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Fisiologia do Sistema Digestório Profa Sharon Landgraf Schlup Secreções Salivar e Gástrica SECREÇÃO SALIVAR É uma mistura de secreções de três pares de glândulas além de inúmeras glândulas acessórias: Parótidas → serosas Submandimulares → mistas Sublinguais → mistas Acessórias → mucosas 1 - 1,5 litros secretados/dia 70% (15-20%) Glândulas salivares maiores Acústico externo ESTRUTURA DE UMA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR HUMANA Estruturalmente, as glândulas salivares são túbulo-acinares; Ácinos: unidades secretoras Ductos excretores Ácino de células mucosas Ácino seroso- produz enzimas digestivas Ácino mucoso- produz muco + SALIVA PRIMÁRIA Drenada para o sistema de ductos- secretam enzimas e íons que modificam a saliva ( carreada até a cavidade oral) SALIVA FINAL Parótida Submandibular Sublingual (ptialina) GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES Vermelho- células serosas Amarelo- cél. produtoras de muco Funções da Saliva 1. Lubrificação: ocorre pela produção de muco. Protege a mucosa e os dentes da ação mecânica dos alimentos 2. Gustação e fonação: a solubilização dos alimentos pela saliva estimula as papilas gustativas e o umedecimento da cavidade oral facilita a fonação 3. Protetora: higiene oral → remoção de restos alimentares; → secreção de íons sulfocianeto (bactericida). → secreção de lisozima (lisa parede de bactérias) → secreção de lactoferrina (ação bacteriostática, limita a multiplicação de patógenos) incorporação de fluor e fosfato aos dentes. ação na cicatrização de ferida Por que as ânsias, que precedem o vômito, geram grande salivação? 4. Função digestiva: -amilase (ptialina) → quebra o amido em maltose (dissacarídeo), maltotriose (trissacarídeo) e dextrina (cadeias ramificadas 1- 6 glicosídicas – 6 a 9 monômeros de glicose) O pH ótimo da amilase salivar é de 4-11; Ação da enzima continua no estômago até o pH do bolo alimentar não baixar de 4; 75% do amido ingerido (da boca ao estômago) pode ser metabolizado pela ptialina; Ausência de amilase salivar não prejudica absorção de amido (amilase pancreática); Lipase lingual (glândulas de Von Ebner da língua): hidrolisa triacilgliceróis → ácidos graxos livres + monoacilgliceróis; importante em neonatos. Funções da Saliva CARACTERÍSTICAS DA SECREÇÃO SALIVAR Líquido incolor, ligeiramente viscoso , composto em média de 99,5% de água e 0,5% de sólidos. Destes, 1/3 são substâncias minerais e 2/3 substâncias orgânicas; Ao contrário das outras secreções do TGI, a saliva final é hipotônica em relação ao plasma. Baixo fluxo salivar hipotônica Fluxo salivar Aproxima a composição da saliva ao do plasma, mas continua hipotônica A saliva é produzida em dois estágios: Os ductos intercalares e estriados modificam a secreção primária extraindo Na+ e Cl- e adicionando K+ e HCO3 - da saliva (saliva secundária) O epitélio tubular dos ductos é pouco permeável à água, portanto, apesar do gradiente osmótico favorável a sáida de água ( devido a saída de íons) pouco água é reabsorvida nos ductos. Saliva primária- produzida pelos ácinos Saliva secundária- modificada pelos ductos DUCTOS SALIVARES Ductos intercalares- segregam íon bicarbonato no produto acinar absorvem íon cloreto do produto acinar Ductos estridados- reabsorvem sódio da secreção primária secretam potássio e íon bicarbonato na secreção Ductos excretores- desembocam na cavidade oral Mas afinal, para que serve essa modificação iônica da saliva? Facilita a percepção do gosto...... Nossa saliva apresenta pouco Na+, porque o sal mascara o gosto da comida! CONTROLE NEURAL DA FUNÇÃO SALIVAR 1. Secreção contínua; 2. Exclusivamente regulada por mecanismos reflexos (inervação extrínsica) – núcleos salivatórios superiores e inferiores. Presença do alimento na cavidade oral Excitação de receptores sensitivos (quimioreceptores e receptores de pressão nas paredes da boca e sobre a língua) + Centro salivatório (tronco cerebral) Fibras aferentes Gânglio submaxilar Fibras pré-ganglionares parassimpáticas Nervo facial Nervo glossofaríngeo Submandibulares e Sublinguais Gânglio óptico Fibras pós-ganglionares Parótida CONTROLE PARASSIMPÁTICO Fibras eferentes se acoplam… CONTROLE NEURAL DA FUNÇÃO SALIVAR CONTROLE NEURAL DA FUNÇÃO SALIVAR Presença do alimento na cavidade oral Excitação de receptores sensitivos + Centro salivatório Fibras aferentes dos nervos facial e glossofaríngeo Gânglios cervicais superiores Fibras pré-ganglionares simpáticas Fibras pós-ganglionares Parótidas CONTROLE SIMPÁTICO De modo geral, ambas inervações simpática e parassimpática, estimulam a produção de saliva. Simpático + viscosa contração das mioepiteliais, mas diminui o fluxo sangüíneo (vasoconstrição), saliva pouco volumosa. Parassimpático + diluída Aumenta secreção de amilase e de mucina; aumenta o fluxo sangüíneo (vasodilatação glandular) SECREÇÃO GÁSTRICA Suco gástrico Solução aquosa produzida pelas glândulas da mucosa gástrica e por células epiteliais da superfície pH extremamente ácido (~0.8) [H+] é cerca de 3 milhões de vezes a do sangue arterial A produção de 1 litro de suco gástrico requer mais de 1500 cal SECREÇÃO GÁSTRICA Estômago O estômago vazio revela várias pregas , denominadas rugas Não alteram a área da superfície total, em vez disso, servem para acomodar a expansão e o enchimento do estômago MUCOSA GÁSTRICA Regiões da mucosa são formadas por sulcos, que dividem a superfície do estômago em áreas abauladas irregulares, denominadas áreas mamilares MOTILIDADE GÁSTRICA Funções Motoras do Estômago Função de armazenamento (Fundo) Mistura e processamento do quimo Esvaziamento gástrico (bomba pilórica) Chegada do alimento Resposta peristáltica Corpo Antro Contração forte perto do antro Fechamento do esfíncter do piloro Apenas um pequeno volume de quimo é expelido para o duodeno a cada onda, e maioria do conteúdo antral é forçado de volta em direção ao antro Zona de marcapasso Início de contrações Propagam-se com força e velocidade para o antro A u m e n ta f o rç a c o n tr á ti l MOTILIDADE GÁSTRICA O que é responsável pela produção das ondas peristálticas gástricas??? Células marcapasso- essas células ML sofrem ciclo de despolarização-repolarização espôntaneos Sólidos e líquidos do quimo gástrico são esvaziados com velocidades diferentes fase de atraso Tempo (min) conteúdo viscoso conteúdo líquido Solids 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 120 O esvaziamento de líquidos é exponencial. Já o esvaziamento de grandes particulas sólidas começa apenas após a trituração/moagem suficiente (fase de atraso). Em seguida, o quimo viscoso é esvaziado de uma maneira quase linear. http://www.wzw.tum.de/humanbiology/data/motility/35/?alt=english