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ARISTÓTELES: JUSTIÇA COMO VIRTUDE
						
2° Semestre Noturno / Turma B
Vanessa Teixeira Reis
Cybelle
Alcione
Guanambi
2013
SUMARIO: 
Introdução; 
Apresentação das Ideias do Autor; 
Perspectiva Critica; 
Conclusão;
Referencias.
INTRODUÇÃO 
Este paper os principais aspectos abordados é a analise da doutrina aristotélica. Ainda que brevemente, discursaremos sobre o filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C.). Aristóteles estuda a Justiça ou noção do justo onde podemos verificar as diversas formas de justiça atribuídas por Aristóteles e tidas como uma virtude. A virtude, segundo Aristóteles, é o uso moderado das razões ou a busca do meio-termo. Em primeira análise da Justiça Aristóteles observa que juntamente com a noção do justo está a noção do injusto, ambos os complementos definidores um do outro. Aquilo que é justo não é injusto, e aquilo que é injusto não é justo.
Falar de Justiça, porem é comprometer-se com outras questões afins, quais sejam, as questões sociais, politicas, retoricas... Por isso, Aristóteles também se lança na analise pontual do problema da justiça, dedicando algumas páginas de seus principais textos a seu tratamento, sem se falar no dialogo de autenticidade duvidosa intitulada Acerca da justiça, que versa sobre o tema. A obra de Aristóteles é vasta, espraiando-se por diversos domínios do saber (ética, poética, politica, física, metafisica, biologia, logica...), e engloba inclusive três trabalhos sobre a ética, mas a pesquisa que ora se enceta restringir-se-á às dimensões assumidas, fazendo-se das fontes citadas os limites de trabalho e levantamento de conceitos e ideias sobre o tema. 
No entanto, não é apenas a natureza ética do livro que faz com que a justiça ganhe imbricações éticas na teoria de Aristóteles. Fato é que o mestre de Liceu tratou a justiça entendendo-a como uma virtude, torna-se o foco das atenções de um ramo do conhecimento humano que se dedica ao estudo do próprio comportamento humano; à ciência pratica intitulada ética, cumpre investigar e definir o que é o justo e o injusto, o que é ser temerário e o que é ser corajoso, o que é ser jactante.
	Dentro da filosofia aristotélica é que se encontra referencias à tripartição das ciências em praticas, poéticas, ou produtivas, e teoréticas. De acordo com essa divisão, dos conhecimentos humanos científicos, a investigação ética não se destina à especulação ou a produção, mas à pratica; o conhecimento ético, o conhecimento do justo e do injusto, do bom e do mau, é a primeira premissa para que a ação boa ou conforme o que é melhor.
Como o homem sem lei é injusto e o cumprimento da lei é justo, evidentemente todos os atos conforme á lei são atos justos em certo sentido, pois os atos prescritos pela arte do legislador são conforme a lei, e dizemos que cada um dele é justo. Nas disposições sobre todos os assuntos às leis visam à vantagem comum, seja a de todos, sem a dos melhores ou daqueles que detém o poder ou algo semelhante, de tal modo que, em certo sentido, chamamos justos os atos que tendem a produzir e a preservar a felicidade e os elementos que a compõem para a sociedade política.
APRESENTAÇÃO DAS IDEIAS DO AUTOR
 
Aristóteles nasceu em 384 a.c em Estagira, cidade grega não distante das fronteiras do reino semibarbaro da Macedônia. Em 367 a.c chegou a Atenas para ingressar, como estudante, na Academia de Platão. Permaneceu, como reza a tradição, durante vinte anos, e essas duas décadas constituem a primeira grande fase de sua carreira intelectual. Esse período terminou com a morte de Platão e a sucessão do sobrinho deste à frente da Academia. Juntamente com Aristóteles, também saiu da Academia Xenócrates.
Aristóteles é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Suas investigações filosóficas deram origem a diversas áreas do conhecimento. Entre outras, podem-se citar a biologia, a zoologia, a física, a história natural, a poética, a psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como a ética, a teoria política, a estética e a metafísica.
Cada uma dessas áreas é discutida minuciosamente pelo filósofo. Suas investigações, muitas vezes de caráter exploratório, não chegavam a conclusões definitivas. De modo geral, Aristóteles fazia uma lista das hipóteses já enunciadas sobre determinado assunto e demonstrava sua inconsistência para, a seguir, buscar respostas que preservassem o melhor das hipóteses analisadas.
As obras de Aristóteles que sobreviveram ao tempo foram obtidas a partir de anotações do próprio autor para suas aulas, de textos didáticos, de anotações dos discípulos, ou ainda de uma mistura de várias fontes. De suas obras destacam-se "Organon", dedicada à lógica formal; "Ética a Nicômaco" (cujo título indica o tema; Nicômaco era também o nome de seu filho); "Poética" e "Política".
Faleceu em 322 a.c em Cálcis, na Eubéia, ilha do mar Egeu.
FRASES E OBRAS DE ARISTÓTELES 
Livros de Aristóteles sobre a LÓGICA
• Categorias.
• Da Interpretação.
• Primeiros Analíticos.
• Segundos Analíticos.
• Tópicos. Refutações Sofísticas. 
Livros de Aristóteles sobre a FÍSICA
• Física.
• Sobre o Céu.
• Sobre a Geração e a Corrupção.
• Meteorológicos. 
Obras de Aristóteles sobre a PSICOLOGIA
• Sobre a Alma.
• Sobre a Sensação (= Parva Naturalia 1).
• Sobre a Memória (= Parva Naturalia 2).
• Sobre o Sono e a Vigília (= Parva Naturalia 3).
• Sobre os Sonhos (= Parva Naturalia 4).
• Sobre a Predição pelos Sonhos (= Parva Naturalia 5).
• Sobre a Longevidade e a Brevidade da Vida (Parva Naturalia 6).
• Sobre a Juventude e a Velhice (= Parva Naturalia 7).
• Sobre a Respiração (=Parva Naturalia 8).
Obras de Aristóteles sobre a BIOLOGIA
• História dos Animais
• Partes dos Animais.
• Movimento dos Animais.
• Progressão dos Animais.
• Geração dos Animais.
Obras de Aristóteles sobre a METAFÍSICA
• Metafísica
Obras de Aristóteles sobre a ÉTICA
• Ética a Nicómaco.
• Grande Moral.
• Ética a Eudemo.
Obras de Aristóteles sobre a POLÍTICA
• Política.
• Os Económicos.
• Constituição dos Atenienses.
Obras de Aristóteles sobre a RETÓRICA E POÉTICA
• Retórica.
• Poética.
ESPÚRIOS
• Sobre o Universo.
• Sobre o Alento (= Parva naturalia 9).
• Sobre as Cores.
• Sobre aquilo que se ouve.
• Fisiognomónicos.
• Sobre as Plantas.
• Sobre os Prodígios Escutados.
• Problemas [Mecânicos]
• Problemas [Físicos]
• Sobre as Linhas Indivisíveis.
• Sobre os Lugares e Nomes dos Ventos.
• Sobre Melisso, Xenófanes e Górgias.
• Virtudes e Vícios.
• Retórica a Alexandre.
OBRAS FRAGMENTÁRIAS
AUTÊNTICOS
• Diálogos e Obras Exortativas.
• Tratados, Monografias, Recolhas e Textos Privados.
ESPÚRIOS E DUVIDOSOS
• Medicina.
• Apologia contra Eurimedonte a propósito da acusação de impiedade.
• Agricultura.
• Mágico.
• Epítome da Arte de Teodectes.
• Sobre a Filosofia de Arquitas.
• Problemas Físicos em 38 (68) (78) livros.
• Sobre as Cheias do Nilo.
APÓCRIFOS LÓGICA, FÍSICA E METAFÍSICA
Divisões [Pseudo-] Aristotélicas.
Problemas Inéditos [de Medicina].
Sobre a Pedra.
Livro das Causas.
Livro da Maçã.
TEOLOGIA
Segredo dos Segredos.
Teologia. 
Principais obras de Aristóteles
• Ética a Nicômano
• Política
• Poética
• Retórica
• Metafísica
• Sobre a alma
• Grande Moral
• Ética a Eudemo
• Física
• Sobre o Céu
PERSPECTIVA CRÍTICA
Aristóteles entende que a Justiça é uma virtude completa, total ou geral, observando que pode ser usado tanto pela própria pessoa em seus assuntos íntimos, quanto nas relações com outras pessoas, portanto, a Justiça é a maior das virtudes porque se aplica nas duas relações possíveis dos homens. “A justiça é a virtude completa no mais próprio e pleno sentido do termo, porque é o exercício atual da virtude completa.”. Por ser a virtude mais completa, se aplicando no intimo e no externo, ela é considerada por Aristóteles a mais difícil de ser aplicada pelo homem, porém a mais nobre e completa.
Estudando a Justiça como uma virtude, Aristóteles entende
que há subdivisões do que é justo ou injusto, sendo considerado apropriado observar cada peculiaridade. Assim, temos a noção do justo particular (dividido em justo distributivo e justo corretivo), justo político (dividido em justo legal e natural) e doméstico. 
A justiça, compreendida em sua categorização genética, é uma virtude, e, como toda virtude, qual a coragem, a temperança, a liberdade, a magnificência, é um justo meio. Não se trata de uma simples aplicação de um raciocínio algébrico para a definição e a localização da virtude, mas da situação desta em meio a dois outros extremos equidistantes com relação à posição mediana, um primeiro por excesso, um segundo por defeito.
Somente a educação ética, ou seja, a criação de hábito do comportamento ético, o que se faz com a prática á conduta diuturna do que é deliberado pela reta razão à esfera das ações humanas, pode construir o comportamento virtuoso. A semântica do termo ética indica o caminho para sua compreensão: ética significa hábito, em grego. Aqui, o importante é a reiteração da prática virtuosa; nesse sentido, ser justo é praticar reiteradamente atos voluntários de justiça. Está-se, destarte, a recorrer, novamente, ao capital valor da educação como bem maior de todo Estado.
Aristóteles está, sobretudo preocupado em demostrar, por suas investigações, que a noção de felicidade é uma noção humana, e, portanto, humanamente realizável. O caminho? A pratica ética. A ciência prática, que cuida da conduta humana, tem esta tarefa de elucidar e tornar realizável, factível, a harmonia do comportamento humano individual e social. O meio de aquisição da virtude é ponto de fundamental importância nesse sentido. De fato, não sendo a virtude nem uma faculdade, nem uma paixão inerente ao homem, encontra-se nesse apenas a capacidade de discernir entre o justo e o injusto, e de optar pela realização de ações conformes a um ou a outro.
Deve-se renovar a ideia de que a virtude, assim com o vicio, adquire-se pelo hábito, reiteração de ações em determinado sentido, com conhecimento de causa e com o acréscimo da vontade deliberada. A própria terminologia das virtudes chamadas éticas deve-se ao termo hábito. Ao homem é inerente a capacidade racional de deliberação, o que lhe permite agir aplicando a razão prática na orientação de sua conduta social. Conhecer em abstrato o conteúdo da virtude não basta como à exaustão já se disse, ao phorónimos, sendo de maior valia a atualização prática e a realização da virtude.
CONCLUSÃO
Aristóteles inaugura uma série de conceitos e de pensamentos com relação ao direito e a justiça.
As contribuições de Aristóteles para o tema da discussão da justiça são inúmeros, visto que sua teoria redimensiona o entendimento do problema, conceituando, classificando, organizando, sistematizando o que anteriormente se discutia sem maior rigor. A justiça aqui é entendida como sendo uma virtude, e, portanto, trata-se de uma aptidão ética humana que apela para a razão pratica, ou seja, para a capacidade humana de eleger comportamentos para a realização de fins. O entendimento da temática da justiça em Aristóteles fica definitivamente grafado como sendo um debate ético; a ciência prática que discerne o bom e o mau, o justo e o injusto se chama ética. Assim, aqui fica claro que a justiça ocorre inter homines, ou seja, trata-se de uma prática humana e social bem delimitada: a justiça é uma virtude. Para que se diga isto se está necessariamente recorrendo à noção de médium terminus. 
Aristóteles distingue suas espécies para melhor compreender o fenômeno em sua integralidade, e de modo a recobrir todas as aparições conceituais possíveis da justiça. É ela exercida de várias formas, em modalidades e circunstâncias desconcertantemente diversas, porem sempre com vista em determinado meio. Onde está guardado meio-termo, proporcional ou aritmético, aí há justiça.
 A noção de justiça aristotélica até hoje influencia diversos magistrados e juristas em suas decisões e escritos. A moderação e a temperança serão os meios pelos quais poderemos atingir as qualidades e virtudes que nos tornam seres humanos virtuosos e livres da injustiça.
REFERENCIAS 
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia Do Direito. Sao Paulo. Editora Atlas, 2010.
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2001.
Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/aristoteles.jhtm (acesso em 30.08.2013).
Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/fundmat/aristoteles.htm (acesso em 04.09.2013).
Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/aristoteles.jhtm (acesso em 04.09.2013).
Disponível em: http://letrasjuridicas.blogspot.com.br/2010/03/justica-segundo-aristoteles.html (acesso em 13.09.2013).

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