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(C) Roberto R. de Avillez, 2011 1 Definindo Composições 1/2 Fração Molar do componente A é igual ao número de moles deste componente (elemento, ou composto) dividido pelo número total de moles de todos os componentes presentes no sistema Para um sistema binário com m A moles do componente A ,com massa molecular M A , e m B moles do componente B ,com massa molecular M B . wA= mA mAmB xA= mA M A mA M A mB M B Fração em massa Fração molar (C) Roberto R. de Avillez, 2011 2 Definindo Composições 2/2 Molaridade = moles do componente A em 1 L (1 dm3) de solução [A]= mA/M A mAmsolvente r é a massa específica da solução em unidades [g/L], ou [kg/L], ou corrigida de modo apropriado. Molalidade = moles do componente A em 1 kg de solvente [A]= mA/M A msolvente onde m=msolvente=1kg (C) Roberto R. de Avillez, 2011 3 Medidas de Concentração em Moles ● Concentração Molar: moles por volume de solução ● Preparação: Dissolver o número de moles necessário numa pequena quantidade de solvente (normalmente água) e depois completar com o solvente até o volume desejado. ● A principal dificuldade teórica é determinar a densidade correta da solução, que é função do teor do composto dissolvido. ● Molaridade ● Concentração Molal: moles por massa de solvente ● Preparação experimental um pouco mais elaborada mas fornece um valor que permite uma comparação teórica mais correta. ● Molalidade (C) Roberto R. de Avillez, 2011 4 Definições sobre Eletrólitos ● Eletrólitos são soluções contendo íons no estado sólido, líquido, ou gasoso. ● Soluções constituídas somente de íons são denominadas de soluções iônicas (estado sólido, ou líquido) e plasma (estado gasoso) ● A reação de dissociação de uma espécie neutra (átomo, ou composto) pode ser completa (eletrólito forte), ou incompleta (eletrólito fraco) ● A dissociação de um composto pode dar origem a um eletrólito com íons univalentes – NaCl = Na(+1) + Cl(-1); CaSO 4 = Ca(+2) + SO 4 (-2) ● ou multivalentes – CaCl 2 = Ca(+2) + 2Cl(-1); Na 2 CO 3 =2Na(+1) + CO 3 (-2) ● Um eletrólito pode conter uma mistura de diferentes tipos de íons. (C) Roberto R. de Avillez, 2011 5 Propriedades Básicas dos Eletrólitos Reação de Dissociação Cc Aa⇔ cC p aA −n A dissolução do composto em íons precisa manter a neutralidade elétrica do meio [C p ]. p[ A −n ]. −n=0 Condição de equilíbrio C c A a =c C pa A −n Os potenciais químicos dos íons não podem ser obtidos de maneira independente pois é impossível ter um único tipo de íon num determinado meio. O potencial químico do composto neutro é bem determinado na termodinâmica. (C) Roberto R. de Avillez, 2011 6 Eletrólitos Fortes: HCl 1/2 HCl é um composto gasoso a temperatura ambiente e um eletrólito forte quando dissolvido na água. HCl g =HCl dissolvido em H 2O =H 1 Cl −1 HCl , g=HCl , aq= H1Cl−1 HCl , g o RT ln pHCl= HCl ,aq o RT ln aHCl HCl , aq o RT lnaHCl=H1 o RT ln a H 1 Cl −1 o RT lna Cl −1 HCl , aq o = H 1 o Cl −1 o ⇒RT ln aHCl=RT ln aH1RT ln aCl−1 aHCl=aH1 .aCl−1 aHCl a H 1 .a Cl −1 = aHCl a± 2 =1 (C) Roberto R. de Avillez, 2011 7 Eletrólitos Fortes: HCl 2/2 Podemos arbitrariamente escolher o limite de solução diluída para definir a referência para a atividade química do HCl. Apesar de ser impossível medir a atividade química de um íon em solução, podemos escolher a mesma condição limite. lim m HCl 0 a H 1 m H 1/mo a Cl −1 m Cl −1/mo =1 lim m HCl 0 a Cl −1 m Cl −1/mo =1 lim m HCl 0 a H 1 m H 1/mo =1 logo Como a dissolução é completa m=mHCl=mH1=mCl−1 lim m HCl 0 aHCl m /mo 2 = a± 2 m /mo 2 =1 Normalmente m o =1 molal Observar que a atividade não é proporcional à concentração (C) Roberto R. de Avillez, 2011 8 Eletrólitos Fortes: MgCl 2 1/2 MgCl 2 é um sal sólido a temperatura ambiente e um eletrólito forte quando dissolvido na água. MgCl 2=Mg 22Cl−1 MgCl 2 = Mg 22 Cl −1 μMgCl 2 o +RT ln aMgCl2=μMg+2 o +RT ln a Mg +2+2μ Cl −1 o +2RT ln a Cl −1 MgCl2 o = Mg 2 o 2 Cl −1 o logo aMgCl 2=aMg2 .aCl−1 2 =a± 3 lim m MgCl 2 0 a Mg 2 m Mg 2/mo =1 lim m MgCl 2 →0 a Cl −1 m Cl −1/mo =1 lim mMgCl 2 0 a Mg 2 m Mg 2/mo a Cl −1 m Cl −1/mo 2 =1 (C) Roberto R. de Avillez, 2011 9 Eletrólitos Fortes: MgCl 2 2/2 Podemos arbitrariamente escolher o limite de solução diluída para definir a referência para a atividade química do MgCl 2 . Apesar de ser impossível medir a atividade química de um íon em solução, podemos escolher a mesma condição limite. m=mMgCl 2 =m Mg 2 m Cl −1=2m lim mMgCl 2 0 a Mg 2 m /mo a Cl −1 2m/mo 2 = a Mg 2 .a Cl −1 2 4m /mo 3 = a± 3 4m /mo 3 =1 lim m MgCl 2 0 aMgCl 2 4m /mo 3 = a± 3 4m /mo 3 =1 (C) Roberto R. de Avillez, 2011 10 Eletrólitos Fortes: Atividade Média dos Íons Apesar de ser impossível definir a atividade de cada tipo de íon, é possível definir uma atividade média para a solução diluída dos íons associados a um eletrólito forte. HCl aHCl=a± 2 =a .a−= mmo 2 a±= m mo MgCl 2 aMgCl 2=a± 3 =a .a− 2 =4 mmo 3 a±=4 1/3 m mo Para um composto A p B n =pA+ + nB- aA p B n =a± pn =a p .a− n = pmmo p . nmmo n a±= p p pn n n pn m mo (C) Roberto R. de Avillez, 2011 11 Eletrólitos Fortes Coeficiente de Atividade Média Para soluções não diluídas, a atividade química é o produto do coeficiente de atividade química pela concentração. O emprego do referencial de solução diluída permite igualar a atividade química à própria concentração e, desta maneira, definir uma concentração média dos íons presentes no eletrólito que, com as expressões anteriores, permite calcular a atividade química de um eletrólito. γ±= a± m± ou a±=γ±m± m±= p p pn n n pn m (C) Roberto R. de Avillez, 2011 12 Exemplos de Soluções de Eletrólitos Fortes Solução 0,1 molal de NaOH Solução 0,5 molal de Ca(OH) 2 m±=[0,1∗0,1] 1/2 =0,1 m±=[0,5∗2∗0,5 2 ] 1 /3 =0,794 Solução 0,1 molal de NaOH e 0,5 molal de Ca(OH) 2 [Na 1 ]=0,1 [Ca 2 ]=0,5 [OH −1 ]=0,12∗0,5=1,1 m±NaOH =[0,1∗1,1] 1 /2 =0,332 m±Ca OH 2=[0,5∗1,1 2 ] 1/3 =0,846 (C) Roberto R. de Avillez, 2011 13 Coeficiente de Atividade Química As interações eletrostáticas entre os íons nas soluções iônicas são tão fortes que o limite de soluções diluídas somente ocorre para concentrações muito baixas. Assim sendo, o coeficiente de atividade química rapidamente se distancia do valor 1. A teoria de Debye-Hückel permite calcular o coeficiente de atividade química de soluções diluídas em função da potência iônica de um eletrólito: I= 1 2 ∑ mi Zi 2 log±=−A∣ZZ−∣ I m i e Z i são a molalidade e a carga do íon i Para potências menores que 0,01 Potência (ou Força) Iônica A=1,172 mol −1 /2 kg −1 /2A=0,509 mol−1 /2 L−1 /2 (C) Roberto R. de Avillez, 2011 14 Eletrólitos Fracos Eletrólitos fracos são eletrólitos que apresentam uma dissociação parcial, formando uma solução do composto não dissociado e dos íons da parte dissociada. Naturalmente, a própria dissociação é uma reação termodinâmica que, portanto, possui uma constante de equilíbrio. CaCl2=Ca 2 2Cl −1 CaCl 2 = Ca 22 Cl −1 a Ca2 .a Cl−1 2 aCaCl2 =K T =exp−Ca2 o 2 Cl −1 o −CaCl2 o RT O estado padrão para a parte dissociada pode ser o mesmo definido para eletrólitos fortes, enquanto para a parte não dissociada o estado padrão pode ser a substância pura, ou uma solução não dissociada diluída. (C) Roberto R. de Avillez, 2011 15 Eletrólitos Fracos: constante de dissociação É comum descrever a dissociação de eletrólitos fracos em função de uma constante de dissociação, a, que relaciona as quantidades de eletrólito não dissociado e dissociado em função da quantidade total de eletrólito dissolvido no solvente. [CaCl2]d=[CaCl2]t Índice d para dissociado, nd para não dissociado e t para total. [CaCl2]nd=1−[CaCl2]t [Ca 2 ]=[CaCl2]t [Cl −1 ]=2[CaCl2]t m± 3 =[Ca 2 ][Cl −1 ] 2 =4 3 [CaCl2]t 3 ± 3 m± 3 CaCl 2 [CaCl2]nd = ± 3 4 3 [CaCl2]t 2 CaCl 2 1− =K T Observar que um aumento da quantidade de soluto tende a reduzir a dissociação (C) Roberto R. de Avillez, 2011 16 Eletrólitos Fracos: Dissociação da água H 2O=H 1 OH −1 [H 1 ] [OH −1 ] aH 2O =Kw T aH 2 O≈1 Kw298,15K =0,991.10 −14 Se a água for pura, a concentração de íons hidroxila, OH-1, será igual a dos íons H+1 O pH de uma solução é definido por: pH=−log [H1] pH 298,15=7,000Para água pura a 25°C: A constante K W aumenta com a temperatura, portanto, a concentração de H+1 aumenta e o pH fica menor.