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BACTÉRIAS E DOENÇAS ASSOCIADAS INFECÇÕES CUTÂNEAS E GENITAIS Profª. Valéria Helena Guazeli Amin Infecções bacterianas de pele Piodermites: bactérias piogênicas Frequentes e com diferentes apresentações clínicas Agentes Etiológicos Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Streptococcus pyogenes Estafilococo dourado: pigmento amarelado, carotenóides Grande nº de infecções humanas 15% das pessoas: pele ou nasofaringe Infecção através de pequenas lesões na pele: pus pastoso e granuloso – bactéria piogênica Staphylococcus aureus Gram-positiva Toxina alfa: abre poros na MP e destrói céls. – forma bolhas e necrose Toxina beta: degrada lipídeos Toxinas esfoliativas: esfoliação na pele Enterotoxinas (intoxicação alimentar): gastroenterite e diarreia devido a alimentos contaminados por S. aureus Toxina da síndrome do choque: superantígeno que provoca choque séptico S. aureus e toxinas Estafilococos gram-positivo, arranjado em cachos e tétrades Microbiota da pele e mucosas Infecções hospitalares: catéteres, sondas, próteses, stents... Formam biofilmes de adesão e dificultam a ação de drogas antimicrobianas e macrófagos Não produz toxinas Staphylococcus epidermidis Estreptococos gram-positivo (cadeias de cocos) - hemolítico do Grupo A Toxinas: Estreptolisina S e O: destróem MP e causam hemólise Exotoxinas pirogênicas: febre e choque DNAses: deixam o pus + líquido Hialuronidase: degrada conjuntivo Toxina da síndrome do choque tóxico Streptococcus pyogenes Hemólise provocada em ágar sangue Estreptolisina S e Estreptolisina O 10% população: flora da orofaringe (portadores sãos) Transmissão: contato Faringoamigdalite de repetição Doenças bacterianas de pele Foliculites e Furúnculos (S. aureus, S. epidermidis) Síndrome da Pele Escaldada (S. aureus) Impetigo, Celulite, Erisipela, Ectima, Paroníquia (S. aureus, S. pyogenes) Outras doenças associadas S. aureus: gastroenterite estafilocócica, endocardite, osteomielite, pneumonia aspirativa, septicemia S. epidermidis: endocardite, peritonite, infecções em próteses, septicemia S. pyogenes: faringite escarlatina, fasciite necrosante, septicemia Complicações: febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica Quanto + profundo for o comprometimento da pele e dos anexos maior a probabilidade de ocorrência de sintomas gerais: febre, cefaléia, aumento dos gânglios linfáticos e septicemia Níveis de infecção da pele Infecções de folículos pilosos (inserção dos pêlos), podendo estender ao redor, S. aureus e S. epidermidis Foliculites Formam pústulas junto aos pêlos e epiderme Foliculites e Furúnculos Foliculites Foliculite Furúnculo Abscesso estafilocócico perifolicular (foliculite profunda: derme), circunscrito, arredondado, agudo, doloroso, com supuração central e necrose dérmica A massa necrótica eliminada é denominada carnegão Chama-se antraz o agrupamento de 2 ou + furúnculos Furúnculos Cicatrizes atróficas – deprimidas e violáceas Fatores predisponentes: Má-nutrição Diabetes, Alcoolismo Dermatites + coceira Imunossupressão (HIV, drogas) Estado de portador nas fossas nasais, área inguinal... Hordéolo ou Terçol Obstrução da glândula sebácea das pálpebras que pode vir acompanhada de infecção por Staphylococcus aureus pequeno abscesso (coleção de pus) Infecção cutânea aguda e disseminada na qual a pele se solta como se o doente estivesse queimado Staphylococcus sp. toxina esfoliativa: faz com que a epiderme se separe das demais camadas da pele (epidermólise) Síndrome de Ritter Atinge lactentes, crianças e adultos imunossuprimidos – em hospitais, creches... mãos não higienizadas Síndrome da Pele Escaldada Início: lesões crostosas semelhantes ao impetigo Em seguida, áreas cor escarlate ao redor, dolorosas Grandes extensões de pele tornam- se vermelhas e formam bolhas que rompem com facilidade A pele superficial se solta em grandes fitas quando friccionada mesmo ligeiramente (como a pele do tomate) Abaixo, área úmida eritematosa e dolorosa Adoecimento grave: febre, calafrios, fraqueza, desidratação, infecções secundárias Infecção primária de pele que afeta a camada superficial (epiderme) S. aureus e Streptococcus pyogenes Altamente contagiosa por contato físico Colonizam a pele normal e penetram através de traumas, cortes, ranhuras, picadas de inseto, tatuagens... Impetigo Impetigo Estafilocócico Neonatal IMPETIGO BOLHOSO (toxina alfa): bolhas amareladas frágeis e amplas lesão úlcero-crostosa úmida e amarelada, circundada por área de eritema Manifestações: fraqueza, febre, diarréia Pode evoluir com: bacteremia, pneumonia, meningite e morte É muito contagioso ameaçando berçários, entre o 4º e 10º dias de vida do bebê Impetigo Estafilocócico Neonatal Impetigo Estreptocócico Pústula ou bolha de involução rápida (não-detectada) lesão úlcero-crostosa úmida e amarelada, circundada por área de eritema Celulite: infecção difusa em subcutâneo: S. pyogenes e S. aureus Bactérias penetram na pele (fissuras, feridas prévias – úlceras varicosas + edema, mordidas, lesões feitas na água, micoses), proliferam e disseminam localmente pelos vasos linfáticos Causa inflamação, dor, eritema, febre, calafrios, cefaléia... Celulite e Erisipela Placas enduradas, edematosas, avermelhadas e quentes, mal delimitadas Erisipela: celulite causada por estreptococos Erisipela 1º: eritema local e edema Pode haver ruptura do tecido com erosão ou ulceração e eliminação de pus e tecido necrótico, além de linfedema Complicações: trombose, gangrena e septicemia; glomerulonefrite Erisipela Erisipela Dermatite de caráter erosivo e ulcerativo: Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus Pode ser a evolução de um impetigo não tratado em que a bactéria atinge a camada + profunda da epiderme e derme superficial Grupos de risco: crianças, idosos e diabéticos Ectima Associa-se a higiene precária, picada de insetos, microtraumatismos, ato de coçar a lesão... Formam vesículas ou pústulas lesões ulceradas recobertas por crostas espessas, halo eritematoso = deixam cicatrizes Ectima Infecção que ocorre na pele das bordas laterais, em torno das unhas: “unheiro” Streptococcus, Staphylococcus Fungo: Candida Outras bactérias: Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp. Grupos de risco: mulheres (donas de casa, lavadeiras, manipuladoras de alimentos – umidade constante) + retirada traumática de cutículas, roer unhas... Paroníquia Edema doloroso e purulento dos tecidos ungueais. Hanseníase Mal de Hansen, Lepra Morfeia, Mal de Lázaro Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen Gerhard Hansen: 1873 Trato resp. sup., nervos e pele “Doença mais antiga do mundo”: 4.000 anos 1.350 a.C. no Egito Endêmica: países tropicais: Ásia (Índia) Brasil 2º Agente Etiológico A lepra ataca hoje em dia ainda mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Há 700.000 casos novos por ano no mundo. Londrina/PR: área endêmica Mycobacterium leprae Crescimento muito lento Parasitas intracelulares obrigatórios Transmissão: secreções nasais – ao tossir, espirrar Não é muito infecciosa, mais em pacientes com a forma lepromatosa Período de incubação: 3 a 5 anos após a infecção 90% dos indivíduos: resistência natural Indivíduos em tratamento ou curados: não transmitem + Agente Etiológico Parede celular: cadeia lipídica externa (cêra) = galactana, arabinana e ácido micólico Resistente: estresse ambiental, desinfetantes, corante comuns, captação de nutrientes, defesas do hospedeiro e antibióticos 04 formas clínicas: Indeterminada, Tuberculóide , Virchowiana (ou Lepromatosa) e Dimorfa Indeterminada: forma inicial da doença Máculas hipocrômicas ou acrômicas (coloração + clara que a pele normal), ou discretamente eritematosa Acometimento dos nervos: supressão da sensibilidade térmica frio e quente, sudorese sobre a mancha Patogenia Pode permanecer estável (maioria dos casos, sem evolução), não contagiosa > nº de manchas: pior prognóstico ou evoluir p/: Hanseníase Tuberculóide, Hanseníase Lepromatosa (ou Virchowiana) ou Hanseníase Dimorfa + severas: virchowiana e dimorfa Hanseníase Tuberculóide 2ª fase da doença: micropápulas na pele normal ou sobre manchas da forma indeterminada, + eritematosas Insensibilidade (térmica dor tato), alopecia, fraqueza, nevralgia Não contagiosa Tuberculóide Bordas eritematosas com micropápulas (aspecto granuloso) Lesão em placa eritematosa Pacientes com boa resposta imunitária: conseguem conter a disseminação do bacilo através da formação de “granulomas” = macrófagos agrupados e linfócitos ao redor ou Lepromatosa ou Hanseníase multibacilar: insidiosa, progressão lenta (anos) – a mais severa forma infectante Susceptibilidade ao bacilo: multiplicação e disseminação da doença Lesões cutâneas : lepromas ou hansenomas (nódulos e placas), em todo o corpo... rosto (fáscies leonina), coriza e congestão nasal; atinge órgãos internos Comprometimento ocular (úlceras de córnea), anemia, infiltração do fígado, baço, rins, adrenal, testicular... Virchowiana Facies leonina Comprometimento dos nervos periféricos: anestesia, nevralgia (nervo espessado e doloroso à palpalção), distúbios motores – atrofia de músculos das mãos (garra), atrofia da musculatura da perna (pé caído, marcha escarvante), pálpebras entreabertas Lesões cutâneas são + acastanhadas 6) Doenças causadas por Bactérias Hanseníase (Lepra) Bactérias e Doenças Associadas Destruição e perda de tecidos: alterações tróficas das extremidades com consequente reabsorção óssea progressiva das falanges (reduzidas a cotos) Atrofia muscular: mãos em garra O comprometimento ósseo pode levar à destruição do septo nasal, com desabamento do nariz (nariz em sela) Mal perfurante plantar: destruição e perda de tecido plantar por traumatismos frequentes não percebidos pelo paciente Célula de Virchow Macrófago e céls. infectadas: parasita intracelular obrigatório = intensa multiplicação intracelular Não forma granulomas ou Boderline: lesões cutâneas papulosas, placas elevadas, acastanhadas ou discretamente eritematosas Lembram características: tuberculóide e virchowiana Anestesia, anidrose e alopecia Danos neurais: incapacidades e deformidades Sem tratamento virchowiana Contagiosa Dimorfa