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Fontes do Direito Penal “Saber a lei de cor, é coisa de presidiário” - PACHECO PONTES, Daniel “Sciere leges non hoc verba earum tenere, sed vim al potestatem” Conhecer as leis não é saber suas palavras, mas sim, sua força e poder. Conforme nossa Constituição Federal implica, no caráter de seu 22º Artigo, no inciso primeiro, configura que cabe a ela legislar sobre Direito Penal. Entretanto, este artigo e inciso não são absolutos, conforme o parágrafo único do artigo nos coloca: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Leis Lei é uma fonte direta ou imediata, isto é, é imperativa, geral, impessoal e exclusiva. Dizer que a lei é exclusiva significa dizer que ela, e apenas ela, regula o que é crime. Partes integrantes da lei: Preceito Primário é a descrição da conduta que a lei tipifica como crime. Preceito Secundário é a sansão da lei. Costumes “Regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa por modo constante e uniforme e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica”. Os costumes são uniformes, constantes, públicos e gerais. Muito embora os costumes não criem, tampouco revogam leis (uma lei só pode ser revogada por outra lei), eles são de suma importância para a interpretação das leis. Dos três tipos de costumes só o praeter legem e o segundum legem têm validade para o Direito Penal, pois “agem na intimidade da norma para que seu sentido se ajuste às concepções sociais e dominantes”. O costume só pode dar lugar à criação de norma penal não incriminadora, favorável ao réu, e só tem caráter subsidiário ou complementar à lei. Princípios Gerais Ex: Princípio da Dignidade Humana. Dignidade Humana é poder guiar sua vida da maneira que bem entender. O único limite é a Lei. Doutrinas Doutrinas são os estudos jurídico-científicos que têm por finalidade analisar e sistematizar as normas jurídicas, elaborando conceitos, interpretando leis, emitindo juízos de valor a respeito do conteúdo das disposições legais e apontando sugestões de reforma do Direito Vigente. É através da Doutrina que o Direito se renova, se atualiza. A doutrina aparece como um verdadeiro guia do legislador. Jurisprudência “A Jurisprudência vem a ser a relação mediata do Direito que se ‘...processa através do exercício da jurisdição em virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais’. Ao contrário da norma legal, de caráter genérico e abstrato, a norma jurisprudencial é individual, adaptada aos ditames do caso concreto” (Curso de Direito Penal Brasileiro – Volume 1, PRADO, L.R., p. 199). Sob esta ótica, podemos dizer que os juízes recriam o direito caso a caso, pegando a norma geral e aplicando uma norma especial, na justiça do caso concreto. Todavia, nos sistemas romano-germânicos, de leis escritas, a jurisprudência não tem caráter vinculante, obrigatório, de modo que não podemos atribuir à ela a condição de fonte criadora de Direito, similar à lei. A jurisprudência não vincula, não obriga, mas é um guia, que tem um grande peso nas decisões dos magistrados.