Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Capítulo 16 Equilíbrio em Sistemas Não- Ideais Profª Daniela Martins Fernandes de Oliveira Universidade estadual de Maringá Departamento de Química O Conceito de Atividade e Fugacidade Os sistemas estudados nos capítulos anteriores, se restringiram a Sistemas Ideais. Porém, muitos dos sistemas descritos no Cap. 15 não são ideais. Como trataremos matematicamente tais sistemas? Esses sistemas podem ser estudados utilizando os conceitos de fugacidade (f) e atividade (a). Nosso objetivo agora é modificar as equações anteriores, levando em conta os desvios do comportamento ideal. Assim como o potencial químico de um componente em uma mistura ideal é função de T, P e da composição da mistura, a atividade de uma espécie i em uma mistura é dada por: ai = f (T, pi, xi) assim como a fugacidade da espécie é dada por: : fi = f (T, pi, xi) O Conceito de Atividade e Fugacidade A fugacidade é uma medida do potencial químico de um gás em uma mistura levando em conta os desvios do comportamento do gás com relação ao ideal, enquanto que a atividade é uma medida do potencial químico de uma substância em solução, considerando os desvios da idealidade. P/ misturas gasosas: iTii fRT lnº )( onde fi = f(T, P, composição) P/ misturas líquidas ou sólidas: iTii aRT lnº )( onde ai = f(T, P, composição) A Atividade do Solvente O potencial químico de um solvente em uma solução ideal é dado por: ATA id A xRT lnº )( Em uma solução não ideal, expressamos o potencial químico do solvente por: ATAA aRT lnº )( (2) Na atividade estão contidos os desvios da idealidade Comparando as duas equações, se xA → 1, o sistema tende a ser constituído do solvente A puro, então: A = Aº. Para isso, ln aA = 0 e aA =1. Podemos dizer então que: xA → 1 aA = 1; aA → xA e A = Aº. A atividade do solvente tende p/ sua fração molar quanto mais próxima de 1 estiver sua concentração, ou seja, quanto mais diluída for a solução. (1) A Atividade do Solvente Subtraindo a eq. (1) da eq. (2), temos: ATA id A xRT lnº )( ATAA aRT lnº )( (2) Podemos definir o coeficiente de atividade da espécie A (A) que é dado por: (1) A Aid AA AA id AA x aRT xRTaRT ln lnln (3) A A A x a (4) Vemos que se aA=xA, então, A = 1, ou seja: A → 1se xA → 1 Substituindo (4) em (3), esta pode ser escrita como: A Atividade do Solvente Essa equação mostra que o termo lnA e uma medida da extensão do afastamento da idealidade. A id AA RT ln (5) AAA xa Sendo: Podemos reescrever a equação (2) : Se xA → 1 (A puro), então, A = 1 A = Aid e A = 1 (xA = aA) Se a solução for bastante diluída, a atividade do solvente será igual a sua fração molar (xA = aA), o coeficiente de atividade será igual a unidade (A = 1 ) e o potencial químico desse solvente na solução será igual ao potencial químico do solvente na solução ideal (A = Aid ). ATAA aRT lnº )( AATAA RTxRT id A lnlnº )( O estado padrão do solvente (A º) corresponde ao potencial químico do solvente liq. puro a 1 bar de pressão. Atividades Racionais p/ Substâncias Voláteis A atividade dos constituintes voláteis das misturas líquidas pode ser determinada com facilidade mediante a medida da pressão parcial deste componente na fase vapor em equilíbrio com a fase líquida. Como no equilíbrio os potenciais químicos de cada constituinte devem ser iguais nas duas fases (liq e vapor), temos que: vapor A solução A Considerando o vapor ideal, sendo pA a pressão parcial de A, podemos escrever: P/ o líquido puro: subst. na eq. anterior: AgasAAliqA pRTaRT lnººlnº ºlnºº AgasAliqA pRT AgasAAAgasA pRTaRTpRT lnºlnºlnº Atividades Racionais p/ Substâncias Voláteis AgasAAAgasA pRTaRTpRT lnºlnºlnº AAA AAA pRTapRT pRTaRTpRT ln)lnº(ln lnlnºln º ºlnlnln A A A AAA p pa ppa (6) Expressão análoga à lei de Raoult, válida para soluções não ideais. (Na lei de Raoult, no lugar de atividade tinhamos fração molar). A medida de pA sobre a solução e o conhecimento de pAº nos permite calcular a atividade de A (aA). A partir de medidas em várias concentrações (xA), podemos construir um gráfico da variação da aA em função de xA. Semelhantemente os coef de atividade podem ser determinados e plotados em função de xA. A A A x a Atividades Racionais p/ Substâncias Voláteis As Figuras abaixo mostram gráficos da aA e A em função de xA para misturas binárias que apresentam desvios positivos e negativos da lei de Raoult. Se as soluções fossem ideiais, aA = xA e A = 1 para todos os valores de xA. Interpretar corretamente os gráficos acima! Atividades Racionais p/ Substâncias Voláteis Dependendo do sistema, o coeficiente de atividade de um componente (i) pode ser maior ou menor que a unidade. Em sistemas que apresentam desvios + da idealidade, o coef de atividade, e portanto, a tendência de escape, é maior que em uma solução ideal (i 1) . Em uma solução com desvio negativo, a substância possui tendência de escape inferior a uma solução ideal de mesma concentração (i 1). A Atividade do Soluto Devemos ter em mente ao definirmos os coeficientes de atividade e estados padrões do soluto que eles tendem para o comportamento ideal em soluções diluídas (Lei de Henry), ou seja, quando xB → 0 e não quando xB → 1 . (a) Soluções Diluídas Ideais Um soluto B que segue a lei de Henry tem a pressão de vapor dada por: BBB xKp O potencial químico do soluto B pode ser escrito como: * ln* B B BB p pRT (7) Substituindo a expressão da lei de Henry na eq. 7 : A Atividade do Soluto Sendo os termos: B*, KB e pB* característicos do soluto puro, podemos definir um novo estado padrão p/ o potencial químico: * ln*º B B BB p KRT (8) Substituindo a expressão (8) na (7.1): B puroBsoluto doticascaracterís B B B B BB B id B xRTp K RT p xKRT ln * ln* * ln* (7.1) BB id B xRT lnº (9) Se a solução é ideal, pB*=KB e B* = Bº A Atividade do Soluto (b) Solutos Reais Consideremos o afastamento do comportamento ideal em solução diluída, isto é, o afastamento do comportamento da lei de Henry. P/ soluções reais, o potencial químico do soluto é dado por: BBB aRT lnº (10) O estado padrão não se altera e todos os desvios da idealidade estão contidos na atividade. O valor da atividade em qualquer concentração pode ser obtido da mesma forma que no caso do solvente: B B B K pa (11) A Atividade do Soluto O afastamento da idealidade pode ser feito pela introdução do coeficiente de atividade, B: B Bid BB BB id BB x aRT xRTaRT ln lnln Sendo aB/xB = B(12) B id BB RT ln (13) Quando xB → 0 comportamento ideal (Lei de Henry) B → Bid e aB → xB ; aB → 0 e B → 1 A Atividade do Soluto (c) Atividade do Soluto em Termos de Molalidade No caso de solutos, é comum representar suas concentrações em termos de molalidade (b), no lugar de frações molares. Podemos então escrever o potencial químico do soluto em termos de molalidade. BBB bRT lnº (14) Estado padrão diferente do anterior, pois bº = 1 mol/Kg Quando b → 0, B → - , isto é, quando a solução torna-se muito diluída, a estabilização do soluto vai aumentando e a consequência prática é a grande dificuldade de se remover os últimos traços de soluto da solução. Como no caso anterior, incorporamos os desvios da idealidade a esta equação, introduzindo os termos aB e B. Kgmol B B BB b ba /1 º Onde: B→1 quando bB →0 A Atividade do Soluto (c) Atividade do Soluto em Termos de Molalidade Como todos os desvios estão contidos no B, chegamos a seguinte expressão p/ o potencial químico de um soluto em uma solução real em qualquer molalidade: B id BB BBBB BBB RT RTbRT aRT idB ln lnlnº lnº (15) Estados Padrão Componente Base Estado Padrão Atividade Limites Sólido ou Líquido --------------- Puro a=1 ------------------- Solvente Lei de Raoult Solvente Puro aA= pA/pAº aA= A. xA A→ 1 quando xA→ 1 Soluto Lei de Henry (1) Estado hipotético soluto puro (2) Estado hipotético soluto c/ molalidade unitária bº= 1 mol/Kg aB= pB/KB aB= B. xB aB= B. bB/bBº B→ 1 quando xB→ 0 B→ 1 quando bB→ 0 Exercícios 1. A partir dos doados abaixo, calcule a atividade e o coeficiente de atividade do clorofórmio em acetona à 25ºC. Admita inicialmente que o clorofórmio seja o solvente e depois que ele seja o soluto. xc 0 0,20 0,40 0,60 0,80 1 Pc/kPa 0 4,7 11 18,9 26,7 36,4 pA/kPa 46,3 33,3 23,3 12,3 4,9 0 pAº = 46,3 kPa (acetona) pcº = 36,4 kPa (clorofórmio)Kc = 22,0 kPa 2. Calcule as atividades e os coeficientes de atividade da acetona no clorofórmio, considerando a acetona solvente e depois soluto. Ka= 23,3 kPa Atividades e Equilíbrio aA + bB ↔ cC + dD Se uma reação química toma o lugar de uma solução não ideal, devemos usar a eq. de equilíbrio da reação: aKRTG lnº (16) b B a A d D c c a aa aaK (17) Onde Gº é a variação da energia de Gibbs padrão e Ka é o quociente dos produtos e reagentes no equilíbrio Considerando a atividade como: a = . b Kb b B a A d D c c K b B a A d D c c b BB a AA d DD c cc a bb bb bb bbK )()( )()( onde K e Kb são quocientes das atividades e molalidades, respectivamente ba KKK (18) Numa solução diluída ideal, todos os →1;assim onde K → 1 Ka → Kb. Na prática, trataremos Kb como independente da composição para facilitar a discussão * Normalmente a cte de equilíbrio é expressa em termos da molaridade (concentração molar) Atividades em Soluções Eletrolíticas A definição de atividades torna-se mais importante no caso das soluções eletrolíticas devido às fortes interações entre os íons. Tais soluções apresentam desvios da idealidade mesmo em concentrações muito baixas. A determinação das atividades e coeficientes de atividades possui uma importância maior para soluções de eletrólitos fortes. sss aRT lnº Atividade do Sal: (19) º está associado a as = 1. Considerando que a grandeza s seja uma soma aditiva dos potenciais químicos dos cátions e ânions; sendo para cada um desses, a relação seja: iii aRT lnº aRT aRT lnº lnº Potencial químico dos cátions e ânions Atividades em Soluções Eletrolíticas Considerando a neutralidade elétrica da solução, ou seja, se as cargas + e – estão em equilíbrio: zz AMAM Cada mol de eletrólito se dissocia em + íons positivos e - íons negativos Assim, o potencial químico do sal estará relacionado aos potenciais dos cátions e ânions por meio da seguinte correlação: s ººº s A condição de neutralidade também se verifica na condição padrão: (20) (21) Substituindo as eq. (20) e (21), na eq. (19), temos: saRT ss lnºº º Atividades em Soluções Eletrolíticas Introduzindo os valores de + e +, obtemos: Para descrever as propriedades das soluções de eletrólitos, é necessário introduzir a definição de atividade iônica média, a. aaa aRTaRTaRT aRTaRTaRT s s s lnlnln lnººlnºlnº (22) aaaa s (23) Onde =+ + - ou aas (24) Comparando as equações (23) e (24): aaa (25) A atividade iônica média é a média geométrica das atividades iônicas individuais Atividades em Soluções Eletrolíticas É possível definir uma expressão para potencial químico em termos da atividade iônica média: bba bba bba )( aRT lnº (26) A atividade se exprime na forma do produto da concentração (molalidade, b) do íon pelo coeficiente de atividade. Assim, define-se: (27) (28) (29) A partir das relações: (30) e bbb (31) lnln)ln(º RTbRTRTss (32) Na eq. (32), o 2º termo da direita é uma constante avaliada a partir da fórmula química do eletrólito; o 3º termo depende da molalidade e o 4º termo pode ser obtido a partir de qualquer propriedade coligativa da solução. Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas O soluto na solução diluída de não eletrólitos é descrito por: bRT lnº (33) Essa eq. é verificada p/ a maioria de não eletrólitos até 0,1 mol/Kg Essa eq. não se aplica a soluções eletrolíticas, pois estas exibem desvios mesmo a concentrações de 0,001 mol/Kg. O potencial químico de um eletrólito em solução diluída, deve ser descrito por: O termo: RT ln representa a energia de Gibbs extra que é resultado da interação das cargas elétricas dos íons. Nosso objetivo é determinar a contribuição elétrica à energia de Gibbs. lnlnº RTbRT Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas A intensidade e o longo alcance das interações Coulombianas entre os íons de cargas opostas, significa que esta interação é a principal responsável pelos afastamentos das soluções iônicas da idealidade e domina sobre todas as outras contribuições para o comportamento não ideal. Essa é a base da teoria de Debye-Huckel das soluções iônicas, formulada em 1923 por Peter Debye e Eric Huckel. Veremos uma descrição qualitativa da teoria e suas principais conclusões. Íon central Atmosfera iônica Modelo: Íons de cargas opostas se atraem mutuamente, assim, nas soluções é mais provável que se encontre ânions nas vizinhanças de cátions e vice-versa. A solução iônica é eletricamente neutra, mas, na vizinhança de um íon há sempre um excesso de contra-íons. Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas A nuvem de contra-íons move-se ao redor do íon central com simetria esférica e estes íons tem uma carga total líquida igual a do íon central, mas, de sinal oposto, recebendo o nome de atmosfera iônica. O caráter da distribuição dos íons da atmosfera iônica ao redor do íon central é condicionado pelo campo do íon central. A energia e portanto, o potencial químico de qualquer íon central diminui devido à interação eletrostática do íon com sua atmosfera iônica. A probabilidade de se encontrar um íon de carga oposta será maior quanto mais próximo estiver da carga central. Essa probabilidade diminui com a distância em relação ao íon central e pelo movimento térmico dos íons. Num lapso de tempo, a densidade () formada pelos íons da atmosfera iônica diminui à medida que a “nuvem” se afasta do íon central. Modelo: Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas Esse modelo leva a uma expressão em que o coeficiente de atividade iônica médio pode ser calculado em concentrações muito reduzidas. Essa expressão é chamada de Lei Limite de Debye-Huckel, onde: Modelo: 2 1 .log AIzz (34) onde: A=0,509 p/ soluções aquosas a 25ºC I é a força iônica, uma grandeza adimensional da solução )º/( 2 1 2 bbzI i ii (35) onde: zi é a carga do íon (+ p/ cátion e – p/ ânion) bi é a molalidade do íon i estende-se a todos os íons presentes na solução I = f(ci; zi) * A Força Iônica (I) mede a intensidade do campo gerado pelo íon na solução. Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas A força iônica acentua a carga dos íons; pois o nº de cargas aparece elevado ao quadrado na equação. As soluções que possuem 2 tipos de íons com molalidades b§ e b-: º/)( 2 1 22 bzbzbI Exercícios empregando a Lei Limite de Debye-Huckel.... “Lei Limite” Aplica-se a eletrólitos 1:1 (válida para b 0,01 mol/Kg) A Fig ilustra a representação experimental da Lei de Debye-Huckel (eq. 34). P/ I 0 dados experimentais se assemelham aos teóricos. A eq. se ajusta melhor a eletrólitos 1:1. (36) Log Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas Por que o modelo só é válido para soluções diluídas???? Modelo: • Suposição de que a carga dos íons na atmosfera seja difusa • Desconsidera a variação na constante dielétrica do solvente • Considera-se os íons como pontos matemáticos • Considera-se apenas interação íon-íon Teoria de Debye-Huckel sobre a Estrutura das Soluções Diluídas Iônicas Foram deduzidas equações mais precisas que estendem a teoria de Debye-Huckel p/ concentrações ligeiramente maiores. P/ uma 2ª aproximação considera-se as dimensões dos próprios íons; O parâmetro aB empírico, mede a distância de aprox máxima dos ions. Uma 2ª aproximação permite ampliar a concentração para 0,1 mol/Kg, porém, o modelo falha para elevadas forças iônicas.2 1 2 1 1 . log aBI AIzz 1- 1ª aproximação 2- 2ª aproximação 3- 3ª aproximação Vemos que em I, o diminui devido à atração entre os íons, o que é dominante em soluções diluídas. Ao a concentração começa-se a destruir as etapas de solvatação iniciando-se as interações íon-dipolo, levando a repulsão A consideração das dimensões dos próprios íons equivale a ter em vista as forças repulsivas que impedem a aproximação a uma distância menor que “aB”. (37) Equilíbrio em Soluções Iônicas A partir da Lei Limite de Debye-Huckel encontramos um valor negativo para Log, o que confirma que a interação entre os íons diminui a energia de Gibbs de um íon numa solução eletrolítica. Lei Limite de Debye-Huckel: log 0 1 o íon é mais estável em solução do que se não estivesse carregado. Podemos examinar as consequências desta estabilidade extra na ionização de um ácido fraco (HA). Consideremos o equilíbrio de dissociação de um ácido fraco (HA): HA ↔ H+ + A- HA AH a a aaK HHH ba AAA ba HAHAHA ba HA AH HA AH a b bbK Porém, = + + - - Substituindo na equação de Ka................ Equilíbrio em Soluções Iônicas HA AH HA a b bbK 2 Se a molalidade total do ácido for b e o grau de ionização : bbH bbA bbHA )1( )1()1( 22222 HAHA a b b bK Se a solução for diluída: HA→ 1 e se Ka for pequena, 1, portanto: 1 22 bKa 2 2 b Ka 12 1 b Ka (38) Se as interações iônicas forem desprezadas, = 1 e a eq. (38) torna-se: 2 1 0 b Ka (39) Onde 0 é o grau de dissociação do ácido na ausência de interações iônicas Equilíbrio em Soluções Iônicas Assim, pode ser calculado a partir da seguinte equação: 0 (40) A estabilização dos íons pela presença de outros íons desloca o equilíbrio no sentido de formar mais íons; portanto, o grau de dissociação aumenta. Considerando agora o equilíbrio de dissociação de sais pouco solúveis, Ex: AgCl (s) ↔ Ag+ + Cl- O produto de solubilidade é: ClClAgAgClAg bbaaKps . Se s for a solubilidade do sal em mol/Kg de água, s = bAg+= bCl- 22 sKps 2 2 Kpss 121Kpss (41) Equilíbrio em Soluções Iônicas Considerando agora o equilíbrio de dissociação de sais pouco solúveis, Ex: AgCl (s) ↔ Ag+ (aq) + Cl- (aq) O produto de solubilidade é: ClClAgAgClAg bbaaKps . Se s for a solubilidade do sal em mol/Kg de água, s = bAg+= bCl- 22 sKps 2 2 Kpss 121Kpss (41) Equilíbrio em Soluções Iônicas 121Kpss (41) Desprezando-se as interações, = 1 e . Assim, a eq. (41) torna- se: 2 1 0 Kpss 0ss (42) A eq. (42) mostra que a solubilidade do sal aumenta com as interações iônicas * Na prática, sabemos que é possível aumentar a solubilidade de um sal pouco solúvel como o BaSO4 pela adição de um eletrólito inerte e muito solúvel, como o KNO3.