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Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO CAFEEIRO GERMANO LEÃO DEMOLIN LEITE VERÔNICA ALVES MOTA Olá amigos, hoje nós vamos falar de uma das mais importantes culturas do Brasil, o café. Após a decadência da cana de açúcar no Nordeste e de ouro em Minas, o café passou a ser a nossa principal pauta de exportação. Infelizmente, nesse período a mão de obra era escrava. Os negros viam em porões de navios da África, no qual muitos morriam na travessia dos mares. Fazendo a riqueza dos Barões do Café em detrimento de suas liberdades. Amigos, o Brasil foi o último país a acabar com esta vergonha no Mundo, em 1888. Pessoal, iniciou então uma nova fase na produção do café no nosso país, com mão de obra livre. Para tanto, para tocar as fazendas agora fazias de mão de obra, já que boa parte dos ex- escravos não queriam mais trabalhar com os seus antigos donos, foi necessário trazer trabalhadores de outros países. Como a Europa passava por muitas dificuldades no fim do século 19 e início do século XX, vieram para cá muitos imigrantes, destacando os italianos. Mantendo o café como principal produto exportado brasileiro. Embarque de café no início do século XX no porto de Santos Amigos, também vieram para cá os japoneses, principalmente para o Estado de São Paulo, para trabalhar em lavouras de café, no início do século XX. Navio trazendo japoneses para trabalhar com café Trabalhadores japoneses em lavoura de café A produção cafeeira no Brasil passou por algumas crises, como a queda da bolsa em 1929. Mas sempre com persistência e com novas tecnologias, o Brasil continua sendo um dos principais países produtores de café do Mundo. Amigos, novamente nós estamos passando por uma transformação tecnológica, o café orgânico, no qual não se usa insumos e defensivos químicos. Para tanto, para nos mantermos a nossa produção e exportação, nós temos que adequar a essa nova realidade. Dentre os estados brasileiros, Minas Gerais se destaca como o maior produtor de café arábico e o Espírito Santo de café conilon. Entretanto, amigos, a cultura do café é atacado por várias pragas, tema principal da nossa aula de hoje. Nós vamos começar falando sobre o bicho mineiro do cafeeiro. O bicho mineiro é uma pequena lagarta branca, que esconde dentro das minas por elas confeccionadas. Está lesão gera outros problemas para as plantas, pois reduz a quantidade de folhas, e consequentemente, a produção. A pupa do bicho mineiro é de fácil identificação, pois se encontra na saia do cafeeiro, na parte inferior das folhas, como uma teia em forma de “X”. Amigos, uma outra praga importante no cafeeiro é a broca do café. No início do século passado foi um problema extremamente sério na nossa cafeicultura. Existindo até cartilhas com pequenas estórias para explicar como controlar a broca do café. Sendo necessário expurgo de sacarias para se evitar essa praga Nos dias atuais, continua a broca do café sendo problema, mas não tanto como antigamente devido ao manejo correto da cultura. Os adultos são besourinhos escuros e brilhantes, corpo cilíndrico recurvado para baixo. O macho não voa, vivendo no interior dos grãos. A fêmea da broca coloca os seus ovos no interior do fruto do café, penetrando na região da coroa do fruto. Amigos, as larvas da broca do café são esbranquiçadas causando perfurações no interior das sementes do café. Amigos, o ataque da broca do café ocasiona quedas dos frutos, perda de peso, apodrecimento devido à entrada de fungos, perda na classificação por tipo e bebida. Amigos, uma outra praga do cafeeiro são as cigarras. Pessoal, os ovos da cigarra são colocados na casca dos ramos do café, próximo da região do coleto da planta, ou seja, próximo ao solo. Os seus filhotes vão para o solo e ficam nas raízes sugando a seiva da planta. Com isso as folhas ficam amarelas e ocorre queda precoce de ramos com permanência de folhas só no alto da copa. Colegas ocorrem queda precoce também de flores e frutos. As extremidades dos ramos secam, causando diminuição na produção. Estes sintomas são marcantes no período seco, sendo que quase não se manifestam nas chuvas. Fazendo com o enxadão pequenas covas no solo, junto às raízes grossas, pode-se verificar a presença de ninfas de vários tamanhos, de coloração clara, muitas delas “agarradas” às raízes, sendo comum observar mais de 300 ninfas por planta, em alguns casos mais de 1000. As de espécies maiores causam danos sensíveis a partir de 20-30 ninfas por planta e a das menores a partir de 60 a 80 por cova. Amigos, uma outra praga que ataca as raízes das plantas de café é a bicheira das raízes. As formas jovens da mosca da bicheira das raízes causam pequenas feridas negras logo abaixo da casca, ocorrendo rápido enfraquecimento das plantas, comprometendo a produção de café. Amigos, as cochonilhas também podem atacar as plantas de café. Nós temos a cochonilha verde, que tem 5 mm de tamanho, formato oval e ataca ramos novos e folhas. Cochonilha e fumagina Amigos, outra cochonilha é a cochonilha parda. Ela mede 3,5 mm de comprimento, tem formato circular com corpo em relevo, atacando ramos e folhas. Foto: R.J. Gill A cochonilha branca tem o corpo recoberto por uma secreção branca, pulverulenta, com apêndices laterais, atacando ramos, folhas e frutos do cafeeiro. Já a cochonilha das raízes é semelhante a cochonilha branca, mas atacando as raízes do cafeeiro. A cochonilha farinha ocorre, em geral, no tronco. Dando um aspecto de farinha grudada no tronco do cafeeiro. Amigos, a cochonilha de placa é conhecida por apresentar placas, simetricamente disposta sobre o corpo, constituindo, na parte posterior um saco, semelhante a uma cauda. O corpo dessa cochonilha tem 2 mm de comprimento e de largura. Ela ataca ramos, folhas e até frutos. Amigos, essas cochonilhas, bem como outras que podem atacar as plantas de café sugam a seiva da planta, enfraquecendo-as. Além disso, com a liberação de substancias açucaradas pelas cochonilhas favorece o surgimento de fumagina, que reduz a capacidade da planta em fazer fotossíntese, o que compromete a produção. Amigos, nós últimos anos os ácaros tem ocasionado problemas nas plantas de café devido ao uso indiscriminado de inseticidas piretróides e a proximidade de lavouras de plantas cítricas. Um dos ácaros que ataca o cafeeiro é o ácaro vermelho. Amigos, o ácaro vermelho tem manchas negras e forma teia. Ele ocasiona o bronzeamento e queda das folhas. Um outro ácaro que ataca o café é o ácaro branco. Esse ácaro ataca outras diversas culturas. Eles não são visíveis a olho nu e não formam teias. Pessoal, o ácaro branco ataca as folhas do ponteiro, tornando-as amareladas. Sintoma do ataque de ácaro branco Podendo até mesmo deformar as folhas. Sintoma de ataque do ácaro branco Amigos, o último ácaro que nós vamos falar é o mesmo que é uma praga muito importante em citros, nós estamos falando do ácaro da leprose. Amigos, os sintomas são os mesmos que ocorrem nas plantas de laranja, pois este ácaro transmite um vírus para as plantas de café, como fazem em plantas cítricas. As folhas ficam com manchas verde amarelada, com o centro claro circundado por anéis concêntricos, ocasionando a queda das folhas. O ácaro da leprose também ataca os frutos, ocasionando a queda de frutos de café. Os frutos ficam com lesões salientes circulares, sendo mais visível nos frutos maduros, como ocorre em citros também. Amigos, nós vamos falar do último grupo de pragas do cafeeiro, as cigarrinhas. Pessoal, as cigarrinhas passaram a ser problema nos últimos anos, principalmente em regiões próximas às que produzem laranja. Isso se deve ao fato dessas cigarrinhas transmitirem uma bactéria às plantas de café, conhecida como a clorose variegada dos citros ou CVC. Os sintomas da clorose variegada dos citros em plantas de café são muito parecidas com os que ocorrem em pomares de laranja. Amigos, ocorre seca irregular dos ramos, com folhas pequenas e amareladas, com queda das folhas mais velhas. Amigos, os entrenós dos ramos ficam mais curtos e os frutos ficam menores ou mesmo ausentes. Ocorre baixo florescimento ou não pegamento das flores, ocorrendo definhamento total da planta de café, como na figura H. Fonte: Queiroz-Voltan et al. Bragantia 2005. Pessoal, vocês irão aprender agora como fazer a amostragem das pragas do cafeeiro, o que reduz o número de pulverizações, reduzindo os custos de produção. Primeiro nós vamos dividir os talhões em 2 mil plantas. Em cada talhão nós vamos avaliar as pragas presentes em 20 plantas. As plantas serão escolhidas ao acaso, caminhando em zique zaque pelo talhão toda semana. Amigos, no caso do bicho mineiro, nós vamos avaliar em cada uma das 20 plantas por talhão 5 folhas. As 5 folhas coletadas por planta deve ser retirado do terço médio da copa do café, no quarto par de folhas a partir das extremidades do ramo. Ou seja amigos, em cada talhão nós vamos avaliar 100 folhas. A amostragem do bicho mineiro deve ser feita de junho a outubro, período de seca na boa parte das regiões produtoras de café. Se nós encontrarmos 30 ou mais folhas minadas das 100 folhas avaliadas nós temos que fazer o controle. Contudo, amigos, se 60% destas 30 ou mais folhas minadas tiverem com as minas rasgadas, ou seja, 18 ou mais folhas minadas com as minas rasgadas, não precisamos fazer o controle, pois está ocorrendo o controle biológico natural por vespas predadoras. Isso quer dizer que apesar da folha estar minada não existe mais lagarta, pois as vespas as comeram. Portanto, se a gente pulverizar, além de estar jogando dinheiro fora, nós podemos ocasionar um desequilíbrio ecológico fazendo com que ocorra surto de bicho mineiro na lavoura. Vespa predadora Amigos, a amostragem para a broca do café é feito durante a fase de chumbinho até quase o amadurecimento, que equivale a outubro a dezembro, período que a fêmea procura novos grãos para ovipositar. Os frutos devem ser coletados no meio do pé do café, que é um local de grande infestação, devem ser coletados 100 frutos, 25 frutos de cada lado da copa de um pé de café, de 50 plantas de café por talhão semanalmente. Devem-se contar os frutos sadios e os broqueados. Se nós tivermos 5% dos frutos broqueados pela broca, deve ser feito o controle. Ou seja amigos, dos 5 mil frutos coletados a cada 2 mil plantas do talhão, se encontrarmos 250 frutos broqueados, nós entramos com o controle. Pessoal, agora nós vamos falar sobre a amostragem da cigarra e da bicheira das raízes do cafeeiro. A amostragem deve ser feita de outubro a dezembro, no período das águas, pois o controle é mais eficiente sobre os seus filhotes. Nós vamos fazer trincheiras de um só lado da planta, abrangendo o sistema radicular, contando o número de filhotes da cigarra ou da bicheira da raiz. Logo após de contado nós devemos multiplicar o número de filhotes por 2, para obtermos o número de filhotes por cova. O controle deve ser feito assim que tiver 34 ninfas/cova. A amostragem será realizada aonde nós tivermos sintomas de ataque por essas pragas, ou seja, folhas do ponteiro murchas ou já amareladas. O controle também será em reboleira, ou seja, essas pragas atacam plantas uma perto das outras, não precisa de colocar inseticida em todas as plantas do talhão. No caso das cochonilhas, podemos marcar os focos de ataque, pulverizando somente as plantas atacadas e as vizinhas. Outro detalhe importante para as cochonilhas é que se tiver mais predadores do que cochonilhas, não precisa efetuar o ataque, mesmo que a praga tenha atingido o controle, pois os predadores estão controlando as cochonilhas, mais a frente vamos mostrar diversos inimigos naturais, os nossos aliados contra as diversas pragas dos citros. Para a avaliação dos ácaros pragas no talhão, nós vamos avaliar a presença deles nas folhas e os sintomas que a folha apresenta com o ataque. Para a contagem de ácaros, nós vamos utilizar uma lupa de bolso. Amigos, enrugamento, teia nas folhas e presença de anéis claros, todos estes sintomas ajudam a identificar o ácaro. Amigos, nós também vamos avaliar os ácaros predadores presentes nas folhas com a lupa de bolso. Amigos, nós devemos controlar os ácaros pragas quando 5% das folhas estiverem com pelo menos um ácaro praga. Por outro lado, se a gente observar um predador em mais de 50% das nossas amostras, não precisa fazer o controle químico, pois os predadores estão controlando os ácaros pragas. Ácaro predador Para amostrar as cigarrinhas, devemos olhar 100 brotações a cada 2 mil plantas de café. A amostragem das cigarrinhas da CVC pode ser visual, com puçá ou com armadilha pegajosa, como é feito em lavouras de plantas cítricas. Puçá Armadilha amarela Se 2 plantas destas amostradas estiverem com presença de cigarrinha, nós devemos controlar. Amigos, agora nós vamos falar de algumas práticas que devem ser adotadas em conjunto para reduzir o número de pragas e conseqüentemente o número de pulverizações com inseticidas. Nós devemos usar o espaçamento adequado para a variedade de café e para a região. Em geral, maior espaçamento maior problema com o bicho mineiro e menor espaçamento maior problema com a broca do café. Amigos, nós devemos evitar uso excessivo de adubo, pois favorece o ataque de pragas. Adubado com casca de café, humus e pó de rochas minerais. O ideal é usar adubo orgânico com casca de café, húmus e pó de rochas minerais. Adubo orgânico Nós devemos adquirir mudas sadias de café e de alto padrão genético para melhor produção. As mudas devem ser produzidas em viveiros telados, pois assim evita diversas pragas, principalmente o ataque de cigarrinhas que leva ao aparecimento da CVC. Viveiro não ideal, pois é aberto. Amigos, a colheita do café tem que ser bem feita, passe e repasse, pois assim evitamos problemas com a broca do café. Lembrando de deixar debaixo da saia do café sem mato, usando pano para colheita, assim evitamos que grãos de café broqueados fiquem debaixo da copa dos pés de café. Pessoal, plantios muito adensados de café talvez seja necessário, depois de algum tempo, em fazer recepas de algumas ruas, uma rua sim e outra não, para favorecer entrada de luz, reduzindo o ataque da broca do café, além de facilitar a colheita. Amigos, as plantas infectadas pelo vírus da leprose, transmitida pelo ácaro da leprose, bem como por bactéria da CVC, transmitida por cigarrinhas, devem ter seus galhos com sintomas cortados e queimados. Não se deve plantar café perto de pomares de cítricos. Cortando ramos com leprose em citros, igual para o café. Se a planta tiver muito comprometida, deve-se cortar a planta de café. Exemplo em planta de citros, igual no café Depois a gente tem que queimar a planta cortada. Caso contrário, as plantas doentes irão passar doença para as sadias, podendo comprometer toda a lavoura. Queima de planta cítrica, igual para o café Nós não devemos pulverizar com inseticidas a base de piretróides, pois favorece os ácaros pragas. Nós devemos controlar com inseticida a broca do café no período em que a fêmea procura o grão. Para o controle das cigarras, da bicheira da raiz, cochonilhas e ácaros devem ser feitos em período de chuva, via inseticida sistêmico, devendo ser incorporado no solo ou aplicados via sulco ou com matracas, para aumentar a eficiência de controle. Lembrando que o controle será em reboleira destas pragas. Amigos, no café orgânico o importante é a diversificação do ambiente com outras plantas. Como exemplo nós temos café com banana. Também café, com banana e mamão. Amigos, nós podemos plantar café, com mamão e feijão guandu. Nós podemos usar o feijão guandu como quebra-vento, evitando disseminação de ácaros pragas. Além disso, o feijão guandu ajuda a aumentar o nitrogênio no solo, o que é bom para o café. Também nós podemos plantar árvores da mata Atlântica como as palmeiras que produzem palmitos. Café sombreado com árvores da mata Atlântica As plantas de seringueira também é uma boa opção, aumentando a diversidade de plantas e oportunidades de vender a borracha. Café com seringueira Alguns produtores de café orgânico deixa muitas plantas entre os pés de café. Mas em todos os casos, nós devemos deixar debaixo da copa do café limpo para facilitar a colheita bem como não deixar grãos de café no solo, pois caso contrário nós podemos ter problemas com a broca do café. Manejo do mato Alguns produtores tem deixado braquiária nas ruas do café, assim evita erosão do solo bem como aumenta a diversidade de plantas e de inimigos naturais. Depois cortam fazendo uma cobertura morta. palhada de braquiária O controle do mato nas ruas pode ser feito com herbicida, com roçadeira ou com tração animal, vai depender do espaçamento, declividade do terreno bem como das condições financeiras de cada um. Manejo do mato com tração animal Uma boa opção é plantar mentrasto nas ruas, pois esta planta serve de alimento alternativo para os ácaros predadores de ácaros pragas. Assim a gente aumenta o controle natural sobre os ácaros pragas. Amigos, com a amostragem, a gente somente aplica inseticida quando realmente é necessário. Se nós formos aplicar inseticidas eles devem ser seletivos, ou seja, que mata a praga e que não mata os inimigos naturais. Não se esqueçam de utilizar equipamento de proteção individual para não se contaminarem com inseticidas. Com a redução do uso de inseticidas e com a diversificação de plantas, a gente aumenta o controle biológico natural, muito importante em qualquer cultura. Amigos nos falta falar dos inimigos naturais. No café já existe o nível de não ação para o bicho mineiro. Isso quer dizer que quando se tem muito inimigo natural a gente não precisa agir, pois os nossos aliados já estão dando conta do recado, controlando as pragas. Um excelente exemplo são as vespas predadoras do bicho mineiro. Amigos, estas vespas devem ser preservadas. Nós não devemos destruir os seus ninhos na lavoura bem como nas capoeiras e matas. Portanto, amigos, as capoeiras e as matas devem ser mantidos nas propriedades para aumentar o controle biológico das pragas. Amigos, nós também temos inimigos naturais importantes no controle da broca do café, como a vespa de Uganda e a Vespa da Costa do Marfim. Esses parasitoides da broca do café foram trazidos da África para o Brasil para nos ajudar a controlar a broca do café. Hoje já se tem esses dois parasitoides naturalmente nas lavouras de café. Vespa de Uganda parasitando a broca do café Vespa da Costa do Marfim parasitando larva da broca do café. Amigos, os ácaros predadores são extremamente importantes no controle dos ácaros pragas. Ácaro predador atacando ácaro praga Por isso nós não devemos aplicar piretróides nas lavouras de café, pois este inseticida repele os ácaros predadores e não mata os ácaros pragas. Fonte: Matos et al. Neotropical Entomology, 2004. Plantas como mentrasto nas ruas do cafeeiro aumentam o número de ácaros predadores que por sua vez reduzem a quantidade de ácaros pragas. Os ácaros predadores atacam outras pragas também, como filhotes de pulgões. Ácaro predador atacando uma praga Amigos, as joaninhas são muito importantes, pois elas comem diversas pragas. Larvas de joaninhas (maiores) comendo cochonilhas (menores) Um exemplo de praga de café que as joaninhas comem são as cochonilhas. Amigos, os bicho lixeiros também são ótimos predadores de cochonilhas, devendo ser preservados. Forma jovem do bicho lixeiro (os maiores e compridos) comendo cochonilhas Bicho lixeiro adulto Meus amigos, os pássaros são excelentes predadores de cigarras. Não se esqueçam que uma boa colheita depende de várias coisas. Dentre elas o combate às pragas. Mas além disso, nós devemos nos preocupar com a lavagem dos grãos, separação dos grãos em verdes, maduros e secos, uma secagem ideal dos grãos, dentre outras coisas. Tudo isto faz com que a gente tenha um excelente café em tipo, nos garantindo melhor preço na hora da venda. Amigos, nós estamos quase encerrando a aula de hoje. Agora nós vamos fazer uma pequena revisão do que nós falamos. Vocês virão que o bicho mineiro, a broca do café, as cigarras, as cigarrinhas, os ácaros e as cochonilhas são pragas importantes do cafeeiro. Bicho mineiro Cigarra Broca do café Cochonilha Ácaro praga Cigarrinha Vocês aprenderam como amostrar essas pragas e assim evitar o uso desnecessário de inseticidas. Vocês também aprenderam várias práticas para se evitar o maior ataque de pragas. Adubo orgânico Queima de planta cítrica, igual para o café Quebra vento com guandu Café com seringueira palhada de braquiária E vocês também perceberam que nós temos excelentes aliados no combate às pragas, são os inimigos naturais das pragas. Vespa predadora do bicho mineiro Vespa parasitando larva da broca do café. Ácaro predador atacando ácaro praga Bicho lixeiro comendo cochonilha Joaninha comendo cochonilha Pássaro comendo cigarra do cafeeiro Amigos, agora vocês vão fazer um pequeno teste. Até a próxima aula e fiquem com Deus. TESTE Questão 1: Quando se deve iniciar a amostragem da broca do café? a) Durante todo o ano. b) De outubro a dezembro. c) De fevereiro a julho. d) nenhuma das questões anteriores. Questão 2: Quando se deve iniciar a amostragem do bicho mineiro? a) Durante todo o ano. b) De outubro a dezembro. c) De junho a outubro. d) Nenhuma das questões anteriores. Questão 3: O controle das cochonilhas e dos ácaros deve ser feito? a) Em todo o talhão onde se observaram as cochonilhas ou ácaros. b) Nas plantas atacadas por essas pragas. c) Não precisa controlar. d) Nas plantas atacadas e nas plantas visinhas GABARITO QUESTÃO RESPOSTA 1 B 2 C 3 D Literatura consultada e indicada Gallo et al. Entomologia Agrícola. Piracicaba:FEALQ, 2002. 920p. Picanço et al. Apostila Entomologia Agrícola. 2000. Apostila Didática. UFV-Viçosa, 308 p. www.embrapa.br/café www.coffebreak.com.br www.conab.gov.br www.cati.sp.gov.br www.viaverde.agr.br Literatura Indicada para crianças que aborda pragas e como combatê-las: • Demolin, G. A grande Guerra. Ed. Armazém de Idéias, Belo Horizonte, 2006. 80p. • Demolin, G. Um conto no Velho Chico. Ed. Armazém de Idéias, Belo Horizonte, 2003. 40p.