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Universidade Federal da Bahia Escola de Medicina Veterinária Departamento de Patologia e Clínicas Disciplina de Toxicologia Veterinária INTOXICAÇÃO POR CHUMBO Danilo Cavalcanti Gomes INTRODUÇÃO HISTÓRICO SATURNISMO OU PLUMBISMO IMPORTÂNCIA FORMAS DO CHUMBO COMPOSTOS INORGÂNICOS: Sulfeto de chumbo forma encontrada na natureza Monóxido, dióxido e tetraóxido de chumbo bateria, tinta Carbonato de chumbo forma encontrada na natureza Sulfato de chumbo baterias COMPOSTOS ORGÂNICOS: Chumbo tetraetila Chumbo tetrametila Aditivo de combustíveis PRINCIPAIS FONTES DE EXPOSIÇÃO ÁGUA E ALIMENTOS CONTAMINADOS BATERIAS MUNIÇÃO DE CAÇA GRAMÍNEAS TINTAS ANTIGAS CHUMBO DE PESCA PESO DE CORTINA, etc. FATORES QUE INFLUEM NA TOXICIDADE Idade Estado de saúde Taxa de ingestão de chumbo Forma do chumbo Vias de introdução Variação individual de sensibilidade TOXICOCINÉTICA ELIMINAÇÃO 90% chumbo não absorvido fezes Leite, glândulas salivares e suor ARMAZENAMENTO Tecido ósseo: (intoxicação crônica) DISTRIBUIÇÃO Órgãos e tecidos (Proteinato de Pb) Eritrócitos = 90% ABSORÇÃO Intestinal (Apenas 10% do PB ingerido é absorvido) BIOTRANSFORMAÇÃO Hepática TOXICODINÂMICA EFEITOS DEGENERATIVOS: SISTEMA HEMATOPOIÉTICO SISTEMA NERVOSO TRATO GASTRINTESTINAL FÍGADO SISTEMA RENAL E OUTROS Succinil CoA + glicina Ala sintetase -ALA ALA elevada no sangue e urina (ALA-U) -ALA-D (inibe) Porfobilinogênio (PBG) Uroporfobilinogênio Coproporfirinogênio Coproporfirina elevada nos eritrócitos e urina Coproporfirinogênio (Copro-U) Descarboxilase-CPG (inibe) Protoporfirinogênio Protoporfirina IX Aumento de protoporfirina livre nos eritrócitos e ligada Heme-sintetase (inibe) ao zinco (PPZ) Heme Hemoglobina Eritrócitos normocíticos Eritrócitos imaturos nucleados e normocrômicos com pontilhados basófilos ( destruição RNA-t) ESQUEMA DA BIOSSÍNTESE DO HEME SÍNTESE NORMAL DO HEME EFEITOS DA TOXICOSE POR CHUMBO Fe+2 Globina MECANISMOS NEUROTÓXICOS Lesões capilares e necrose neuronal do SNC Desmielinização e velocidade de condução reduzida no SNP Competição reversível entre o GABA e ALA devido à similaridade estrutural entre eles, por sítios de ligação nas células nervosas MECANISMOS DE TOXICIDADE GASTRINTESTINAL TOXICIDADE NO FÍGADO Animais de laboratório - chumbo tetraetila - alterações na atividade dos sistemas enzimáticos responsáveis pelos processos de biotransformação, além de estar associado com hepatomas em animais jovens. SISTEMA REPRODUTIVO Efeito teratogênico em animais de laboratório quando da administração de doses elevadas. SINAIS CLÍNICOS BOVINOS Intoxicação aguda: quadro neurológico (90%) – Anorexia – Andar em círculo – Tremores musculares – Ranger de dentes com forte salivação espumosa – Incoordenação: membros arrastados –Hiperestesia ao toque e ruídos –Cegueira –Paralisia bucal com protusão de língua –Convulsões ou depressão Morte Sinais clínicos Intoxicação crônica - Debilidade - Cólicas - Aborto da metade para o fim da gestação - Inibição do crescimento – bezerros - Anemia Sinais clínicos EQÜINOS Dispnéia respiratória (sons estertores) – paralisia do nervo laríngeo-recorrente Paralisia da faringe – regurgitação de alimentos – aspiração Paralisia dos lábios Sinais clínicos Cólica e diarréia Cegueira Pressionamento da cabeça Anorexia Cólica suave a moderada Sinais clínicos CÃES Fase gastrintestinal: anorexia, vômitos, diarréia e cólicas Fase nervosa: apatia, hipersialose, opistótono, cegueira, hiperexcitabilidade, convulsões, ataxia e espasmos musculares Sinais clínicos DIAGNÓSTICO I – HISTÓRICO II – SINAIS CLÍNICOS III – ACHADOS LABORATORIAIS Hematológicos eritrócitos nucleados no sangue Presença de pontilhados basófilos nos eritrócitos (mais proeminente no cão) Radiografia - Abdominal em pequenos animais: partículas radiodensas ou objetos no trato gastrintestinal - Animais jovens: “linhas de chumbo” - ossos longos Análise da urina ALA (ALA-U) Análise dos níveis de chumbo no sangue 0,4 ppm - sinais clínicos Achados de necrópsia Casos agudos: ausência de lesões Casos crônicos: amolecimento do córtex cerebral DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Cães: - Raiva - Outros metais pesados - Cinomose Bovinos: - Raiva - Encefalites - Poliencefalomalácia Praguicidas Organoclorados – Não há cegueira Organofosforados e carbamato Exacerbação das funções do sistema Parassimpático Resposta ao tratamento com atropina auxilia o diagnóstico Toxicose por uréia – Não há postura anormal, cegueira, pressionamento da cabeça ou hipermotilidade compressiva TRATAMENTO Pb + Agentes quelantes complexo solúvel menos tóxico urina Bons resultados: concentração sangüínea 1 ppm. Ca-EDTA – Interromper após 5 dias e avaliar o animal para evitar complicações: toxicose tubular proximal necrosante PENICILAMINE (CUPRIMINE) – Contém grupamentos sulfidrílicos CITRATO DE SÓDIO (solução a 10%) – 50 a 300 mL / IV (bovinos) Tratamento TRATAMENTO DE APOIO Sedação e tranquilização Lavagem gástrica e enemas (cães) Catártico – sulfato de magnésio oral – complexo insolúvel Corticosteróides (dexametasona) e diuréticos Manter o animal quieto, em posição confortável, além de não manipulá-lo excessivamente. Tiamina - Bovinos: 0,5-1g/ dia - Cães: 2 mg/Kg SC/IM 12h Diazepan Intervenção cirúrgica – Rumenotomia (Bovinos) - Pequenos animais: remoção de objetos de chumbo no estômago ou intestino). Tratamento de Apoio