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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Juliana Ribeiro Profa. Juliana Ribeiro 2 FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 1) Fontes Conceito Concepção sobre fontes - fonte real; - fontes formais ou positivas Estatuto da CIJ. Art. 38: 2) Costumes Noções Costume x uso Características do uso Carac terísticas dos costumes Obrigatoriedade dos costumes Término do costume 3) Princípios Gerais do Direito - decisões das organizações internacionais: Fontes formais. - princípios gerais do direito. 4) Ato Unilateral Conceito Obrigatoriedade Fundamentação Regulamentação Publicidade Classificação dos atos: - tácito (silêncio = consentimentoimplícito) - expresso (protesto, notificação, renúncia, reconhecimento, protesto, promessa). 1. FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 1. Conceito: Constitui o modo pelo qual o Direito se manifesta. (Fundamento: de onde o Direito tira a sua obrigatoriedade) 2. Concepção sobre fontes: Toda relação jurídica deve ser concebida sob dois aspectos: um fundamental, racional, objetivo; e o outro, formal, positivo. No primeiro caso existe uma fonte real, no segundo, fontes formais ou positivas. - Fonte real: verdadeira ou fundamental (constituída pelos princípios gerais do direito) - Fontes formais ou positivas: que dão forma positiva ao direito objetivo, preexistente, e o apresentam sob o aspecto de regras aceitas e sancionadas pelo poder público. (costumes e os tratados). 2. Estatuto da Corte Internacional de Justiça – Art. 38 – relação das fontes: a) - convenções e tratados internacionais; Profa. Juliana Ribeiro 3 - costume internacional; - princípios gerais do Direito; - decisões judiciárias e doutrina dos publiscistas. b) - Atos Unilaterais 2. COSTUME Noções: Conjunto de atos e normas não escritas aceitas por dilatado tempo e observados pelos Estados em suas relações mútuas, como se Direito fosse. As sociedades não hierarquizadas (sem legislativo) têm no costume o principal modo de manifestação das normas jurídicas. A codificação do Direito Internacional Público é ainda bastante incipiente; A maioria dos costumes se formou de forma inconsciente (processo lento); A Corte Internacional de Justiça, em seu art. 38 de seus estatutos, afirmou: “A parte que invoca um costume.deve provar que o mesmo se constitui de tal maneira que se tornou obrigatório para a outra parte.” Repetição da prática: boa para a ordem social. Elementos: - material: uso - subjetivo: opinião Costume x Uso O costume é a continuação de um hábito tradicional e repetido, com a certeza de que o mesmo é obrigatório, enquanto que uso é fatível de existir com a repetição de atos embora sem convicção de obrigatoriedade. Características do Uso: a) Não há prazo determinado para que seja um costume; b) O costume nos dias atuais tem se formado com maior rapidez a fim de acompanhar as transformações das relações internacionais; c) Generalidade, isto é, seguido por uma parcela da sociedade internacional. Ex.: Uma norma costumeira rejeitada por grande parte dos Estados, perde em conseqüência a sua generalidade. Subjetivo: aceitação como sendo o Direito. ( O costume tornou-se Direito?!). Características do Costume: a) “prática comum”: resulta da repetição uniforme de certos atos na vida internacional. b) “prática obrigatória”: ele é direito que em conseqüência deve ser respeitado. c) “prática evolutiva”: permite se adaptar às novas circunstâncias sociais. Não existe hierarquia entre tratado e costume. Profa. Juliana Ribeiro 4 Obrigatoriedade dos costumes: ( Os costumes são obrigatórios para os Estados que não os aceitam?) Costume internacional: seria obrigatório ante a universalidade Costumes regionais: somente para os Estados que os aceitam. Término do costume: - Por um tratado mais recente que o codifica e o revoga; - Quando deixa de ser aplicado; - Por um novo costume. 3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO Decisões das Organizações Internacionais; Princípios Gerais de Direito. Decisões das Organizações Internacionais: Fonte Formal. Consiste em normas originadas em uma organização internacional que são obrigatórias para os Estados – membros independentemente de qualquer ratiuficação. Convenções da OIT – Organização Internacional do Trabalho: levadas à aprovação do legislativo. Convenções em matéria sanitária: entram em vigor se os Estados não declararem a sua não- aceitação. Ex.: Resoluções da ONU. Princípios Gerais de Direito: Reconhecido pelas nações civilizadas. Aceito pelas nações em foro doméstico e incorporado. Fazem parte do Direito Pontico (?) Direito adquirido beneficia apenas uma. Tipos: a. pacta sunt servanda. impede o abuso do direito em respeito ao direito adquirido. b. Responsabilidade internacional nascida de atos ilícitos e restituição do que já adquirido com o enriquecimento ilícito. c. Boa-fé d. lex postarai derogat. Seria um elemento subsidiário em relação ao tratado e ao costume. 4. ATO UNILATERAL É o ato através do qual um Estado manifesta sua vontade, sendo esta considerada suficiente para produzir efeitos jurídicos, nada impedindo no entanto, que haja concorrência de outra vontade, mesmo assim, está última não terá força para impedir a eficácia da vontade já manifestada. A principal característica dos atos unilaterais é a atipicidade. Obrigatoriedade: Profa. Juliana Ribeiro 5 O ato unilateral é obrigatório para o Estado que manifestou sua vontade, bem como, para àqueles que confiaram nele, cabendo para essa situação o direito de exigir o cumprimento do ato. Fundamento: A base dos atos unilaterais é tida por muitos doutrinadores como decorrente do costume, devendo para tanto respeitar as normas de DIP. Regulamentação: A regulamentação é necessária quando surge um espaço dentro das normas que ainda não foi objeto de apreciação pelo direito. Dessa forma, o Estado pode, através de um ato unilateral regulamentar - situações: (mesmo localizadas no estrangeiro) mas suscetíveis de produzir seus efeitos no seu território; ou, - matéria: a respeito da qual o Estado tem um interesse especial, desde que o mesmo recaia em benefício da sociedade internacional. Publicidade: A Comissão Internacional de Justiça quando se refere aos testes nucleares, declara que um ato unilateral para criar obrigações legais é preciso que seja público e na sua formulação o Estado tenha a intenção de se obrigar. Classificação dos atos unilaterais: 1) Tácito a) Silêncio: consentimento implícito à extensão da soberania. Para evitar tal interpretação o Estado deverá manifestar-se para afastar a hipótese de aceite. Muito embora, essa assertiva não seja absoluta, pois entende-se que tais interpretações comprometem a existência ou as condições do exercício de seu direito. Elementos para a validade do consentimento tácito: - que o Estado que guarda silêncio conheça o fato; - o interesse jurídico do Estado no fato; - a expiração de um prazo razoável. 2) Expresso: a) Protesto: é o modo pelo qual um Estado procura evitar que se forme uma norma costumeira, ou um estado de coisas que lhe seja prejudicial. Requisitos de validade do protesto: - capacidade jurídica; - capacidade do órgão que formulou o protesto - a vontade manifestada não deve conter vícios. Ex.: coação. - O objeto lícito. b) Notificação: ato pelo qual um Estado leva a conhecimento de outro um determinado fato que pode produzir efeitos jurídicos. c) Renúncia: ocorre quando um Estado voluntariamente abandona o seu direito. A manifestação de vontade deve ser inequívoca, pois a mesma não pode ser presumida. d) Reconhecimento: ( é o contrário do protesto) - Ocorre quando um Estado aceita uma determinada situação de fato e a declara como sendo legítima. Profa. Juliana Ribeiro 6 e) Promessa: É o compromisso assumido por um Estado de Ter no futuro certa atitude. Os atos unilaterais podem ser: a) escritos (é o normal); ou, b) oral. (a grande dificuldade nesse caso é a forma de comprovação dos termos em que foram feitos) EXPULSÃO EXTRADIÇÃO DEPORTAÇÃO ASILO POLÍTICO CONCEITO É um modo coativo de retirar o estrangeiro do território nacional por delito ao infração que o tornem inconveniente Ocorrência de delito no país È o ato pelo qual um Estado entrega para um indivíduo , acusado de delito ou já condenado como criminoso, á justiça do outro, é que é competente para julga-lo e puni-lo Ocorrência de delito fora do país Outro modo de devolver o estrangeiro do exterior . Saída compulsória. Não decorre da prática de qualquer delito, mas sim da entrada e saída ilegal do país. Recebimento de estrangeiro em território nacional, a seu pedido. MOTIVAÇÃO Na necessidade de defesa e conservação da ordem interna e das relações internacionais do estado interessado. Tutela constitucional do crime político – o que imuniza o envolvido da extradição Estrangeiro entrar ou permanecer irregularmente no território nacional Punição ou perseguição em seu país de ordem ideológica ou política FUNDAMENTAÇÃO Legislar sobre o assunto – União – art. 22, XV Legislar sobre o assunto – União – art. 22, XV Vedação de extradição à aquele que é acusado de crime político ou de opinião , e de brasileiro naturalizado , salvo em relação a crime comum cometido antes da naturalização ou tráfico de entorpecentes de drogas - art. 5º, LI Art. 4º, X NO BRASIL Cabe ao STF julgar e processar ordinariamente a extradição de Não poderá mais existir o banimento Estrangeiro na condição de asilado ficará sujeiti além dos Profa. Juliana Ribeiro 7 estarngeiro (art. 102, I, g) deveres que lhe são impostos pelo Direito Internacional Não poderá sair do país sem prévia autorização, sob pena de renúncia ao asilo e de impedimento de reingresso nesta condição.