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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA BIOTECNOLOGIA BIOMATERIAIS Professora: Msc. Fernanda Figueiredo Mendes GOIÂNIA 2012 UFG Biocompatiibilidade e resposta biológica aos biomateriais: INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA Capacidade de um biomaterial de desempenhar sua função no que diz respeito a uma terapia médica, sem suscitar: Quaisquer efeitos indesejáveis locais ou sistêmicos para o hospedeiro Gerar o efeito benéfico mais apropriado de resposta celular ou tecidual Optimização do desempenho clinicamente relevante do que a terapia se propõe. Biocompatibilidade de um biomaterial Classificação dos tipos de biomateriais segundo a reação que causam: Bioinertes – não reagem – cápsula fibrosa mínima Bioativos – integração tecido e biomaterial Biotoleráveis – causam reação aceitável – cápsula fibrosa Biodegradáveis – são degradados durante a reação Biocompatibilidade Não causar modificações físicas no tecido hospedeiro Ser quimicamente inerte Não ser carcinogênico Não causar reação alérgica Não causar reação de corpo estranho Resistência a forças mecânicas Esterilização Tamanhos diferentes Não necessitar de preparo O que queremos? Por técnicas de avaliação in vitro e in vivo In vitro Cultura celular: Citotoxicidade Morfologia e Adesão Crescimento e proliferação Atividade In vivo Reação Função E como fazemos? Injúria Implantação do biomaterial Resposta tissular Sequência de eventos: O que acontece? Lesão Interação material-sangue Inflamação aguda Inflamação crônica Tecido de granulação Reação de corpo estranho Desenvolvimento de cápsula fibrosa Inflamação Conceito Reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizado morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. Latim – inflamare Grego - phlogosis Inflamação Função da resposta inflamatória Minimizar os efeitos de um agente agressor Delimitar - fibrina Diluir – edema Destruir – lise, fagocitose e anticorpos Remover – lise e fagocitose Promover a reparação Regeneração Cicatrização Inflamação Resposta inflamatória Alterações vasculares Alterações celulares Classificação da resposta inflamatória Aguda Crônica Inflamação Resultado final da resposta inflamatória Eliminação do agente agressor – reação adversa ao implante Expulsão, Calcificação Morte do hospedeiro Reação inflamatória aguda Biocompatibilidade Fatores determinantes Extensão da lesão Propriedades do biomaterial Inflamação Tamanho Forma Localização Propriedades químicas Propriedades físicas Quando inflama o que acontece? Sinais cardeais da inflamação Dor Rubor Calor Tumor - edema Perda de função Inflamação Sistema cardiovascular: revisão Grandes Artérias Médias Artérias Pequenas Artérias Arteríolas Grandes Veias Médias Veias Pequenas Veias Vênulas Inflamação Microcirculação ArteríolaMúsculo liso Esfíncter pré-capilares Capilar Metarteríola Vênula Anastomose (Shunt) Fenômenos que acompanham a inflamação Irritativos Vasculares Exsudativos Degenerativos – necróticos Produtivos - reparativos Inflamação Reação geral do organismo Fenômenos irritativos Modificações morfo-funcionais dos tecidos agredidos, em consequência da produção e/ou liberação de mediadores químicos diante da ação do agente inflamatório (flogógeno) que desencadeará os fenômenos seguintes. Inflamação Fenômenos vasculares Alterações hemodinâmicas da microcirculação e de permeabilidadde vascular no local da lesão. Hiperemia ativa localizada Vasodilatação Aumento da permeabilidade Redução do fluxo sanguíneo Inflamação Alterações celulares Fenômenos vasculares Vasodilatação com hiperemia Aumento fluxo sanguíneo Aumento da permeabilidade Fenômenos vasculares Exsudação leucocitária Inflamação Fenômenos exsudativos Saída de elementos celulares do sangue (plasma e células) do vaso para o interstício Classificação quanto a origem Exsudação plasmática Exsudação celular Neutrófilos Eosinófilo Mastócitos Macrófagos Linfócitos Inflamação Classificação do exsudato quanto ao tempo e tipo celular Agudo Crônico Inflamação Pressão hidrostática A. NORMAL B. EXSUDATO Pressão colóide osmótica Proteínas plasmáticas Vazamento de fluido e proteínas Vasodilatação e estase Aumento espaço interendotelial Vazamento de fluido Inflamação Exsudato celular Exsudato celular Polimorfonucleares Granulócitos Neutrófilos Núcleo multilobulado Organelas escassas Fagocitose e digestão de agentes estranhos Bactérias Mobilização de células em maturação da medula Infecções Quimiotaxia Eosinófilo Baixa atividade fagocitária Imunocomplexos, bactérias, fungos, e partículas inertes e helmintoses Exocitose de EROS e ERNS Basófilos e Mastócitos Inflamações crônicas Fenômeno de hipersensibilidade Quimiotaxia de eosinófilos Histamina e Serotonina Exsudato celular - PMN Mononucleares agranulócitos Macrófagos Fagocitose Apresenação de antígeno Quimiotáxico Secretam NO, superóxidos, PGE2, citocinas ( TNF, IL-1, IL-12, IL-10, TGF-beta, IL-13 e outras) Fatores de crescimento Exsudato celular Linfócito Células que reconhecem e respondem especificamente aos antígenos estranhos Linfócitos B – produção de anticorpos Linfócitos T – citotóxicos Plasmócito Células produtoras de anticorpos Granulomas Exsudato celular Intraluminais Marginação Rolagem Adesão Transmigração endotelial – diapedese Migração tissular Extravasamento celular Extravasamento celular Extravasamento celular Mas como os leucócitos escolhem ir pro local da lesão? Liberação de fatores quimiotáticos Captura dos fatores quimiotáticos Migração em direção aos fatores quimiotáticos Inflamação Inflamação Capilar Interstício Espaço alveolarMacrófago Colágeno InjúriaLiberação de quimiotáticos Leucócitos recebem os quimiotáticos Leucócitos migram em direção ao quimiotático Moléculas de Adesão Leucócitos: oligossacarídeos e integrinas Oligossacarídeos: glicoproteínas Integrinas: LFA -1, VLA -1, MAC-1 Células Endoteliais: seletinas e imunoglobulinas Seletinas: E-seletina e P-seletina Imunoglobulinas: ICAM-1 (molécula de adesão intercelular) e VCAM-1 (molécula de adesão vascular) Inflamação Moléculas de Adesão Leucócitos: oligossacarídeos e integrinas Células Endoteliais: seletinas e imunoglobulinas Inflamação Integrina ImunoglobulinaSeletina Glicoproteína QUIMIOTAXIA Direcionamento orientado por um gradiente químico (mediadores) MEDIADORES QUÍMICOS Substâncias químicas que induzem/ manutenção Inflamação Classificação: Mediadores Inflamatórios de Origem Celular Mediadores Inflamatórios de Origem Plasmática Inflamação Mediadores inflamatórios de origem celular AMINAS VASOATIVAS Histamina Mastócitos, basófilos e plaquetas Função: Vasodilatação Aumento da permeabilidade Constrição venular Quimiotaxia para eosinófilos Inflamação Enzimas lisossomais Neutrófilos, Macrófagos e Plaquetas Função Permeabilidade vascular Ativação do sistema complemento Citocinas (linfocinas e quimiocinas) Linfócitos Respostas imunes e inflamatórias Inflamação – Mediadores celulares Eicosanóides Prostaglandinas Leucócitos, plaquetas e células endoteliais Prostaglandina (PGE2; PGD2; PGF2; PGI) Vasodilatação, dor Tromboxano (TXA2) Vasoconstrição Leucotrienos Leucócitos Leucotrienos (LTB4) Quimiotaxia e aderência para neutrófilos Lipoxinas (LXA4 e LXB4) Pro-infl: aderência de monócitos Anti-infl: inibem a quimiotaxia de neutrófilos Inflamação – Mediadores celulares Fator ativador plaquetário Mastócitos e plaquetas Estimula a agregação plaquetária Ativação e desgranulação de neutrófilos e eosinófilos Ativação de complemento Sistema complemento 20 proteínas C3 e C5 Efeito lítico Inflamação – Mediadores celulares http://www.biomaterial.com.br/inflama/quamed.html Classificação do exsudato quanto ao tempo Fase aguda - resposta inflamatória imediata e inespecífica do organismo diante da agressão Alterações vasculares Exsudação plasmática PMN – neutrófilos e eosinófilos Inflamação Neutrófilos – algumas horas (em torno de 3 dias) Exsudação de fluido e proteína plasmática Fagocitose Reconhecimento Adesão Fagocitose Destruição Inflamação aguda Fase aguda Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elementos teciduais mais próximos da reparação, diante da permanência do agente agressor Inflamação persistente Macrófagos Resposta imune Liberação de fatores de crescimento Linfócitos e plasmócitos Produção de anticorpos Fase crônica Proliferação de tecido conjuntivo Relação com o biomaterial Localização do implante Propriedades químicas e físicas Bioativo? Deslocamento Fase crônica Exsudato Aumento da celularidade Basófilos, mastócitos Monócitos, macrófagos Linfócitos, plasmócitos Fenômenos degenerativos necróticos Fenômenos reparativos produtivos Fase crônica Fenômenos degenerativos necróticos Compostos por células com alterações degenerativas reversíveis ou não, derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas conseqüentes de fenômenos irritativos, vasculares e exsudativos. Ação direta do agente agressor Transtornos circulatórios Trombose, isquemia, hipóxia Exsudato Compressão de estruturas Fase crônica http://www.eplasty.com/index.php?option=com_content&view=article&id=463&catid=171:volume-10-eplasty-2010 Fenômenos produtivos reparativos Fenômenos produtivos são aqueles que representam modificações morfológicas das células do exsudato após migração para o interstício e se continuam com a reparação das perdas locais. Reparar as perdas locais Neoformação conjuntivo vascular Tecido de granulação Fase crônica PP 15 d PP 15d PH 30d PP 7d Características gerais da inflamação eliminação completa do agente agressor seguida de regeneração Persistência do agente agressor, da inflamação e tentativa de reparo por cicatrização (fibrose) Resultados: Inflamação aguda Inflamação crônica Inflamação aguda: agressão imediata - inicia-se em segundos e pode durar até alguns dias Caracterísitcas: vasodilatação, aumento da permeabilidade, extravasamento de leucócitos (diapedese) infiltrado inflamatório predominante polimorfonuclear (neutrófilos com poucos linfócitos ou macrófagos). Resultado: eliminação completa do agente agressor seguida de regeneração ou cicatrização do tecido. Exemplo: queimadura leve, simples arranhão, broncopneumonia aguda inflamação crônica: processo longo (dura meses a anos) Características – destruição tecidual, presença concomitante de lesão e tentativa de regeneração (cicatrização). infiltrado predominante mononuclear (macrófagos, linfócitos T e B, fibroblastos e miofibroblastos). Resultado: produção de matriz extracelular (tecido de granulação) e cicatrização (fibrose). Exemplos: cirrose hepática, .