrumentalidade das formas é o princípio segundo o qual os atos proces- suais podem ser praticados livremente, salvo quando a lei exigir forma preestabelecida. 05. Marque a assertiva correta (A) praticados livremente ou não, os atos processuais precisam ser devidamente documenta- dos para que as informações nele contidas sejam registradas nos autos do processo; (B) o uso do idioma nacional ofi cial (português) é obrigatório em todos os atos e termos processuais, salvo a utilização de pequenos trechos, expressões ou palavras em latim de uso corriqueiro; (C) os atos processuais são públicos, salvo aqueles em que, por exigência do interesse público ou que digam respeito a casamento, fi liação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores, tenham de correr em segredo de justiça; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. As assertivas “a” a “c” tratam, respectivamente, dos princípios da documen- tação, obrigatoriedade do uso do vernáculo e da publicidade dos atos processuais. 06. São atos processuais das partes (A) atos postulatórios; (B) atos dispositivos; (C) atos instrutórios e atos reais ou materiais; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Doutrinariamente, os atos processuais das partes são classificados em postulatórios, dispositivos, instrutórios e reais ou materiais. 07. É chamado de ato postulatório aquele em que (A) as partes solicitam um determinado pronunciamento judicial em relação ao mérito ou sobre o andamento do processo; (B) uma das partes, ou ambas, abdica de algum direito ou vantagem processual; (C) se destina a convencer o juiz acerca da veracidade dos fatos articulados pelas partes em juízo; (D) nenhuma das assertivas está correta. Material Suplementar.indd 101Material Suplementar.indd 101 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida102 Resposta: A. Os atos postulatórios ou de petição são aqueles segundo os quais as partes solicitam um determinado pronunciamento judicial em relação ao mérito ou sobre o andamento do processo. 08. É chamado de ato dispositivo aquele em que (A) as partes solicitam um determinado pronunciamento judicial em relação ao mérito ou sobre o andamento do processo; (B) uma das partes, ou ambas, abdica de algum direito ou vantagem processual; (C) se destina a convencer o juiz acerca da veracidade dos fatos articulados pelas partes em juízo; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: B. Os atos dispositivos ou de causação são aqueles pelos quais uma das partes, ou ambas, abdica de algum direito ou vantagem processual. 09. É chamado de ato instrutório aquele em que (A) as partes solicitam um determinado pronunciamento judicial em relação ao mérito ou sobre o andamento do processo; (B) uma das partes, ou ambas, abdica de algum direito ou vantagem processual; (C) se destina a convencer o juiz acerca da veracidade dos fatos articulados pelas partes em juízo; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Os atos instrutórios ou probatórios são aqueles que se destinam a convencer o juiz acerca da veracidade dos fatos articulados pelas partes em juízo. 10. São atos processuais decisórios (A) as sentenças e a presidência das audiências; (B) as sentenças, os despachos e as decisões interlocutórias; (C) as sentenças, os despachos, as decisões interlocutórias e a presidência das audiên- cias; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: B. Os atos processuais decisórios são: sentenças (decisões monocráticas de primeiro grau) e acórdãos (decisões colegiadas dos tribunais), os despachos e as deci- sões interlocutórias. 11. Chama-se de sentença o ato decisório no qual (A) os juízos monocráticos de primeiro grau determinam a extinção do processo, com ou sem a resolução do mérito; (B) os juízos monocráticos de primeiro e segundo graus e os juízos coletivos determinam a extinção do processo, com ou sem o julgamento do mérito; (C) os juízos monocráticos de primeiro grau decidem uma questão incidente, mas não põem fi m ao processo; (D) os magistrados de todos os graus de jurisdição decidem acerca de algo relacionado ao andamento do processo. Material Suplementar.indd 102Material Suplementar.indd 102 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 103 Resposta: A. No aspecto conceitual, chamamos de sentença o ato decisório no qual o juiz (órgão de primeiro grau de jurisdição) promove a extinção do processo, com ou sem a resolução do mérito. 12. Chama-se de decisão interlocutória o ato decisório no qual (A) o juiz decide, no curso do processo, sobre postulação incidente, mas não extingue a relação processual; (B) o juiz decide, no curso do processo, sobre postulação incidente e extingue a relação processual; (C) o juiz decide sobre o andamento processual sem causar qualquer gravame ou prejuízo a qualquer das partes; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: A. Quando o juiz decide, no curso do processo, sobre postulação incidente, mas não extingue a relação processual, dizemos que ele está a praticar uma decisão interlocutória. 13. Os despachos de mero expediente (A) são recorríveis mediante apelação; (B) são recorríveis mediante agravo de instrumento; (C) são recorríveis mediante recurso extraordinário ou especial; (D) são, em regra, irrecorríveis. Resposta: D. Os despachos de mero expediente são, via de regra, irrecorríveis. 14. Os atos meramente ordinatórios podem ser praticados de ofício (A) sempre pelo magistrado; (B) sempre pelo serventuário da justiça; (C) pelo serventuário da justiça, independentemente de despacho do juiz, não podendo ser sequer revisto por este; (D) pelo serventuário da Justiça, independentemente de despacho do juiz, mas este, se entender necessário, revisará a atividade do servidor. Resposta: D. Vide § 4.º do art. 162 do CPC. 15. O ato decisório “vista dos autos ao Ministério Público” é classifi cado como (A) despacho de mero expediente; (B) decisão interlocutória; (C) sentença; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. Temos, no quesito, uma hipótese de despacho de mero expediente. 16. O ato decisório “denego a produção de prova pericial” é classifi cado como (A) despacho de mero expediente; (B) decisão interlocutória; (C) sentença; (D) nenhuma das opções anteriores. Material Suplementar.indd 103Material Suplementar.indd 103 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida104 Resposta: B. Ao denegar a produção da prova, o juiz pratica um ato decisório que causa um gravame ao requerente, mas não dá ensejo à extinção do processo com ou sem a resolução do mérito. Destarte, está tal ato classificado como decisão interlocutória. 17. O ato decisório “indefi ro a petição inicial, por inépcia, com supedâneo no art. 295, parágrafo único, inc. I, CPC” é classifi cado como (A) despacho de mero expediente; (B) decisão interlocutória; (C) sentença; (D) acórdão. Resposta: C. No caso em análise, observa-se que o magistrado extinguiu o processo sem a resolução do mérito; ipso facto, o ato decisório é chamado de sentença. 18. O juiz extingue o processo sem resolução do mérito mediante a prolação de uma (A) sentença terminativa; (B) sentença defi nitiva; (C) decisão interlocutória mista; (D) decisão interlocutória simples. Resposta: A. Quando o juiz encerra a atividade jurisdicional, sem a apreciação do mérito, diz-se que a sentença é terminativa. 19. O juiz extingue o processo com a resolução do mérito mediante a prolação de uma (A) sentença terminativa; (B) sentença defi nitiva; (C) decisão interlocutória mista; (D) decisão interlocutória simples. Resposta: B. Quando o juiz põe termo ao ofício jurisdicional, com a apreciação do mérito, diz-se que a sentença é definitiva. 20. As sentenças defi nitivas (A) fazem coisa julgada material e são irrecorríveis; (B) fazem coisa julgada formal e são recorríveis; (C) não fazem coisa julgada nem são recorríveis; (D) fazem coisa julgada material, mas são recorríveis. Resposta: D. As sentenças definitivas são aquelas em que o juiz aprecia o mérito da demanda; ipso facto produzem a chamada coisa julgada material; não obstante, são, via de regra, passíveis de recurso. 21. Uma sentença proferida, respectivamente, por um juiz cível, um criminal e um trabalhista são passíveis de (A) em todos os casos de recurso de apelação; Material Suplementar.indd 104Material Suplementar.indd 104 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 105 (B) apelação, apelação ou recurso em sentido estrito e recurso ordinário; (C) agravo de instrumento, carta testemunhável e apelação; (D) recurso ordinário, apelação e recurso em sentido estrito. Resposta: B. As sentenças, mesmo as definitivas, são suscetíveis de recursos. No processo civil, por meio de apelação; no processo penal, mediante apelação ou recurso em sentido estrito, e no processo do trabalho, por intermédio do uso do recurso ordinário. 22. Marque a assertiva correta (A) uma vez transcorrido o prazo do recurso sem a interposição deste, haverá a formação da coisa julgada formal, nas decisões terminativas, e material, nas sentenças defi niti- vas; (B) uma vez transcorrido o prazo do recurso sem a interposição deste, haverá a formação da coisa julgada material, nas decisões terminativas, e formal, nas sentenças defi niti- vas; (C) somente haverá a formação da coisa julgada nas sentenças defi nitivas; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: A. Dizemos que há coisa julgada, quando a decisão terminativa ou definitiva não é atacada pelo manejo de um recurso; na decisão terminativa, produz-se a coisa julgada formal e na decisão definitiva, a coisa julgada material. 23. Ao ato decisório emanado de um órgão colegiado (Tribunal de Apelação ou Superior) chamamos de (A) sentença; (B) acórdão; (C) decisão interlocutória; (D) decisão objurgada. Resposta: B. Intitula-se acórdão, e não sentença, o ato decisório emanado de um órgão colegiado (tribunal). 24. Os magistrados praticam, além de atos decisórios (A) atos administrativos; (B) atos reais; (C) atos de documentação; (D) todas as assertivas anteriores estão corretas. Resposta: D. Os atos não decisórios praticados pelos magistrados são classificados em administrativos, reais e de documentação. 25. O alistamento de jurados que comporão o Tribunal do Júri é classifi cado como (A) atos administrativos; (B) atos reais; (C) atos de documentação; (D) ato decisório. Material Suplementar.indd 105Material Suplementar.indd 105 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida106 Resposta: A. A formação da lista de jurados que comporão o Tribunal do Júri é um exemplo de ato não decisório do tipo administrativo. 26. A inspeção de pessoas, coisas ou lugares diretamente pelo juiz é classifi cada como (A) atos administrativos; (B) atos reais; (C) atos de documentação; (D) ato decisório. Resposta: B. A inspeção de pessoas, coisas ou lugares diretamente pelo juiz é um exemplo de ato não decisório do tipo administrativo. 27. A assinatura da sentença pelo magistrado é classifi cada como (A) atos administrativos; (B) atos reais; (C) atos de documentação; (D) ato decisório. Resposta: C. A assinatura da sentença pelo magistrado é um exemplo de ato não deci- sório do tipo documentação; a sentença em si é um ato decisório, porém, se não estiver assinada, é ato inexistente. 28. Os auxiliares da justiça praticam o seguinte tipo de ato processual (A) ato de movimentação; (B) ato de documentação; (C) ato de comunicação; (D) todas as assertivas anteriores cumulativamente. Resposta: D. Os atos administrativos praticados pelos auxiliares da justiça são classifi- cados em: atos de movimentação, atos de documentação, atos de comunicação e atos de execução. 29. São considerados auxiliares da justiça (A) o diretor de secretaria (escrivão), o ofi cial de justiça e o perito, apenas; (B) o tabelião, o escrivão, o perito e o ofi cial de justiça; (C) o escrivão (diretor de secretaria), o ofi cial de justiça, o perito, o depositário, o intérprete e o administrador, entre outros; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: C. São considerados auxiliares da justiça, conforme já vistos, entre outros, o escrivão (diretor de secretaria), o oficial de justiça, o perito, o depositário, o intérprete e o administrador. 30. A abertura de vista (encaminhamento dos autos do processo às partes e ao Ministério Público) é classifi cada como um ato administrativo de (A) movimentação; Material Suplementar.indd 106Material Suplementar.indd 106 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 107 (B) documentação; (C) comunicação; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. Ao ser dada vista dos autos às partes ou ao Ministério Público, o serven- tuário da justiça está realizando um ato de movimentação do processo. 31. A lavratura do termo de audiência é exemplo de ato de (A) movimentação; (B) documentação; (C) comunicação; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. A lavratura do termo de audiência é ato de documentação daquilo que efetivamente ocorreu naquele ato processual. 32. O ato pelo qual o réu é chamado ao processo para se defender se chama (A) intimação; (B) citação; (C) notifi cação; (D) preclusão. Resposta: B. Citação é o ato processual pelo qual o réu é chamado ao processo para se defender. 33. A citação, a intimação e a notifi cação são exemplos de atos de (A) movimentação; (B) documentação; (C) comunicação; (D) execução. Resposta: C. A comunicação da prática de atos processuais se faz mediante a citação, intimação ou notificação. 34. Os atos de execução são praticados, via de regra, pelo (A) escrivão; (B) ofi cial de justiça; (C) polícia civil; (D) polícia militar. Resposta: B. Incumbe, via de regra, a execução ou cumprimento dos mandados judiciais ao oficial de justiça. 35. Os atos processuais são praticados (A) obrigatoriamente na sede do juízo; (B) obrigatoriamente no prédio do Fórum da Comarca; Material Suplementar.indd 107Material Suplementar.indd 107 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida108 (C) ordinariamente na sede do juízo em local devidamente destinado para tal fi m, que é a o edifício do fórum; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: C. Os atos processuais, via de regra, devem ser realizados na sede do juízo em local devidamente destinado para tal fim, que é o Edifício do Fórum. 36. Há atos processuais praticados fora da sede do juízo (A) por razão de deferência; (B) em razão do interesse da justiça; (C) em razão de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz; (D) todas as assertivas anteriores estão corretas. Resposta: D. Alguns atos processuais se realizam fora do Edifício do Fórum, em razão de deferência, de interesse da justiça ou de obstáculo arguido pelo interessado e aco- lhido pelo juiz. 37. Por razão de deferência, podem ser ouvidos em dia, hora e lugar por eles in- dicados, exceto (A) todos os embaixadores dos países estrangeiros acreditados no Brasil; (B) o Presidente e o Vice-Presidente da República; (C) os Ministros de Estado e os membros do Ministério Público; (D) todos os magistrados. Resposta: A. Nem todos os embaixadores dos países estrangeiros terão a prerrogativa aludida, mas apenas aqueles que, por lei ou tratado, seus países concedam idêntica prerrogativa ao agente diplomático do Brasil. 38. Por razão de deferência, podem ser ouvidos em dia, hora e lugar por eles in- dicados, exceto (A) os prefeitos municipais; (B) os Governadores de Estado e do Distrito Federal; (C) os Senadores e Deputados Federais; (D) os Deputados Estaduais. Resposta: A. Os prefeitos municipais não gozam, por ausência de previsão legal, da prerrogativa mencionada no quesito. 39. Tício encontra-se hospitalizado no hospital geral do município. É testemunha imprescindível de determinado processo penal. A sua oitiva (A) terá que ser realizada obrigatoriamente na sede do juízo (fórum); (B) por razão de deferência, poderá ser realizada no próprio hospital em que está interna- do; (C) não será realizada antes que ele tenha alta médica; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: D. No caso narrado, Tício poderá ser ouvido no próprio hospital em que se encontra internado, não por razão de deferência (salvo se ele for uma das autoridades Material Suplementar.indd 108Material Suplementar.indd 108 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 109 elencadas em lei), mas em razão do interesse da justiça ou em decorrência de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. 40. O processo tramita na Comarca de São Paulo. O réu Tício arrola testemunha residente em Rio Branco/AC. O juiz paulista deverá (A) realizar a oitiva da testemunha diretamente em São Paulo; (B) efetuar a oitiva testemunhal, pessoalmente, no Estado do Acre; (C) expedir uma carta precatória para que magistrado acreano promova a oitiva da teste- munha; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Como a testemunha reside em comarca diversa daquela em que o processo tramita, o juiz paulista deve expedir carta precatória para que um magistrado acreano promova a oitiva da testemunha no domicílio dela. 41. Determinado processo tramita na Comarca do Rio de Janeiro. O réu Mévio arrola testemunha residente na cidade de Assunção/Paraguai. O juiz carioca deverá (A) determinar que Mévio substitua a testemunha por outra que resida em qualquer Estado no Brasil; (B) determinar que Mévio substitua a testemunha por outra residente no Estado do Rio de Janeiro; (C) expedir carta precatória para a oitiva da testemunha no Paraguai; (D) expedir carta rogatória para a oitiva da testemunha no Paraguai. Resposta: D. Como a testemunha reside em outro país, deverá o magistrado providenciar a expedição de carta rogatória para a sua oitiva no seu próprio domicílio (Paraguai). 42. Os atos processuais deverão ser praticados (A) em dias úteis no horário de seis a vinte horas; (B) a qualquer dia e a qualquer hora, de acordo com a livre discricionariedade do juiz; (C) em dias úteis e não úteis, das oito às dezoito horas, sem intervalo para almoço; (D) em dias úteis e não úteis, das oito às dezoito horas, com intervalo para almoço. Resposta: A. Vide art. 172, CPC. 43. São considerados dias úteis (A) os dias compreendidos entre a segunda e sexta-feira; (B) todos os dias da semana, sem exceção; (C) todos os dias da semana, salvo os domingos; (D) todos os dias da semana, salvo os domingos e feriados. Resposta: D. Os sábados, muito embora não haja expediente forense em tais dias, são considerados dias úteis; os domingos e os feriados representam os dias não úteis. 44. Quando houver risco de prejuízo irreparável ou de difícil reparação, o ato pro- cessual dependerá da realização de audiência. Esta (A) poderá ser concluída após as 20 horas, quando já iniciada, e o adiamento puder pre- judicar a diligência ou causar grave dano; Material Suplementar.indd 109Material Suplementar.indd 109 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida110 (B) nunca poderá ser encerrada após as 20 horas; (C) poderá ser iniciada ou concluída, inclusive aos domingos e feriados; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: A. Vide art. 172, caput e parágrafo único, CPC. 45. A citação e a penhora (A) deverão ser realizadas sempre em dias úteis e dentro do horário do expediente foren- se; (B) excepcionalmente, poderão ser realizadas em dia não útil ou fora do horário legalmente estabelecido, em qualquer lugar, independentemente da observância das regras de inviolabilidade de domicílio; (C) excepcionalmente, poderão ser realizadas em dia não útil ou fora do horário legalmente estabelecido, em qualquer lugar, desde que observadas as regras de inviolabilidade de domicílio; (D) deverão ser realizadas sempre em dias úteis entre seis da manhã até vinte e duas horas. Resposta: C. Vide art. 172, § 2.º, CPC. 46. Os juizados especiais cíveis e criminais (A) poderão funcionar em horário noturno, de acordo com o que dispuserem as normas de organização judiciária; (B) deverão funcionar apenas durante o período diurno; (C) deverão funcionar todos os dias, pelo período de 24 horas diárias; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: A. Art. 12, Lei 9.099/1995. 47. Os prazos de 15 dias para contestar uma demanda, 30 dias determinado pelo juiz para a entrega do laudo pericial e dois meses de suspensão do processo acordados pelas partes são classifi cados, respectivamente, como (A) todos são prazos legais; (B) todos são prazos judiciais; (C) prazo legal, prazo judicial e prazo convencional; (D) prazo judicial, prazo judicial e prazo legal. Resposta: C. A lei fixa o prazo de 15 dias para a apresentação da contestação; o juiz fica incumbido de fixar o prazo para que o perito apresente o laudo, de acordo com a complexidade da matéria; e as partes podem convencionar a suspensão do processo por até seis meses. 48. Quando a lei fi xa um prazo de dez dias para que o juiz prolate uma sentença, poderemos dizer que tal prazo é (A) peremptório; (B) dilatório; (C) preclusivo; Material Suplementar.indd 110Material Suplementar.indd 110 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 111 (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. É dilatório e impróprio o prazo fixado pela lei ao magistrado para a prolação de uma sentença; caso o juiz não o cumpra, nenhuma nulidade processual provocará. 49. A lei determina que o Ministério Público emita parecer jurídico na ação de mandado de segurança no prazo de cinco dias. Tal prazo é classifi cado como (A) dilatório, comum e próprio; (B) peremptório, particular e próprio; (C) peremptório, comum e impróprio; (D) dilatório, particular e impróprio. Resposta: D. É um prazo que pode ser dilatado – dilatório; particular –, fixado para o Ministério Público exercer o papel de custos legis; e impróprio – na espécie, o Ministério Público não age como parte. 50. O prazo fi xado pelo juiz para ser cumprido em 36 horas deverá ser assim con- tabilizado (A) exclui-se a primeira hora e inclui-se a última; (B) inclui-se a primeira hora e exclui-se a última; (C) de minuto a minuto; (D) exclui-se a primeira hora e exclui-se a última. Resposta: C. Quando os prazos processuais forem fixados em minutos ou horas, nada deve se incluir nem excluir; conta-se de minuto a minuto. 51. Se o prazo tiver sido fi xado em dias (A) deve-se excluir o dia em que foi realizado o ato (dies a quo) e incluir o dia fi nal (dies ad quem); (B) deve-se excluir o dia em que foi realizado o ato (dies a quo) e excluir o dia fi nal (dies ad quem); (C) deve-se incluir o dia em que foi realizado o ato (dies a quo) e incluir o dia fi nal (dies ad quem); (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: A. Quando o prazo é fixado em dias, deve-se excluir o dia em que foi realizado o ato (dies a quo) e incluir o dia final (dies ad quem). 52. Tício tem o prazo de um ano para a prática de um determinado ato processual iniciado em 13.8.2007. Qual a data da expiração de tal prazo (A) 13.8.2008; (B) 12.8.2008; (C) 14.8.2008; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. Quando o prazo é fixado em anos, ele vence no mesmo dia e mês do ano seguinte; nenhum dia se inclui ou se exclui. Material Suplementar.indd 111Material Suplementar.indd 111 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida112 53. Mévio tem o prazo de um mês para a prática de um determinado ato processual iniciado em 13.8.2007. A data da expiração de tal prazo é (A) 12.9.2007; (B) 13.9.2007; (C) 13.10.2007; (D) 14.9.2007. Resposta: B. Quando o prazo é fixado em mês, ele vence no mesmo dia do mês seguinte àquele no qual se iniciou. 54. No processo civil, o Ministério Público e a Fazenda Pública, quando partes, têm (A) prazo em dobro para contestar e em quádruplo para recorrer; (B) prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer; (C) prazo em triplo para recorrer e contestar; (D) apenas a Fazenda Pública tem o prazo em quádruplo para contestar e recorrer. Resposta: B. Art. 188, CPC. 55. No processo penal, o Ministério Público tem prazo (A) em dobro para contestar e recorrer; (B) em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer; (C) simples para recorrer tal qual a parte ré; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: C. No processo penal, o Ministério Público não tem o privilégio de prazo diferenciado tal qual ocorre no processo civil. 56. A Defensoria Pública, no processo civil, tem prazo (A) em dobro para recorrer e contestar; (B) em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer; (C) simples para recorrer tal qual qualquer pessoa; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. § 5.º do art. 5.º da Lei 1.060/1950. 57. À vedação da prática de determinado ato processual pelo fato de este ter sido praticado, por seu não exercício no prazo devido ou por ter sido praticado um outro ato com ele incompatível é (A) perempção; (B) preclusão; (C) prescrição; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. Trata-se do conceito de preclusão. 58. São espécies de preclusão (A) a temporal; Material Suplementar.indd 112Material Suplementar.indd 112 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 113 (B) a consumativa; (C) a lógica; (D) todas as assertivas anteriores estão corretas. Resposta: D. São três as espécies de preclusão: a temporal, a consumativa e a lógica. 59. Tício deveria ter interposto apelação no prazo de 15 dias. Apresentou o recurso em cartório no 16.º dia. Na hipótese, em tese, ocorreu (A) prescrição; (B) decadência; (C) preclusão; (D) nenhuma das opções anteriores está correta. Resposta: C. Na espécie ocorreu preclusão temporal, porque o recurso foi apresentado fora do prazo (recurso intempestivo). 60. Se a parte não praticou o ato processual no prazo legalmente estabelecido (A) o juiz em nenhuma hipótese poderá relevar a intempestividade, porque é uma hipótese legalmente estabelecida; (B) o juiz poderá relevar a intempestividade, desde que a parte comprove evento imprevisto, alheio à sua vontade e que impediu de fazê-lo; (C) o juiz poderá relevar a intempestividade, apenas se receber determinação do Tribunal de Justiça ao qual estiver vinculado; (D) o juiz poderá relevar a intempestividade, apenas se receber determinação do Conselho Nacional de Justiça. Resposta: B. Art. 183, CPC. 61. Se a parte realiza um ato processual incompatível com aquele que deveria pra- ticar dizemos que ocorreu (A) preclusão; (B) consumação; (C) ato jurídico perfeito; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. Na hipótese, temos um caso de preclusão lógica. 62. Anaximandro apresenta recurso extraordinário no segundo dia do prazo recursal. Posteriormente, analisa melhor a matéria fático-probatória e decide elaborar nova petição recursal. Esta é apresentada antes de escoado o prazo global de quinze dias. A segunda petição apresentada não poderá substituir a primeira porque ocorreu (A) preclusão temporal; (B) preclusão lógica; (C) preclusão consumativa; (D) prescrição. Material Suplementar.indd 113Material Suplementar.indd 113 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida114 Resposta: C. Com a interposição do recurso, há o fenômeno da preclusão consumativa; assim, mesmo havendo prazo, não é admitido substituir um recurso apresentado pelo outro. 63. Marque a assertiva correta (A) ônus e dever processual são institutos sinônimos; (B) todo ônus é dever, porém nem todo dever é ônus processual; (C) todo dever é ônus, mas nem todo ônus é dever processual; (D) ônus processual e dever processual são, um em relação ao outro, institutos bem di- versos. Resposta: D. Ônus e dever processual são institutos jurídicos bem diversos, conforme explicitado na teoria doutrinária do presente livro. 64. Tício, autor de uma ação de cobrança em face de Mévio, não deseja interpor recurso de apelação, muito embora o seu pedido tenha sido julgado totalmente improcedente. Na espécie, podemos dizer que Tício (A) tem o dever legal de interpor o recurso; (B) tem o ônus de interpor o recurso; (C) não tem nem o dever nem o ônus de interpor o recurso; (D) somente terá o dever de recorrer se for pobre, na forma da lei. Resposta: B. Na espécie, Tício tem o ônus de interpor o recurso; caso não o faça, haverá a preclusão da decisão judicial e formar-se-á a coisa julgada. 65. Pode-se dizer que o juiz (A) tem dever, mas não ônus processual; (B) tem ônus, mas não dever processual; (C) não tem ônus nem dever processual; (D) tem ônus e dever processuais. Resposta: A. O juiz possui uma série de deveres processuais, mas os ônus processuais são fixados apenas para as partes do processo. 66. Marque a assertiva correta (A) a nulidade consiste na sanção em razão da qual se declara o ato processual inválido, em virtude de não ter sido cumprida adequadamente a forma previamente estabelecida em lei; (B) a decretação da nulidade de um ato processual gerará a contaminação dos demais atos subsequentes que dele sejam dependentes; (C) a parte que tiver dado causa à nulidade processual relativa não poderá requerer a sua decretação; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todos os quesitos estão corretos: a) trata do conceito de nulidade; (B) refere-se ao princípio da causalidade; (C) aborda o princípio do interesse, no qual se assevera que a parte não poderá se beneficiar da própria torpeza. Material Suplementar.indd 114Material Suplementar.indd 114 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 ATOS PROCESSUAIS 115 67. Uma sentença subscrita por um ofi cial de justiça é considerada um ato jurídi- co (A) inexistente; (B) nulo; (D) anulável; (D) irregular. Resposta: A. A nulidade é tão gritante que se pode dizer ser um ato inexistente uma sentença elaborada e subscrita por um oficial de justiça. 68. Tício não foi citado em processo penal. O juiz Mévio, ao fi nal da instrução, na qual fora decretada a revelia do réu, proferiu sentença condenatória. Pode-se dizer que no caso o ato processual é (A) inexistente; (B) nulo; (C) anulável; (D) irregular. Resposta: B. A ausência de citação leva à nulidade absoluta da sentença proferida pelo magistrado Mévio. 69. O juiz Magnosvaldo prolata sentença após dez meses de autos conclusos. Se o prazo legal é de dez dias, podemos dizer que o ato processual lavrado pelo magistrado é (A) inexistente; (B) nulo; (C) anulável; (D) irregular. Resposta: D. O prazo previsto de dez dias para Magnosvaldo proferir sentença é impró- prio; a sua violação não contamina de nulidade o ato lavrado fora de tal prazo; é caso de mera irregularidade processual. 70. Um ato nulo (A) pode ser declarado ex offi cio pelo juiz a qualquer momento; (B) somente pode ser declarado se houver requerimento da parte interessada ou do Mi- nistério Público, a qualquer momento; (C) pode ser declarado ex offi cio pelo juiz, porém antes do despacho saneador; (D) somente pode ser declarado se houver requerimento da parte interessada ou do Mi- nistério Público, antes de iniciada a instrução. Resposta: A. A nulidade e a inexistência dos atos podem ser arguidas por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou reconhecidas ex officio pelo juiz. A qualquer momento ou fase processual podem ser identificadas e reconhecidas. Não há preclusão para a arguição de tais vícios. Material Suplementar.indd 115Material Suplementar.indd 115 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 13. DIREITO PROBATÓRIO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. O direito, regra geral, não precisa ser provado, eis que é dever do juiz conhecer a sua validade, vigência e efi cácia (jura novit curia), salvo (A) o direito municipal; (B) o direito estadual e o direito estrangeiro; (C) o direito costumeiro ou consuetudinário; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 337, CPC. 02. A prova dever ser produzida (A) sempre na audiência de instrução e julgamento; (B) sempre na audiência preliminar de conciliação; (C) via de regra, na audiência de instrução e julgamento, salvo as exceções legais; (D) via de regra, na audiência preliminar de conciliação. Resposta: C. Trata-se do princípio da imediatidade ou concentração, o qual assevera: “a prova, via de regra, deve ser produzida na audiência de instrução e julgamento”. O juiz deve envidar esforços para que, nesse momento processual (imediatidade), seja realizada a colheita probatória. Entrementes, há provas constituídas em outro estágio processual, conforme será apreciado mais adiante. 03. Os fatos notórios (A) sempre precisam ser provados; (B) nunca precisam ser provados; (C) somente precisam ser provados se houver determinação do Ministério Público; (D) somente precisam ser provados se houver requerimento de alguma das partes. Material Suplementar.indd 116Material Suplementar.indd 116 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 117 Resposta: B. Os fatos considerados notórios, aqueles de inconteste conhecimento geral, nunca precisam ser provados. 04. A teoria da vedação das provas obtidas por meio ilícito (A) tem previsão na Constituição Federal de 1988 e é considerada uma cláusula pétrea constitucional; (B) não tem previsão na Constituição Federal de 1988, mas é considerada uma cláusula pétrea constitucional implícita; (C) tem previsão na Constituição Federal de 1988, mas não é considerada uma cláusula pétrea constitucional; (D) não tem previsão na Constituição Federal de 1988 nem é considerada uma cláusula pétrea constitucional implícita. Resposta: A. A aludida teoria tem previsão expressa no texto constitucional de 1988 no art. 5.º, inc. LVI; sendo norma inserta no rol dos direitos e garantias individuais, é indis- cutivelmente uma cláusula pétrea constitucional expressa. 05. É(são) destinatário(s) da prova (A) as partes, o Ministério Público e os advogados; (B) apenas o Ministério Público e o juiz; (C) apenas as partes e os advogados; (D) apenas o juiz. Resposta: D. O juiz é o único destinatário das provas; incumbe às partes apresentá-las com o afã de convencer o juiz acerca da veracidade do direito alegado. 06. É sistema de valoração da prova (A) sistema da legalidade das provas; (B) sistema da liberdade das provas; (C) sistema da persuasão racional ou sistema do livre convencimento motivado; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Três são os sistemas para a valoração da prova: legalidade, liberdade e persuasão racional. 07. O sistema adotado pelos jurados dos Tribunais do Júri brasileiros é o (A) sistema da legalidade das provas; (B) sistema da liberdade das provas; (C) sistema da persuasão racional ou sistema do livre convencimento motivado; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: B. Os jurados não precisam fundamentar a sua decisão quando da condenação ou absolvição do réu no plenário do Tribunal do Júri; analisam as provas livremente; diz- se, destarte, que se adota para o Sinédrio Popular o sistema da liberdade das provas. 08. Nos processos da Justiça Comum e nos juizados especiais federais predomina o sistema (A) da persuasão racional; Material Suplementar.indd 117Material Suplementar.indd 117 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida118 (B) da liberdade de provas; (C) da legalidade das provas; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: A. Art. 131, CPC. 09. Marque a assertiva correta (A) caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias; (B) caberá ao juiz, sempre a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias; (C) caberá ao juiz, sempre de ofício, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias; (D) caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar todas as provas re- queridas pelas partes. Resposta: A. Art. 130, CPC. 10. O ônus da prova caberá (A) sempre ao autor; (B) sempre ao réu; (C) ao juiz do processo; (D) ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modifi cativo ou extintivo do direito do autor. Resposta: D. Art. 333, CPC. 11. A proposição da prova dar-se-á (A) durante a audiência de instrução e julgamento; (B) na própria petição inicial, pelo autor e na contestação, pelo réu; (C) dez dias antes da audiência de instrução e julgamento; (D) cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento. Resposta: B. A proposição (requerimento) da prova dar-se-á na petição inicial, pelo autor, ou na fase da defesa (contestação, exceção ou reconvenção), pelo réu. 12. A produção da prova oral, via de regra, far-se-á (A) na audiência de instrução e julgamento; (B) na própria petição inicial, pelo autor e na contestação, pelo réu; (C) dez dias antes da audiência de instrução e julgamento; (D) na audiência preliminar. Resposta: A. Art. 336, CPC. 13. Marque a assertiva correta (A) todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especifi cados no CPC, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa; Material Suplementar.indd 118Material Suplementar.indd 118 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 119 (B) apenas os meios legais, especifi cados no CPC, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa; (C) o CPC menciona o rol taxativo das provas que podem ser produzidas no processo; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. Art. 332, CPC. 14. Marque a assertiva correta (A) o juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fi m de interrogá-las sobre os fatos da causa; (B) quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parte requerer o depoimento pessoal da outra, a fi m de interrogá-la na audiência de instrução e julgamento; (C) a parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que se presumirão confes- sados os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou, comparecendo, se recuse a depor; se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor, o juiz lhe aplicará a pena de confi ssão; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Arts. 342 e 343, CPC. 15. Marque a assertiva correta (A) a parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de testemunha; (B) é permitido, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da outra parte; (C) a parte será interrogada diretamente pela parte ex adversa; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Art. 344, CPC. 16. Marque a assertiva correta (A) a parte, ao ser interrogada, tem o direito ao silêncio em qualquer processo; (B) a parte, ao ser interrogada, tem o direito ao silêncio apenas no processo penal; (C) a parte, ao ser interrogada, tem o direito ao silêncio nos processos penal e civil; (D) a parte, ao ser interrogada, tem o direito ao silêncio nos processos penal e trabalhis- ta. Resposta: B. O direito ao silêncio é uma garantia constitucional prevista no âmbito do processo penal, conforme preceitua o inc. LXIII da CF: “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado”. 17. A parte não é obrigada a depor sobre fatos (A) criminosos, que lhe forem imputados; (B) torpes, que lhe forem imputados; (C) a cujo respeito, por estado ou profi ssão, deva guardar sigilo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 347, CPC. Material Suplementar.indd 119Material Suplementar.indd 119 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida120 18. Marque a assertiva correta (A) há confi ssão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário; (B) a confi ssão pode ser judicial ou extrajudicial; (C) a confi ssão pode ser expressa ou tácita; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 348, CPC. 19. Marque a assertiva correta (A) a confi ssão judicial faz prova contra o confi tente, não prejudicando, todavia, os litiscon- sortes; (B) a confi ssão judicial faz prova contra o confi tente e os litisconsortes unitários; (C) a confi ssão judicial faz prova contra o confi tente e os litisconsortes facultativos; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: A. Art. 350, caput, CPC. 20. Nas ações que versarem sobre imóveis ou direitos sobre imóveis alheios (A) a confi ssão de um cônjuge sempre valerá sem a do outro; (B) a confi ssão de um cônjuge valerá sem a do outro, apenas em imóveis de pequeno valor; (C) a confi ssão de um cônjuge não valerá sem a do outro; (D) fi ca a critério dos litigantes a defi nição sobre a validade ou não de a confi ssão de um dos cônjuges valer ou não sem a do outro. Resposta: C. Art. 350, parágrafo único, CPC. 21. A confi ssão, quando emanar de erro, dolo ou coação (A) pode ser revogada por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita; (B) pode ser revogada por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qual constituir o único fundamento; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) todas as assertivas anteriores estão erradas, porque em nenhuma hipótese é possível a revogação da confi ssão. Resposta: C. Art. 352, CPC. 22. A confi ssão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a represente (A) tem a mesma efi cácia probatória da judicial; (B) tem a mesma efi cácia probatória da judicial, desde que homologada pelo juiz; (C) tem a mesma efi cácia probatória da judicial, desde que esteja expressa em documento público; (D) não tem a mesma efi cácia probatória da judicial. Resposta: A. Art. 353, CPC. Material Suplementar.indd 120Material Suplementar.indd 120 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 121 23. A confi ssão extrajudicial verbal (A) terá efi cácia sempre; (B) só terá efi cácia nos casos em que a lei não exija prova literal; (C) só terá efi cácia se houver homologação judicial; (D) só terá efi cácia se houver homologação judicial ou arbitral. Resposta: B. Art. 353, parágrafo único, CPC. 24. Marque a assertiva correta (A) a confi ssão é, de regra, divisível; (B) a confi ssão é sempre indivisível; (C) a confi ssão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser invocar como prova, aceitá-la no tópico que a benefi ciar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. Art. 354, CPC. 25. A exibição de documento ou coisa que esteja em poder da outra parte, ou de um terceiro estranho à relação processual (A) não poderá ser ordenado pelo juiz, que a pessoa que o detém o exiba em juízo; (B) poderá ser ordenado pelo juiz, sempre de ofício, que a pessoa que o detém o exiba em juízo; (C) poderá ser ordenado pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, que a pessoa que o detém o exiba em juízo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: C. Arts. 355 e 356 do CPC. 26. Pode-se conceituar prova documental como (A) a coisa capaz de representar um fato; (B) é o resultado de uma obra humana que tenha por objetivo a fi xação ou retratação material de algum acontecimento; (C) é a representação gráfi ca de um ato ou um fato; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas tratam de conceitos de prova documental. 27. Marque a assertiva correta (A) o documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que ocorreram em sua presença; (B) o documento público faz prova apenas do conteúdo nele expresso; (C) o documento público pode ser recusado como prova; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. Art. 364, CPC. Material Suplementar.indd 121Material Suplementar.indd 121 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida122 28. Fazem a mesma prova que os originais (A) as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências, ou de outro livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas; bem como os traslados e as certidões extraídas por ofi cial público, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas; (B) as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por ofi cial público ou conferidas em cartório, com os respectivos originais; bem como as cópias reprográfi cas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo próprio advogado sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade; (C) os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem; assim como as reproduções digitalizadas de qualquer documento, público ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados públicos ou privados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou durante o processo de digitalização; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 365, CPC. 29. A falsidade documental (A) pode ser ideológica ou material; (B) diz-se materialmente falso o documento em que o conteúdo nele contido não corres- ponde à verdade; (C) diz-se ideologicamente falso o documento que contém borrões, entrelinhas ou rasu- ras; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. A assertiva “b” traz o conceito de falsidade documental ideológica e a opção “c” aborda o documento materialmente falso. 30. Marque a assertiva correta (A) a comprovação da falsidade documental no processo brasileiro é feita exclusivamente através da ação declaratória autônoma de falsidade de documento; (B) a comprovação da falsidade documental no processo brasileiro é feita exclusivamente através do incidente de falsidade documental; (C) a comprovação da falsidade documental no processo brasileiro é feita através de dois mecanismos: ação declaratória autônoma de falsidade de documento ou pelo incidente de falsidade documental; (D) a falsidade documental é realizada por procedimento a ser fi xado pelo juiz do pro- cesso. Resposta: C. Art. 390, CPC. 31. Marque a assertiva correta (A) o momento para apresentação de documentos é sempre o da petição inicial; (B) o momento para apresentação de documentos é o da petição inicial para o autor e o da contestação para o réu, sempre; Material Suplementar.indd 122Material Suplementar.indd 122 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 123 (C) o momento para apresentação de documentos é o da petição inicial para o autor e o da contestação para o réu, porém, documentos novos, desde que considerados perti- nentes, poderão ser apresentados em qualquer fase processual; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. Arts. 396 e 397, CPC. 32. A prova testemunhal (A) pode ser requerida a qualquer tempo, antes do despacho saneador; (B) pode ser requerida a qualquer tempo, antes da audiência preliminar de conciliação; (C) pode ser requerida a qualquer tempo, antes da audiência de instrução e julgamento; (D) deve ser requerida na petição inicial (pelo autor) e na contestação (pelo réu), porém o rol pode ser apresentado, no procedimento ordinário, até dez dias antes da audiência de instrução e julgamento. Resposta: D. Art. 407, CPC. 33. A prova exclusivamente testemunhal (A) só se admite nos contratos cujo valor não exceda o décuplo do maior salário mínimo vigente no País, ao tempo em que foram celebrados; (B) só se admite nos contratos cujo valor não exceda o quíntuplo do maior salário mínimo vigente no País, ao tempo em que foram celebrados; (C) só se admite nos contratos cujo valor não exceda o triplo do maior salário mínimo vigente no País, ao tempo em que foram celebrados; (D) não tem utilidade em nenhum tipo de processo. Resposta: A. Art. 401, CPC. 34. Qualquer que seja o valor do contrato, é admissível a prova testemunhal, quan- do (A) houver começo de prova por escrito, reputando-se tal o documento emanado da parte contra quem se pretende utilizar o documento como prova; (B) o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de parentesco, depósito necessário ou hospedagem em hotel; (C) as letras “a” e “b” estão corretas; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. Art. 402, CPC. 35. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto (A) as incapazes; (B) as impedidas; (C) as suspeitas; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 405, CPC. Material Suplementar.indd 123Material Suplementar.indd 123 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida124 36. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos (A) que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge e aos seus parentes con- sanguíneos ou afi ns, em linha reta, ou na colateral em segundo grau; (B) a cujo respeito, por estado ou profi ssão, deva guardar sigilo; (C) as letras “a” e “b” estão corretas; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. Art. 406, CPC. 37. No processo civil, incumbe a cada parte oferecer (A) no máximo, dez testemunhas, mas o juiz poderá ouvir apenas três testemunhas para a prova de cada fato e dispensar as demais; (B) no máximo, seis testemunhas, mas o juiz poderá ouvir apenas três testemunhas para a prova de cada fato e dispensar as demais; (C) no máximo, cinco testemunhas, sendo o juiz obrigado a ouvir todas elas, sob pena de cerceamento de defesa; (D) no máximo, oito testemunhas, sendo o juiz obrigado a ouvir todas elas, sob pena de cerceamento de defesa. Resposta: A. Parágrafo único do art. 407, CPC. 38. Quando for arrolado como testemunha o juiz da causa, este (A) declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos que possam infl uir na decisão; caso em que será defeso à parte, que o incluiu no rol, desistir de seu depoimento; e se nada souber, mandará excluir seu nome do rol de testemunhas; (B) sempre mandará excluir seu nome do rol de testemunhas, pois não é permitido ao magistrado fi gurar como juiz e testemunha do mesmo processo; (C) sempre declarará o seu impedimento para atuar no processo e participará na condição de testemunha, eis que ninguém se escusa do dever de colaborar com a justiça; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. Art. 409, CPC. 39. Depois de apresentado o rol de testemunhas, estas somente poderão ser subs- tituídas (A) quando houver falecimento; (B) quando tenha mudado de residência e não seja encontrada pelo ofi cial de justiça; (C) se, por enfermidade, não estiver em condições de depor; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 408, CPC. 40. Via de regra, as testemunhas prestam depoimento perante (A) o juiz, na audiência preliminar de conciliação; (B) o juiz, na audiência de instrução e julgamento; (C) o advogado, onde este profi ssional defi nir; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: B. Caput do art. 410, CPC. Material Suplementar.indd 124Material Suplementar.indd 124 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 125 41. São inquiridas em sua residência, ou onde exercem a sua função (A) o Presidente, o Vice-Presidente da República, os membros do Congresso Nacional, os Ministros de Estado, os Ministros dos Tribunais Superiores; (B) o Procurador-Geral da República, os governadores dos Estados e do Distrito Federal e os deputados estaduais; (C) os magistrados, os membros do Ministério Público e o embaixador de país que, por lei ou tratado, conceder idêntica prerrogativa ao agente diplomático do Brasil; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 411, CPC. 42. A testemunha é intimada a comparecer à audiência, constando do mandado dia, hora e local, bem como os nomes das partes e a natureza da causa. Se a testemunha deixar de comparecer, sem motivo justifi cado (A) será conduzida coercitivamente (condução sob vara) e responderá pelas despesas do adiamento; (B) fi cará dispensada de depor, mas terá que arcar com as despesas processuais; (C) será conduzida coercitivamente (condução sob vara), mas não responderá pelas des- pesas do adiamento; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: A. Art. 412, CPC. 43. O juiz inquirirá as testemunhas (A) separada e sucessivamente; primeiro as do autor e depois as do réu; (B) separada e sucessivamente; primeiro as do réu e depois as do autor; (C) cumulativa e conjuntamente; primeiro as do autor e depois as do réu; (D) cumulativa e conjuntamente; primeiro as do réu e depois as do autor. Resposta: A. Art. 413, CPC. 44. A prova pericial consiste em (A) exame; (B) vistoria; (C) avaliação; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 420, CPC. 45. O juiz indeferirá a perícia quando (A) a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; (B) for desnecessária em vista de outras provas produzidas; (C) a verifi cação for impraticável; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Parágrafo único do art. 420, CPC. Material Suplementar.indd 125Material Suplementar.indd 125 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida126 46. O perito elaborará o laudo no prazo (A) fi xado pelo juiz; (B) fi xado pelo próprio perito; (C) fi xado pela lei; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: A. O prazo para a apresentação do laudo pericial é fixado pelo próprio magis- trado, segundo o seu livre e prudente arbítrio, de acordo com a complexidade da prova, conforme caput do art. 421, CPC. 47. Marque a assertiva correta (A) o perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso; (B) o perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, apenas a partir da assinatura do termo de compromisso; (C) o perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, desde o momento do pagamento dos honorários periciais; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: A. Art. 422, primeira parte, CPC. 48. Os assistentes técnicos (A) são sempre da confi ança do juiz e estão sujeitos a impedimento ou suspeição; (B) são sempre da confi ança das partes e não estão sujeitos a impedimento ou suspei- ção; (C) devem assinar termo de compromisso; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: B. Art. 422, segunda parte, CPC. 49. O perito poderá ser substituído quando (A) carecer de conhecimento técnico ou científi co; (B) sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) todas as assertivas estão erradas, porque o perito apenas poderá ser substituído no caso de morte ou perda da capacidade intelectual do expert. Resposta: C. Art. 424, CPC. 50. Marque a assertiva correta (A) o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fi m de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa; (B) o juiz, sempre de ofício, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fi m de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa; (C) o juiz, apenas se houver requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fi m de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa; Material Suplementar.indd 126Material Suplementar.indd 126 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 127 (D) o juiz não pode inspecionar pessoas ou coisas, a fi m de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa. Resposta: A. Art. 440, CPC. 51. O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando (A) julgar necessário para a melhor verifi cação ou interpretação dos fatos que deva obser- var; (B) a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves difi culdades; (C) determinar a reconstituição dos fatos; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 442, CPC. 52. A audiência preliminar e a de instrução e julgamento (A) será sempre pública; (B) será pública, salvo nos casos em que o exigir o interesse público; (C) será pública, salvo nos casos em que o exigir o interesse público, bem como naqueles que dizem respeito a casamento, fi liação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores; (D) será pública ou restrita, sempre a critério do juiz. Resposta: C. Art. 444 c/c o art. 155, CPC. 53. O juiz exerce o poder de polícia (A) mantendo a ordem e o decoro na audiência; (B) ordenando que se retirem da sala da audiência os que se comportarem inconvenien- temente; (C) requisitando, quando necessário, a força policial; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 445, CPC. 54. Tem a audiência de instrução e julgamento a fi nalidade de (A) permitir ao juiz instruir o processo adequadamente; (B) possibilitar uma discussão acerca do objeto da causa; (C) permitir seja proferida uma decisão na própria audiência, ou no prazo de dez dias; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. A audiência de instrução e julgamento tem tríplice finalidade: instruir o processo adequadamente, possibilitar uma discussão acerca da causa e, desde logo ou no prazo de dez dias, ser dada uma decisão de mérito sobre o litígio. 55. É(são) característica(s) da audiência de instrução e julgamento (A) unidade e continuidade; (B) solenidade e presidência do juiz; Material Suplementar.indd 127Material Suplementar.indd 127 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida128 (C) publicidade; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. A audiência de instrução e julgamento tem por características: a publicidade, a solenidade, a unidade, a continuidade e a presidência do juiz. 56. Como dirigente formal do processo, incumbirá ao juiz (A) dirigir os trabalhos da audiência; (B) proceder direta e pessoalmente à colheita de provas; (C) exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com elevação e urbanidade; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 446, CPC. 57. Antes de iniciar a audiência de instrução e julgamento, quando o litígio versar sobre direito disponível, o juiz (A) tentará conciliar as partes; (B) tentará conciliar as partes, apenas se não houver oposição do Ministério Público; (C) não terá que conciliar as partes, já que tal fato deve ocorrer em outra ocasião, isto é, na audiência preliminar de conciliação; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: A. Art. 448, CPC. 58. O juiz providenciará a colheita da prova oral na audiência de instrução em julgamento na seguinte ordem (A) prova pericial, testemunhal e depoimento pessoal das partes; (B) prova testemunhal, prova pericial e depoimento pessoal das partes; (C) depoimento pessoal das partes, prova pericial e prova testemunhal; (D) prova pericial, depoimento pessoal das partes e prova testemunhal. Resposta: D. Art. 452, CPC. 59. A audiência de instrução e julgamento (A) é una e contínua, porém, não sendo possível concluir, num só dia, a instrução e o julgamento, o juiz marcará o seu prosseguimento para dia próximo; (B) é una e contínua, portanto não pode ser adiada para data posterior em nenhuma hipótese; (C) é múltipla, pois deverá ser programada em vários dias para a possibilidade de oitiva de pessoas diversas; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. Art. 455, CPC. 60. Na audiência de instrução e julgamento, encerrados os debates ou oferecidos os memoriais (A) o juiz proferirá a sentença sempre em cartório e no prazo máximo de 20 dias; Material Suplementar.indd 128Material Suplementar.indd 128 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 DIREITO PROBATÓRIO 129 (B) o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de dez dias; (C) ao juiz é defeso proferir a sentença na própria audiência; (D) o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 20 dias. Resposta: B. Art. 456, CPC. Material Suplementar.indd 129Material Suplementar.indd 129 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 14. SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Marque a assertiva correta (A) sentença é o ato processual pelo qual o juiz põe fi m ao processo com resolução do mérito; (B) sentença é ato pelo qual o juiz põe fi m ao processo sem resolução do mérito; (C) sentença é o ato pelo qual o juiz põe fi m ao processo com ou sem o julgamento do mérito; (D) sentença é o ato pelo qual o juiz decide questão incidente sem a extinguir o pro- cesso. Resposta: C. Segundo o § 1.º do art. 162 do CPC, com a redação dada pela Lei 11.232/2005, “sentença é o ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta lei”; destarte, é sentença o ato decisório pelo qual o juiz põe termo ao processo com ou sem a resolução do mérito. 02. São requisitos essenciais da sentença (A) o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; (B) os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; (C) o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 458, CPC. 03. A sentença há de ser assinada pelo juiz sob pena de o ato processual ser considerado (A) inexistente; Material Suplementar.indd 130Material Suplementar.indd 130 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 131 (B) nulo; (C) anulável; (D) irregular. Resposta: A. É considerado inexistente o ato decisório não assinado pelo juiz. 04. É sentença declaratória (A) aquela que tão somente declara a existência ou a inexistência de uma relação jurídica ou a autenticidade ou falsidade de um documento; (B) aquela em que, ao lado de declarar o direito, cria, modifi ca ou extingue uma relação jurídica ou uma situação jurídica; (C) aquela em que, além de declarar o direito, impõe ao réu uma sanção ou uma obrigação de fazer, não fazer, dar coisa certa ou incerta em favor do autor; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as sentenças, inclusive as constitutivas e condenatórias, são de- claratórias. 05. A ação de investigação de paternidade gera sentença predominantemente (A) declaratória; (B) constitutiva; (C) condenatória; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: A. A ação de investigação de paternidade tem natureza jurídica de ação de- claratória, pois serve tão somente para declarar ou não a filiação. 06. A ação de investigação de paternidade cumulada com petição de alimentos produz sentença predominantemente (A) declaratória e constitutiva; (B) declaratória e condenatória; (C) constitutiva e condenatória; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: B. Declara-se a paternidade e, em seguida, condena-se o réu no pagamento dos alimentos; é declaratório-condenatória a sentença. 07. A ação de divórcio produz sentença predominantemente (A) declaratória; (B) constitutiva; (C) condenatória; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: B. A ação de divórcio produz uma sentença tipicamente constitutiva: ela gera a constituição de uma nova relação jurídica: o estado de divorciado. Material Suplementar.indd 131Material Suplementar.indd 131 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida132 08. Tício ajuíza ação de cobrança em face de Mévio. A sentença determina que Mévio pague R$10.000,00 (dez mil reais) a Tício. A aludida sentença tem natureza (A) declaratória e constitutiva; (B) declaratória e condenatória; (C) constitutiva e condenatória; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: O juiz declarou o direito e condenou o réu a pagar ao autor a importância devida; é declaratória e condenatória. 09. A sentença que declara o autor carecedor do direito de ação tem natureza (A) terminativa; (B) defi nitiva; (C) vitalícia; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: A. Ao declarar o autor carecedor do direito de ação, o juiz encerra o processo sem resolução do mérito; a sentença é, destarte, terminativa. 10. Haverá perempção, no processo civil brasileiro, quando (A) o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo sem resolução do mérito, por desídia; (B) o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo com resolução do mérito; (C) o réu der causa, por três vezes, à extinção do processo sem resolução do mérito, por desídia; (D) o réu der causa, por três vezes, à extinção do processo com resolução do mérito. Resposta: A. Art. 268, parágrafo único, CPC. 11. O juiz indeferirá a petição inicial quando (A) a parte for manifestamente ilegítima; (B) o autor carecer de interesse processual; (C) o juiz verifi car, desde logo, a decadência ou a prescrição, bem como quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação, caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 195, CPC. 12. Considera-se inepta a petição inicial quando (A) lhe faltar pedido ou causa de pedir; (B) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; (C) o pedido for juridicamente impossível ou contiver pedidos incompatíveis entre si; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Parágrafo único do art. 295, CPC. Material Suplementar.indd 132Material Suplementar.indd 132 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 133 13. Indeferida a petição inicial (A) o autor poderá apelar, mas é defeso ao juiz reformar sua decisão; (B) o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 horas, reformar sua decisão; (C) o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 72 horas, reformar sua decisão; (D) o autor não poderá apelar, eis que a decisão é defi nitiva. Resposta: B. Art. 296, caput, CPC. 14. Haverá litispendência quando (A) se repete ação que está em curso; (B) se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso; (C) se repete ação que já foi decidida por sentença, de que caiba recurso; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: A. § 3.º do art. 301, CPC. 15. Haverá sentença terminativa quando (A) houver confusão entre o autor e réu; (B) o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; (C) o juiz acolher a alegação de decadência e prescrição; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: A. Art. 267, X, CPC. 16. Haverá sentença defi nitiva quando (A) o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação; (B) o autor desistir da ação com o consentimento do réu; (C) fi car parado durante mais de um ano por negligência das partes; (D) verifi car-se a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; Resposta: A. Art. 269, V, CPC. 17. As decisões judiciais declaradas defi nitivas (A) admitem recurso extraordinário; (B) não admitem recursos, mas podem vir a ser atacadas através de ação rescisória (no cível) e revisão criminal (no processo penal); (C) admitem recurso e ação rescisória, a critério do autor; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. As decisões judiciais tidas por definitivas (decisões com trânsito em julgado com resolução do mérito) não admitem recursos, mas podem ser atacadas por intermédio da ação rescisória (processo civil) ou revisão criminal (processo penal). 18. As decisões judiciais declaradas terminativas (A) admitem sempre recurso extraordinário; Material Suplementar.indd 133Material Suplementar.indd 133 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida134 (B) não admitem recursos, mas podem vir a ser atacadas através de ação rescisória (no cível) e revisão criminal (no processo penal); (C) admitem recurso e ação rescisória, a critério do autor; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: D. As decisões judiciais declaradas terminativas formam a chamada coisa julgada formal; elas são atacadas mediante o recurso taxativamente expresso em lei (apelação, recurso em sentido estrito, etc.). 19. A sentença pode ser (A) extra petita; (B) ultra petita; (C) citra petita ou infra petita; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: D. Art. 460, CPC. 20. A sentença que defere uma prestação diversa daquela requerida pelo autor é considerada (A) extra petita; (B) ultra petita; (C) citra petita ou infra petita; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: A. Chama-se de extra petita a sentença que defere uma prestação diversa daquela requerida pelo autor. 21. A sentença que defere ao autor mais do que ele pediu na exordial é declarada (A) extra petita; (B) ultra petita; (C) citra petita ou infra petita; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: B. Chama-se sentença ultra petita aquela em que o juiz concede ao autor mais do que foi pedido na petição inicial. 22. A sentença que não examina todas as questões propostas pelas partes é cha- mada de (A) extra petita; (B) ultra petita; (C) citra petita ou infra petita; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: C. Se o juiz não examinar todas as questões propostas pelas partes, editará uma sentença citra ou infra petita. 23. A sentença extra petita, ultra petita ou citra petita é (A) inexistente; Material Suplementar.indd 134Material Suplementar.indd 134 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 135 (B) nula; (C) anulável; (D) irregular. Resposta: B. É nula a sentença quando: (i) proferida de natureza diversa da pedida; (ii) con- dena o réu em quantidade superior ou (iii) em objeto diverso do que lhe foi demandado. 24. Marque a assertiva correta (A) o juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor; nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá de forma concisa; (B) quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida; a sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional; (C) é defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Arts. 459 e 460, CPC. 25. Marque a assertiva correta (A) na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específi ca da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento; (B) sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justifi cado receio de inefi cácia do provimento fi nal, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justifi cação prévia, citado o réu; (C) para a efetivação da tutela específi ca ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 461, CPC. 26. Marque a assertiva correta (A) coisa julgada material é a efi cácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais passível de recurso; (B) coisa julgada formal é a efi cácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais passível de recurso; (C) coisa julgada indiscutível é a efi cácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais passível de recurso; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: A. Art. 467, CPC. 27. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide (A) tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas; Material Suplementar.indd 135Material Suplementar.indd 135 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida136 (B) tem força de lei e, como tal, não possui limites; (C) não tem força de lei, mas de mera decisão judicial nos limites da lide e das questões decididas; (D) não tem força de lei, mas de decisão judicial irrecorrível. Resposta: A. Art. 468, CPC. 28. Não faz(em) coisa julgada (A) os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença; (B) a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença; (C) a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 469, CPC. 29. Marque a assertiva correta (A) faz coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer, o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide; (B) nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo: (i) se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modifi cação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença e (ii) nos demais casos prescritos em lei; (C) a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não benefi ciando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Arts. 470, 471 e 472, CPC. 30. Marque a assertiva correta (A) é defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a cujo res- peito se operou a preclusão; (B) passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como a rejeição do pedido; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: C. Arts. 473 e 474, CPC. 31. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confi rmada pelo tribunal, a sentença (A) proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público, sem exceção; Material Suplementar.indd 136Material Suplementar.indd 136 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 137 (B) que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública, sem exceção; (C) proferida contra a Fazenda Pública sempre que a condenação, ou o direito controver- tido, for de valor certo não excedente a 60 salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução da dívida ativa do mesmo valor; (D) haverá duplo grau de jurisdição obrigatório quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. Resposta: C. Art. 475, CPC. 32. Pode-se conceituar recurso como (A) uma espécie de remédio processual que a lei coloca à disposição das partes para impugnação de decisões judiciais, dentro do mesmo processo, com intuito de sua re- forma, invalidação, esclarecimento ou integração, bem como para impedir que a decisão impugnada se torne preclusa ou transite em julgado; (B) o remédio idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna; (C) o instrumento processual apto a ensejar a impugnação das decisões judiciais, prorro- gando o procedimento, evitando que haja a preclusão do ato decisório e a formação da coisa julgada; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Todas as assertivas trazem conceitos doutrinários de recursos. 33. O recurso se destina a promover o reexame de uma decisão judicial por órgão jurisdicional de superior instância ou pelo mesmo órgão que a prolatou com o intuito de (A) reformar a decisão judicial; (B) invalidar a decisão judicial; (C) esclarecer ou integrar a decisão judicial; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. O recurso serve para reexaminar uma decisão judicial por órgão jurisdicional de superior instância ou pelo mesmo órgão que a prolatou com o intuito de reformá-la, invalidá-la, esclarecê-la ou integrá-la. 34. Quando apenas um dos litigantes interpõe o recurso e o resultado deste bene- fi cia todos os demais litisconsortes, diz-se que o efeito do recurso é (A) devolutivo; (B) extensivo; (C) suspensivo; (D) expansivo. Resposta: B. Diz-se extensivo o efeito do recurso quando apenas um dos litigantes in- terpõe o recurso e o resultado deste beneficia todos os demais litisconsortes. 35. Quando se permite que o juiz ou o tribunal se retrate e emita uma nova decisão judicial para o caso concreto, diz-se que o recurso tem efeito (A) regressivo; Material Suplementar.indd 137Material Suplementar.indd 137 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida138 (B) devolutivo; (C) extensivo; (D) suspensivo. Resposta: A. O efeito regressivo do recurso é aquele que permite ao magistrado se retratar de uma decisão equivocada que tenha proferido. 36. O julgamento do recurso pode ensejar decisão mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada, que é o mérito do recurso. Dizemos que, nesse caso, existe o efeito recursal (A) regressivo; (B) expansivo; (C) extensivo; (D) suspensivo. Resposta: B. Depois de proferido juízo de admissibilidade positivo do recurso, com seu conhecimento, o órgão ad quem deve apreciar-lhe o mérito, na extensão em que lhe foi devolvida a matéria objeto da impugnação. 37. Quando o juízo ad quem puder apreciar questões não suscitadas nas razões recursais, ou mesmo não apreciadas pelo juízo a quo, diz-se que o recurso tem efeito (A) translativo; (B) expansivo; (C) extensivo; (D) suspensivo. Resposta: A. O efeito translativo ocorre quando o juízo ad quem puder apreciar questões não suscitadas nas razões recursais, ou mesmo não apreciadas pelo juízo a quo, diz-se que o recurso tem efeito translativo. 38. Está previsto no art. 512 do CPC que “o julgamento proferido pelo tribunal subs- tituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto do recurso”. Tal preceito legal traz em seu bojo o efeito recursal (A) substitutivo; (B) expansivo; (C) extensivo; (D) suspensivo. Resposta: A. O art. 512 do CPC traz em seu bojo o efeito recursal substitutivo. 39. O princípio do duplo grau de jurisdição tem aplicabilidade (A) a todos os órgãos jurisdicionais brasileiros, sem exceção; (B) a todos os órgãos jurisdicionais da Justiça do Trabalho, apenas; (C) a todos os órgãos jurisdicionais da Justiça Federal e Estadual, apenas; (D) a todos os órgãos jurisdicionais, ressalvado o Supremo Tribunal Federal. Material Suplementar.indd 138Material Suplementar.indd 138 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 139 Resposta: D. Sendo o Supremo Tribunal Federal o órgão jurisdicional de cúpula, não há a possibilidade de se aplicar o princípio do duplo grau de jurisdição às decisões judiciais por ele proferidas. 40. O princípio segundo o qual não é possível a interposição de um recurso em que a lei não o haja previamente previsto é denominado de (A) singularidade; (B) taxatividade; (C) fungibilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: B. Os recursos são apenas aqueles taxativamente previstos em lei. 41. O princípio segundo o qual, para cada decisão, há um único recurso previsto em lei se chama (A) singularidade; (B) taxatividade; (C) fungibilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: A. Em princípio, para cada decisão, há um único recurso previsto em lei. 42. Um recurso, em casos especiais, pode ser recebido e conhecido no lugar de outro. Para que tal ocorra é preciso que não haja erro grosseiro e que exista divergência, seja no âmbito da doutrina, seja na jurisprudência, acerca de qual o recurso específi co a ser utilizado. Assim, por exemplo, a apelação poderia vir a ser conhecida como agravo de instrumento ou, este, como apelação. Estamos nos referindo ao princípio recursal da (A) singularidade; (B) taxatividade; (C) fungibilidade; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: C. A doutrina trata a hipótese narrada de fungibilidade. 43. Tício é condenado a dez anos de reclusão pela prática de roubo qualifi cado. Tício interpõe recurso de apelação. O Ministério Público se conforma com o decisum. O Tribunal de Justiça reforma a decisão de primeira instância e eleva a pena para 15 anos de reclusão. Na hipótese, ocorreu (A) reformatio in pejus direta; (B) reformatio in pejus indireta; (C) reformatio in mellius direta; (D) reformatio in mellius direta. Resposta: A. Não se permite, salvo nas questões de ordem pública, que o juízo ad quem reforme a decisão recorrida em prejuízo da parte recorrente; se o tribunal vier a reformar a decisão em prejuízo do réu, quando este é o único recorrente, diz-se que ocorreu a reformatio in pejus direta. Material Suplementar.indd 139Material Suplementar.indd 139 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida140 44. Tício é condenado a dez anos de reclusão pela prática de roubo qualifi cado. Tício interpõe recurso de apelação. O Ministério Público se conforma com o decisum. O Tribunal de Justiça anula a decisão e determina o retorno dos autos para ser proferida nova sentença. O juiz eleva a pena para 15 anos de reclusão. Na hipótese, ocorreu (A) reformatio in pejus direta; (B) reformatio in pejus indireta; (C) reformatio in mellius direta; (D) reformatio in mellius direta. Resposta: B. Ocorre a reformatio in pejus indireta quando há decretação de nulidade processual no processo penal, em sede de apreciação de recurso interposto exclusiva- mente pelo réu; a situação jurídica deste não poderá ser agravada, seja pelo juízo a quo ou pelo juízo ad quem. 45. No julgamento do reexame necessário (A) é proibido ao tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda Pública; (B) é permitido ao tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda Pública, apenas quando esta interpuser recurso voluntário; (C) é defeso ao tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda Pública, apenas quando esta interpuser recurso voluntário; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Súmula 45, STJ. 46. O recurso somente é cabível quando a parte recorrente demonstrar ter sofrido um prejuízo com a decisão judicial. Sem a comprovação do gravame, nenhum recurso será conhecido pela instância superior. Tal assertiva se refere ao prin- cípio da (A) recorribilidade; (B) lesividade; (C) taxatividade; (D) personalidade. Resposta: B. Nenhum recurso será conhecido sem que o recorrente comprove ter sofrido um gravame ou prejuízo com a prolação da decisão. 47. Acerca do juízo de admissibilidade ou juízo de prelibação dos recursos, é ver- dade afi rmar que (A) para que se tenha conhecido e apreciado o mérito do recurso, é preciso que o recor- rente observe determinados requisitos legalmente estatuídos, pressupostos recursais ou condições de admissibilidade recursal; (B) o juízo de admissibilidade é obrigatoriamente realizado perante o juízo a quo (o juízo recorrido verifi ca o preenchimento dos pressupostos recursais, no momento em que recebe o recurso e/ou após a apresentação das contrarrazões recursais) e ante o juízo ad quem (o relator e o colegiado, antes da apreciação do mérito, farão, novamente, o juízo de prelibação recursal); Material Suplementar.indd 140Material Suplementar.indd 140 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 141 (C) o recurso será então conhecido (quando o recurso preencher a todos os requisitos de admissibilidade) ou não conhecido (se o recorrente deixar de cumprir qualquer pressu- posto recursal); e o recurso conhecido poderá ser provido (quando deferido, no todo ou em parte) ou improvido (quando indeferido); (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Vide doutrina contida no presente livro. 48. Tem legitimação ativa para recorrer (A) as partes; (B) o Ministério Público; (C) terceiros interessados; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 499, caput, CPC: “o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público”. 49. Quanto à legitimação recursal de terceiro interessado, é verdade afi rmar que (A) ele não a possui em nenhuma hipótese; (B) uma vez demonstrado o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial, poderá fazer uso do recurso; (C) poderá interpor recurso em qualquer hipótese; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: B. § 1.º do art. 499, CPC. 50. O Ministério Público tem legitimidade para recorrer (A) apenas nos processos em que for parte; (B) apenas nos processos em que tiver atuado como custos legis; (C) tanto nos processos em que for parte como naqueles em que atuou como custos legis; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. § 2.º do art. 499, CPC. 51. Quando a decisão judicial atinge um terceiro não participante da relação pro- cessual, diz-se que ocorreu sucumbência (A) simples; (B) direta; (C) refl exa; (D) total. Resposta: C. A sucumbência reflexa ocorre quando a decisão atinge um terceiro que não participou da relação jurídico-processual. 52. São pressupostos objetivos recursais (A) a recorribilidade e a singularidade; Material Suplementar.indd 141Material Suplementar.indd 141 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida142 (B) a tempestividade e a motivação; (C) adequação e a regularidade procedimental; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. As quatro assertivas elencam pressupostos recursais objetivos. 53. O prequestionamento é pressuposto recursal objetivo exigido para os recur- sos (A) especial (STJ) e extraordinário (STF); (B) apelação (TJ) e ordinário (STJ); (C) ordinário (STF) e especial (STJ); (D) todas as assertivas anteriores estão corretas. Resposta: A. Os recursos especial (STJ) e extraordinário (STF) exigem como pressuposto recursal objetivo o pré-questionamento. 54. Marque a assertiva correta (A) o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litiscon- sortes, desistir do recurso; (B) o recorrente poderá, antes da apresentação das contrarrazões recursais, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso; (C) o recorrente não poderá, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: A. Art. 501, CPC. 55. A renúncia ao direito de recorrer (A) independe da aceitação da outra parte; (B) depende da aceitação do litisconsorte ativo; (C) depende da aceitação do litisconsorte passivo; (D) depende da natureza do direito em litígio. Resposta: A. Art. 502, CPC. 56. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão (A) poderá recorrer, desde que o interesse seja indisponível; (B) poderá recorrer, desde que o interesse seja disponível; (C) poderá recorrer, desde que a causa tenha valor superior a 60 salários mínimos; (D) não poderá recorrer. Resposta: D. Art. 503, caput, CPC. 57. Dos despachos de mero expediente (A) cabe o recurso de apelação; (B) cabe o recurso de agravo de instrumento; Material Suplementar.indd 142Material Suplementar.indd 142 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 143 (C) cabe o recurso de agravo retido nos autos; (D) não cabe recurso. Resposta: D. Art. 504, CPC. 58. A sentença (A) pode ser impugnada no todo ou em parte; (B) pode ser impugnada apenas em parte; (C) pode ser impugnada apenas no todo; (D) não pode ser impugnada, se a decisão for favorável à Fazenda Pública. Resposta: A. Art. 505, CPC. 59. No processo penal, o Ministério Público (A) poderá desistir de recurso interposto, desde que haja anuência de maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério Público; (B) poderá desistir de recurso interposto, desde que haja anuência de maioria absoluta do Colégio de Procuradores de Justiça; (C) poderá desistir de recurso interposto, independentemente de anuência do Conselho Superior do Ministério Público ou do Colégio de Procuradores de Justiça; (D) não poderá desistir de recurso interposto. Resposta: D. Art. 576, CPP. 60. O prazo para a interposição do recurso no processo civil contar-se-á da data (A) da leitura da sentença em audiência; (B) da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência; (C) da publicação do dispositivo do acórdão no órgão ofi cial; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 506, CPC. 61. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior (A) o processo será extinto sem apreciação do mérito; (B) o processo será extinto com resolução do mérito; (C) o processo será suspenso, sendo o prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Art. 507, CPC. 62. O recurso interposto por um dos litisconsortes (A) aproveita apenas a ele próprio; (B) aproveita a todos os demais litisconsortes, salvo se distintos ou opostos os seus inte- resses; Material Suplementar.indd 143Material Suplementar.indd 143 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida144 (C) aproveita a todos os demais litisconsortes, em qualquer caso; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: B. Art. 509, caput, CPC. 63. Transitado em julgado o acórdão, o escrivão, ou secretário, independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de (A) dez dias; (B) cinco dias; (C) quinze dias; (D) quarenta e oito horas. Resposta: B. Art. 510, CPC. 64. No ato de interposição do recurso, o recorrente (A) não precisará comprovar preparo, porte de remessa ou porte de retorno; (B) precisará comprovar o preparo, mas não porte de remessa ou porte de retorno; (C) apenas quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção; (D) todas as assertivas estão incorretas. Resposta: C. Art. 511, caput, CPC. 65. Estão dispensados de preparo os recursos interpostos (A) pelo Ministério Público; (B) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios; (C) pelas autarquias e fundações públicas; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. § 1.º do art. 511, CPC. 66. A insufi ciência no valor do preparo (A) implica deserção, sempre; (B) implica deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias; (C) implica deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de dez dias; (D) implica deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de quarenta e oito horas. Resposta: B. § 2.º do art. 511, CPC. 67. Marque a assertiva correta (A) cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais; (B) sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte; Material Suplementar.indd 144Material Suplementar.indd 144 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 145 (C) o recurso adesivo fi ca subordinado ao recurso principal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 500, caput, CPC. 68. O recurso adesivo será admissível (A) na apelação; (B) nos embargos infringentes; (C) nos recursos especial e extraordinário; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Inc. II do art. 500, CPC. 69. A interposição dos recursos especial e extraordinário (A) não impedem a execução da sentença, quando recebidos no efeito devolutivo; (B) impedem a execução da sentença, quando concedido efeito suspensivo em medida cautelar; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) todas as assertivas estão erradas. Resposta: C. Os recursos especial e extraordinário não impedem a execução da sen- tença (art. 497, CP(C); são recebidos no efeito meramente devolutivo, mas é possível a obtenção junto ao STJ e STF, por meio de medida cautelar, o efeito suspensivo recursal; em tal hipótese, os recursos terão efeitos devolutivo e suspensivo. 70. São recursos inseridos no Código de Processo Civil brasileiro (A) apelação, agravo de instrumento e agravo retido; (B) embargos infringentes e embargos de declaração; (C) recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário e embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 496, I a VIII, CPC. 71. É cabível contra as sentenças cíveis em geral, sejam proferidas no processo de conhecimento, no de execução, no cautelar, bem como nos procedimentos especiais (A) agravo de instrumento; (B) apelação; (C) recurso ordinário; (D) recurso especial. Resposta: B. Art. 513, CPC. 72. A apelação é, de regra, recebida nos efeitos devolutivo e suspensivo. É recebida no efeito meramente devolutivo nos casos de (A) homologação de divisão ou de demarcação e nos casos de condenação à prestação de alimentos; Material Suplementar.indd 145Material Suplementar.indd 145 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida146 (B) julgamento de liquidação de sentença e decisão em processo cautelar; (C) rejeição liminar dos embargos à execução ou no julgamento procedente do pedido de instituição de arbitragem; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 520, CPC. 73. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso es- pecial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de (A) cinco dias; (B) dez dias; (C) quinze dias; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: C. Art. 508, CPC. 74. Com o advento da Lei 11.187/2005, somente caberá o recurso de agravo de instrumento no processo civil quando a decisão recorrida (A) causar à parte lesão grave e de difícil reparação; (B) inadmitir a apelação; (C) receber a apelação em apenas um ou em ambos os efeitos; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 522, CPC, com redação determinada pela Lei 11.187/2005. 75. Os recursos cíveis de agravo de instrumento e na forma retida deverão ser interpostos no prazo de (A) cinco dias; (B) dez dias; (C) quinze dias; (D) nenhuma das opções anteriores. Resposta: D. Art. 522, caput, CPC. 76. Qual recurso independe de preparo (A) agravo de instrumento; (B) apelação; (C) agravo retido; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: C. Parágrafo único do art. 522, CPC. 77. Marque a assertiva correta (A) na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o Tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação; Material Suplementar.indd 146Material Suplementar.indd 146 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 147 (B) não se conhece do agravo retido se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal; (C) interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de dez dias, o juiz poderá reformar sua decisão; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 523, caput, e §§ 1.º e 2.º, CPC. 78. O agravo retido oral deverá ser apresentado (A) em qualquer decisão interlocutória; (B) das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento; (C) das decisões interlocutórias proferidas após a sentença; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: B. § 3.º do art. 523, CPC. 79. O agravo de instrumento deverá ser dirigido (A) diretamente ao juiz da causa, através de petição; (B) diretamente ao tribunal competente, através de petição; (C) ao juiz da causa ou ao tribunal, através de petição, a critério do autor; (D) simultaneamente ao juiz da causa e ao tribunal, através de petições a ambos dirigi- das. Resposta: B. A petição do agravo de instrumento é dirigida diretamente ao tribunal competente, mas o agravante, no prazo de três dias, providenciará a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição e do comprovante de sua interposição, assim como da relação dos documentos que instruíram o recurso (art. 526 c/c o art. 524, CP(C). 80. É peça obrigatória para instruir a petição de agravo de instrumento (A) cópia da decisão agravada; (B) certidão da respectiva intimação; (C) cópia das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 523, I, CPC. 81. Se o agravante, no prazo de três dias, não requerer juntada, aos autos do pro- cesso, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, bem como da relação dos documentos que instruíram o recurso de agravo de instrumento (A) haverá aplicação de multa de um a dez salários mínimos em favor do recorrido; (B) haverá aplicação de multa de dois a cinco salários mínimos em favor do Estado; (C) importará em inadmissibilidade do agravo; (D) fi cará o tribunal impedido de apreciar eventual pedido de liminar. Resposta: C. Parágrafo único do art. 526, CPC. Material Suplementar.indd 147Material Suplementar.indd 147 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida148 82. Tem o desembargador-relator do agravo de instrumento no tribunal poderes para (A) negar, monocraticamente, seguimento liminar ao recurso, bem como convertê-lo de agravo de instrumento em agravo retido, salvo, neste caso, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, mandando remeter os autos ao juiz da causa; (B) atribuir efeito suspensivo ao recurso, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; (C) requisitar informações ao juiz da causa, que as prestará no prazo de dez dias; assim como mandar ouvir o Ministério Público, se for o caso, para se pronunciar no prazo de dez dias; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 527, CPC. 83. Após o juiz comunicar ao tribunal que reformou a sua decisão, o relator (A) analisará o recurso de agravo e o porá em mesa para julgamento; (B) pedirá dia para que o tribunal analise se vai ou não conhecer do recurso de agravo; (C) considerará prejudicado o agravo; (D) recomendará abertura de procedimento disciplinar para o magistrado. Resposta: C. Art. 529, CPC. 84. Cabem embargos infringentes (A) quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito; (B) quando o acórdão houver julgado procedente ação rescisória; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Art. 530, CPC. 85. Da decisão que não admitir os embargos infringentes caberá (A) apelação, no prazo de 15 dias, para o Superior Tribunal de Justiça; (B) agravo, em cinco dias, para o órgão competente para o julgamento do recurso; (C) recurso ordinário, no prazo de 15 dias, para o órgão competente para o julgamento do recurso; (D) agravo, em cinco dias, para o Superior Tribunal de Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal. Resposta: B. Art. 532, CPC. 86. Os embargos de declaração são cabíveis quando (A) houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; (B) for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Material Suplementar.indd 148Material Suplementar.indd 148 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 149 Resposta: C. Art. 535, CPC. 87. Sobre os embargos de declaração é correto afi rmar que (A) serão opostos em petição dirigida ao juiz ou relator; (B) deverão ser apresentados no prazo de cinco dias; (C) o recorrente deverá indicar o ponto obscuro, contraditório ou omisso do julgado e não precisará efetuar o preparo; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 536, CPC. 88. Os embargos de declaração (A) interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes; (B) suspendem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes; (C) interrompem o prazo para interposição de outros recursos, apenas para o recorrente; (D) suspendem o prazo para interposição de outros recursos, apenas para o recorrente. Resposta: A. Art. 538, caput, CPC. 89. Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou tribunal, declarando que o são (A) condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% sobre o valor da causa; na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10%, fi cando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo; (B) condenará o embargante a pagar ao Estado multa não excedente de 1% sobre o va- lor da causa; na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10%, fi cando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo; (C) condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 10% sobre o valor da causa; na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 100%, fi cando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo; (D) condenará o embargante a pagar ao Estado multa não excedente de 10% sobre o valor da causa; na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 100%, fi cando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo. Resposta: A. Art. 538, parágrafo único, CPC. 90. Nos juizados especiais cíveis, os embargos de declaração (A) interrompem o prazo para a interposição de outros recursos; (B) suspendem o prazo para a interposição de outros recursos; (C) poderão suspender ou interromper o prazo para a interposição de outros recursos, a depender da decisão do juiz ao receber o recurso; (D) não suspendem nem interrompem o prazo para a interposição de outros recursos. Resposta: B. Art. 50, Lei 9.099/1995. Material Suplementar.indd 149Material Suplementar.indd 149 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida150 91. É cabível o recurso especial, para o Superior Tribunal de Justiça, quando a de- cisão recorrida, em única ou última instância, tomada pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e territórios (A) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; (B) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; ou (C) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 105, III, a a c, da CF. 92. O recurso especial, para o Superior Tribunal de Justiça, deve ser interposto no prazo de (A) 15 dias; (B) 10 dias; (C) 5 dias; (D) nenhuma das assertivas anteriores está correta. Resposta: A. Art. 508, CPC. 93. O recurso extraordinário, para o Supremo Tribunal Federal, é cabível quando a decisão recorrida, em única ou última instância, por qualquer tribunal: (A) contrariar dispositivo da Constituição Federal; (B) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou julgar válida lei local con- testada em face de lei federal; (C) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 102, III, a a d, CF. 94. Os recursos extraordinário e especial possuem efeitos (A) suspensivo o primeiro e devolutivo o segundo; (B) devolutivo o primeiro e suspensivo o segundo; (C) devolutivos, ambos; (D) suspensivos, ambos. Resposta: C. § 2.º do art. 542, CPC. 95. O recurso ordinário constitucional para o Superior Tribunal de Justiça é cabível em caso de (A) habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; (B) mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; (C) causas em que forem parte Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 105, II, CF. Material Suplementar.indd 150Material Suplementar.indd 150 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 SENTENÇA, COISA JULGADA E RECURSO 151 96. O STF processará e julgará, em sede de recurso ordinário (A) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos tribunais pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (B) o crime político; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) apenas a assertiva “a” está correta. Resposta: C. Art. 102, II, a e b, CF. 97. Cabem embargos de divergência das decisões da turma que (A) em recurso especial, divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial; (B) em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do plenário; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: C. Art. 546, CPC. 98. É interponível o recurso em sentido estrito da decisão judicial que (A) não receber a denúncia ou a queixa; concluir pela incompetência do juízo; julgar pro- cedentes as exceções, salvo a de suspeição; pronunciar, ou impronunciar ou o réu; (B) pronunciar, impronunciar ou absolver sumariamente o réu; indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em fl agrante; deferir ou indeferir pedido de decretação da extinção da punibilidade, por qualquer de suas causas; (C) conceder ou negar a ordem de habeas corpus; anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; incluir jurado na lista geral ou desta excluir; (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 581, CPP. 99. Tício, acusado de homicídio, é absolvido sumariamente pelo juiz Mévio. O Mi- nistério Público, irresignado com a decisão absolutória, deverá interpor (A) recurso em sentido estrito; (B) apelação; (C) agravo em execução; (D) carta testemunhável. Resposta: A. Art. 581, VI, c/c o art. 411, CPP. 100. Tício é condenado a oito anos de reclusão pelo Juízo de Direito da 5.ª Vara Criminal da capital. Poderá se insurgir contra a sentença condenatória ingres- sando com (A) recurso em sentido estrito; (B) apelação; (C) agravo em execução; Material Suplementar.indd 151Material Suplementar.indd 151 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41 TEORIA GERAL DO PROCESSO – Roberto Moreira de Almeida152 (D) carta testemunhável. Resposta: B. De acordo com o art. 593, CPP, “caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: I) das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular”. 101. Caberá carta testemunhável da decisão que (A) denegar o seguimento de todo e qualquer recurso no processo penal; (B) admitir o recurso, mas obstar a sua expedição e seguimento para o juízo ad quem; (C) as assertivas “a” e “b” estão corretas; (D) nenhuma das assertivas está correta. Resposta: B. Apenas é cabível a carta testemunhável quando se negar seguimento aos recursos em sentido estrito e agravo em execução. 102. Da decisão que denegar o seguimento do recurso de apelação caberá (A) carta testemunhável; (B) outra apelação; (C) recurso em sentido estrito; (D) habeas corpus. Resposta: C. Art. 581, XV, CPP. 103. O recurso de revista, para o Tribunal Superior do Trabalho, é cabível das de- cisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando (A) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais (SDI) do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula Uniforme dessa Corte (divergência na interpretação de lei federal); (B) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma do item anterior (outras divergências de interpretação); (C) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal (violação de lei federal ou da Constituição Federal); (D) todas as assertivas estão corretas. Resposta: D. Art. 896, CLT. Material Suplementar.indd 152Material Suplementar.indd 152 09/06/2011 17:09:4109/06/2011 17:09:41