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FICHA TÉCNICA
©2010. SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Central.Todos 
os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, 
constitui violação dos direitos autorais (Lei Nº 9.610).
CNA
Diretoria Executiva
Senadora Kátia Abreu
Presidente da CNA
Ágide Meneguette (PR)
1º Vice-Presidente
Pio Guerra Júnior (PE)
Vice-Presidente de Secretaria
Ademar Silva Júnior (MS)
Vice-Presidente de Finanças
Fábio de Salles Meirelles Filho (MG)
Vice-Presidente Executivo
Assuero Doca Veronez (AC)
Vice-Presidente Diretor
Carlos Rivaci Sperotto (RS)
Vice-Presidente Diretor
Dep. Fed. Homero Alves Pereira (MT) 
Vice-Presidente Diretor
José Ramos Torres de Melo Filho (CE)
Vice-Presidente Diretor
Júlio da Silva Rocha Júnior (ES)
Vice-Presidente Diretor
Vice-Presidentes
Almir Morais Sá (RR)
Álvaro Arthur Lopes de Almeida (AL)
Ângelo Crema Marzola Júnior (TO)
Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha (PI)
Carlos Fernandes Xavier (PA)
Eduardo Silveira Sobral (SE)
Muni Lourenço Silva Júnior (AM)
Fábio de Salles Meirelles (SP)
Francisco Ferreira Cabral (RO)
João Martins da Silva Júnior (BA)
José Mário Schreiner (GO)
José Hilton Coelho de Sousa (MA)
José Zeferino Pedrozo (SC)
José Álvares Vieira (RN)
Luiz Iraçu Guimarães Colares (AP)
Mário Antônio Pereira Borba (PB)
Renato Simplício Lopes (DF)
Roberto Simões (MG)
Rodolfo Tavares (RJ)
SENAR
Conselho Deliberativo do SENAR
Senadora Kátia Abreu
Presidente
Titular: Júlio da Silva Rocha Júnior
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo
Suplente: Roberto Simões
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais
Titular: Carlos Rivaci Sperotto
Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul
Suplente: Ágide Meneguette
Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná
Titular: Ângelo Crema Marzola Júnior
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins
Suplente: Francisco Ferreira Cabral
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia
Titular: Renato Simplício Lopes
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal
Suplente: José Mário Schreiner
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
Titular: Raimundo Coelho de Souza
Vice-Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão
Suplente: João Martins da Silva Júnior
Presidente da Federação da Agricultura do Estado e Pecuária do Estado da Bahia
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
Ministério da Educação (MEC)
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Agroindústria (CNI)
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG)
______________________________________________
Secretário Executivo do SENAR
Daniel Klüppel Carrara
Chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do 
SENAR
Andréa Barbosa Alves
SUMÁRIO
Apresentação do programa ...................................................................................
Módulo 01: Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade ......................
Módulo 02: Propriedade e direitos fundamentais e constituicionais ........................
Módulo 03: Propriedade: lei e indenizações ............................................................
Encrramento do curso ...........................................................................................
02
08
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28
39
Apresentação do Curso
2Curso 06 - Direito de Propriedade
Apresentação do programa 
Olá,
Em nome do Sistema CNA/SENAR, a presidente da CNA, Kátia Abreu, preparou um pequeno 
texto para falar da sua satisfação em lançar este programa de capacitação, via internet, da 
Escola do Pensamento Agropecuário.
Olá! 
Sou Kátia Abreu e é com muito prazer que lhe apresento 
mais uma iniciativa do Sistema CNA/SENAR: A Escola do 
Pensamento Agropecuário. Um centro de conhecimento 
com a função primordial de produzir e difundir novas 
ideias ligadas ao setor agropecuário. 
Este é um programa de capacitação pela internet, 
extremamente prático e abrangente. Todos poderão 
acessar o conteúdo dos diversos cursos e as diversas ferramentas que serão postas em 
prática, para garantir o debate e o aprendizado. Teremos blog, twitter, chat e tira-dúvidas, 
garantindo o melhor para você.
Esta escola foi feita para todos que atuam no campo, mas também são bem-vindos todos 
que tenham interesse pela agropecuária e queiram participar dos seis cursos. Os seis 
cursos oferecidos pela Escola do Pensamento Agropecuário são os seguintes: Direito 
de Propriedade, Meio Ambiente, Pobreza Rural, Educação e Qualificação Profissional, 
Trabalho Decente e Abastecimento e Renda. 
Nós queremos promover a integração entre os diversos segmentos da sociedade e a 
comunidade científica para que, juntos, possamos aprofundar debates e construir novos 
caminhos para o conhecimento. 
Acredito no conhecimento e sei que o setor agropecuário brasileiro é a alavanca da 
economia do País. Somos o setor que representa um terço do PIB brasileiro, um terço 
dos empregos gerados e, em 2009, fomos responsáveis por 42% de todas as exportações 
do Brasil. Isso não é pouco, temos que ter orgulho da agropecuária, ela é de todos os 
brasileiros. Somos a maior potência agrícola do mundo e podemos acabar com o maior 
mal da humanidade, a fome.
Para isso, temos que buscar meios de garantir a produção, o respeito ao meio ambiente a 
segurança do trabalhador, a renda e o abastecimento. Combater as inseguranças jurídicas 
no campo e, principalmente, difundir a responsabilidade social da atividade agropecuária. 
Sejam bem-vindos à Escola do Pensamento Agropecuário! Como diz Paulo Freire 
“Educação não transforma o mundo, educação muda pessoas, pessoas transformam o 
mundo.” Um abraço e bom trabalho a todos.
Capacitação da Escola do Pensamento Agropecuário
Lhe convidamos a conhecer um pouco mais sobre os cursos deste programa. Vamos seguir!
Apresentação do Curso
3Curso 06 - Direito de Propriedade
Tópico 01: Apresentação do programa 
Este programa de capacitação é composto por 06 cursos:
Capacitação da Escola do Pensamento Agropecuário
Curso Tempo para realizar cada curso Carga-horária
Trabalho decente 15 dias 8 horas
Pobreza rural 15 dias 4 horas
Educação e qualificação profissional 15 dias 6 horas
Abastecimento e renda 15 dias 6 horas
Direito de propriedade 15 dias 6 horas
Meio ambiente 15 dias 10 horas
Neste programa você irá escolher o curso que mais lhe interessa e realizar sua matrícula. 
Assim que concluir, poderá se matricular em um dos demais cursos e assim sucessivamente.
Importante
Você deverá seguir a sugestão do cronograma de estudos para realizar o curso com 
sucesso e receber o certificado. 
O curso tem duração de 15 dias. Você terá acesso ao ambiente on-line 24 horas por 
dia durante este período para que possa estudar os conteúdos e realizar as atividades. 
Caso você tenha mais disponibilidade de tempo de estudo por semana poderá concluir 
o curso em menos tempo. Por exemplo: se estudar em média 1 hora por dia, levará 
15 dias para concluir, mas se tiver mais tempo terminará antes e poderá realizar a 
matrícula em outro curso.
Ao concluir o curso, você poderá imprimir o certificado que ficará disponível no 
Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Ah! Para cada curso que concluir, você terá direito a um certificado, que será enviado, via 
correio, pelo Sistema CNA/SENAR. Observe na tabela acima a quantia de horas de cada curso.
Apresentação do Curso
4Curso 06 - Direito de Propriedade
Assim que terminar de ler o texto acima, convidamos você a conhecer o que estudará neste 
curso e o que o Sistema CNA/SENAR espera que você aprenda ao concluí-lo. Vamos seguir!
Escola do Pensamento Agropecuário
A Escola do Pensamento Agropecuário é um centro de conhecimento que tem como função 
primordial a produção e a difusão de pesquisas, estudos e diagnósticos, embasados na 
metodologia científica focada no desenvolvimento agropecuário. Sua estrutura se subdivide 
em três pilares básicos, a saber:
Unidade de Produção: Nesta etapa a instituição abre espaço para receber teses, 
organizar seminários, apoiar alunos de mestrado e doutorado que estejam defendendo o 
Pensamento Agropecuário. 
Unidade de Formação: Terá um espaço para formar novas linhas de pensamento por 
meio de cursos para estudantes universitários e profissionais. Esta unidade prevê, ainda, a 
formatação de cursos em parceria com redes de universidades que passam a ser parceiras, 
ao aderirem livremente a Escola de Pensamento Agropecuário. Nesta unidade de formação 
será construído um Banco de Dados em uma Rede Virtual de Formação.
Unidade de Articulação: Processo de interação com Universidades, Associações de 
Classes, Entidades Estudantis, Poder Judiciário e Poder Legislativo, com o objetivo de 
ampliar a rede de parceiros e difundir a linha de pensamento que a escola produz e defende. 
 Os estudos e pesquisas serão frutos de demandas indicadas pelo Sistema CNA/SENAR, 
e os produtos gerados serão compartilhados com os demais membros do Sistema.
A Escola do Pensamento Agropecuário pretende valer-se das melhores e mais democráticas 
modalidades de ensino, gestão e transferência do conhecimento, usando sistemas 
informatizados de educação à distância e, também, “in loco”. Poderá valer-se do Canal 
do Produtor, sites do Sistema CNA e do SENAR e salas da Inclusão Digital Rural, além de 
outros meios prioritariamente voltados ao produtor rural e à população do campo brasileiro.
Para o Sistema CNA/SENAR, a Escola vai ser um referencial nacional em agropecuária, 
fornecendo embasamento científico ao debate que permeia o setor, valorizado pela ciência.
Então! Agora convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a Escola do Pensamento 
Agropecuário.
A presidente da CNA, Kátia Abreu preparou um pequeno vídeo para falar da sua satisfação 
em lançar este curso e, especialmente, por ter a sua companhia nos próximos dias para que, 
juntos, possamos criar uma nova era para a agricultura brasileira. 
Palavras da presidente da CNA
Apresentação do Curso
5Curso 06 - Direito de Propriedade
Lhe convidamos a conhecer um pouco mais sobre a Escola do Pensamento Agropecuário. 
Vamos seguir!
Informações sobre o Curso
Olá! Neste curso você conhecerá ou relembrará alguns aspectos do direito de propriedade, 
entendido como um fundamento essencial das sociedades livres e democráticas. E que a origem do 
direito de propriedade ressalta que o trabalho realizado e aquisições obtidas a partir do resultado 
deste trabalho são de titularidade de seu proprietário e de nenhum outro homem. Já no tema aspectos 
conceituais do direito de propriedade, que o conceito de direito de propriedade previsto na 
Constituição Federal é entendido de forma mais ampla que o direito real previsto na legislação civil.
Além disso, em propriedade e direitos fundamentais e constituição verifica-se que o direito 
de propriedade é um dos direitos fundamentais assegurados na Constituição. Por fim, em 
propriedade: lei e indenização será exposta a ideia de que a legislação disciplina o direito 
de propriedade, bem como algumas hipóteses de desapropriação mediante prévia e justa 
indenização em dinheiro.
Dessa forma, uma das ações que o Sistema CNA/SENAR, está colocando em prática é este curso. 
Ele, em especial, traz informações importantes que auxiliam na prática do seu trabalho no Brasil.
Olá! Um forte abraço pra você, que participa de mais um 
curso da Escola do Pensamento Agropecuário, vamos tratar 
agora de direito de propriedade. 
O direito de propriedade é garantido pela Constituição Federal, 
está lá, no artigo 5º, inciso 22, mas nem sempre é respeitado.
No mundo rural, o direito de propriedade tem sido relativizado, 
ou seja, uma hora é cumprido e outras não.
O direito de propriedade é um tema ligado a questão fundiária, uma área sobre a qual ainda 
paira muito desconhecimento, principalmente quando o debate envolve a titularidade e o 
domínio de terras. Em todas as regiões, propriedades rurais são alvos de desapropriações 
promovidas pelo poder público para criação de unidades de conservação, terras indígeneas, 
comunidades quilombolas e para assentamento da reforma agrária.
Neste curso, nós vamos oferecer informações importantes que ajudarão você a 
compreender essa situação. Nós precisamos conhecer nossos direitos diante dessas 
situações para saber agir dentro da legalidade. 
Não vamos discutir neste curso a legitimidade da reforma agrária ou das questões 
indígeneas ou quilombolas, a nossa intenção é enriquecer o debate sobre o direito de 
propriedade. Você precisa conhecer seus limites e aprender a defendê-los.
Os programas sociais, desenvolvidos pelos governos, nós respeitamos, só não podemos 
permitir que os usem para invadir os nossos direitos. 
Tenham todos um bom curso.
Objetivos do curso
Apresentar as leis que regulamentam o direito de propriedade que trata sobre a reforma 
agrária e assentamentos rurais.
Apresentação do Curso
6Curso 06 - Direito de Propriedade
Módulo Orientação das atividades Cronograma
Módulo 01: Aspectos 
conceituais e 
origem do direito à 
propriedade
Durante o estudo do Módulo 01, você deve:
Realizar a leitura dos conteúdos
Fazer o desafio
Participar do fórum e chat 
Realizar as atividades
1º ao 4ºdia
Módulo 02: 
Propriedade e 
direitos fundamentais 
e constitucionais
Durante o estudo do Módulo 02, você deve:
 Realizar a leitura dos conteúdos
 Fazer o desafio
 Participar do fórum e chat 
 Realizar as atividades
5º ao 9º dia
Módulo 03: 
Propriedade: lei e 
indenizações
Durante o estudo do Módulo 03, você deve:
 Realizar a leitura dos conteúdos
 Fazer o desafio
 Participar do fórum e chat
 Realizar as atividades
10º ao 14º dia
Fechamento do curso 
e certificação
Período para você finalizar as atividades 
pendentes e salvar em seu computador os 
materiais de seu interesse e o certificado.
15º dia
O curso tem duração de 15 dias com carga horária de 06 horas. Você terá acesso ao ambiente 
on-line 24 horas por dia durante o período, para que possa estudar os conteúdos e realizar 
as atividades.
Para que você possa concretizar este objetivo, organizamos o curso em 03 módulos:
Módulo 1: Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade.
Módulo 2: Propriedade e direitos fundamentais e constituição.
Módulo 3: Propriedade: lei e indenização.
Para lhe ajudar elaboramos um plano de estudo, como sugestão, para você organizar o seu 
tempo e estudo.
Plano de estudos
Plano de estudos
Chat
Fique atento! Seu tutor entrará em contato com você para informar dia e horário do chat e 
você poderá tirar suas dúvidas.
Apresentação do Curso
7Curso 06 - Direito de Propriedade
Seu tutor
Como você deve ter lido no módulo de ambientação, neste curso você terá apoio e orientação 
permanente de um tutor, especialista no assunto deste curso. Ele mandará e-mails, responderá 
suas dúvidas pela ferramenta Tira-dúvidas e pela ferramenta Mensagens, e irá lhe convidar 
para discutir nas ferramentas Fóruns e Chat.
Enfim, ele será seu “Anjo da Guarda”. Você gostaria de conhecê-lo? Caso sua resposta seja 
sim, lhe convidamos a ler ao vídeo de apresentação do seu tutor.
Neste curso você terá um estudo dinâmico com várias atividades, recursos e animações. 
Também terá a companhia de dois colegas de cursos.
Um deles é um produtor rural que se chama Davi, dono de uma propriedade de médio porte, 
que tem como premissa conhecer seus direitos e deveres, por isso, quer sempre “estar 
informado” para também evitar “dores
de cabeça”. Diante disso, Davi conversa com um 
advogado especialista nessa área, chamado Otávio, sobre uma situação que vem ocorrendo 
em algumas terras vizinhas em que os proprietários não estão conseguindo produzir dentro 
do percentual estabelecido pelo governo e, estão correndo risco de perder suas terras. Depois 
de uma conversa inicial, o advogado convida o produtor rural a realizar um curso oferecido 
gratuitamente pelo Sistema CNA/SENAR que trata, justamente, sobre direito de propriedade.
Bem, eles irão interagir entre si e com você, no decorrer do curso, socializando suas experiências 
e alguns textos importantes sobre o tema do curso. Então, vamos conhecê-los!
Bons estudos!
Colegas do curso
Olá,
Meu nome é Janes Sandra Dinon Ortigara, gosto de ser chamada 
apenas de Janes. Tenho 35 anos, sou natural de Guarujá do Sul – SC. 
Morei durante 20 anos em São Miguel do Oeste e, há 04 anos, moro 
em Florianópolis. Gosto muito de esporte, fui atleta de voleibol durante 
muitos anos e nas horas de folga viajar é o que eu mais gosto de fazer.
Sou graduada em Ciências Contábeis e Bacharel em Direito pela Unoesc - 
Universidade do Oeste de Santa Catarina, Especialização em Gestão de Finanças 
Públicas, MBA Executivo em Formação de Consultores Empresariais e Mestrado 
em Recursos Humanos. 
Trabalhei como tutora do Programa Negócio Certo e, atualmente, trabalho como 
Consultora.
Será um grande prazer interagir e trocar conhecimentos com cada um de vocês e, 
desde já, coloco-me à disposição para sanar quaisquer dúvidas e esclarecimentos.
Forte Abraço.
Janes Sandra Dinon 
Tutora
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
8Curso 06 - Direito de Propriedade
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
9Curso 06 - Direito de Propriedade
Davi: Olá, Otávio! Como você está?
Otávio: Olá, Davi! Estou bem. Que bom que veio 
me visitar! 
 Davi: Pois é, Otávio, gostaria de conversar com 
você sobre uma situação que vem ocorrendo em 
algumas terras vizinhas da minha propriedade. 
Otávio: Diga, amigo, o que se passa?
Davi: É sobre a desapropriação de terras e invasões.
Otávio: Hum.... 
Davi: Alguns vizinhos não estão conseguindo produzir dentro do percentual estabelecido pelo 
governo e estão correndo o risco de perderem suas terras.
Otávio: Bom, amigo Davi, é difícil entender a diferença no tratamento que dão aos empresários 
do setor urbano e rural. 
Davi: Pois é, Otávio, e eu gostaria de ajudar meus vizinhos, mas como?
Otávio: Davi, como você sabe o Sistema CNA/SENAR oferece cursos para auxiliar os produtores 
rurais. 
Davi: Sim, já fiz quase todos os cursos oferecidos pelo Sistema CNA/SENAR! São muito 
educativos e esclarecedores. Têm me ajudado muito no dia a dia com o meu trabalho. 
Otávio: Então, vai começar um curso que trata justamente sobre isso que está acontecendo nas 
terras dos seus vizinhos. 
Davi: Ah! Sim, vou fazer e também já recomendei a eles.
Otávio: Ótima decisão. Assim poderemos continuar conversando durante o curso. 
Davi: Sim, com certeza! Então vamos nos encontrar lá! 
Davi foi até o escritório de Otávio para conversar um pouquinho. Vamos acompanhar a visita! 
Visita ao escritório de Otávio
Olá! Seja bem-vindo ao módulo 1, que tratará sobre direito de propriedade, origem do direito 
de propriedade e aspectos conceituais.
Neste módulo você conhecerá ou relembrará sobre direito de propriedade, que o aborda 
como um fundamento essencial das sociedades livres e democráticas e sobre a diferença entre 
ação social chamada de “responsabilidade social” nas empresas urbanas e o “cumprimento 
da função social” para as empresas rurais.
Apresentação do módulo
Direito de propriedade, origem do direito de propriedade e aspectos conceituais
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
10Curso 06 - Direito de Propriedade
Verá a origem do direito de propriedade, ressaltando que o homem reconhece a liberdade 
que tem e sabe que nenhum outro homem pode ter direito sobre os frutos de seu trabalho 
sem o seu consentimento de seu proprietário. E no tema aspectos conceituais do direito 
de propriedade, você verá que nos termos do direito civil, em regra, é titular da propriedade 
aquele que a adquiriu de acordo com os critérios legais.
Por isso, até o término deste módulo, você deverá ser capaz de:
Objetivos
Entender a origem do direito de propriedade.
Conhecer os aspectos conceituais do direito de propriedade.
Agora que você já conheceu o conteúdo que será trabalhado neste módulo e os objetivos de 
aprendizagem, leia no próximo tópico o desafio lançado para você!
Caso não saiba ou não tenha certeza, não se preocupe! Pois até o final deste módulo você 
terá acesso a essas informações e muitas outras. 
Bom Estudo!
No início de cada módulo você será convidado a realizar um desafio, pois o objetivo é ajudá-lo 
a verificar o que já conhece sobre o assunto a ser abordado em cada módulo.
Então, vamos fazer o desafio deste módulo?
Desafio do módulo
Desafio
O que você entende por direito de propriedade?
Direito de propriedade, origem do direito de propriedade e aspectos conceituais
Neste tópico você vai conhecer ou relembrar sobre a diferença entre ação social chamada 
de responsabilidade social nas empresas urbanas e cumprimento da função social para as 
empresas rurais.
Leia a seguir.
Direito de propriedade 
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
11Curso 06 - Direito de Propriedade
Nos últimos anos, empresas de todos os setores vêm 
investindo e usando a “Responsabilidade Social” como 
bandeira e discurso de marketing. Discursos são feitos, 
projetos são implantados, iniciativas são estimuladas. 
Todas como uma forma de atrair clientes, ajudando 
o planeta e sua população em uma demonstração 
voluntária de pró-atividade. 
Essa nova tendência vem se traduzindo em excelentes 
projetos, que vêm sendo implementados com uso 
de recursos privados, sempre ligados a retornos 
financeiros vinculados à imagem da empresa, 
ao relacionamento com o cliente, ou melhoria de 
rendimento de funcionários. Ou seja, sempre ligando 
e objetivando seu negócio e sua viabilidade financeira, mesmo que de forma indireta.
Com o setor rural, como sempre é diferente. A empresa rural tem a obrigação, desde o 
estatuto da terra, de “cumprir a sua função social” independente dos resultados financeiros 
ou viabilidade econômica da empresa rural. O produtor/empresário deverá produzir em 
um percentual mínimo de sua área (80% do total) com uma produtividade mínima (100% 
do estabelecido pelo Governo), definida em escritórios, por técnicos que, muitas vezes, 
não têm nenhuma noção do que é administrar uma empresa rural. E caso não cumprir os 
percentuais citados estará sujeito a ter sua propriedade desapropriada por ser improdutiva.
Fazendo uma comparação grosseira, caso houvesse o mesmo tratamento com as 
empresas urbanas, equivale dizer que: se uma fábrica de móveis, instalada em duas 
plantas diferentes, com uma determinada capacidade de produção, por algum motivo 
econômico, tiver que suspender a produção em uma das plantas, estaria sujeita à 
desapropriação. Se mantivesse a produção nas duas plantas, mas reduzisse o volume de 
produção por inviabilidade econômica, da mesma forma estaria sujeita à desapropriação.
Difícil entender os motivos da diferença no tratamento aos empresários do setor urbano 
e do rural. É óbvio que o interesse do setor é produzir em sua plena “capacidade 
instalada”, usando das mais modernas tecnologias disponíveis, para atingir o maior nível 
de produtividade possível. Se não o fazem, é porque não dispõem de capital para fazê-
lo ou porque não identificam mercado que justifique o volume de produção ou porque a 
produção nestes níveis não possui viabilidade econômica.
Trata-se de uma questão de decisão
em âmbito gerencial e não parece justo exigir que o 
produtor rural produza um volume de produto sem ter mercado para sua venda. Nem tão 
pouco precise usar uma tecnologia de custo tão alto que inviabilize a sua rentabilidade. 
Entretanto, se não conseguimos atender ao nível de exploração da área e também o 
nível de produtividade esperado como querem os tecnocratas, imediatamente teremos 
nosso direito de propriedade ameaçado, seja pela desapropriação, seja pela invasão.
Agora que você já conhece ou relembrou sobre responsabilidade social, desapropriação e 
percentual mínimo de produtividade estabelecida pelo governo. Veja, a seguir, o que o Sistema 
CNA/SENAR pensa sobre direito de propriedade!
Vanessa
Realce
Vanessa
Realce
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
12Curso 06 - Direito de Propriedade
Você sabia que o direito de propriedade é um fundamento essencial das sociedades livres e 
democráticas? 
Tópico 01: Direito de propriedade 
O Sistema CNA/SENAR considera que o direito de propriedade é 
um fundamento primordial das sociedades livres e democráticas. 
Onde este direito não é clara e amplamente assegurado, não 
há liberdade nem democracia. Esta é uma lição da história. 
Em vista disso, a Reforma Agrária, como meio de estender o 
direito de propriedade e multiplicar o número de proprietários 
no campo, respeitando-se o direito e as leis, amplia e aprofunda 
a liberdade e a democracia. 
Por esta razão o Sistema CNA/SENAR apóia a cessão de terras 
públicas, ou desapropriadas de acordo com as leis, a agricultores que pretendam de fato 
dedicar-se à produção rural.
O Sistema CNA/SENAR se opõe às invasões de terras ou de quaisquer propriedades 
privadas ou públicas, como também repudia os métodos violentos de ação de indivíduos 
ou movimentos que se proclamam defensores da Reforma Agrária.
A partir da experiência que o Sistema CNA/SENAR tem na produção rural, procura 
advertir que apenas a propriedade da terra, por si só, não é suficiente para assegurar a 
viabilidade da exploração agrícola e garantir uma boa condição de vida para os novos 
agricultores e suas famílias. Outros recursos como: financeiros, técnicos e de capacitação 
profissional, são imprescindíveis.
Portanto, uma Reforma Agrária efetiva, que vise a resultados econômicos concretos, 
deve tratar equilibradamente de todos os aspectos. A ênfase exclusiva na distribuição de 
terras tem, na prática brasileira, criado assentamentos que não conseguem se viabilizar, 
por falta de todos os recursos que são necessários.
Em vista disso, o Sistema CNA/SENAR quer apoiar os produtores dos assentamentos, 
da mesma forma que apóia o conjunto dos produtores rurais brasileiros, compartilhando 
com eles seus recursos institucionais e integrando-os na luta comum pela melhoria das 
condições da produção e da vida rural no Brasil.
Até aqui tudo bem? Alguma dúvida? Lembre-se, qualquer dúvida entre em contato com o seu 
tutor, no Ambiente Virtual de Aprendizagem, pela ferramenta Tira-dúvidas!
Após leitura sobre direito de propriedade e reforma agrária, acompanhe a seguir um texto que 
o seu tutor preparou para vocês, sobre origem do direito de propriedade. Vamos lá!
O estudo sobre Origem do direito de propriedade será apresentado pelo seu tutor. Leia, a 
seguir, o que o ele preparou para você.
Origem do direito de propriedade
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
13Curso 06 - Direito de Propriedade
Para aprender ou relembrar sobre origem do direito de propriedade, acesse o Ambiente Virtual 
de Aprendizagem e faça o download do arquivo que se encontra na sala de aula.
Caso surjam dúvidas, ou curiosidades, durante o estudo do curso, não hesite em contatar o 
tutor pela ferramenta Tira-dúvidas, ele está lhe aguardando. Mas, se não houver dúvidas, 
vamos seguir em frente!
A seguir, acompanhe no próximo tópico aspectos conceituais do direito de propriedade, vamos lá?
Bem, a noção de propriedade do direito nasce da própria ideia de liberdade do indivíduo. 
Aliás, esse é um conceito que foi aceito pelos cientistas ditos contratualistas. 
A propriedade é fruto do próprio trabalho humano, ou seja, tudo que você obtém, todos os 
frutos que você colhe, do seu direito, da sua liberdade de trabalho é de sua propriedade, 
portanto, é um direito fundamental seu.
Quando os contratualistas assumiram que o direito de propriedade é um direito fundamental, 
na verdade eles defendem que você tem que sair do seu estado natural.
A sociedade tem que ser regida por regras, por ordenamentos jurídicos e, são esses conceitos 
de liberdade, de propriedade que vão gerar segurança jurídica dentro da sociedade.
Coloque em prática a sua leitura, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e para realizar 
a atividade desse tópico.
Atividade
Arraste as palavras abaixo para completar as frases.
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
14Curso 06 - Direito de Propriedade
Agora que você já colocou em prática suas leituras, acompanhe no próximo tópico aspectos 
conceituais do direito de propriedade, vamos lá?
A propriedade é um direito real, ou seja, sobre um bem conforme se encontra no regime jurídico 
definido pela legislação civil. No caso da legislação brasileira o art. 1228 do Código Civil, 
estabelece as faculdades básicas da propriedade, definindo-a como o direito de usar, gozar e 
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou 
a detenha. Nos termos do direito civil, em regra, é titular da propriedade aquele que a adquiriu 
de acordo com os critérios legais.
Aspectos conceituais do direito de propriedade
Acompanhe a conversa de Davi e Otávio, que estão muito animados com o curso oferecido 
pelo Sistema CNA/SENAR.
Davi: Otávio, você está gostando do curso?
Otávio: Sim, Davi! Estou gostando muito!
Davi: Você sabia que meus vizinhos, que estão 
com problema para legalizar suas propriedades, 
estão fazendo o curso também?
Otávio: Sim, Davi! Eu soube! Até conversei outro 
dia com alguns deles. E me disseram que o Sistema 
CNA/SENAR tem contribuído muito esclarecendo 
as dúvidas deles. 
Davi: Nossa, Otávio que bom! Eu gostaria muito 
ajudá-los, como você sabe, e este curso, veio em boa hora! 
Otávio: Bom, vamos voltar aos estudos, pois no próximo tópico vamos saber mais sobre os 
aspectos conceituais do direito de propriedade.
Davi: Vamos, sim! Nos encontramos no Ambiente Virtual de Aprendizagem!
A seguir, continue a leitura sobre aspectos conceituais do direito de propriedade e, qualquer 
dúvida, você já sabe, entre em contato com o seu tutor, no Ambiente Virtual de Aprendizagem, 
pela ferramenta Tira-dúvidas.
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
15Curso 06 - Direito de Propriedade
No tópico anterior você pôde perceber que nos termos do direito civil, em regra, é titular da 
propriedade aquele que adquiriu de acordo com os critérios legais.
Neste tópico você verá como o direito de propriedade é compreendido pelo Supremo Tribunal 
Federal. Leia a seguir.
Tópico 01: Aspectos conceituais do direito de propriedade
Tem prevalecido que o direito de propriedade previsto na 
Constituição Federal não é somente aquele determinado 
pela legislação civil , mas também, outros direitos de 
conteúdo patrimonial (direitos relativos ao patrimônio: 
casa, carro, bens materiais, crédito, etc.). Como ressalta 
o autor Hesse, o aproveitamento privado de um direito de 
valor patrimonial. Desse modo, compreende-se o direito 
inscrito no art. 5º, caput e inciso XXII, da Constituição de 
forma ampliada, como o direito fundamental do cidadão de 
não ser desapropriado de seu patrimônio, sem uma justa 
indenização. 
Com relação ao conceito constitucional de propriedade, o Supremo Tribunal Federal, 
ao examinar na ADI nº 1.715-3/DF a
constitucionalidade de ato normativo que fixava 
prazo para reclamação de valores depositados em conta corrente por pessoas que não 
efetuaram o devido recadastramento, analisou o alcance do direito fundamental constante 
do art. 5º, XXII, da Constituição.
Isso porque, segundo a legislação civil, o direito sobre as quantias depositadas em 
instituições bancárias deixa de ter natureza real para assumir caráter creditício.
Ao manifestar seu entendimento sobre a questão, o Ministro Sepúlveda Pertence 
sustentou precisamente que propriedade para os fins constitucionais é sinônimo de 
patrimônio, e que os direitos de crédito se situam no campo normativo da proteção 
constitucional à propriedade. 
Também o Ministro Carlos Velloso perfilhou orientação semelhante. Para ele, a disposição 
constitucional garantidora do direito de propriedade não fica somente no direito real, ou 
não deve ser interpretada em sentido estrito, abrangendo também, numa interpretação 
extensiva (...), a titularidade do crédito, ou o direito de crédito, dado que essa titularidade 
implica em ser, de certa forma, proprietário. 
Desse modo, ao se reconhecer proteção constitucional aos direitos creditícios sob a 
garantia da propriedade, favoreceu-se via interpretativa abrangente que dá ao direito 
fundamental do direito de propriedade significado mais amplo que a conceituação da 
legislação civil. 
Após leitura dos aspectos conceituais do direito de propriedade, acompanhe no próximo tópico 
a conclusão do módulo.
Ah, caso você ainda tenha alguma dúvida, não hesite em entrar em contato com o tutor pela 
ferramenta Tira-dúvidas, ele está lhe aguardando. 
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
16Curso 06 - Direito de Propriedade
Estamos concluindo módulo 1 que tratou sobre “Aspectos conceituais e origem do direito à 
propriedade”.
Nele você teve a oportunidade de conhecer ou relembrar sobre direito de propriedade e sobre 
a Reforma Agrária, que tem o objetivo de estender o direito de propriedade e multiplicar o 
número de proprietários no campo.
Pôde constatar, também, a diferença no tratamento entre empresas urbanas e empresas rurais, 
onde as empresas urbanas vêm investindo e usando a “Responsabilidade Social” como uma 
demonstração voluntária de pró-atividade, mas com o objetivo de fazer marketing. Já as empresas 
rurais têm a obrigação de “cumprir a sua função social” independente dos resultados financeiros 
ou viabilidade econômica da empresa rural, e não atendendo o percentual de produção estipulado 
pelo governo, correm o risco de perder suas terras ou delas serem invadidas.
Já o tema origem do direito de propriedade abordou a propriedade como direito fundamental, 
no sentido de que trabalho exercido pelo homem e os frutos que dele obtiver são de sua 
propriedade. Pois o trabalho que ele realizou e adquiriu, são propriamente dele, e ninguém 
tem o direito sobre aquilo que ele conseguiu com seus esforços. Em termos jurídicos, sua 
segurança e estabilidade promovem a valorização do trabalho enquanto atividade humana. 
E sobre esta perspectiva o trabalho e propriedade são tomados como aspectos inerentes à 
condição humana e à liberdade pessoal.
E finalizando, o tema aspectos conceituais do direito de propriedade ressaltou que tem 
prevalecido que o direito de propriedade previsto no art. 5º, inciso XXII da Constituição Federal 
não é só o direito à propriedade previsto no art. 1.228 do Código Civil, mas também outros direitos 
de conteúdo patrimonial. Em vista disso, compreende-se o direito de propriedade como direito 
fundamental do cidadão não ser desapropriado de seu patrimônio, sem uma justa indenização.
Ah! Nossa conversa continua no próximo módulo, onde trataremos sobre um assunto de suma 
importância que é “propriedade e direitos fundamentais e constituição”.
Aguardamos você lá!
Ah! Mas antes realize a atividade final deste módulo no tópico a seguir! Vamos lá?
Concluindo o módulo
Módulo 01 - Aspectos conceituais e origem do direito à propriedade
17Curso 06 - Direito de Propriedade
Atividade final do módulo
Lembre-se: você deve acessar o Ambiente Virtual de Aprendizagem para realizar esta atividade.
Assinale as alternativas corretas
a. ( ) Há, certamente, pessoas que não entendem que existe uma relação entre a definição 
 do direito estadual e o alcance da norma civil. 
b. ( ) As empresas de todos os setores vêm investindo e usando a “Responsabilidade Social” 
 em uma demonstração voluntária de pró-atividade. 
c. ( ) Já a empresa rural tem a obrigação, desde o estatuto da terra, de “cumprir a sua 
 função social” independente dos resultados financeiros ou viabilidade econômica da 
 empresa rural. 
d. ( ) Tem prevalecido que o direito de propriedade previsto no art. 5º, inciso XXII da 
 Constituição Federal não é só o direito à propriedade previsto no art. 1.228 do Código 
 Civil, mas também outros direitos de conteúdo patrimonial. 
e. ( ) A Reforma Agrária, como meio de defender o direito de propriedade e multiplicar o 
 número de proprietários da área urbana, desrespeitando-se o direito e as leis, amplia 
 e aprofunda a liberdade e a democracia.
Saiba mais
LEAL, Roger. Direito de propriedade. 
ROSENFIELD, D.L. Reflexões sobre o direito de propriedade.
Referências
PEREIRA, Caio M. da S. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, Vol. IV, 
19. ed., 2008.
BURDEAU, Georges. Les libertés publiques. Paris: LGDJ, 3. ed., 1966. 
ARENDT, Hanna. A condição humana. São Paulo: Forense Universitária, 10. ed.
Jean-Jaques Israel. Direito das Liberdades Fundamentais. Barueri: Manole, 2005..
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Cap. V, n. 27 e 36, São Paulo: 
IBRASA, 1963.
SILVA, José A. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 23. ed., 
2003. 
OTERO, Paulo. Instituições Políticas e Constitucionais. Coimbra: Almedina, Vol. I, 
2007.

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