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A Célula Vegetal Célula: unidade funcional e estrutural da vida Componentes da célula vegetal: Parede celular Lamela média Parede primária Parede secundária Plasmodesmos Protoplasto Núcleo Envoltório nuclear Nucleoplasma Cromatina Nucléolo Citoplasma Membrana plasmática Citossol Organelas circundadas por 2 membranas: Plastídios Mitocôndrias Organelas circundadas por 1 membrana: Peroxissomos Vacúolos Sistema de endomembranas (componentes principais): Retículo endoplasmático Aparelho de Golgi Vesículas Citoesqueleto: Microtúbulos Filamentos de actina Ribossomos Corpos lipídicos Diagrama tridimensional de uma célula vegetal. Tipicamente os cloroplastos localizam-se no citoplasma, junto à parede celular. A maior parte do volume desta célula é ocupada pelo vacúolo. Núcleo periférico. Célula da folha de Zea mays (milho), vista ao microscópio eletrônico de transmissão. Células vegetais observadas ao microscópio de luz � Secção transversal do pecíolo de Miconia chamissois. Células pétreas (esclereídes) da região carnosa da pêra, observadas sob luz polarizada. PAREDE CELULAR Constitui-se no envoltório rígido ou semi-rígido da célula vegetal; Função mais conhecida: proteção ao protoplasto, determinando o tamanho e a forma da célula; Hoje: fonte de moléculas com atividade biológica, desempenhando papel relevante no desenvolvimento, proliferação, regeneração, metabolismo e patologia dos tecidos. COMPOSIÇÃO QUÍMICA: POLISSACARÍDEOS Celulose: cadeias lineares formadas por 500 a 10.000 unidades de glicose; Polissacarídeos matriciais: Pectinas – (galacturonanos e arabinogalactanos); Hemiceluloses: (xiloglucanos, xilanos, calose). PROTEÍNAS Proteínas estruturais (glico-proteínas; proteoglicans); Proteínas enzimáticas: hidrolases (fosfatase, protease, glicosidase, etc) ou óxidoredutases (p. ex. peroxidase); LIGNINA Polímero complexo resultante da desidrogenação enzimática de álcoois cinâmicos (cumaril, coniferil e sinapil). OUTROS COMPOSTOS Cêras, cutina, suberina; Minerais: sílica, carbonato de cálcio; Taninos. Secção transversal do pecíolo de Miconia albicans Em azul: paredes celulares celulósicas Em vermelho: paredes celulares lignificadas Secção transversal do lenho de Miconia albicans parede impregnada por substância fenólica parede impregnada por suberina (subst. lipídica) ESTRUTURA DA PAREDE CELULAR LAMELA MÉDIA - camada rica em substâncias pécticas; une células adjacentes. PAREDE PRIMÁRIA - composição química: celulose, hemicelulose, pectina; ocorrência: todas as células vegetais. PAREDE SECUNDÁRIA - composição química: aprox. 100% celulose, sendo frequentemente impregnada por lignina; ocorrência: células especializadas para transporte/sustentação. Apresenta três camadas: S1, S2, S3. Diagrama mostrando a organização das microfibrilas de celulose na parede primária e nas camadas (S1, S2 e S3). As diferentes orientações nas três camadas dão resistência à parede secundária. Diagrama mostrando como as microfibrilas de celulose estão interligadas pelas moléculas de hemicelulose formando uma rede complexa. ESTRUTURAS DA PAREDE CELULAR CAMPOS PRIMÁRIOS DE PONTOAÇÃO: regiões delgadas da parede primária, com concentração de plasmodesmos; PONTOAÇÕES: falhas no depósito de celulose durante a formação da parede celular secundária. Tipos mais comuns: pontoação simples e pontoação areolada. A) Célula parenquimática com parede celular primária e campos primários de pontoação atravessados por plasmodesmos. B) Células com paredes secundárias e numerosas pontoações simples. C) Par de pontoações simples. D) Par de pontoações areoladas. Paredes celulares primárias, membrana plasmática e plasmodesmo, vistos ao microscópio eletrônico de transmissão. BIOSSÍNTESE DA PAREDE CELULAR Complexos enzimáticos na membrana plasmática Microtúbulos Vesículas do GOLGI e RER � Secreção e transporte de polissacarídeos até a membrana plasmática BIOSSÍNTESE DA PAREDE CELULAR Síntese das microfibrilas de celulose. As microfibrilas de celulose são sintetizadas por complexos enzimáticos (celulose sintase) que formam rosetas inseridas na membrana plasmática. Cada roseta sintetiza celulose a partir de glicose derivada da UDP-glicose (uridina difosfato glicose). As moléculas de UDP-glicose entram na roseta pela face interna da membrana e a microfibrila é eliminada na face externa. As rosetas movem-se ao longo de uma rota – microtúbulos que estão localizados na face interna da membrana plasmática (face citoplasmática). Esquema da síntese e liberação de polissacarídeos da matriz para a parede celular. Os polissacarídeos são sintetizados no complexo de Golgi e posteriormente são secretados para a parede, pela fusão de vesículas à membrana plasmática. FORMAÇÃO DA PAREDE CELULAR Final da divisão celular (TELÓFASE) ( ( FRAGMOPLASTO Concentração e fusão de vesículas do Golgi (contém polissacarídeos) forma-se ( ( PLACA CELULAR Adição de pectatos de cálcio ( magnésio ( ( LAMELA MÉDIA Após a formação da lamela média, cada protoplasto deposita sua parede celular primária (adjacente à lamela média) ( ( PAREDE PRIMÁRIA PLASTOS OU PLASTÍDIOS - Componentes característicos das células vegetais - Circundados por duas membranas - Relacionados com os processos de fotossíntese e armazenagem TIPOS DE PLASTÍDIOS: CLOROPLASTOS CROMOPLASTOS LEUCOPLASTOS : não - pigmentados CLOROPLASTOS: - Pigmentos: clorofila e carotenóides - Sítios da fotossíntese - Formato geralmente discóide (4-6 µm diâmetro) - Geralmente posicionam-se com sua maior superfície paralela à parede celular Estrutura interna do cloroplasto: complexa Tilacóides: sistema de membranas na forma de sacos achatados pigmentos estão contidos nas membranas dos tilacóides Granum (grânulo): empilhamento de tilacóides (assemelham-se a uma pilha de moedas) Grana: conjunto de granum Estroma: substância fundamental dos plastídios Estrutura interna de um cloroplasto. A. Secção de um cloroplasto de milho (Zea mays) mostrando tilacóides dos grânulos e do estroma. B. Detalhe de um grânulo constituído por um empilhamento de tilacóides discóides. Os tilacóides dos grânulos estão interligados por outros tilacóides, através dos tilacóides do estroma. Detalhe de um cromoplasto da pétala de Amiloplasto de soja (Glycine Forsythia, mostrando numerosos corpos max). As formações claras elétron-densos, nos quais o pigmento são grãos-de-amido. amarelo fica armazenado. CROMOPLASTOS: (do grego: chroma = cor) - Pigmentos: grupo dos caroteóides (cor amarela, alaranjada, vermelha); não contêm clorofila - Formato variado - Funções: ? Atração de insetos e outros animais, Importante papel na polinização cruzada das plantas e na dispersão de frutos e sementes. LEUCOPLASTOS: - Plastídios não pigmentados - Menos diferenciados estruturalmente, por não apresentarem um sistema de membranas internas elaborado - Tipos mais comuns: Amiloplastos: sintetizam e armazenam amido Elaioplastos: lipídeos Proteinoplastos: proteínas CROMOPLASTOS E AMILOPLASTOS 36. Parênquima de reserva da raiz de cenoura (Daucus carota). Os pigmentos apresentam-se como cristais. 37. Cromoplastos nas células epidérmicas do tomate (Solanum lycopersicum). 38. Amiloplastos presentes nas células do parênquima de reserva da batata inglesa (Solanum tuberosum). PRECURSORES DOS PLASTÍDIOS: OS PROPLASTÍDIOS - Plastídios indiferenciados, pequenos, sem cor ou com coloração verde pálido; - Ocorrência: células meristemáticas (raízes, caules e folhas). CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO PLASTÍDIO - Inicialmente o proplastídio contém pouca membrana interna (b-d). - À medida que o proplastídio se diferencia em um cloroplasto, formam-se vesículas achatadas a partir da membrana interna do envoltório; estas vesículas darão origem aos tilacóides do grana e do estroma (e). - Os proplastídios podem também dar origem a cromoplastos (f) e leucoplastos (g). - Os cromoplastos também podem ser formados a partir de cloroplastos ou leucoplastos. VACÚOLO - Estrutura característica da célula vegetal - Delimitado por uma membrana lipoprotéica – TONOPLASTO - Células meristemáticas: vários vacúolos pequenos - Células totalmente diferenciadas: único vacúolo central (ocupa até 90% do espaço celular) - Conteúdo vacuolar: água, substâncias inorgânicas (íons de Ca, Na, K, etc.) e orgânicas (açúcares, proteínas, pigmentos, ácidos orgânicos) - Funções: Compartimentos de armazenagem dinâmicos – íons, proteínas e outros metabólitos são acumulados e mobilizados posteriormente) Acúmulo de produtos do metabolismo secundário (antocianinas, taninos) Acúmulo de inclusões na forma de cristais (drusas, ráfides, prismáticos) de oxalato de cálcio ou outros compostos Participa da manutenção do pH da célula Responsáveis pela autofagia Células parenquimáticas com vacúolos contendo compostos fenólicos (em verde) Célula parenquimática com vacúolo contendo drusa (cristal de oxalato de cálcio) Células parenquimáticas com vacúolo contendo drusas (MET) Células parenquimáticas com vacúolo contendo óleo (MET) SUBSTÂNCIAS ERGÁSTICAS Substâncias de reserva, produzidas e armazenadas nas células; produtos finais do metabolismo. Amido (carboidrato) Grãos-de-amido primário ou de assimilação (sintetizado nos cloroplastos); Grãos-de-amido secundário ou de reserva (sintetizado nos amiloplastos). Lipídeos (óleos, graxas e cêras) Sementes e frutos; Ceras: na superfície da epiderme de frutos, caules, folhas; Terpenos (óleos essenciais, resinas). Cristais e corpos de sílica Sais de cálcio, magnésio, sílica; Oxalato de cálcio (ácido oxálico ( cálcio): romboédricos, prismáticos, drusas, ráfides (forma de agulhas), estilóides (alongados e achatados), forma de areia cristalina. Carbonato de Cálcio (mais raros); Corpos de sílica: amorfos, opaco; no interior da célula e na parede celular (Gramíneas, Cyperaceae, Cactaceae). Compostos fenólicos Em todos os tecidos (nos vacúolos, citoplasma ou na parede celular). Proteção contra desidratação, herbivoria, antifúngico, bactericida. Proteínas Ex. Grãos-de-aleurona Pigmentação Pigmentos em plastídeos (lipossolúveis); Pigmentos em vacúolos (solúveis em água). pigmentados Vesículas Complexo de Golgi microfibrilas de celulose Orientação Síntese Microtúbulos Rosetas de celulose sintase Membrana Plasmática