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Lipídeos Francisco José Calixto Júnior Médico Veterinário IFNMG - Salinas Introdução Definição: São substâncias orgânicas insolúveis em água, compostos por C, H e O, além de outros elementos com menos frequência, como o N, P e S. Quimicamente, os lipídeos são substâncias que compartilham características hidrofobicas. Classificação Lipídeos Simples: Ácidos Graxos e Triacilgliceróis. - podem ser saturados ou insaturados - A localização das insaturações determina características específicas e importantes Classificação Lipídeos derivados: São produzidos a partir da decomposição enzimática ou hidrólise de lipídeos simples - Colesterol Classificação Lipídeos compostos: Constituído por um lipídeo simples combinado a outras substâncias químicas - Lipoproteínas, fosfolipídeos, esfingolipídeos, ceras e glicolipídeos Introdução O mais importante e frequente lipídeo encontrado nos alimentos é o triglicerídeo. Formado a partir da reação entre ácidos graxos e o glicerol. Ainda podem ser classificados quanto a sua essencialidade. Por exemplo Ácido graxo linolênico ( ω3 ) e Ácido graxo linoléico ( ω6 ) Ação dinâmica específica das gorduras Chamado de valor extra calórico, é um conjunto de fatores como o fornecimento de vitaminas lipossolúveis, AG essenciais, energia de baixo encremento calórico, favorecimento da absorção e aproveitamento de vitaminas e ácidos graxos e melhoria na digestibilidade de aminoácidos Importância para o organismo Transporte de vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K) Fornecimento de energia Proteção de órgãos Isolamento térmico Formação de sais biliares Reserva energética Resposta alérgica, inflamatória e da dor Transmissão do impulso nervoso Importância para alimentação Palatabilizante Fonte de energia – cerca de 2,25 vezes mais energia que carboidratos e proteínas(lipídeo fornece 9,45 Kcal/g; CHO’s e proteínas, 4 Kcal/g) Evita a formação de poeira no preparo de rações Fonte de lipídeos essenciais Melhora a CA Elevam a densidade calórica Ácido Linoléico Ácido graxo essencial para suínos e aves, é base para a formação de outros acidos graxos metabolicamente essenciais como o linolênico e o araquidônico, através da piridoxina. Nutricionalmente, é considerado de fato o único AG dieteticamente essencial. Contudo, a suplementação com AG linolênico se faz interessante para suprir possíveis deficiências e melhorar o desempenho produtivo. 10 Digestão Lipase lingual (suínos) Lipase gástrica Lipase pancreática A presença de gordura no intestino delgado diminui a motilidade e o esvaziamento gástrico – CCK – que também estimula a secreção de lipase pancreática e causa a contração da vesícula biliar. Digestão duodenal 1 – As microvilosidades das cels do duodeno aumentam a superfície absorvente 2 – CCK estimula lipase pancreáticca e contração da vesícula biliar 3 – Emulsificação das gotículas de gordura 4 – Ação da lipase ( facilitada pela colipase, uma vez que sais biliares inativam a lipase) 5 – Clivagem das liagações ésteres das cadeias 1 e 3 Digestão 6 – Produção de dois AGL e uma molécula de monoacilglicerol, além de glicerol livre. 7 – Transferência dos AGL do interior da micela para o enterócito Absorção 8 – Desmembramento da micela e absorção através das microvilosidades do epitélio intestinal. 9 – Locomoção dos AGL até o REL. Necessita de uma proteína transportadora (FABP) 10 – Reesterificação dos ácidos graxos com o glicerol obs: AG de cadeia curta não utilizam as micelas previamente a sua captação Formação do quilomícron Ligação de apolipoproteínas com os ácidos graxos. O quilomícron é secretado por meio de exocitose no espaço intersticial, atravessa a lâmina basal e penetra na circulação linfática, e depois a circulação sanguínea via ducto torácico. Quilomícron O qulimícron tem a função de transportar lipídeos pela circulação linfática e daí pela circulação sanguínea Obs: Ácidos graxos de cadeia curta e média não necessitam de serem inseridos nos quilomícrons. Eles já caem na circulação sanguínea e são transportados ligados a albumina pelo sistema porta até o fígado Metabolismo Uma vez nos tecidos, os TG ou serão estocados em adipócitos ou oxidados para geração de energia. Oxidação de Lipídeos 1 – Ainda no adipócito, os TG sofrem hidrólise pela enzima lipase sensível a hormônio em AG e glicerol e são liberados na circulaçao 2 – AG são transportados no sangue ligados a albumina e o glicerol é transportado livremente 3 – AG podem ser captados pelas células que necessitam de energia, enquanto o glicerol é captado pelo fígado Importante Apenas o fígado é capaz de converter o glicerol em glicerolfosfato – intermediário da glicose. Isso é chamado de Gliconeogenese. Ele também pode ser utilizado para ressitentizar outros TG Metabolismo de AG 1 - No citoplama da cel que oxidará o AG, ocorrerá a união com a molécula de Coenzima A 2 - Formação do Acil-CoA 3 - Este sofrerá o processo de β – Oxidação na mitocôndria 4 - Ligação do Acil-CoA com a carnitina para entrar na memmbrana mitocondrial 5 – Formação do composto Acil-Carnitina, catalisada pela enzima CPT-I 21 6 – No interior da mitocôndria a Acil-Carnitina se desmembra, através da enzima translocase, e a carnitina retorna ao citoplasma. 7 – O acil-Co A chega a matriz mitocondrial para enfim sofrer a β-oxidação. A partir daí será produzido o acetil-CoA. 8 – Do ciclo de Krebs é liberado as coenzimas NADH e FADH2 para a cadeia respiratória, onde é produzido mais energia Observações O número de Acetil-CoA, NADH e FADH2 produzidos pela β – Oxidação é a metade do número de carbonos da cadeia dos AG. Para cada mol Acetil-CoA que entra no ciclo de Krebs são necessários um mol de FADH2 e 3 mols de NADH Essas coenzimas serão utilizadas na fosforilação oxidativa Epinefrina e cafeina – função no metabolismo junto o cAMP 25 Rendimento energético Ex: Ácido esteárico 18 carbonos 9 Actil-CoA 17 FADH2 (9 da β-oxidação + 8 do ciclo de Krebs) 35 NADH (9 da β-oxidação + 28 do ciclo de Krebs – 1 gasto na ativação) Acetil-CoA = 1 ATP = 9 ATP’s FADH2 = 1,5 ATP’s = 25,5 ATP’s NADH = 2,5 ATP’s = 87,5 ATP’s São produzidos ao todo 120 ATP’s e não 122, pois 2 ATP’S estão envolvidos na etapa de ativação. Formação do Acil-CoA Obs: 1 molécula de glicose, com 6 carbonos, produz 32 ATP’s. para ter os mesmos 18 caarbonos do ác. Esteárico sãp necessários 3 mols de glicose. Orendimento da oxidação completa será de apenas 96 ATP’s. Isso ocorre porque os acidos graxos são formados por grandes cadeias de hidrocarbonetos, moléculas muito reduzidas. O açúcar já é parcialmente oxidado em razão dos muitos grupos com oxigênio. Adrenalina Aumenta os níveis de glicose no sangue, maior taxa de glicólise nas células musculares e maior degradação de ácidos graxos. A epinefrina se liga a receptores na membrana plasmática de adipócitos, ativando AMPc, que realiza a clivagem de ácidos graxos a partir de do esqueleto de glicerol AG insaturados e número ímpar A oxidação de AG insaturados não produz tantos ATP’s quanto aos saturados, pois a ligação dupla entre átomos de carbono impede que a etapa da Acil-coA desidrogenas não ocorra, produzindo menos FADH2 e NADH Os de cadeia ímpar não são encontrados frequentemente na alimentação e seu metabolismo sofre oxidação, porém, o último ciclo produz uma molécula diferente do Acetil-coA (succinil-CoA) Corpos Cetônicos Excesso de Acetil-coA é originado da β – Oxidação Isso ocorre quando falta glicose para produção de oxaloacetato para reagir com Acetil-coA, durante o ciclo de Krebs. Dietas desbalanceadas em lipídeos ou no diabetes são fatores predisponentes Fisiologicamente, o coração e os rins utilizam acetoacetato como fonte de energia. No entanto, um excesso de corpos cetônicos leva a um quadro de cetoacidose que pode ser fatal Alterações estruturais das gorduras adicionadas as dietas Rancidez hidrolítica Causam uma simples hidrólise com liberação de mono e diglicerídeos e ácidos graxos, não afetando o valor nutritivo das gorduras. Há quebra da ligação éster. Rancidez oxidativa Peroxidação dos lipídeos, resulta em decréscimos no valor energético, pois a entrada de oxigênio na cadeia carbônica reduz a capacidade de ser oxidado durante a β – Oxidação , gerando menos energia. Além disso, conferem ao alimento odor e sabor repugnantes. Esteatose Hepática - Síndrome do fígado gorduroso: -Transporte deficiente de lipídeos no sangue devido a falta de proteínas transportadoras -Rações com alta energia: o fígado não consegue metabolizar -Desequilíbrio de glicose X Obrigado!!!