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Vias de Administração de Medicamentos Prof. Ryan Costa ICS, UFBA Salvador, 2012 Vias de administração • Parenteral • Enteral • Inalatória • Tópica Administração Parenteral • Injeções: – vias intravenosa, subcutânea, intramuscular e intra- arterial, intraperitoneal, intracardíaca, epidural; • SC e IM: absorção por difusão simples • Sujeitas a efeito de primeira passagem pulmonar Administração Parenteral Vantagens • Possibilidade de administração a pacientes inconscientes; •Uso de fármaco pouco absorvidos via oral; • Via intravenosa: rapidez de efeito; • Outras vias: podem ser usadas para retardar o início dos efeitos ou para prolongar a ação; • Possibilidade de efeitos locais ou sistêmicos de acordo com o produto/via; • Evitam-se problemas de cooperação do paciente; • Podem ser usadas para correção do equilíbrio eletrolítico e em nutrição. Administração Parenteral Vantagens • Necessidade de pessoal treinado para a administração da medicação; • Necessidade de procedimentos assépticos; • Via dolorosa; • Dificuldade de reverter efeitos; Inconveniente quando há necessidade de doses repetidas. Administração Parenteral Desvantagens Via parenteral • Intradérmica • Subcutânea • Intramuscular • Intravenosa Via intradérmica • Via muito restrita • Pequenos volumes - de 0,1 a 0,5 mililitros • Usada para reações de hipersensibilidade – provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria) – sensibilidade de algumas alergias Via intradérmica • Local mais apropriado: – pobre em pelos – possui pouca pigmentação – possui pouca vascularização – ter fácil acesso para leitura Via intravenosa Vantagens • Exatidão de dose e concentração • Rapidez da ação • Especialmente útil em emergências • Pacientes inconscientes • Pequeno volume • Possibilidade de adm de substâncias irritantes • Não sofre interferência de pH Via intravenosa Desvantagens •Administração lenta e controlada •Impossibilidade de reverter administração •Necessidade de esterilização •Substâncias insolúveis •Custo •Menos segura •Difícil auto-administração Via intravenosa • Indicações – necessidade de ação imediata do medicamento – necessidade de injetar grandes volumes - hidratação – introdução de substâncias irritantes de tecidos Via intravenosa • Tipos de medicamentos injetados na veia – soluções solúveis no sangue • líquidos hiper, iso ou hipotônicos – sais orgânicos – eletrólitos – medicamentos – não oleosos – não deve conter cristais visíveis em suspensão Via Subcutânea • Fármacos não irritantes • Preferência para soluções à suspensões • Absorção em geral lenta • Útil em hormônios, vacinas, etc. Via subcutânea • O medicamento é introduzido na tela subcutânea (tecido subcutâneo ou hipoderme); • Absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura; • Usada para administração de vacinas (anti-rábica), de anticoagulantes (heparina) e insulina; • Locais recomendados: menor inervação local, acesso facilitado, maior capacidade de distensão local do tecido. Via subcutânea • Complicações das injeções subcutâneas – infecções inespecíficas ou abcessos – formação de tecido fibrótico – embolias - por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensão – lesão de nervos – úlceras ou necrose de tecidos – fenômeno de Arthus - formação de nódulos devido injeções repetidas em um mesmo local Via Intramuscular • Absorção relativamente rápida (soluções) • Útil para soluções irritantes e suspensões que não podem ser administrados por via subcutânea • pH do medicamento: entre 5 e 9 • Vacinas, antibióticos, antiinflamatórios, etc. Via intramuscular • Músculo escolhido – deve ser bem desenvolvido – ter facilidade de acesso – não possuir vasos de grande calibre – não ter nervos superficiais no seu trajeto Via Intraperitoneal (ip) • A cavidade peritoneal oferece grande superfície de absorção a partir da qual as substâncias entram rapidamente na circulação. • Parte da droga passa pelo fígado e sofre metabolização antes de atingir a circulação sistêmica. • Comumente utilizada em experimentação animal; • Raramente usada na clínica perigos de infecção 19 Via Retal • Muito útil em caso de intolerância à ingestão (vômitos, quimioterapia) • O fármaco não sofre ação digestiva • Menor efeito de primeira passagem • Boa forma para uso em pediatria e geriatria • Substituição à via parenteral Via Oral • Via mais comum de administração de fármacos • Fatores econômicos, psicológicos, etc. • Absorvidos no trato intestinal, atingindo assim a circulação sistêmica • Vantagens: • facilidade de administração • menos dispendiosa • Contra-indicação • náuseas e vômitos • diarréias Via Oral • Absorção irregular • Pacientes inconscientes • Regurgitação • Ação enzimática • Sofre ação do pH do TGI • Interação com alimentos e outras drogas • Cooperação do paciente • Efeito de Primeira Passagem Desvantagens Via Pulmonar • Gases e fármacos voláteis; • Grande superfície absortiva; • Rápido acesso à circulação • Muito útil para sinergia com a ação local (pneumopatias; crises broncoconstritivas, etc.) • Desvantagens: •irritação local, •dificuldade de administração •Exemplos: – Beta-2 adrenérgicos (asma) – Anestésicos gerais Via Tópica • Pode ser realizada nas mucosas ou na pele íntegra • Em geral, espera-se apenas o efeito local • A absorção via mucosas é maior, enquanto a penetração da pele íntegra é mais difícil; •Ex: Cutânea, ocular, otológica, nasal, vaginal, etc; • Pele: –Três camadas: •Epiderme •Derme •Hipoderme Via Tópica Absorção • Sofre influência das características físico-químicas do fármaco • Pode variar de acordo com o veículo (gel, loção, creme, pomada) • A oclusão facilita a absorção percutânea • A absorção é maior quanto maior a área de aplicação •Uso de agentes farmacotécnicos para facilitar a absorção percutânea • DMSO • Propilenoglicol Via Tópica • Exemplos de fármacos que sofrem absorção tópica: –Glicocorticóides –Hormônios sexuais –Solventes orgânicos –Organofosforados Via Ocular • O efeito desejado é local (em geral, a absorção sistêmica por via ocular é indesejada) •Principais formas farmacêuticas: –Colírios –Pomadas –Cremes –Suspensões •Pode haver absorção sistêmica • Exemplo: –Timolol (anti-2) • Vasodilatação periférica • Broncoconstrição VIAS DE ADMINISTRAÇÃO I- ORAL COMPRIMIDOS DRÁGEAS CÁPSULAS DESINTEGRAÇÃO PÓS DISSOLUÇÃO SOLUÇÕES SUSPENSÕES ABSORÇÃO