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COL RESPOSTA CERTA 16 - LINGUA PORTUGUESA - 1 edicao

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Enviado por Daniella Caetano em

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TÍTULOS DA COLEÇÃO RESPOSTA CERTA 
(Questões da Fundação Carlos Chagas)
Volume 1 – Direito Civil
Volume 2 – Direito Penal
Volume 3 – Direito e Processo do Trabalho
Volume 4 – Processo Civil
Volume 5 – Lei dos Servidores Públicos Federais (Lei n. 8.112/90)
Volume 6 – Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública (Lei n. 8.666/93)
Volume 7 – Informática 
Volume 8 – Direito Constitucional
Volume 9 – Direito Administrativo
Volume 10 – Processo Penal
Volume 11 – Direito Tributário
Volume 12 – Direito Eleitoral
Volume 13 – Matemática
Volume 14 – Contabilidade
Volume 15 – Raciocínio Lógico
Volume 16 – Português
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2011
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ISBN 978-85-02-13188-0
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Manaia, Luiz
Português / Luiz Manaia ; coordenadores Fábio Vieira Figueiredo e Ales-
sandro Ferraz. — São Paulo : Saraiva, 2011. — (Coleção resposta certa : 
Fundação Carlos Chagas ; v. 16)
1. Direito - Linguagem 2. Português - Concursos I. Figueiredo, Fábio Vieira. 
II. Ferraz, Alessandro. III. Título. IV. Série.
11-06281 CDU-340.113.1:806.90(079)
Índice para catálogo sistemático:
1. Português : Concursos na área jurídica : 
 Linguagem jurídica : Direito 340.113.1:806.90(079)
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e 
punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Dúvidas? 
Acesse www.saraivajur.com.br 
Data de fechamento da edição: 5-7-2011
F il iais
AMAZONAS/RONDÔNIA/RORAIMA/ACRE
Rua Costa Azevedo, 56 – Centro
Fone: (92) 3633-4227 – Fax: (92) 3633-4782 – Manaus
BAHIA/SERGIPE
Rua Agripino Dórea, 23 – Brotas
Fone: (71) 3381-5854 / 3381-5895
Fax: (71) 3381-0959 – Salvador
BAURU (SÃO PAULO)
Rua Monsenhor Claro, 2-55/2-57 – Centro
Fone: (14) 3234-5643 – Fax: (14) 3234-7401 – Bauru
CEARÁ/PIAUÍ/MARANHÃO
Av. Filomeno Gomes, 670 – Jacarecanga
Fone: (85) 3238-2323 / 3238-1384
Fax: (85) 3238-1331 – Fortaleza
DISTRITO FEDERAL
SIA/SUL Trecho 2 Lote 850 – Setor de Indústria e Abastecimento
Fone: (61) 3344-2920 / 3344-2951
Fax: (61) 3344-1709 – Brasília
GOIÁS/TOCANTINS
Av. Independência, 5330 – Setor Aeroporto
Fone: (62) 3225-2882 / 3212-2806
Fax: (62) 3224-3016 – Goiânia
MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO
Rua 14 de Julho, 3148 – Centro
Fone: (67) 3382-3682 – Fax: (67) 3382-0112 – Campo Grande
MINAS GERAIS
Rua Além Paraíba, 449 – Lagoinha
Fone: (31) 3429-8300 – Fax: (31) 3429-8310 – Belo Horizonte
PARÁ/AMAPÁ
Travessa Apinagés, 186 – Batista Campos
Fone: (91) 3222-9034 / 3224-9038
Fax: (91) 3241-0499 – Belém
PARANÁ/SANTA CATARINA
Rua Conselheiro Laurindo, 2895 – Prado Velho
Fone/Fax: (41) 3332-4894 – Curitiba
PERNAMBUCO/PARAÍBA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS
Rua Corredor do Bispo, 185 – Boa Vista
Fone: (81) 3421-4246 – Fax: (81) 3421-4510 – Recife
RIBEIRÃO PRETO (SÃO PAULO)
Av. Francisco Junqueira, 1255 – Centro
Fone: (16) 3610-5843 – Fax: (16) 3610-8284 – Ribeirão Preto
RIO DE JANEIRO/ESPÍRITO SANTO
Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 – Vila Isabel
Fone: (21) 2577-9494 – Fax: (21) 2577-8867 / 2577-9565 – Rio de Janeiro
RIO GRANDE DO SUL
Av. A. J. Renner, 231 – Farrapos
Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567
Porto Alegre
SÃO PAULO
Av. Antártica, 92 – Barra Funda
Fone: PABX (11) 3616-3666 – São Paulo
Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira César — São Paulo — SP
CEP 05413-909
PABX: (11) 3613 3000
SACJUR: 0800 055 7688
De 2ª a 6ª, das 8:30 às 19:30
saraivajur@editorasaraiva.com.br
Acesse: www.saraivajur.com.br
Diretor editorial Luiz Roberto Curia
Gerente de produção editorial Lígia Alves
Editor Jônatas Junqueira de Mello 
Assistente editorial Sirlene Miranda de Sales
Assistente de produção editorial Clarissa Boraschi Maria 
Arte, diagramação e revisão Know-how Editorial
Serviços editoriais Elaine Cristina da Silva
Kelli Priscila Pinto
Produção gráfica Marli Rampim 
Impressão
Acabamento
Capa Alexandre Rampazo
129.584.001.001
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UMA RESPOSTA A SUA ALTURA:
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS E EDITORA SARAIVA
De todo mundo a vida exige respostas. 
Somos questionados em casa, no trabalho, perante a sociedade e em nossas atitudes, o tempo todo. Até 
mesmo antes de você nascer já pediam uma resposta: Será menino ou menina? É para quando? Está saudável? 
Como vai se chamar?
Pois é, queira ou não, as respostas acompanham você vida afora. Não importam a classe social, o sexo, 
a idade, o grau de escolaridade, a cidade, elas existem e assim deve ser, por um simples motivo. Elas estimu-
lam o passo seguinte, o que você conquista depois. 
É exatamente a isso que se dedica a presente Coleção. Às respostas que todos nós buscamos para as 
etapas que pretendemos vencer com a ajuda do conhecimento. 
Mas, para isso, não basta qualquer resposta: é preciso que seja a certa.
Tão certa quanto a escolha da Editora Saraiva e dos coordenadores desta obra ao elegerem a Fundação 
Carlos Chagas como uma das principais referências dessa rica fonte de estudo, agora ao alcance de suas 
mãos. Uma instituição séria que – com todo o respeito – tem respostas para tudo. Não só pela natureza ime-
diata de sua atividade como planejadora e aplicadora de processos seletivos, mas notadamente por sua larga 
contribuição à educação no Brasil.
Criada em 1964, a Fundação Carlos Chagas é uma instituição privada sem fins lucrativos, reconhecida 
como de utilidade pública nos âmbitos federal, estadual e municipal. Em 45 anos de existência, mais de 74 
milhões de pessoas em todo o território nacional já foram avaliadas pelos rigorosos exames da entidade, em 
número superior a 2.600 projetos realizados para cerca de 500 instituições. Números que só poderiam ser 
atingidos por marcas de tão alta confiabilidade, segurança e qualidade na prestação de serviços.
Dessa forma, a Fundação Carlos Chagas representa para milhões e milhões de pessoas em nosso país o 
passaporte para a concretização de tantos sonhos e projetos de vida. 
É para isso que ela trabalha. É esse seu firme propósito.
Há décadas, ser avaliado por essa instituição é sinônimo de ser efetivamente testado (e aprovado) nos 
limites do próprio conhecimento, não importa em que fase da vida você esteja: se está prestando vestibular, 
disputando uma vaga no mercado de trabalho ou consolidando sua carreira. 
Por essas razões, a Editora Saraiva foi buscar na Fundação Carlos Chagas a resposta certa para você. 
Se a Saraiva é líder no segmento de livros jurídicos e uma das maiores no mercado de materiais didáticos 
para o Ensino Fundamental, Médio e Superior, isso se deve a sua vocação educativa e a seu compromisso com 
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6 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
a formação de várias gerações de brasileiros. Responsabilidade tão bem alinhada com a da Fundação Carlos 
Chagas que não poderia resultar em parceria mais certa. 
Agora é com você, caro leitor. 
Que as respostas presentes neste livro venham à altura de seus objetivos pessoais e profissionais. Que 
encontrá-las seja o menos árduo possível e venha como merecimento pelo que você, de fato, construiu ao 
longo de seu processo de aprendizagem.
Deixamos registrado nosso agradecimento à Fundação Carlos Chagas, pela parceria, e também a você, 
a quem jamais poderíamos deixar de dar uma resposta à altura.
Receba nosso muito obrigado por sua escolha e nossos
votos de sucesso em seus futuros desafios!
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NOTA DOS COORDENADORES 
Coleção Resposta Certa
Fundação Carlos Chagas
Esta Coleção foi desenvolvida para suprir a maior necessidade do concursando: fixar a matéria por meio 
da resolução de exercícios. Assim, avaliamos que, para ser aprovado em concursos públicos, o aluno precisa 
treinar sempre e, sobretudo, aplicar o que aprendeu com o texto legal e com a teoria, pois, caso contrário, não 
obterá êxito em sua caminhada, tendo em vista que a concorrência é enorme.
A escolha das provas aplicadas pela Fundação Carlos Chagas deveu-se ao grande número de concursos 
normalmente realizado pela organização. A título de exemplo, os que são promovidos para ingresso nas 
seguintes instituições: 
  Banco Central
  Câmara dos Deputados
  Defensorias Públicas
  ICMS – Agentes Fiscais
  ISS – Auditor de São Paulo
  Magistraturas Estaduais
  Ministério Público Estadual
  Ministério Público da União
  Procuradorias Municipais, Estaduais e Federais
  Tribunais de Justiça
  Tribunais de Contas
  Tribunais Regionais Eleitorais
  Tribunais Regionais Federais das 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Regiões
  Tribunais Regionais do Trabalho etc.
Antecipamos ao leitor que os comentários de cada volume são breves e objetivos, especialmente quando 
o tratamento de um tema específico exige exame mais profundo. 
Em função da sistemática adotada, pudemos selecionar um número bastante razoável de questões, o que 
possibilitou a diversificação dos temas. Além disso, demonstramos ao concursando que muitas vezes as in-
dagações dos examinadores são as mesmas para carreiras distintas.
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8 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Importante mencionar que todos os autores já foram um dia aprovados em concurso. Entre eles há pro-
fessores especializados em cursos preparatórios. Isso denota a importância de conhecer a instituição orga-
nizadora, o que é fundamental para a obtenção do êxito. 
Para facilitar o manuseio, a Coleção foi dividida por matérias, cada uma apresentando um número 
mínimo de questões que possa, por assim dizer, “cobrir” os editais dos diversos concursos públicos ou priva-
dos. Com essa sistemática, estamos absolutamente certos de que os comentários propiciarão uma excelente 
ferramenta de desenvolvimento e depuração do raciocínio do candidato.
Em algumas das questões, o autor diverge do gabarito oficial. Para esses casos, os respectivos comen-
tários apresentam a fundamentação legal, doutrinária e jurisprudencial. 
Por óbvio, não houve por parte dos autores de cada volume específico a pretensão de esgotar os diferen-
tes temas. Nosso desejo é levar o aluno a testar seus conhecimentos e, acima de tudo, descobrir exatamente 
qual é a tônica da arguição da banca que o examinará em sua prova. 
Com essa receita, estamos convencidos de que o candidato atingirá seu objetivo: ser aprovado!
Sucesso a todos os concursandos e estudiosos. 
Que Deus ilumine o caminho de vocês nesta jornada. 
Por oportuno, agradecemos à diretoria da Editora Saraiva, sobretudo aos amigos Nilson e Luiz Roberto, 
pela atenção dispensada aos projetos encaminhados. Aos queridos amigos e companheiros que nos acom-
panham nos últimos anos: Vanderlei, Edson e Jônatas, que, em primeiro lugar, tiveram contato com os 
projetos e sempre ofereceram apoio incondicional, não medindo esforços para a sua realização, inclusive 
deste, em especial, oferecemos nossa eterna estima e grande carinho.
Aos amigos do editorial: Clarissa, Lígia, Manuella, Thiago e Vinícius.
Aos queridos amigos do departamento comercial: ao Rubens, que lidera uma equipe de profissionais do 
mais alto gabarito, trabalhando duro pelo sucesso comercial de nossos projetos. Ao estimado Sérgio e a to-
dos os demais amigos: André, Antônio Roberto, Clarice, Diná, Roberto e Tiago.
A todos vocês o nosso especial agradecimento.
Os Coordenadores
Alessandro Ferraz
Advogado. Ex-serventuário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 
Professor de Direito Constitucional e Administrativo em cursos preparatórios 
para carreiras públicas. Professor do Obcursos São Paulo, Curso Formação 
e Complexo Jurídico Damásio de Jesus.
Fábio Vieira Figueiredo
Advogado e consultor jurídico. 
Doutorando e Mestre em Direito Civil Comparado pela PUCSP. 
Pós-graduado (lato sensu) em Direito Empresarial e Direito Contratual.
Professor em diversos cursos de graduação e pós-graduação (USCS, USJT e FDDJ) 
e preparatórios para concursos.
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Neste trabalho, você encontrará toda a teoria apresentada nos programas para concursos relativos aos 
segundo e terceiro graus, contendo itens ligados à gramática, bem como à interpretação de textos.
Cabe lembrar que esta pequena obra não substitui o livro. Portanto, havendo dúvidas, caro leitor, con-
sulte uma gramática, pois o livro ainda é a melhor “apostila” que existe.
Quanto ao índice, a ideia de facilitar a consulta levou-nos a dividi-lo por assuntos. Dessa forma, o leitor 
poderá estudar os temas gradativamente.
Em tempos de concursos, costuma-se ouvir todo tipo de argumento. Não perca tempo ouvindo “palpi-
tes ou lendas”, pois, se sua dúvida for de Língua Portuguesa, procure um profissional habilitado para tal, ou 
seja, “Se persistirem os sintomas, procure um professor de português”.
Que este pequeno trabalho seja de enorme valia para seus estudos e desde agora...
Boa Sorte! 
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ÍNDICE
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Questões: 1, 2, 4, 11, 12, 13, 19, 20, 26, 30, 31, 41, 49, 50, 51, 58, 59, 60, 66, 67, 69, 71, 72, 73, 74, 81, 82, 83, 
85, 86, 93, 103, 108, 125, 126, 127, 129, 134, 145, 146, 149, 155, 156, 159, 189, 190, 193, 199, 205, 206, 207, 
208, 210, 214, 221, 222, 230, 231, 234, 235, 236, 239, 241, 248, 257, 260, 263, 269, 270, 271, 272, 273, 279, 
280, 283, 288, 289, 290, 294, 298, 299.
ESTRUTURA, FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO DAS PALAVRAS, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Questões: 3, 21, 37, 38, 53, 62, 67, 79, 86, 90, 94, 107, 119, 132, 135, 142, 143, 152, 160, 161, 162, 163, 164, 
165, 166, 167, 168, 170, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 196, 197, 203, 212, 249, 250, 266, 292.
SINTAXE DE PALAVRAS, DE COLOCAÇÃO E REDAÇÃO OFICIAL
Questões: 7, 14, 36, 46, 56, 57, 88, 92, 94, 102, 103, 110, 113, 121, 131, 137, 185, 213, 220, 223, 225, 229, 235, 
251, 253, 254, 256, 259, 261, 268, 282, 286, 287.
VERBO. VOZES, TEMPO E FLEXÃO
Questões: 5, 6, 8, 16, 23, 28, 34, 42, 47, 54, 64, 65, 70, 77, 78, 80, 83, 96, 98, 100, 101, 103, 104, 107, 109, 114, 
116, 117, 118, 122, 139, 143, 147, 150, 151, 153, 158, 184, 192, 197, 219, 224, 226, 228, 262, 276, 285, 288, 293.
SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO. ELEMENTOS DA PARÁFRASE – ADVÉRBIOS E CONJUNÇÕES
Questões: 10, 18, 19, 27, 29, 32, 33, 35, 43, 44, 53, 55, 56, 63, 75, 79, 83, 84, 85, 86, 87, 89, 94, 95, 99, 105, 
109, 115, 124, 126, 128, 135, 136, 137, 138, 146, 148, 149, 157, 182, 183, 186, 187, 188, 191, 194, 195, 198, 
200, 202, 203, 209, 215, 223, 232, 238, 240, 242, 243, 244, 245, 247, 252, 255, 258, 267, 275, 281, 283, 284, 
285, 295, 300, 301.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Questões: 15, 17, 22, 39, 40, 45, 61, 70, 76, 88, 90, 100, 106, 110, 111, 113, 117, 130, 131, 144, 152, 154, 158, 
169, 171, 197, 217, 241, 262, 277, 278, 282, 283, 291, 297, 299.
SINTAXE DE REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL E USO DA PREPOSIÇÃO
Questões: 24, 25, 48, 56, 62, 65, 79, 99, 102, 105, 106, 110, 111, 112,
123, 124, 131, 133, 141, 152, 188, 201, 
211, 216, 220, 221, 233, 242, 243, 246, 264, 265.
PONTUAÇÃO
Questões: 9, 52, 68, 88, 97, 99, 120, 140, 204, 217, 227, 237, 274, 296.
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TRE/AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – 
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010
Atenção: As questões de 1 a 10 referem ‑se ao texto seguinte.
Mordacidade de Montesquieu
O grande pensador Montesquieu, uma das mais iluminadas inteligências da França do século 
XVIII, um mestre para os estudos jurídicos, era também um exuberante talento artístico. Em 1721 
aparece sua primeira obra literária, as Cartas persas, nas quais retrata satiricamente toda a civiliza‑
ção francesa, por meio da suposta correspondência de dois viajantes persas em andanças por Paris 
e desejosos de “instruir ‑se nas ciências do Ocidente”. Em Paris, contemplam uma cidade onde “as 
casas são tão altas que se as julgaria habitadas por astrólogos” e tão extremamente povoadas que, 
“quando todo mundo desce para as ruas, faz ‑se uma bela confusão.”
O rei da França parece ‑lhes “o mais poderoso príncipe da Europa. Não tem minas de ouro 
como o rei da Espanha, seu vizinho, mas tem mais riquezas porque as tira da vaidade dos súditos, 
inesgotável mais que as minas... Esse rei é um grande mágico: exerce seu império sobre o próprio 
espírito dos súditos, fazendo ‑os pensar como ele. Se não tem mais que um milhão de escudos em 
seu tesouro e tem necessidade de dois, não precisa fazer mais do que persuadi ‑los de que um escudo 
vale dois, e todo mundo acredita.”
À crítica da autoridade política, característica do Século das Luzes, junta ‑se à da autoridade 
religiosa, quando os persas encontram “um outro mágico, mais forte que o rei e não menos mestre 
de seu próprio espírito quanto do espírito dos outros. Esse mágico chama ‑se Papa e faz crer aos 
súditos que três não é mais que um, que vinho não é vinho, que pão não é pão, e mil outras coisas 
da mesma espécie. Para não dar descanso aos súditos e não deixá ‑los perder o hábito da crença, 
fornece a eles, de quando em quando, certos tratados de fé.”
O sarcasmo estende ‑se aos costumes, e Montesquieu põe na boca dos persas palavras de admi‑
ração ao encontrarem mulheres muito habilidosas que “fazem da virgindade uma flor que perece e 
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14 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
renasce todos os dias”. Os caprichos da moda entre os franceses parecem ‑lhes surpreendentes, e 
“não se acreditaria em quanto custa ao marido colocar sua mulher na moda.”
Extraído do encarte a Montesquieu. São Paulo: Abril, Os pensadores, 1973.
 B) a habitual usura dos súditos franceses. 
 C) a atuação dos símbolos na linguagem católica. 
 D) a dissimulação feminina das experiências sexuais. 
 E) os traços de um autoritarismo ludibrioso e inescru‑
puloso. 
Alternativa B – CERtA 
A resposta a esta afirmativa está no segundo parágrafo na 
demonstração de poder do rei em convencer seus súditos, 
e não que os franceses fossem usurários.
Alternativa A – ERRADA
A resposta a esta afirmativa está no final do primeiro pa‑
rágrafo.
Alternativa C – ERRADA
O texto traz à tona que, muito mais poderoso que o sím‑
bolo real, estão os símbolos da igreja. 
Alternativa D – ERRADA
Este item encontra ‑se no último parágrafo do texto.
Alternativa E – ERRADA
Este item é a síntese do texto, ou, a autoridade do rei que 
engana e não se recente de escrúpulos, no que concerne 
“à coisa pública”. 
Gabarito oficial: alternativa B
3 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
Comenta ‑se corretamente um aspecto do texto, em re‑
dação conforme a norma culta, em: 
 A) Nas Cartas persas, Montesquieu valeu ‑se de um 
documento genuinamente histórico, quanto mais 
não seja para fazê ‑lo insurgir ‑se diante do regime 
francês. 
 B) Apropriando ‑se imaginariamente de uma corres‑
pondência entre dois persas, Montesquieu os consi‑
ta para si e faz deles emissores de sua própria crítica. 
 C) Com o estratagema de uma forjada correspondência 
entre dois persas, Montesquieu acaba por denunciar 
as mazelas que vê na França do Século das Luzes.
 D) Pustulando a autoria de cartas efetivamente per‑
sas, Montesquieu deseja satirizar os hábitos fran‑
ceses, e acaba estendendo ‑os a todos os demais do 
Século das Luzes. 
 E) Estreiando na literatura com as Cartas persas, 
Montesquieu já apregoava os maus costumes fran‑
ceses, deblaterando ‑os à revelia do monarca e do 
próprio Papa.
1 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
Em relação à apresentação e à organização do texto, é 
correto afirmar que 
 A) a referência, no primeiro parágrafo, à contribuição 
de Montesquieu para os estudos jurídicos encontra 
sustentação no último parágrafo. 
 B) a utilização das aspas indica que os trechos assim 
ressaltados correspondem a uma tradução de frag‑
mentos das Cartas persas de Montesquieu. 
 C) o segundo e o terceiro parágrafos encerram críticas 
de Montesquieu às baldadas tentativas dos man‑
datários que buscavam amenizar o autoritarismo 
do regime. 
 D) o último parágrafo corresponde a uma efetiva con‑
clusão do texto, já que nele se comprovam as teses 
propostas nos parágrafos anteriores. 
 E) seu autor não se furtou, utilizando para isso as 
aspas de praxe, a emitir opinião pessoal acerca 
do mérito mesmo das questões satirizadas por 
Montesquieu. 
Alternativa B – CERtA
Questão típica sobre pontuação, caro leitor. O uso das as‑
pas indica a possibilidade de ressaltar ‑se em um texto algo 
que tenha sido dito ou escrito por alguém que não o autor. 
Alternativa A – ERRADA
O último parágrafo refere ‑se ao sarcasmo de Montesquieu.
Alternativa C – ERRADA
Não há crítica, e sim uma referência ao rei e sua maneira 
de agir em relação ao povo; não há efetiva conclusão no 
último parágrafo.
Alternativa D – ERRADA
Pois Montesquieu “põe na boca dos persas”, não sendo, 
portanto, uma conclusão, e sim uma explicação.
Alternativa E – ERRADA
Induz o aluno ao erro, pois as aspas só serão usadas para 
indicar citação, e não dizeres próprios. Portanto, o autor, 
para dizer algo “seu”, não necessitaria das aspas. 
Gabarito oficial: alternativa B
2 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
Esta é uma questão que Não foi contemplada, no tex‑
to, como objeto da sátira de Montesquieu: 
 A) os excessos arquitetônicos da cidade de Paris. 
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Português 15
Alternativa C – CERtA
Alternativa A – ERRADA
A alternativa A apresenta desvio de compreensão “quanto 
mais não seja...”; nas alternativas seguintes, o desvio 
refere ‑se à parte ortográfica.
Alternativa B – ERRADA
Ortograficamente, escreve ‑se o verbo concitar (excitar, 
incitar) com “c”, e não como consta, “consita”. 
Alternativa D – ERRADA
O correto é postulando.
Alternativa E – ERRADA
O correto é estreando. Vale aqui, caro leitor, um adendo 
extremamente importante: cuidado com os verbos em 
“ear”. Na verdade não existe a vogal “i”, que a maioria 
coloca por desvio fonético. Tomemos, por exemplo, o 
verbo cear no presente do indicativo: Eu ceIo, tu ceIas, ele 
ceIa. A partir daí, a semivogal I desaparece: nós ceamos, 
vós ceais, o que ocorre com todos os verbos terminados 
em “ear”.
Gabarito oficial: alternativa C
4 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
Deve ‑se entender, pelo sentido que há no contexto, 
que o segmento 
 A) era também um exuberante talento artístico é uma 
informação enfática e inclusiva. 
 B) por meio da suposta correspondência é uma alusão 
à eventual legitimidade das
cartas. 
 C) porque as tira da vaidade dos súditos é uma reite‑
ração da vaidade do rei da França. 
 D) exerce seu império sobre o próprio espírito dos sú‑
ditos é uma condenação da subserviência imperial. 
 E) não menos mestre de seu próprio espírito quanto 
do espírito dos outros é uma comprovação das prá‑
ticas piedosas do Papa. 
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
O termo, suposta, refere ‑se não à legitimidade das cartas, 
e sim à intenção do autor quanto à veracidade dos fatos 
que vinham ocorrendo na França naquele momento.
Alternativa C – ERRADA
Não há reiteração, mas, sim, a causa do sucesso do rei.
Alternativa D – ERRADA
O autor não se refere à subserviência, mas à vaidade hu‑
mana muito bem explorada pelo rei.
Alternativa E – ERRADA
A ironia usada pelo autor em relação às atitudes do Papa 
não estão ligadas às práticas piedosas, mas a uma denún‑
cia à exploração da crença.
Gabarito oficial: alternativa A
5 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
A forma verbal resultante da transposição para a voz 
passiva da frase 
 A) quanto às minas de ouro, o rei as tira da vaidade 
dos súditos será tê ‑las ‑á tirado. 
 B) retrata satiricamente toda a civilização francesa 
será tem ‑na retratado. 
 C) exerce seu império sobre o próprio espírito dos sú‑
ditos será têm sido exercidos. 
 D) fornece a eles (...) certos tratados de fé será são‑
‑lhes fornecidos. 
 E) custa ao marido colocar sua mulher na moda será 
custa ‑lhe tê ‑la colocado. 
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
A voz passiva correta é: “as minas são tiradas pelo rei”.
Alternativa B – ERRADA
O correto é: “toda a civilização é retratada”.
Alternativa C – ERRADA
O correto é: “é exercido”.
Alternativa E – ERRADA
O verbo custar no sentido de dificultar é transitivo indi‑
reto, não havendo, portanto, possibilidade de voz passiva.
Gabarito oficial: alternativa D
6 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
o verbo indicado entre parênteses deverá ser flexiona‑
do numa forma do singular para preencher de modo 
correto a lacuna da frase: 
 A) Nem mesmo se ...... (atrever) a repudiar as morda‑
zes críticas de Montesquieu quem por elas se sen‑
tisse atingido. 
 B) ...... (vir) somar ‑se ao autoritarismo político as in‑
gerências autoritárias do poder religioso. 
 C) Não ...... (ficar) à margem da dura crítica de Mon‑
tesquieu nem mesmo algumas características das 
construções parisienses. 
 D) ...... (constituir) matéria para o riso do filósofo até 
mesmo os ritos e os símbolos católicos. 
 E) Não ...... (escapar) à crítica de Montesquieu quais‑
quer atitudes que lhe parecessem viciosas. 
Alternativa A – CERtA
O verbo atrever ‑se deverá concordar com o pronome inde‑
finido quem, portanto, na 3ª pessoa do singular. “Nem 
mesmo se atreve a repudiar as mordazes críticas de Montes‑
quieu quem por elas se sentisse atingido.” O verbo atrever ‑se 
– pronominal – é transitivo indireto, exigindo a presença 
da preposição a, não permitindo, portanto, o plural.
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16 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa B – ERRADA
O verbo deve concordar com o núcleo substantivo “inge‑
rências”, portanto, virem.
Alternativa C – ERRADA
“Ficam” concordará com o núcleo substantivo “caracte‑
rísticas”.
Alternativa D – ERRADA
“Constituem” concordará com os núcleos substantivos 
“ritos e símbolos”.
Alternativa E – ERRADA
“Escapam” concordará com o substantivo núcleo 
“atitudes”.
Gabarito oficial: alternativa A
7 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010.
Com o tempo, o sarcasmo de Montesquieu tornou ‑se 
proverbial, mas no século XVIII temiam esse sarcasmo 
todos os que se sentissem objetos possíveis dele, já 
que o filósofo explorava esse sarcasmo com a arte de 
quem sabe tornar o sarcasmo uma arma mortal.
Evitam ‑se as viciosas repetições do período acima 
substituindo ‑se os elementos sublinhados, na ordem 
dada, por:
 A) temam ‑no – lhe explorava – o sabe tornar. 
 B) lhe temiam – o explorava – lhe sabe tornar. 
 C) temiam ‑no – o explorava – sabe torná ‑lo. 
 D) temiam a ele – explorava ‑lhe – sabe torná ‑lo. 
 E) o temam – explorava ‑o – sabe tornar ‑lhe. 
Alternativa C – CERtA
Trata ‑se de questão sobre substituição do termo substan‑
tivo pelo pronome equivalente, senão vejamos: para o 
objeto direto, caro leitor, usaremos sempre os pronomes 
o e a, e, para o objeto indireto, usaremos o pronome lhe, 
correto? Nesta questão, estamos diante de verbos transi‑
tivos diretos: temer, explorar e tornar. Se o verbo estiver 
na 3ª pessoa do plural, terá o som nasal, sendo, portanto, 
no, na, nos, nas, e, com verbos terminado em r, s e z, su‑
primimos a consoante acrescentando lo, la, los, las. As‑
sim, temiam ‑no, o explorava e sabe torná ‑lo.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
8 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010. 
Está correta a flexão de todas as formas verbais na 
frase: 
 A) Muitos dos contemporâneos de Montesquieu con‑
viram em que ele cometia intoleráveis abusos no 
exercício de sua crítica. 
 B) o que hoje não mais constitue escândalo, à época 
de Montesquieu podia ser uma abominável prática 
social. 
 C) os herdeiros intelectuais de Montesquieu recom‑
poram suas ideias ao longo do tempo e as adapta‑
ram a diferentes circunstâncias. 
 D) Mesmo que os católicos mais críticos intervissem 
junto às autoridades, Montesquieu não arrefeceria 
o tom de suas ironias. 
 E) Nada faria com que um espírito crítico como o de 
Montesquieu detivesse sua mordacidade diante 
das mazelas de sua época. 
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O correto é convieram.
Alternativa B – ERRADA
ConstituI (cuidado, caro aluno, pois essa troca de vogais 
é comum em verbos terminados em “ear”, “iar” e “uar”).
Alternativa C – ERRADA
O correto é recompuseram, pois o verbo recompor, deriva‑
do por prefixação do verbo pôr, deverá ser conjugado tal 
qual o primitivo.
Alternativa D – ERRADA
O verbo intervir, derivado do verbo vir por prefixação, 
deverá ser conjugado como tal, ou seja, se (...) viessem, 
se... interviessem. 
Gabarito oficial: alternativa E
9 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judiciá‑ria – 2010. 
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte 
período: 
 A) Por meio das Cartas persas, Montesquieu, acabou 
atingindo de forma inapelável, não apenas as insti‑
tuições políticas, mas também a própria Igreja Ca‑
tólica satirizada, nada mais nada menos, que em 
sua autoridade máxima, a figura do Papa. 
 B) Por meio das Cartas persas, Montesquieu acabou 
atingindo, de forma inapelável, não apenas as ins‑
tituições políticas, mas também, a própria Igreja 
Católica; satirizada nada mais nada menos, que em 
sua autoridade máxima a figura do Papa. 
 C) Por meio das Cartas persas Montesquieu acabou 
atingindo de forma inapelável, não apenas as insti‑
tuições políticas mas também a própria Igreja Cató‑
lica, satirizada nada mais nada menos, que em sua 
autoridade máxima, a figura do Papa. 
 D) Por meio, das Cartas persas, Montesquieu acabou 
atingindo de forma inapelável: não apenas as insti‑
tuições políticas, mas, também, a própria Igreja Ca‑
tólica; satirizada nada mais, nada menos, que em 
sua autoridade máxima: a figura do Papa. 
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Português 17
 E) Por meio das Cartas persas, Montesquieu acabou 
atingindo, de forma inapelável, não apenas as ins‑
tituições políticas, mas também a própria Igreja 
Católica, satirizada, nada mais, nada menos, que 
em sua autoridade máxima: a figura do Papa. 
Alternativa E – CERtA
Note, caro leitor, na alternativa
E, as vírgulas isolando os 
adjuntos adverbiais “Por meio de...” e “de forma inapelá‑
vel...”, as vírgulas intercalando orações aditivas: “... não 
apenas..., mas também...”, isolando explicação: “satiriza‑
da”, isolando termos ilustrativos, como “... nada mais, 
nada menos...” e o aposto determinante de atenção ao 
termo: “o Papa”. 
Alternativa A – ERRADA
Não haverá vírgula entre “Montesquieu”, o sujeito, e 
“acabou”, o verbo.
Alternativa B – ERRADA
Não poderá haver vírgula após mas também.
Alternativa C – ERRADA
Vírgulas obrigatórias em após “Cartas persas” e após 
“instituições políticas”.
Alternativa D – ERRADA
Duas vírgulas desnecessárias no adjunto adverbial “por 
meio de”. Totalmente incorreto o uso de dois ‑pontos. Ex‑
cesso de vírgulas, isolando conjunções aditivas, todas 
elas desnecessárias.
Gabarito oficial: alternativa E
10 tRE/AC – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010. 
Atente para as seguintes afirmações:
I – o sentido da frase “Esse rei é um grande mágico: 
exerce seu império sobre o próprio espírito dos súdi‑
tos” não se altera caso se substitua o sinal de dois‑
‑pontos por conquanto. 
II – Na frase “o sarcasmo estende ‑se aos costumes, e 
Montesquieu põe na boca dos persas palavras de admi‑
ração ao encontrarem mulheres muito habilidosas (...)”, 
a conjunção e pode ser substituída por haja vista que. 
III – Com a afirmação “fazem da virgindade uma flor 
que perece e renasce todos os dias”, Montesquieu re‑
conhece os sinceros escrúpulos da moralidade francesa. 
Está correto apenas o que se afirma em
 A) II.
 B) III.
 C) I e II.
 D) II e III.
 E) I.
Alternativa B – CERtA
Item III – resposta certa: Perecer e renascer são ideias contrá‑
rias sendo interpretados como pontos de referência moral.
Item I – resposta errada: A conjunção conquanto não po‑
deria substituir os dois ‑pontos, uma vez que represente 
oposição de ideias. 
Item II – resposta errada: A conjunção E não estabelece 
relação de causa. É uma conjunção aditiva.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
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TRT/9ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 2010
Atenção: As questões de 11 a 18 referem ‑se ao texto que segue.
O poder nuclear e a civilização
Considerando que nosso futuro será, em grande parte, determinado por nossa atitude perante 
a questão nuclear, é bom nos perguntarmos como chegamos até aqui, com o poder de destruir a 
civilização. O que isso nos diz sobre quem somos como espécie?
Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes de garantir nossa sobrevivência 
mesmo tendo em mãos armas de destruição em massa? Infelizmente, armas nucleares são monstros 
que jamais desaparecerão. Nenhuma descoberta científica “desaparece”. Uma vez revelada, perma‑
nece viva, mesmo se condenada como imoral por uma maioria. O pacto que acabamos por realizar 
com o poder tem um preço muito alto. É irreversível. Não podemos mais contemplar um mundo 
sem armas nucleares. Sendo assim, será que podemos contemplar um mundo com um futuro?
O medo e a ganância – uma combinação letal – trouxeram ‑nos até aqui. Por milhares de anos, 
cientistas e engenheiros serviram o Estado em troca de dinheiro e proteção. Cercamo ‑nos de inimi‑
gos reais ou virtuais e precisamos proteger nosso país e nossos lares a qualquer preço. O patriotismo 
é o maior responsável pela guerra. Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras abolidas.
Olhamos para o Brasil, os Estados Unidos e a Comunidade Europeia, onde fronteiras são cada 
vez mais invisíveis, e temos evidência empírica de que a união de Estados sem fronteiras leva à es‑
tabilidade e à sobrevivência. A menos que as coisas mudem profundamente, é difícil ver essa esta‑
bilidade ameaçada. Será, então, que a solução – admito, extremamente remota – é um mundo sem 
fronteiras, uma sociedade de fato globalizada e economicamente integrada? Ou será que existe ou‑
tro modo de garantir nossa sobrevivência a longo prazo com mísseis e armas nucleares apontando 
uns para os outros, prontos a serem detonados? O que você diz?
Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S.Paulo, 18/04/2010.
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Português 19
11 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Entre as razões que podem sustentar uma posição pes‑
simista, no que toca ao futuro de uma civilização com 
o poder de se destruir, estão
 A) a globalização político ‑econômica e o aferrado 
sentimento patriótico. 
 B) a inevitabilidade de uma detonação nuclear e o 
protecionismo econômico. 
 C) a permanência inexorável das armas nucleares e a 
exacerbação do patriotismo. 
 D) a desintegração econômica dos Estados e o desejo 
de se abolirem as fronteiras. 
 E) o pacto com o poder a qualquer preço e a iminência 
de uma globalização econômica. 
Alternativa C – CERtA
A resposta para esta questão está no terceiro parágrafo, 
quando o autor, ao citar Einstein, culpa o patriotismo 
como questão preponderante para a existência da guerra. 
Alternativa A – ERRADA
O autor não caracteriza globalização como elemento de 
destruição.
Alternativa B – ERRADA
O autor não vê o processo nuclear como “inevitabilida‑
de”, ou seja, algo inevitável.
Alternativa D – ERRADA
Nesta alternativa, encontram ‑se elementos que podem 
servir como elementos que possam evitar a guerra nuclear. 
Alternativa E – ERRADA
O autor considera a globalização uma ideia contrária à 
guerra nuclear.
Gabarito oficial: alternativa C
12 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Atente para as seguintes afirmações: 
I – Diante da questão das fronteiras entre os Estados, a 
posição do autor do texto e a de Einstein, uma vez con‑
frontadas, acusam uma séria divergência. 
II – A indagação anterior a O que você diz? é um exem‑
plo de pergunta retórica. 
III – o autor não isenta cientistas e engenheiros da res‑
ponsabilidade pelas consequências do emprego do po‑
der nuclear, mas não os vincula às razões de Estado. 
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afir‑
ma em
 A) I. 
 B) II. 
 C) III. 
 D) I e II. 
 E) II e III. 
Alternativa B – CERtA
A pergunta retórica consiste em, ao fazer a pergunta, espe‑
rar uma resposta afirmativa.
Questão típica para interpretação, caro aluno.
Item I – resposta errada: as opiniões do autor e de Eins‑
tein convergem.
Item III – resposta errada: vincula engenheiros e cientis‑
tas aos negócios de Estado. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
13 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Ao considerar que nenhuma descoberta científica “de‑
saparece” o autor sugere que
 A) as evidências do progresso da ciência são tantas 
que não temos razões para colocá ‑lo em questão. 
 B) nada se extingue no campo da ciência porque tudo 
obedece ao princípio básico da transformação. 
 C) os cientistas têm razões éticas para alterar o rumo 
de descobertas que lhes pareçam nocivas. 
 D) a ciência implica acumulação e preservação, e não 
o descarte das suas descobertas. 
 E) a ciência, em seu processo de desenvolvimento, é 
imune à ingerência do poder político. 
Alternativa D – CERtA
Atente, caro leitor, que a alternativa D nada mais é que 
uma paráfrase, ou seja, apenas disse com outras palavras 
a afirmativa do segundo parágrafo, em que o autor afir‑
ma que “nenhuma descoberta científica desaparece; uma 
vez revelada, permanece viva.” 
Alternativa A – ERRADA
Segundo o autor, as evidências do progresso da ciência 
são tantas que devemos, sim, colocá ‑lo em questão.
Alternativa B – ERRADA
Segundo o texto, tudo que, na ciência, foi feito, segundo 
o autor, ficará “guardado” e nunca será destruído.
Alternativa C – ERRADA
Segundo o autor, o poder e a ganância sobrepõem ‑se à 
ética.
Alternativa E – ERRADA
Segundo o texto, a ciência subjuga ‑se poder político. 
Gabarito oficial: alternativa D
14 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos ca‑
pazes de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo 
em mãos armas de destruição em massa? 
Na frase acima,
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20 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 A) mesmo as tendo em mãos é correta alternativa de 
construção, com emprego pronominal. 
 B) o termo ou expressa uma alternância repetitiva. 
 C) o segmento mesmo tendo pode ser corretamente 
substituído por desde que tenhamos. 
 D) ou será que a seremos capazes de garantir é cor‑
reta alternativa de construção, com emprego 
pronominal. 
 E) o segmento nossa aniquilação é inevitável pode 
ser substituído pelo equivalente nossa conflagra‑
ção é irredutível. 
Alternativa A – CERtA
O verbo ter, caro aluno, é transitivo direto, exigindo a 
presença do pronome pessoal do caso oblíquo as, em 
substituição a “armas de destruição em massa”.
Alternativa B – ERRADA
Temos uma única alternativa; o termo “mesmo tendo” 
estabelece relação de oposição, enquanto o termo “desde 
que” estabelece relação de condição – apresentando senti‑
do hipotético. 
Alternativa C – ERRADA
“Mesmo” estabelece relação de oposição, enquanto “des‑
de que” estabelece uma hipótese ou relação de condição.
Alternativa D – ERRADA
O correto seria “será que seremos capazes de garanti ‑la”.
Alternativa E – ERRADA
O termo “conflagração” não é sinônimo de “aniquilação”.
Gabarito oficial: alternativa A
15 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está adequada a concordância verbal nesta construção:
 A) nem negligência, nem incúria: a combinação letal 
do medo e da ganância trouxeram ‑nos até aqui.
 B) dizem muito, sobre nós e nossa espécie, o que nos 
fez chegar até aqui?
 C) diante do inimigo, real ou virtual, lançam ‑se mão 
dos recursos nucleares.
 D) são cada vez mais difíceis considerar como perma‑
nentes as fronteiras entre os Estados.
 E) repousa nas providências que levem a Estados sem 
fronteiras a expectativa de que sobrevivamos.
Alternativa E – CERtA
O verbo repousa concorda com o sujeito “a expectativa”. 
Repare, caro aluno, que o período está na ordem inversa.
Alternativa A – ERRADA
O núcleo do substantivo é combinação. Portanto, o verbo 
deverá estar no singular: trouxe ‑nos.
Alternativa B – ERRADA
O correto é: “diz muito... o que nos fez chegar até aqui”.
Alternativa C – ERRADA
“Lança ‑se mão.”
Alternativa D – ERRADA
“É cada vez mais difícil considerar...”
Gabarito oficial: alternativa E
16 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está INADEQUADA a correlação entre os tempos e mo‑
dos verbais nesta reconstrução de uma frase do texto:
 A) Cercar ‑nos ‑íamos de inimigos reais ou virtuais e 
precisaríamos proteger nosso país. 
 B) o pacto que acabássemos por realizar com o poder 
teria um preço muito alto. 
 C) A menos que as coisas venham a mudar profunda‑
mente, será difícil ver essa estabilidade ameaçada. 
 D) tivesse sido assim, será que possamos contemplar 
um mundo com futuro? 
 E) teria sido bom se nos houvéssemos perguntado 
como chegamos até aqui. 
Alternativa D – CERtA
A alternativa D estaria correta se o verbo poder estivesse 
no futuro do pretérito, ou seja: “... tivesse sido assim, será 
que poderíamos contemplar...?”.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
17 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está clara e correta a redação deste livre comentário 
sobre o texto:
 A) Não adiantam nem o otimismo nem o pessimismo: 
o que urge é tomarmos providências no sentido de 
se dirimir nossa divisão em países com fronteiras. 
 B) Uma das denúncias do texto constitue de fato um 
alerta: que não se tome como reversível qualquer 
conquista a que a ciência chegue a alcançar. 
 C) Para Albert Einstein, uma medida radical e respon‑
sável para se evitar a calamidade de uma guerra 
nuclear seria, pura e simplesmente, a abolição das 
fronteiras. 
 D) Conquanto não tenham em vista essa mesma fina‑
lidade, muitos cientistas e engenheiros acabam 
servindo aos artifícios excusos de quem lucra com a 
ganância. 
 E) Quanto mais os estados consigam se unir a despei‑
to das fronteiras, assim também haverá a evidência 
empírica de que sejam levados à estabilidade e à 
sobrevivência. 
Alternativa C – CERtA
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Português 21
Alternativa A – ERRADA
O correto é “não adianta...”.
Alternativa B – ERRADA
O correto é constitui.
Alternativa D – ERRADA
Há um erro ortográfico em “escuso”.
Alternativa E – ERRADA
O correto é “quanto mais... conseguirem”; a correlação 
verbal correta deverá ocorrer no futuro do presente do 
subjuntivo. 
Gabarito oficial: alternativa C
18 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Indica ‑se uma construção com sentido equivalente ao 
de um segmento do texto em:
 A) Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras 
abolidas / Com toda a razão, Einstein desejava ver 
abolidas as fronteiras. 
 B) Será, então, que a solução – admito, extremamente 
remota – é um mundo sem fronteiras (...) ? / A solu‑
ção, pois, advirá – digamos que a longo prazo – de 
um mundo não demarcado? Não só os termos "re‑
mota" e "a longo prazo" diferem na interpretação, 
como também diferem no contexto intelectivo os 
termos sem fronteiras e não demarcado.
 C) o medo e a ganância – uma combinação letal – 
trouxeram ‑nos até aqui / Por uma combinação 
mortal, aportamos no medo e na ganância. 
 D) Uma vez revelada, permanece viva, mesmo se con‑
denada como imoral por uma maioria / Conquanto 
revelada, resta viva, embora acusada de imoral 
pela maioria. 
 E) o pacto que acabamos por realizar com o poder 
tem um preço muito alto / o que já terminamos de 
pactuar com o poder tem custo muito alto. 
Alternativa A – CERtA
A paráfrase está perfeita.
Alternativa B – ERRADA
O termo será indica futuro hipotético, enquanto o termo 
“então” estabelece relação de modo, o termo “pois”, entre 
vírgulas, indica conclusão.
Alternativa C – ERRADA
“O medo e a ganância” – sujeito composto – agente da 
ação. No segundo segmento, “nós” sujeito – agente – 
aportamos, não havendo, por isso, a paráfrase.
Alternativa D – ERRADA
“Uma vez...” estabelece relação de causa, enquanto “con‑
quanto” estabelece hipótese.
Alternativa E – ERRADA
Desaparece a paráfrase entre os termos “preço muito 
alto” e “custo muito alto”.
Gabarito oficial: alternativa A
Atenção: As questões de 19 a 25 referem ‑se ao texto que segue.
Pensando os clássicos
Os pensadores da antiguidade clássica deixaram ‑nos um tesouro nem sempre avaliado em sua 
justa riqueza. O filósofo Sêneca, por exemplo, mestre da corrente estoica, legou ‑nos uma série pre‑
ciosa de reflexões sobre a tranquilidade da alma – este é o título da tradução para o português. É ler 
o livrinho com calma e aprender muito. Reproduzo aqui três fragmentos, para incitar o leitor a ir 
atrás de todo o restante.
I. Quem temer a morte nunca fará nada em prol dos vivos; mas aquele que tomar consciência 
de que sua sorte foi estabelecida já na sua concepção viverá de acordo com a natureza, e saberá que 
nada do que lhe suceda seja
imprevisto. Pois, prevendo tudo quanto possa de fato vir a suceder, 
atenuará o impacto de todos os males, que são fardos somente para os que se creem seguros e vivem 
na expectativa da felicidade absoluta.
II. Algumas pessoas vagam sem propósito, buscando não as ocupações a que se propuseram, 
mas entregando ‑se àquelas com que deparam ao acaso. A caminhada lhes é irrefletida e vã, como a 
das formigas que trepam nas árvores e, depois de subir ao mais alto topo, descem vazias à terra.
III. Nossos desejos não devem ser levados muito longe; permitamos ‑lhes apenas sair para as 
proximidades, porque não podem ser totalmente reprimidos. Abandonando aquilo que não pode 
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22 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
acontecer ou dificilmente pode, sigamos as coisas próximas que favorecem nossa esperança (...). E 
não invejemos os que estão mais alto: o que parece altura é precipício.
São princípios do estoicismo: aprender a viver sabendo da morte; não se curvar ao acaso, mas 
definir objetivos; viver com a consciência dos próprios limites. Nenhum deles é fácil de seguir, nem 
Sêneca jamais acreditou que seja fácil viver. Mas a sabedoria dos estoicos, que sabem valorizar o que 
muitos só sabem temer, continua viva, dois mil anos depois.
Belarmino Serra, inédito.
19 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
No primeiro e no último parágrafo, o autor do texto 
busca, respectivamente,
 A) particularizar a contribuição de Sêneca e resumir 
teses de outros filósofos da mesma época. 
 B) apresentar linhas gerais do pensamento estoico e 
resumir três teses de Sêneca. 
 C) valorizar a atualidade da filosofia estoica e ressal‑
tar os aspectos místicos dessa doutrina. 
 D) destacar a contribuição do pensamento de Sêneca 
e enunciar alguns fundamentos estoicos. 
 E) contextualizar os filósofos estoicos e repropor te‑
ses que derivam dessa filosofia. 
Alternativa D – CERtA
Na alternativa D, encontramos a síntese dos parágrafos 
introdutório e conclusivo do texto. 
Alternativa A – ERRADA
Não encontramos no texto o resumo de teses de outros 
filósofos.
Alternativa B – ERRADA
Temos a apresentação, e não o resumo das teses.
Alternativa C – ERRADA
Não há aspectos místicos apresentados ou argumentos 
que possam levar o leitor a esse fim.
Alternativa E – ERRADA
O texto coloca em evidência as teses de Sêneca, mas não 
contextualiza os filósofos estoicos.
Gabarito oficial: alternativa D
20 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Atente para as seguintes afirmações: 
I – No fragmento I, Sêneca vê como injustificável e in‑
consequente nosso medo de morrer, pois isso nos leva 
a não confiar nas surpresas positivas da vida. 
II – No fragmento II, Sêneca vale ‑se do exemplo das 
formigas para ilustrar o malogrado esforço de quem 
busca reconhecimento para suas virtudes. 
III – No fragmento III, Sêneca lembra que a esperança 
humana deve estar associada a desejos que não extra‑
polem nossas possibilidades. 
Está correto APENAS o que se afirma em
 A) I. 
 B) II. 
 C) III. 
 D) I e II. 
 E) II e III.
Alternativa C – CERtA
Item I – resposta errada: Sêneca dá como injustificável ou 
inconsequente o medo de morrer – que o ser humano traz 
consigo – apenas justifica que este medo leva ‑nos a não 
aceitar o imprevisto. 
Item II – resposta errada: ao usar como exemplo as for‑
migas, Sêneca não se refere à busca do reconhecimento 
para suas virtudes, mas, sim, pela atitude irrefletida e 
inútil que causa o imprevisível. 
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
21 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Considerando ‑se o contexto, traduz ‑se adequadamen‑
te o sentido de um segmento em:
 A) avaliado em sua justa riqueza = examinado judicio‑
samente. 
 B) sua sorte foi estabelecida já na sua concepção = 
desde o início seu destino foi malogrado. 
 C) A caminhada lhes é irrefletida = o caminho parece‑
‑lhes sem sentido. 
 D) não podem ser totalmente reprimidos = não são 
passíveis de absoluta prevenção. 
 E) que favorecem nossa esperança = que permitem 
sermos esperançosos. 
Alternativa E – CERtA
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Português 23
Alternativa A – ERRADA
Avaliar não se traduz em examinar. 
Alternativa B – ERRADA
Não há identidade entre os termos concepção e início.
Alternativa C – ERRADA
Não há também identificação entre os termos irrefletido e 
sem sentido.
Alternativa D – ERRADA
Não há sinonímia entre “repreensão” e “prevenção”. 
Gabarito oficial: alternativa E
22 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
As normas de concordância verbal estão plenamente 
acatadas na frase:
 A) Não devem os leitores de hoje imaginar que ca‑
biam aos filósofos antigos preocupar ‑se com ques‑
tões que já não fazem sentido. 
 B) Leitores de hoje, não devemos imaginar que a um 
filósofo clássico ocorressem tão somente questões 
específicas de sua época histórica. 
 C) Nenhum de nossos desejos, de acordo com Sêneca, 
deveriam transpor nossos limites, fronteiras que se 
deve sempre determinar. 
 D) A cada um dos princípios do estoicismo devem cor‑
responder, como se postulavam entre os estoicos, 
lúcida e consequente iniciativa nossa. 
 E) Àqueles que não temem refletir sobre a morte 
reserva ‑se as recompensas de uma das mais lúcida 
e mais intensa. 
Alternativa B – CERtA
Ocorre uma silepse, ou seja, a concordância é com a ideia, 
e não com a gramática: “Leitores de hoje, não devemos 
imaginar...” coloca ‑se o vocativo na 3ª pessoa – leitores –, 
passando o verbo para a 1ª pessoa – nós –, concluindo que 
o autor também coloca ‑se como leitor.
Alternativa A – ERRADA
O período está na ordem inversa, caro leitor; sugerimos, 
nessa situação, que o aluno coloque ‑o na ordem direta, 
ou seja: “preocupar ‑se com questões que já não fazem sen‑
tido, não cabia aos filósofos antigos”.
Alternativa C – ERRADA
O pronome indefinido nenhum está no singular, obrigan‑
do o verbo a concordar com ele (pronome), ficando, as‑
sim, no singular: “Nenhum (...) deveria transpor...”.
Alternativa D – ERRADA
Ocorre problema de concordância: “A cada um dos prin‑
cípios deve corresponder (...) iniciativa nossa”.
Alternativa E – ERRADA
Problemas com a voz passiva sintética que levam a erros de 
concordância – “... reservam ‑se as recompensas”. 
Gabarito oficial: alternativa B
23 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
A construção que Não admite transposição para voz 
passiva é:
 A) os que vivem na expectativa da felicidade absoluta. 
 B) os pensadores da antiguidade clássica deixaram‑
‑nos um tesouro. 
 C) Sigamos as coisas próximas. 
 D) E não invejemos os que estão mais alto. 
 E) Favorecem nossa esperança. 
Alternativa A – CERtA
O verbo viver é intransitivo, não permitindo, portanto, a 
voz passiva.
Alternativa B – ERRADA
“... um tesouro foi ‑nos deixado pelos pensadores da anti‑
guidade.”
Alternativa C – ERRADA
“... as coisas próximas sejam seguidas.”
Alternativa D – ERRADA
“... e não sejam invejados os que estão mais alto.”
Alternativa E – ERRADA
“... nossa esperança seja favorecida.” 
Gabarito oficial: alternativa A
24 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está correto o emprego do elemento sublinhado na 
frase:
 A) o pensamento clássico encerra uma riqueza em cujo 
valor poucos prestam o devido reconhecimento. 
 B) A morte, cujo o temor nos faz querer esquecer
dela, 
é uma questão permanente da filosofia estoica. 
 C) Quase nunca atentamos para os limites a que deve‑
mos impor aos nossos desejos. 
 D) Nossas esperanças não devem projetar ‑se para 
além do espaço cujo domínio estamos assegurados. 
 E) Quem vagueia sem propósito pela vida fere um dos 
princípios de que os estoicos jamais descuram. 
Alternativa E – CERtA
O substantivo “princípio” rege a preposição de: “... princí‑
pio de que...”. 
Alternativa A – ERRADA
“... riqueza a cujo valor poucos prestam o devido reco‑
nhecimento.”
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24 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa B – ERRADA
O pronome “cujo” não aceita artigo após “... cujo X temor...”.
Alternativa C – ERRADA
“... limites X que devemos impor aos nossos desejos.” O 
verbo impor é transitivo direto e indireto, ou seja, quem 
impõe algo o impõe a alguém. Não existe, portanto, a pre‑
posição A antes do pronome QUE.
Alternativa D – ERRADA
“... a cujo domínio estamos assegurados.” O uso da prepo‑
sição A é obrigatório, pois quem está assegurado está asse‑
gurado A.
Gabarito oficial: alternativa E
25 tRt/9ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
É preciso CoRRIGIR, por falha estrutural, a redação da 
frase:
 A) Não empreendamos caminhadas sem primeiro de‑
finir o trajeto a seguir, o esforço a despender, os 
objetivos a alcançar. 
 B) temerárias são as jornadas que mal definimos seus 
objetivos, assim como não avaliamos o esforço cujo 
trajeto nos exigirá. 
 C) Quando não definimos o trajeto a cumprir e o es‑
forço a despender em nossa caminhada, ela não 
nos trará qualquer recompensa. 
 D) Dificilmente algum objetivo será alcançado numa 
caminhada para a qual não previmos um roteiro a 
ser seguido com segurança. 
 E) Nenhum benefício poderemos colher de uma via‑
gem para a qual não nos preparamos com um míni‑
mo de cuidados e de antecedência. 
Alternativa B – CERtA
Há um desvio gramatical na alternativa devido à omis‑
são da preposição EM. Com a devida correção, teremos: 
“Temerárias são as jornadas em que mal definimos seus 
objetivos...”.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
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TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010
Atenção: Para responder às questões de 26 a 29, considere o texto abaixo1.
1. Na Inglaterra dos períodos Tudor e Stuart, a visão tradicional era a de que o mundo fora criado
2. para o bem do homem e as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos e necessidades. Tal
3. pressuposto fundamenta as ações dessa ampla maioria de homens que nunca pararam um instante
4. para refletir sobre a questão. Entretanto, os teólogos e intelectuais que sentissem a necessidade de
5. justificá ‑lo podiam apelar prontamente para os filósofos clássicos e a Bíblia. A natureza não fez
6. nada em vão, disse Aristóteles, e tudo teve um propósito. As plantas foram criadas para o bem dos
7. animais e esses para o bem dos homens. Os animais domésticos existiam para labutar, os selvagens
8. para serem caçados. 
9. Os estoicos tinham ensinado a mesma coisa: a natureza existia unicamente para servir aos
10. interesses humanos. Foi nesse espírito que os comentadores Tudor interpretaram o relato bíblico da
11. criação. [...]
12. É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito antropocêntrico com que os pregadores
13. das dinastias Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.
Thomas Keith. O homem e o mundo natural:
mudanças de atitude em relação às plantas
e aos animais (1500 ‑1800).
Tradução de João Roberto Martins Filho. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996. p. 21 ‑22.
1 Os textos que tinham numeração no original foram adaptados conforme a nova disposição das linhas.
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26 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
No excerto, o autor concebe a visão tradicional como
 A) uma interpretação que entende o homem como 
uma dentre várias espécies, o que implica isonomia 
entre elas. 
 B) uma concepção característica do espírito e cultura 
dos ingleses, sem nenhuma restrição temporal. 
 C) um ponto de vista circunstancial necessário, que 
permitiu ao homem provar sua superioridade so‑
bre os animais. 
 D) uma percepção equivocada, pois pensadores que 
tentaram entendê ‑la não achavam suporte nas cul‑
turas que lhes eram contemporâneas. 
 E) uma suposição tomada como verdadeira e não sub‑
metida a análise crítica por aqueles que nela alicer‑
çavam sua prática. 
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O autor coloca ‑nos as espécies e a interdependência entre 
elas. 
Alternativa B – ERRADA
Há uma restrição temporal, pois esse princípio cabia não 
só aos ingleses como também aos estoicos, portanto, 
muito mais antiga.
Alternativa C – ERRADA
Não há circunstancial necessário, visto que o princípio é 
Aristotélico, portanto, muito mais antigo que as defini‑
ções inglesas.
Alternativa D – ERRADA
Os pensadores encontraram suporte, porém as leis não 
eram contemporâneas. 
Gabarito oficial: alternativa E
27 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito 
antropocêntrico com que os pregadores das dinastias 
Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica. 
Entende ‑se corretamente do acima transcrito, conside‑
rado em seu contexto, que
 A) a contemporaneidade não propicia sensações de 
arrebatamento de nenhuma ordem. 
 B) a grande dificuldade dos dias atuais é aceitar com 
isenção de ânimo a palavra de pregadores de uma 
doutrina. 
 C) a interpretação da Bíblia pelos pregadores das di‑
nastias tudor e Stuart é difícil de ser compreendida 
atualmente, em função dos elevados conhecimen‑
tos desses religiosos. 
 D) os pregadores das dinastias tudor e Stuart tinham 
a fervorosa crença, hoje dificilmente compreensível, 
de que o ser humano é o núcleo em torno do qual 
estão dispostas todas as coisas. 
 E) o homem moderno não pode sequer imaginar 
como eram cheias de empolgação as pregações no 
tempo dos tudor e dos Stuart, dada a centralidade 
do cultivo do espírito. 
Alternativa D – CERtA
Temos, nesse caso, uma paráfrase, ou seja, observar o 
mesmo sentido, considerando ‑se o contexto.
Alternativa A – ERRADA
A paráfrase não é observada, uma vez que o texto aborda 
a empolgação dos Tudor e dos Stuart, e não da contempo‑
raneidade.
Alternativa B – ERRADA
O texto, não se refere a “aceitar” a palavra, e sim ter “no‑
ção” do que era a palavra.
Alternativa C – ERRADA
No texto, exalta ‑se o espírito empolgante dos Tudor e dos 
Stuart, não correlacionando esse espírito com o conheci‑
mento. O “profundo conhecimento” não é citado no texto.
Alternativa E – ERRADA
Há na alternativa àquilo que chamamos de contradição. 
“Empolgante” não eram as pregações, e sim a crença. 
Gabarito oficial: alternativa D
28 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
A forma verbal que exprime acontecimento passado 
anterior a outro igualmente passado é encontrada no 
segmento:
 A) o mundo fora criado para o bem do homem. 
 B) as outras espécies deviam se subordinar a seus de‑
sejos e necessidades. 
 C) nunca pararam um instante. 
 D) os teólogos e intelectuais [...] podiam apelar pron‑
tamente para os filósofos clássicos e a Bíblia. 
 E) tudo teve um propósito.
Alternativa A – CERtA
O pretérito mais que perfeito, ou seja, o passado anterior 
ao passado. Para o leitor, fica um pouco difícil compreen‑
der, uma vez que esse tempo verbal é pouco usado.
Repa‑
re a frase: “Estive na sala onde ocorrera a reunião”. Logi‑
camente, a reunião ocorreu antes que você estivesse. 
Agora, caro leitor, inverta a situação: “Estivera na sala, 
onde ocorreu a reunião”. Desta vez, você esteve na sala, 
antes que a reunião ocorresse.
Alternativas B e D – ERRADAS
Os verbos deviam e podiam, respectivamente, estão no 
passado imperfeito, ou seja, um passado interrompido. 
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Português 27
Alternativas C e E – ERRADAS
Os verbos pararam e teve estão no passado perfeito, ou 
seja, ação no passado já concluída.
Gabarito oficial: alternativa A
29 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
o texto legitima a seguinte afirmação:
 A) Em “as outras espécies deviam se subordinar a seus 
desejos” (linha 2), a substituição do segmento des‑
tacado por “haviam de se subordinar” mantém o 
sentido de inevitabilidade e a correção originais. 
 B) os segmentos “para refletir sobre a questão” (linha 
4) e “para os filósofos clássicos e a Bíblia” (linha 5) 
exercem a mesma função sintática. 
 C) De modo a preservar a correção e o sentido origi‑
nais, a redação alternativa para elidir a dupla nega‑
ção em “A natureza não fez nada em vão” (linhas 5 
e 6) é “A natureza fez tudo com gratuidade”. 
 D) Em “É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante 
espírito antropocêntrico” (linha 12), a retirada da 
vírgula depois de “É difícil”, sem outra alteração, 
manteria a correção original. 
 E) os dois ‑pontos (linha 9) introduzem uma citação 
literal dos estoicos. 
Alternativa A – CERtA
Os verbos dever e haver, no contexto frasal, indicam obri‑
gatoriedade. 
Alternativa B – ERRADA
 “... para refletir...” exerce a função de oração adverbial de 
finalidade; o termo “para os filósofos” exerce função de 
objeto indireto.
Alternativa C – ERRADA
Dizer “a natureza não fez nada em vão” significa dizer 
que para tudo há uma utilidade, e não de tom gratuito, 
mudando o sentido.
Alternativa D – ERRADA
Haveria necessidade da retirada, também, da vírgula 
após “dia”, ficando, portanto, “hoje em dia”.
Alternativa E – ERRADA
Os dois ‑pontos evidenciam a chamada do assunto. 
Gabarito oficial: alternativa A
Atenção: Para responder às questões de 30 a 36, considere o texto abaixo.
1. Embora um conflito armado não seja do interesse de nenhuma das partes envolvidas na longeva
2. disputa entre as duas Coreias, são imprevisíveis as consequências da escalada de hostilidades
3. entre os dois países nos últimos dias.
4. Os primeiros movimentos sul ‑coreanos foram cautelosos. Após ter um navio de guerra atacado
5. por torpedos, em março, o país não respondeu de imediato ao que se afigurava como o mais
6. audacioso ato de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas.
7. Investigadores internacionais foram chamados a avaliar o episódio – e determinaram, após
8. longa perícia, que um submarino norte ‑coreano havia sido o responsável pelos disparos.
9. A prudência da Coreia do Sul e de seu principal aliado, os EUA, é compreensível. São 
10. preocupantes as consequências de um conflito aberto com o decrépito regime do ditador 
11. comunista Kim Jong ‑il, que realizou, nos últimos anos, testes balísticos e nucleares.
12. Para os norte ‑americanos, que ainda têm batalhas a travar no Afeganistão e mantêm tropas 
13. no Iraque, não faz sentido abrir uma nova frente de combate na Ásia. Há ainda o fato de que a 
14. capital sul ‑coreana, Seul, fica próxima à fronteira, e essa situação de vulnerabilidade 
15. desaconselha uma aventura militar contra o norte.
16. Compelido a responder ao ataque, o governo sul ‑coreano suspendeu o que restava da política
17. de reaproximação com o país vizinho − intensificada na última década, mas já alvo de restrições 
18. na Presidência do conservador Lee Myung ‑bak. Cortou o comércio com o norte da península
19. e voltou a classificar Pyongyang como o seu “principal inimigo”.
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20. Em resposta, a Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho e expulsou
21. sul ‑coreanos do complexo industrial de Kaesong, mantido pelas duas nações no território
22. comunista. É um retrocesso a lamentar, já que interesses econômicos comuns e troca de
23. informações, por pequenos que sejam, podem ajudar na prevenção de conflitos armados. Nesse
24. cenário em que os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos e as intenções
25. do rival, os processos de hostilidade mútua podem se tornar incontroláveis.
26. Mesmo que o imbróglio não tenha consequências graves, ele chama a atenção para o imprevisível
27. desenlace da lenta derrocada do regime comunista de Pyongyang, uma herança anacrônica
28. dos tempos da Guerra Fria.
Folha de S.Paulo. A2 opinião, quarta ‑feira, 26 de maio de 2010.
30 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Considerado o principal tema abordado no texto, o tí‑
tulo mais adequado para o editorial é:
 A) os EUA e a Coreia do Sul. 
 B) Coreia contra Coreia.
 C) Sanções comerciais em tempos de conflito. 
 D) Avaliações internacionais em países asiáticos. 
 E) Interesses comuns no incentivo a conflitos armados.
Alternativa B – CERtA
A resposta a esta alternativa está no último parágrafo.
Alternativa A – ERRADA
“Para os Estados Unidos, seria imprudente abrir mais 
uma frente de batalha.”
Alternativa C – ERRADA
As sanções ocorrem apenas entre os dois países e não são 
apenas comerciais.
Alternativa D – ERRADA
O texto não cita avaliações internacionais para os países 
asiáticos.
Alternativa E – ERRADA
Não há interesses comuns no incentivo a conflitos arma‑
dos. Esta questão incorre em um erro de interpretação 
que chamamos de inversão, ou seja, você tem certeza de 
que leu aquilo que não está escrito, nobre leitor. 
Gabarito oficial: alternativa B
31 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
É correto afirmar que o editorial
 A) critica severamente países que lançam mão de reta‑
liações comerciais para ameaçar outros países, con‑
cretizando essa ideia por meio do caso típico de 
países asiáticos vizinhos. 
 B) defende respostas prudentes dos países a ofensas 
inimigas, como arma para darem, a organismos in‑
ternacionais, oportunidade de avaliarem as reais 
condições dos potenciais beligerantes. 
 C) chama a atenção para o fato de que a Coreia do Sul, 
em atendimento aos interesses dos Estados Uni‑
dos, deve retardar o quanto possível o fatal enfren‑
tamento com a Coreia do Norte. 
 D) adverte sobre a possibilidade de um conflito arma‑
do entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, como 
decorrência do aumento progressivo da agressivi‑
dade entre esses dois países. 
 E) analisa os principais entraves dos países que fazem 
fronteira, quando reconhecem um ao outro como o 
“principal inimigo”, e propõe, com bastante isen‑
ção, meios para serem vencidas as vulnerabilidades 
decorrentes da vizinhança. 
Alternativa D – CERtA
Observa ‑se o aprofundamento do tema nos dois últimos 
parágrafos.
Alternativa A – ERRADA
O texto não critica “severamente” a ação provocada, ape‑
nas estabelece correlação entre os fatos.
Alternativa B – ERRADA
O texto não informa sobre repostas prudentes, e sim 
ações prudentes de uma das partes – Coreia do Sul – a fim 
de evitar o embate.
Alternativa C – ERRADA
A Coreia do Sul crê que um confronto seria prejudicial, 
mas não por atender a interesses dos Estados Unidos.
Alternativa E – ERRADA
Não há, no texto, outra análise para a forma de aproxi‑
mação que não seja prudente e pacífica.
Gabarito oficial: alternativa D
32 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária
– 2010.
No processo argumentativo, pode ser corretamente 
entendido como expressão de uma circunstância de 
tempo o seguinte segmento:
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Português 29
 A) Investigadores internacionais foram chamados a 
avaliar o episódio (linha 7). 
 B) Há ainda o fato de que a capital sul ‑coreana, Seul, 
fica próxima à fronteira (linhas 13 e 14). 
 C) Compelido a responder ao ataque (linha 16). 
 D) Voltou a classificar Pyongyang como o seu “princi‑
pal inimigo” (linha 19). 
 E) Expulsou sul ‑coreanos do complexo industrial de 
Kaesong (linhas 20 e 21).
Alternativa C – CERtA
“Quando fico compelido a ...”.
Alternativa A – ERRADA
Estabelece circunstância de finalidade “... chamados para 
ou a fim de avaliar...”.
Alternativa B – ERRADA
Em, “Ainda há o fato de que ...” o advérbio “ainda” esta‑
belece uma inclusão a um fato posterior de a capital ser 
próxima à fronteira.
Alternativa D – ERRADA
“... classificar Pyonyang como seu principal inimigo” esta‑
belece consequência gerada pelo fato do ataque do ditador.
Alternativa E – ERRADA
Expulsar os sul ‑coreanos do complexo industrial foi a 
consequência gerada pela causa do rompimento comercial. 
Gabarito oficial: alternativa C
33 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Sempre levando em conta o contexto, é correto afirmar:
 A) A conjunção Embora (linha 1) equivale a “na medi‑
da em que”. 
 B) A expressão Após ter (linha 4) pode ser substituída 
por “tendo tido”, sem prejuízo do sentido original. 
 C) Em ao que se afigurava como o mais audacioso ato 
de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas 
(linhas 5 e 6), tem ‑se uma avaliação que compara 
um ato (I) a outro específico anteriormente realiza‑
do (II), evidenciando a superioridade de (I). 
 D) Em A prudência da Coreia do Sul e de seu principal 
aliado, os EUA, é compreensível (linha 9), se o que 
está em destaque for substituído por “As atitudes 
oportunas”, nenhuma outra alteração será neces‑
sária para se manter a correção original. 
 E) A frase que realizou, nos últimos anos, testes balís‑
ticos e nucleares (linha 11) define melhor o antece‑
dente não bem delimitado, como ocorre em “A pes‑
soa que se esforça vence”. 
Alternativa B – CERtA
“Tendo tido” ou “após ter” estabelece relação de tempo.
Alternativa A – ERRADA
“Embora” estabelece relação de oposição. “Na medida em 
que” estabelece relação de causa.
Alternativa C – ERRADA
“O mais audacioso ato” deve ser analisado como superla‑
tivo relativo de superioridade, não estabelecendo, portan‑
to, comparação com o ato anteriormente realizado. Está 
comparando, sim, com todos os atos hostis nos últimos 
vinte anos.
Alternativa D – ERRADA
O termo “atitudes oportunas” está no plural, fazendo 
com que o verbo e o adjetivo concordem com ele, ou seja, 
“atitudes oportunas são compreensíveis”.
Alternativa E – ERRADA
O “que” é um pronome relativo – o qual – refere ‑se ao 
ditador comunista, estabelece relação de explicação. 
Quanto ao segundo que, também pronome relativo – a 
qual –, tem como referente o termo pessoa, portanto, es‑
tabelecendo relação de restrição, ou seja, somente à pes‑
soa que se esforce.
Gabarito oficial: alternativa B
34 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
... a Coreia do Norte interrompeu comunicações 
com o vizinho... 
transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma 
verbal corretamente obtida é:
 A) tinha interrompido. 
 B) foram interrompidas. 
 C) fora interrompido. 
 D) haviam sido interrompidas. 
 E) haveriam de ser interrompidas. 
Alternativa B – CERtA
O verbo interromper está no pretérito perfeito do indicati‑
vo, sendo, portanto, substituído pelo verbo auxiliar no 
mesmo tempo e modo, obedecendo ao sujeito paciente em 
número e pessoa: “Comunicações com o vizinho foram 
interrompidas pela Coreia do Norte”.
Alternativa A – ERRADA
O verbo traz o pretérito mais que perfeito composto na 
voz ativa.
Alternativa C – ERRADA
A voz ativa para a alternativa é: “A Coreia do Norte inter‑
rompera...”.
Alternativa D – ERRADA
A voz passiva para a alternativa é: “A Coreia do Norte ha‑
via interrompido...”.
Alternativa E – ERRADA
A voz passiva para a alternativa é: “A Coreia do Norte ha‑
veria de interromper...”.
Gabarito oficial: alternativa B
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30 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
35 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Nesse cenário em que os atores envolvidos não são ca‑
pazes de entender os movimentos e as intenções do 
rival, os processos de hostilidade mútua podem se tor‑
nar incontroláveis.
outra formulação para o segmento destacado acima, 
que, considerado o contexto, lhe seja equivalente e 
mantenha a clareza e correção originais é:
 A) os processos de hostilidade um pelo outro podem 
tornar ‑se incontroláveis. 
 B) os processos de hostilidade de parte à parte po‑
dem se tornarem incontroláveis. 
 C) os processos de hostilidade que uns países têm pe‑
los outros podem se tornar incontroláveis. 
 D) os processos de hostilidade acionados de forma al‑
ternada podem se tornar incontroláveis. 
 E) os processos de hostilidade entre eles respondendo‑
‑se podem se tornar incontroláveis. 
Alternativa D – CERtA
O que se solicita no enunciado é o uso da paráfrase, já 
visto em questões anteriores. O termo “Os processos de 
hostilidade mútua” pode ser substituído por “acionados 
de forma alternada” sem prejuízo para a compreensão.
Alternativa A – ERRADA
O termo “um pelo outro” não substitui “hostilidade 
mútua”.
Alternativa B – ERRADA
Há um erro de conjugação verbal, ou mau uso do tempo 
composto “podem se tornarem” quando o correto seria 
“podem tornar ‑se” ou “podem se tornar”.
Alternativa C – ERRADA
O termo “um pelo outro” não substitui “mútuo”.
Alternativa E – ERRADA
O termo “entre eles” não substitui “mútuo”.
Gabarito oficial: alternativa D
36 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Considerado o padrão culto escrito, a substituição que 
mantém a correção original do segmento é a de
 A) Um submarino norte ‑coreano havia sido o responsá‑
vel pelos disparos por “submarinos norte ‑coreanos 
havia sido os responsáveis pelos disparos”. 
 B) Mantido pelas duas nações por “mantido por am‑
bas as nações”. 
 C) Nesse cenário em que os atores envolvidos não são 
capazes de entender os movimentos por “Nesse 
cenário cujos os atores envolvidos não são capazes 
de entender os movimentos”. 
 D) Mesmo que o imbróglio não tenha consequências 
graves por “uma vez que o imbróglio não tenha 
consequências graves”. 
 E) Chama a atenção para o imprevisível desenlace por 
“chama a atenção para o que concerne o imprevisí‑
vel desenlace”. 
Alternativa B – CERtA
O pronome “ambos” substitui ou pode ser substituído 
por “dois”.
Alternativa A – ERRADA
“... submarinos norte ‑coreanos haviam sido...”, o verbo 
haver como auxiliar deverá concordar com o sujeito ‘sub‑
marinos’ em número e pessoa.
Alternativa C – ERRADA
Não se coloca artigo após o pronome cujo, sendo, portan‑
to, errônea a colocação “cujos os” no texto.
Alternativa D – ERRADA
“Mesmo que” estabelece relação de oposição de ideias, en‑
quanto o termo “uma vez que” estabelece relação de causa. 
Alternativa E – ERRADA
No termo “no que concerne”, o verbo concernir é verbo 
transitivo indireto e exige a presença da preposição a: “no 
que concerne ao imprevisível desenlace”. 
Gabarito oficial: alternativa B
37 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
A frase em que a palavra destacada está empregada de 
modo equivocado é:
 A) Inerme diante da ofensiva tão violenta,
não lhe 
restou nada a fazer senão render ‑se. 
 B) Há quem proscreva construções linguísticas de 
cunho popular. 
 C) Fui informado do diferimento da reunião em que o 
fato seria analisado. 
 D) A descriminalização de algumas drogas é questão 
polêmica. 
 E) A flagrância do perfume inebriava a todos os 
convidados.
Alternativa E – CERtA
Quanto ao perfume, temos, caro leitor, a fragrância, ou 
seja, odor, cheiro. Quanto à “flagrância”, isso não existe, 
portanto, a palavra foi empregada de modo equivocado.
Alternativa A – ERRADA
Inerme é desprovido, indefeso, desarmado, portanto, 
correto.
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Português 31
Alternativa B – ERRADA
Proscrever é abolir, proibir, extinguir, portanto, correto.
Alternativa C – ERRADA
Diferimento é adiamento, portanto, correto.
Alternativa D – ERRADA
Descriminalização é o mesmo que descriminar, ou seja, 
abolir, permitir, absolver, consentir, portanto, correto no 
contexto.
Gabarito oficial: alternativa E
38 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
A frase que respeita totalmente o padrão culto escrito é:
 A) De dissensões entre mentes lúcidas e independentes 
não se deve temer, porquanto o debate, ao suscitar 
reflexão, traz luz a questões controversas. 
 B) Consta naquele livro já bastante saudado pela crí‑
tica os nomes de vários integrantes de movimentos 
de resistência ao regime ditatorial. 
 C) o eminente orador enrubeceu quando arguido so‑
bre sua anuência ao polêmico pacto, mas quiz se 
mostrar seguro de si e respondeu ‑lhe de imediato. 
 D) Esse exercício indicado pelos assessores do prepara‑
dor físico é eficaz para intumescer alguns músculos, 
mas se mostra de efeito irrisório se mau realizado.
 E) Havia excesso de material a ser expedido, por isso 
as folhas mandadas à última hora, apesar do empe‑
nho, não coube no malote. 
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
“Constam (...) os nomes de vários integrantes”, o verbo 
deverá concordar com o sujeito em número e pessoa.
Alternativa C – ERRADA
Escreve ‑se com “s” o verbo querer em todas as suas formas 
do pretérito, e o correto é enrubesceu, e não enrubeceu.
Alternativa D – ERRADA
O termo “mau” está colocado como adjetivo, quando o 
correto seria como advérbio “mal”.
Alternativa E – ERRADA
O verbo“caber” deve concordar com o sujeito em número 
e pessoa, portanto, o correto seria: “as folhas mandadas 
(...) não couberam no malote”.
Gabarito oficial: alternativa A
39 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Está totalmente em conformidade com o padrão culto 
escrito a seguinte frase:
 A) A inserção do adolescente no grupo deveu ‑se ao 
coordenador, cuja experiência todos tiraram proveito, 
mesmo quando supuseram que ele ignorava o clima 
de apreensão. 
 B) Sei que sou eu que sempre medio o debate, mas 
dessa vez declino da responsabilidade: é com re‑
vezamento de obrigações que se pode descobrir 
lideranças. 
 C) Interpondo recurso, ele procurou desagravar ‑se da 
afronta que atribuiu às palavras do juiz em sua sen‑
tença, contra a qual a instância superior não hesi‑
tou em se pronunciar. 
 D) Dados como esses obtidos em recente pesquisa, 
sem dúvida permite que se os interpretem sob 
dupla perspectiva: a dos cidadãos e também do 
filósofo. 
 E) o fato e esse advogado que representa a autora da 
ação parecem ter sido feito um para o outro; mais: 
o operador do direito age com proficiência e ela, 
nele crê cegamente. 
Alternativa C – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O correto seria: “... de cuja experiência todos tiraram pro‑
veito...”.
Alternativa B – ERRADA
O correto seria “... sou eu quem medeio o debate”.
Alternativa D – ERRADA
O correto seria: “... dados (...) permitem que se os inter‑
prete sob dupla perspectiva...”.
Alternativa E – ERRADA
“O fato e esse advogado que representam...”
Gabarito oficial: alternativa C
40 tRE/RS – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
A frase em total concordância com o padrão culto es‑
crito é:
 A) Dirigimo ‑nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa 
apreciação do documento, haja bastante precisão 
quanto aos pontos que quereis ver alterados. 
 B) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Exce‑
lência jamais fizestes referência desairosa ao poder 
legislativo, mas desejamos pedir ‑lhe que desfaça o 
mal ‑entendido. 
 C) Ao encontrar ‑se com Sua Magnificência, não se 
conteve: – Senhor Reitor, sou o mais novo membro 
do corpo docente e vos peço um minuto de sua 
atenção. 
 D) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santi‑
dade: – Ponho ‑me a vossa disposição se acaso de‑
seje mandar uma mensagem ao povo brasileiro. 
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32 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 E) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados 
sobre a questão em debate e, assim, lhe pedimos 
que nos conceda um prazo para que o documento 
seja mais bem elaborado.
Alternativa E – CERtA
Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa.
Alternativa A – ERRADA
Os pronomes de tratamento deverão ser usado sempre na 
3ª pessoa, sendo, portanto, correta: “... quanto aos pontos 
que queira ver alterados”.
Alternativa B – ERRADA
O correto seria: “sabemos todos que Vossa Excelência ja‑
mais fez...”.
Alternativa C – ERRADA
O correto seria: “Senhor Reitor, (...) e lhe peço...” para os 
pronomes de tratamento, usa ‑se a 3ª pessoa.
Alternativa D – ERRADA
A resposta correta é: “... ponho ‑me a sua disposição.
Gabarito oficial: alternativa E
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TRF/4ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 2010
Atenção: As questões de 41 a 48 referem ‑se ao texto seguinte.
Discórdia em Copenhague
Frustrou ‑se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática 
(COP ‑15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emer‑
gentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de mui‑
tos debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no 
dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois 
do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico, 
firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de 
emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigató‑
rios capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Co‑
penhague buscava atingir.
Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, nos próximos três anos, 
embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instru‑
mentos serão usados para distribuí ‑lo. Faltou ‑lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, 
Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O 
que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer, 
secretário ‑executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP ‑16, que vai acontecer em 
2010, na Cidade do México.
O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos 
países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas 
obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmen‑
te. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir 
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34 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para polí‑
ticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os 
emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes, 
que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.
Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, n. 167.
41 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Atente para as seguintes afirmações:
I – No 1º parágrafo, informa ‑se que o número modesto 
de signatários do documento final de Copenhague 
contrastava com a alta ambição das metas pretendidas. 
II – No 2º parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com 
uma ponta de otimismo, não expressa qualquer senti‑
mento de frustração com os resultados da CoP ‑15.
III – No 3º parágrafo, depreende ‑se que a crise econô‑
mica que os Estados Unidos atravessam teve peso na 
decisão de não se disporem a cumprir sequer as metas 
mais modestas.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
 A) I e III, apenas. 
 B) III, apenas. 
 C) I, II e III. 
 D) I e II, apenas. 
 E) II e III, apenas. 
Alternativa B – CERtA
Item I – resposta errada: o item I não afirma se a meta da 
conferência é ambiciosa ou não, apenas comenta a meta 
que foi estabelecida.
Item II – resposta errada: há, sim, no texto, certa frustra‑
ção por parte do secretário, quando afirma que transfere 
para a conferência do México o que não se realizou na 
Dinamarca. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
42 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
“o que temos de alcançar no México é tudo o que de‑
veríamos ter alcançado aqui.”
transpondo ‑se a frase acima para a voz passiva, as for‑
mas sublinhadas devem ser substituídas, na ordem 
dada, por: 
 A) tem de alcançar ‑se – deverá alcançar ‑se.
 B) teremos alcançado – devia ser alcançado. 
 C) tem de ser alcançado – deveria ter sido alcançado.
 D) será alcançado – devia ser alcançado.
 E) tinha de ser alcançado – deveria ser alcançado. 
Alternativa C – CERtA
A voz ativa contém verbo no presente do indicativo, “te‑
mos de alcançar”. O verbo na voz passiva, portanto, deverá 
conservar o presente do indicativo: “tem de ser alcançado”. 
Na oração a seguir, o verbo auxiliar está no futuro do pre‑
térito; portanto, a voz passiva seguirá o mesmo raciocínio: 
“deveríamos ter alcançado”, por “tudo deveria ter sido 
alcançado por nós”.
Alternativa A – ERRADA
O verbo auxiliar “deverá” está no futuro do presente.
Alternativa B – ERRADA
O verbo auxiliar “teremos” está no futuro do presente.
Alternativa D – ERRADA
“Será” está no futuro do presente; foge, portanto, ao tem‑
po verbal colocado no enunciado.
Alternativa E – ERRADA
“Tinha” e “deveria” indicam formas hipotéticas, fugin‑
do, portanto, da correlação verbal exposta no enunciado. 
Gabarito oficial: alternativa C
43 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
No primeiro parágrafo, dois segmentos que remetem a 
causas da frustração de quem esperava muito da CoP‑
‑15 são: 
 A) capaz de orquestrar compromissos / cortes de 
emissão de gases estufa apenas para 2050. 
 B) sem estabelecer compromissos obrigatórios / im‑
pedir a elevação da temperatura. 
 C) capaz de orquestrar compromissos / um documen‑
to político genérico. 
 D) cortes de emissão de gases estufa apenas para 
2050 / sem estabelecer compromissos obrigatórios. 
 E) contra os efeitos do aumento da temperatura / en‑
contro convocado pelas Nações Unidas. 
Alternativa C – CERtA
Estabelece relação de causa da frustração.
Alternativa A – ERRADA
“... cortes de emissão e gases” refere ‑se ao efeito da 
frustração. 
Alternativa B – ERRADA
“... impedir a elevação da temperatura” estabelece o efeito 
provindo de um compromisso obrigatório.
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Português 35
Alternativa D – ERRADA
“... embora não estabeleça compromissos” estabelece re‑
lação de oposição ao corte de emissão de gases.
Alternativa E – ERRADA
“... encontro convocado” é o efeito produzido pela causa 
“a elevação da temperatura”.
Gabarito oficial: alternativa C
44 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
A informação negativa do segmento “chefes de estado 
tentando, em vão, aparar arestas” deve ‑se, sobretudo, 
ao elemento sublinhado. o mesmo ocorre em: 
 A) o resultado final foi um documento político gené‑
rico (...). 
 B) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que espera‑
vam obter ajuda (...).
 C) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas 
modestas. 
 D) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos 
obrigatórios (...).
 E) (...) inconformados por terem sido escanteados nas 
conversas finais. 
Alternativa C – CERtA
É a única alternativa em que ocorre termo interferente 
“sequer” indicando uma ressalva negativa. Caso do termo 
“em vão” no enunciado. Repare, caro leitor, que nas ou‑
tras alternativas não há termo interferente. 
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
45 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize 
quanto à concordância verbal em: 
 A) Deveram ‑se às manobras de desconversas, na defi‑
nição das tarefas dos países, o impasse final das 
negociações entabuladas em Copenhague. 
 B) Sequer foi possível, na CoP ‑15, estabelecer um fi‑
nanciamento para os países pobres a quem coubes‑
se adotar políticas de mitigação das emissões. 
 C) Se todos esperávamos um bom acordo na CoP ‑15, 
frustrou ‑nos o que dela acabou resultando. 
 D) Acabou culminando num final dramático, naquele 
18 de dezembro de 2009. 
 E) Às nações pobres propôs ‑se uma ajuda de US$ 30 
bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos 
países insatisfeitos com as conversas finais. 
Alternativa A – CERtA
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. 
Portanto, o correto é: “Deveu ‑se (...) o impasse final das 
negociações...”.
Alternativa B – ERRADA
A alternativa apresenta correção gramatical: “foi possível 
(...) um financiamento (...), países pobres a quem coubesse ...”.
Alternativa C – ERRADA
A alternativa apresenta perfeita correção gramatical, ou 
seja, há no texto uma silepse de pessoa. A silepse consiste 
em concordar com a ideia, deixando de lado a gramática. 
Quando o autor afirma que: “todos esperávamos”, sim‑
plesmente notamos que o autor inclui ‑se provocando, 
assim, a concordância ideológica, ou seja, a silepse.
Alternativa D – ERRADA
A concordância segue a norma gramatical, pois o sujeito de 
“acabou” é “o encontro convocado pelas Nações Unidas...”.
Alternativa E – ERRADA
Há correção gramatical no trecho. O termo “ajuda” é sujei‑
to paciente de “propôs ‑se”. A frase está na voz passiva sinté‑
tica, caro leitor. Não se esqueça de que o se é pronome apas‑
sivador ou partícula apassivadora, como querem alguns.
Gabarito oficial: alternativa A
46 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Houve muitas discussões sobre medidas para se mini‑
mizar o aquecimento global, já que todos consideram 
o aquecimento global uma questão crucial para a hu‑
manidade, embora poucos tomem medidas concretas 
para reduzir o aquecimento global, não havendo se‑
quer consenso quanto às verbas necessárias para miti‑
gar os efeitos do aquecimento global.
Evitam ‑se as viciosas repetições do período acima 
substituindo ‑se os elementos
sublinhados, na ordem 
dada, por: 
 A) o consideram – reduzir ‑lhe – mitigar ‑lhe os efeitos. 
 B) consideram ‑lhe – o reduzir – mitigar ‑lhe seus efeitos.
 C) lhe consideram – reduzi ‑lo – mitigá ‑los aos efeitos. 
 D) o consideram – reduzi ‑lo – mitigar ‑lhe os efeitos. 
 E) consideram ‑no – reduzir ‑lhe – mitigar ‑lhes os efeitos. 
Alternativa D – CERtA
O verbo considerar é verbo transitivo direto, exigindo, 
portanto, a presença do pronome oblíquo o em substitui‑
ção ao substantivo “aquecimento”. Cabe ressaltar aqui o 
fato de o pronome indefinido “todos” atrair o pronome 
para si. Portanto, “todos o consideram”. O segundo ter‑
mo traz o verbo no infinitivo: “reduzir o aquecimento 
global”, corta ‑se, portanto, a consoante r acrescentando l 
ao pronome oblíquo átono. Dessa forma, obteremos: 
reduzi ‑lo. No terceiro termo, temos: “... mitigar os efeitos 
do aquecimento. O termo em destaque exerce a função de 
adjunto adnominal, podendo ser substituído pelo prono‑
me oblíquo equivalente lhe: “... mitigar ‑lhe os efeitos”.
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36 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa A – ERRADA
O verbo reduzir é transitivo direto, não cabendo, portan‑
to, o pronome lhe, que, por sua vez, só cabe como objeto 
indireto.
Alternativa B – ERRADA
O verbo considerar é transitivo direto, não cabendo, por‑
tanto, o pronome oblíquo lhe. 
Alternativa C – ERRADA
Incide no mesmo erro no tocante ao verbo considerar.
Alternativa E – ERRADA
Ocorre o mesmo erro da alternativa A, no tocante ao ver‑
bo reduzir.
Gabarito oficial: alternativa D
47 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está inadequada a correlação entre tempos e modos 
verbais na frase: 
 A) Caso não se estabelecerem parâmetros para a aju‑
da de US$ 30 bilhões, essa iniciativa sequer terá 
recebido o aval da maioria dos países. 
 B) A exigência de metas obrigatórias, que as nações 
desenvolvidas impuseram às emergentes, terá sido 
uma das razões da discórdia. 
 C) Se alguém esperasse um bom acordo na CoP ‑15, 
frustrar ‑se ‑ia redondamente. 
 D) Não houve acordo capaz de orquestrar os interes‑
ses de que nenhum dos países abrisse mão. 
 E) Somente alguns países chegariam a firmar um 
acordo, pelo qual se previra os cortes de emissão 
que deveriam ser efetuados. 
Alternativa B – CERtA
A correlação está inadequada, uma vez que “impuseram” 
está no pretérito perfeito, o verbo da segunda oração de‑
veria estar no futuro hipotético, “... teria sido...”. 
Alternativa A – ERRADA
Visto que esteja perfeita a correlação verbal: os verbos es‑
tabelecer e terá recebido estão no futuro do presente.
Alternativa C – ERRADA
Está perfeita a correlação verbal, uma vez termos o passa‑
do e o futuro hipotéticos.
Alternativa D – ERRADA
A correlação entre os verbos nos tempos do pretérito está 
perfeita.
Alternativa E – ERRADA
O futuro do pretérito, ou hipotético, correlaciona ‑se com 
pretérito mais que perfeito, ou seja, um passado distante. 
Gabarito oficial: alternativa B
48 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está clara e correta a redação deste livre comentário 
sobre o texto: 
 A) tem ‑se notado os interesses que movem as nações 
mais desenvolvidas, em função dos quais ficam di‑
fíceis de firmar ‑se quaisquer acordos quanto a um 
meio ambiente melhor controlado. 
 B) Como já está tornando rotina, mais uma vez as na‑
ções não chegaram a um acordo, sobre as pungen‑
tes questões ambientais, tanto assim que nenhuma 
delas abre mão de seus interesses particulares. 
 C) Quando se dedicam às questões ambientais, costu‑
ma imperar ‑se a regra egoísta dos interesses priva‑
dos, ao passo que se deveria de contemplar os inte‑
resses públicos. 
 D) É bem possível de que ainda venham a haver mui‑
tas conferências como a da CoP ‑15, sem que os re‑
sultados que se espera sejam minimamente satisfa‑
tórios para o bem comum. 
 E) A maior parte das conferências dedicadas às ques‑
tões do meio ambiente têm sido frustradas, quase 
sempre, pela falta de desprendimento de muitas 
nações, sobretudo as desenvolvidas. 
Alternativa E – CERtA
Pode ‑se também reescrever esse trecho retirando ‑se o 
acento diferencial do verbo ter, concordando, assim, com 
a expressão: “A maior parte das conferências (...) tem sido 
frustrada...”, concordância modernamente aceita por 
grande parte da imprensa.
Alternativa A – ERRADA
O verbo ter em: “Têm ‑se notado”, deve levar o acento 
diferencial, pois o sujeito está no plural, obedecendo à 
voz passiva sintética e concordando com “interesses”. 
Para caracterizar o adjetivo, usa ‑se o elemento que o 
determina, ou seja, o advérbio, palavra que modifica re‑
lações com o verbo, com o adjetivo e com o próprio 
advérbio. O correto seria: “... quanto ao ambiente mais 
bem controlado”.
Alternativa B – ERRADA
O verbo tornar no sentido de “virar”, “transformar” é 
pronominal, sendo, portanto, tornar ‑se.
Alternativa C – ERRADA
O correto é: “Quando se dedicam (...) costumam imperar‑
‑se”. Não há a preposição de em “deveria contemplar”.
Alternativa D – ERRADA
O verbo haver no sentido de “ocorrer” é impessoal, ou 
seja, deverá estar sempre no singular. O correto é: “... que 
venha a haver muitas ocorrências...”.
Gabarito oficial: alternativa E
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Português 37
Atenção: As questões de 49 a 57 referem ‑se ao texto seguinte.
O advento das comunicações de massa
Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet, telefones celulares e 
outros equipamentos que nos parecem hoje absolutamente indispensáveis. Lembremos que essas 
tecnologias, assim como a do rádio e a da televisão, já profundamente enraizadas em nossas práti‑
cas individuais e coletivas, são aquisições recentíssimas da humanidade.
O interesse cada vez maior pela tecnologia é um dos traços da modernidade que se organiza 
com o fim da Idade Média, substituindo o apego à tradição pela crescente importância da razão e 
da ciência, vinculando conhecimento técnico a progresso.
A atração por meios eletrônicos de comunicação está diretamente associada às telecomunica‑
ções por ondas, que remontam ao século XIX. Os Estados Unidos, já no século XX, se destacaram 
rapidamente no uso do rádio. Um fato que se tornou clássico foi protagonizado em 1938, pelo cineasta 
Orson Welles, então um jovem e desconhecido radialista. Ele leu trechos da obra ficcional A guerra 
dos mundos como se estivesse transmitindo um relato real de invasão de extraterrestres. Utilizando 
surpreendentes recursos do jornalismo radiofônico, levou pânico aos norte ‑americanos que, por 
alguns instantes, agiram como se estivessem na iminência de um ataque catastrófico.
Nos dias atuais, a tecnologia associada à produção virtual interpela o cotidiano de forma cada 
vez mais contundente. Já no início da década de 1970 surge o microprocessador, ocasionando uma 
verdadeira revolução no mundo da eletrônica. Na segunda metade da década de 90, um novo siste‑
ma de comunicação eletrônica começou a ser formado com a fusão da mídia de massa personalizada, 
globalizada, com a comunicação mediada por computadores – a multimídia, que estende o âmbito 
da comunicação eletrônica para todos os domínios da vida, inserindo ‑se no cotidiano da vida pú‑
blica e privada, introduzindo ‑nos num universo de novas percepções.
As técnicas não determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretações e usos condu‑
zidos por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. Por isso, a história dos meios de comunica‑
ção nos ajuda a entender e interpretar relações de poder
político, cultural e econômico, bem como 
a configuração da subjetividade contemporânea.
Adaptado de Leituras da História, n. 4, 2007.
49 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Encontram ‑se articulados no texto os seguintes aspec‑
tos do tema comunicações de massa: 
 A) origens das comunicações modernas; poder da mí‑
dia e influência sobre as massas; processos e des‑
dobramentos da multimídia. 
 B) síntese dos processos da multimídia; impulso inicial 
da modernização tecnológica; o esgotamento do 
jornalismo radiofônico. 
 C) resenha histórica da informática; crítica ao poder 
abusivo da mídia eletrônica; ingerência da multimí‑
dia nas decisões do cidadão. 
 D) obsolescência atual do rádio; pequeno histórico 
da mídia eletrônica; a valorização dos ganhos 
tecnológicos. 
 E) resumo da história das comunicações; a dissociação 
entre tecnologia e vida cotidiana; o rádio como 
principal mobilizador das massas. 
Alternativa A – CERtA
No 1º parágrafo, o autor relata as origens da moderna co‑
municação; no 2º parágrafo, determina a mídia como 
poder e influência; e, no 3º parágrafo, comenta sobre a 
ampliação da modernidade da mídia. 
Alternativa B – ERRADA
O autor não cita em sua síntese o esgotamento do jorna‑
lismo radiofônico.
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38 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa C – ERRADA
O autor não tece crítica ao poder abusivo da mídia.
Alternativa D – ERRADA
O auto não cita o rádio como obsoleto.
Alternativa E – ERRADA
O autor não desassocia a tecnologia do cotidiano, pelo 
contrário, usa de argumentos para justificar seu uso na 
sociedade moderna.
Gabarito oficial: alternativa A
50 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
o específico episódio que orson Welles protagonizou 
pode servir como exemplificação para o fato de que 
 A) manifestações de pânico coletivo são intrínsecas à 
ação da multimídia. 
 B) produções virtuais banalizaram ‑se no cotidiano 
pessoal ou público. 
 C) os meios eletrônicos nos parecem hoje absoluta‑
mente indispensáveis. 
 D) a tecnologia já começava a interpelar o cotidiano 
de forma contundente. 
 E) a multimídia estende a comunicação para todos os 
domínios da vida. 
Alternativa D – CERtA
Ao comentar um fato histórico, o autor induz ao leitor a 
ideia da influência da tecnologia no cotidiano, já naquela 
época.
Alternativa A – ERRADA
O autor não se refere à manifestação em si, e sim à 
influên cia da mídia no cotidiano.
Alternativa B – ERRADA
O autor não se refere a qualquer tipo de banalização.
Alternativa C – ERRADA
O autor não se refere aos meios eletrônicos especifica‑
mente, mas, sim, a certos elementos da tecnologia.
Alternativa E – ERRADA
“A multimídia estende a comunicação ‘eletrônica’ para...”
Gabarito oficial: alternativa D
51 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Atente para as seguintes afirmações:
I – o fato de a moderna tecnologia trazer consigo indis‑
cutíveis vantagens faz com que percamos a memória 
de tempos que já foram melhores para a humanidade.
II – Uma obra como A guerra dos mundos mostra, por si 
mesma, o poder da literatura de ficção sobre seu públi‑
co, exercendo efeito imediato em seu comportamento.
III – o surgimento do microprocessador e a expansão 
da multimídia foram duas revoluções no universo das 
comunicações, refletindo ‑se no modo de ser do ho‑
mem contemporâneo.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
 A) I e III, apenas. 
 B) III, apenas. 
 C) I, II e III. 
 D) I e II, apenas. 
 E) II e III, apenas. 
Alternativa B – CERtA
No item I, o autor não estabelece se os tempos anteriores 
foram ou não melhores que os atuais.
No item II, o autor não fala sobre a importância da obra 
na literatura, e sim a importância da leitura através do 
rádio.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
52 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
A pontuação está plenamente adequada na seguinte 
frase: 
 A) tanto o microprocessador, como a fusão das mídias 
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um 
papel decisivo na configuração não apenas, da vida 
cotidiana, como da subjetividade mesma do ho‑
mem contemporâneo. 
 B) tanto o microprocessador, como a fusão das mídias 
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um 
papel decisivo, na configuração não apenas da vida 
cotidiana, como da subjetividade, mesma do ho‑
mem contemporâneo. 
 C) tanto o microprocessador, como a fusão das mí‑
dias, desempenharam, pelos efeitos que geraram, 
um papel decisivo na configuração, não apenas da 
vida cotidiana como da subjetividade mesma do 
homem contemporâneo. 
 D) tanto o microprocessador como a fusão das mídias 
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um 
papel decisivo na configuração, não apenas, da 
vida cotidiana, como da subjetividade mesma, do 
homem contemporâneo. 
 E) tanto o microprocessador como a fusão das mídias 
desempenharam, pelos efeitos que geraram, um 
papel decisivo na configuração não apenas da vida 
cotidiana como da subjetividade mesma do homem 
contemporâneo.
Alternativa E – CERtA
Oração interferente, “pelos efeitos que geraram”, entre 
vírgulas. Quanto ao restante, não há a mínima necessida‑
de de vírgula. 
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Português 39
Alternativa A – ERRADA
Há excesso de vírgulas, totalmente desnecessárias, após 
“microprocessador”.
Alternativa B – ERRADA
Há excesso de vírgulas, também desnecessárias, como em 
“microprocessador”, “geraram” e “como da subjetividade”. 
Alternativa C – ERRADA
Devem ser retiradas as vírgulas após: “microprocessa‑
dor” e “fusão das mídias”.
Alternativa D – ERRADA
Deve ser retirada a vírgula após “não apenas”. 
Gabarito oficial: alternativa E
53 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Não haverá prejuízo para a correção e o sentido do 
segmento do texto com a substituição do elemento su‑
blinhado pelo indicado entre parênteses em: 
 A) (...) inserindo ‑se no cotidiano da vida pública e pri‑
vada (...). (Emergindo no dia a dia.) 
 B) (...) nos ajuda a entender (...) a configuração da 
subjetividade contemporânea. (Formação da velei‑
dade íntima.) 
 C) Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivía‑
mos antes da internet (...). (ocorre ‑nos, por vezes, 
indagar.) 
 D) Lembremos que essas tecnologias (...) são aquisi‑
ções recentíssimas da humanidade. (Conquistas 
açodadas.) 
 E) (...) agiram como se estivessem na iminência de um 
ataque catastrófico. (tal fosse prestes a sofrerem.) 
Alternativa C – CERtA
Perfeita a paráfrase do item estabelecido.
Alternativa A – ERRADA
Inserir é o mesmo que incluir; emergir é o mesmo que 
ascender, subir da água.
Alternativa B – ERRADA
Não há relação entre “subjetividade contemporânea” e 
“formação da veleidade íntima”.
Alternativa D – ERRADA
“Aquisição” e “conquista” não estabelecem relações se‑
mânticas, ou seja, não têm o mesmo significado.
Alternativa E – ERRADA
Gabarito oficial: alternativa C
54 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
o verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma 
forma do plural para preencher de modo correto a la‑
cuna da frase: 
 A) orson Welles talvez não imaginasse o risco da tra‑
gédia que ...... (poder) provocar as dramatizações 
de sua transmissão radiofônica. 
 B) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ...... (ca‑
ber) determinar por si mesmas o sentido que ga‑
nhará sua aplicação. 
 C) Muito do que se ...... (prever)
nos usos de uma nova 
técnica depende, para realizar ‑se, do que se chama 
“vontade política”. 
 D) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tec‑
nologia mais ousada é capaz de satisfazer as aspi‑
rações humanas. 
 E) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências o bem 
que elas nos trazem, as saídas místicas surgem 
como solução. 
Alternativa A – CERtA
“... o risco da tragédia que as dramatizações poderiam pro‑
vocar...”, o verbo concorda com o sujeito em número e 
pessoa.
Alternativa B – ERRADA
“... não lhes cabe determinar (...) o sentido...”
Alternativa C – ERRADA
Não cabe plural em: “Muito do que se prevê...”.
Alternativa D – ERRADA
“Nenhuma das vantagens que oferece...”
Alternativa E – ERRADA
“Quando não se reconhece (...) o bem...” 
Gabarito oficial: alternativa A
55 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
É preciso corrigir, pela má estruturação que apresenta, 
a seguinte frase: 
 A) os muito jovens não fazem ideia de como foram 
velozes as transformações que sofreu o nosso coti‑
diano, nas últimas décadas, por causa das inova‑
ções tecnológicas. 
 B) Ao que tudo indica, os próximos passos da tecnolo‑
gia eletrônica serão dados na direção de uma ainda 
maior integração entre as diversas mídias. 
 C) Com o advento dos meios de comunicação de mas‑
sa, sobretudo os eletrônicos, nem por isso o pro‑
gresso tecnológico deixa de ser contestado. 
 D) A globalização está diretamente ligada à propaga‑
ção e ao aperfeiçoamento dos meios de comunica‑
ção de massa, que encurtam distâncias e aproxi‑
mam as pessoas. 
 E) Quem não se deixa seduzir pelos atrativos e novi‑
dades da tecnologia de ponta costuma defender as 
vantagens da simplicidade e da naturalidade em 
nossa vida.
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40 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa C – CERtA
O termo “nem” somado a “por isso” estabelece conclusão 
positiva, o que leva ao erro de estruturação da frase. A 
relação estabelecida deverá ser de “oposição”, pois a se‑
gunda ideia é oposta à primeira. O correto é:
“Mesmo com o advento dos meios de comunicação de 
massa, sobretudo os eletrônicos, o progresso tecnológico 
deixa de ser contestado.”
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
56 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem, os 
segmentos: 
 A) Na segunda metade da década de 90, um novo sis‑
tema de comunicação eletrônica começou a ser for‑
mado / com a fusão da mídia de massa. 
 B) Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo 
radiofônico / levou pânico aos norte ‑americanos. 
 C) Algumas vezes nos perguntamos / como sobrevivía‑
mos antes da internet. 
 D) Um fato que se tornou clássico / foi protagonizado 
em 1938 pelo cineasta orson Welles. 
 E) o interesse cada vez maior pela tecnologia / é um 
dos traços da modernidade. 
Alternativa B – CERtA
Estabelecem ‑se as relações de causa e efeito pelas das con‑
junções: porque, ou já que, ou uma vez que, ou como.
“Como utilizou surpreendentes recursos do jornalismo 
radiofônico, levou pânico aos norte ‑americanos.”
“Uma vez que tenha utilizado surpreendentes...”
Alternativa A – ERRADA
Direção de argumentação de tempo. 
Alternativa C – ERRADA
O termo como estabelece relação de modo.
Alternativa D – ERRADA
Estabelecida relação de tempo.
Alternativa E – ERRADA
Relação estabelecida de conclusão. 
Gabarito oficial: alternativa B
57 tRF/4ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – Execução de Mandados – 2010.
Está correto o emprego do elemento sublinhado em: 
 A) A segunda metade da década de 90, aonde se con‑
solidou a multimídia, foi um marco na vida contem‑
porânea. 
 B) o homem do nosso tempo, diante dos admiráveis 
recursos nos quais jamais sonhou alcançar, é por 
vezes um deslumbrado. 
 C) A obra de ficção “A guerra dos mundos”, em cuja 
orson Welles se baseou, ganhou dramática adap‑
tação radiofônica. 
 D) A tecnologia de ponta, sobre a qual por vezes pai‑
ram desconfianças, leva ‑nos apenas aonde quere‑
mos ir. 
 E) o cotidiano contemporâneo deixa ‑se afetar pelas 
conquistas técnicas, de cujas muita gente alimenta 
sérias desconfianças. 
Alternativa D – CERtA
Os termos “onde – aonde” deverão ser utilizados apenas 
quando apresentar relação de lugar. Por forma, na maioria 
das vezes não utilizada, onde liga ‑se a verbos estáticos em 
frases, como por exemplo: onde você ficou ontem? Onde 
você mora? Onde você trabalha? E aonde, a verbos em mo‑
vimento, como por exemplo: Aonde você andou? Aonde 
você quer chegar? O verbo levar, intransitivo, indica movi‑
mento, teoricamente, portanto, exige o termo aonde: “... a 
tecnologia leva ‑nos apenas aonde queremos ir”. Cabe aqui 
uma orientação, caríssimo aluno: Mesmo reconhecendo 
que esse princípio é contestável e contestado, siga essa 
orientação para os concursos públicos, está bem?
Alternativa A – ERRADA
“A segunda metade da década de 90” quando (e não 
onde).
Alternativa B – ERRADA
“... admiráveis recursos,” os quais (e não nos quais) “ja‑
mais sonhou alcançar”.
Alternativa C – ERRADA
Em que ou na qual – referindo ‑se à “obra” (e não em cuja). 
Alternativa E – ERRADA
De que ou das quais – referindo ‑se a “conquistas técnicas” 
(e não de cujas).
Gabarito oficial: alternativa D
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TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010
Atenção: As questões de 58 a 65 referem ‑se ao texto seguinte.
Sociedade do espetáculo: mal de uma época
“Nosso tempo prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência 
ao ser. O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.” Essas palavras do filósofo Feurbach nos 
dizem algo fundamental sobre nossa época. Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições 
modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era dire‑
tamente vivido se esvai na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de cada aspecto da 
vida e fundem ‑se num curso comum, de forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida.
O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de 
unificação. Como parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência. Por 
ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência. O espetáculo não é um con‑
junto de imagens, mas uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.
A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado exprime ‑se assim: quanto mais 
contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer ‑se nas imagens dominantes, menos ele 
compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo. O conceito de espetáculo unifica e 
explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes, apresenta ‑se como algo grandioso, posi‑
tivo, indiscutível e inacessível.
A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que deveria agir como um sujeito real apare ce 
no fato de que os seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que os apresenta a ele. Eis por que 
o espectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte. Eis por que 
nossos valores mais profundos têm dificuldade de sobreviver em uma sociedade do espetá culo, 
porque a verdade e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela são banidas e os va‑
lores, enterrados sob o escombro das aparências e da mentira, que nos separam, em vez de nos unir.
Adaptado de Maria Clara Luccheti Bingemer, revista Adital.
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42 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
58 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
De acordo com a citação do filósofo Feurbach, na aber‑
tura do texto, vive ‑se num tempo em que
 A) o plano das coisas, uma vez sacralizado, faz desa‑
parecer o plano dos nossos valores espirituais.
 B) a mera representação das coisas adquire uma rele‑
vância maior que a das coisas em si mesmas.
 C) a valorização de processos ilusórios faz com que as 
pessoas se prendam cada vez mais aos ritos sagrados. 
 D) as imagens e as coisas mundanas captam nossa 
atenção de tal modo que já não as distinguimos 
umas das outras.
 E) a verdade das imagens e a ilusão das representa‑
ções delas confundem nossa percepção e nossos 
sentidos.
Alternativa B – CERtA
O texto expõe a ideia de que a imagem sobrepõe ‑se ao 
acontecimento.
Alternativa A – ERRADA
Ao contrário da alternativa, o “cúmulo da ilusão é o cú‑
mulo do sagrado”. O texto não tece comparações, apenas 
estabelece relações.
Alternativa C – ERRADA
O texto apenas compara o ilusório ao sagrado.
Alternativa D – ERRADA
Para o texto, apenas a imagem capta nossa atenção, 
sobrepondo ‑se à “coisa”.
Alternativa E – ERRADA
Segundo o texto, é a ilusão provocada pela imagem que 
confunde nossa percepção e nossos sentidos. 
Gabarito oficial: alternativa B
59 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Para a autora do texto, uma característica essencial da 
sociedade do espetáculo está no modo como o homem 
moderno
 A) valoriza uma experiência direta das coisas e dos 
fenômenos, em detrimento de qualquer tipo de 
abstração.
 B) revela ‑se um alienado, quando suprime a contem‑
plação dos objetos para analisar criticamente a 
imagem que eles têm.
 C) subordina sua consciência a um processo de repre‑
sentações, que ele contempla e adota como um 
mundo unificado.
 D) delega aos produtores de espetáculos a represen‑
tação de uma ilusão que ele teme reconhecer den‑
tro de si mesmo.
 E) age em relação ao mundo das imagens e das repre‑
sentações coletivas, destituindo ‑as de qualquer 
significação.
Alternativa C – CERtA
O homem moderno, segundo a autora, subordina sua 
consciência à imagem.
Alternativa A – ERRADA
Segundo o texto, valoriza uma experiência pela imagem, 
fugindo, portanto, às coisas e aos fenômenos.
Alternativa B – ERRADA
Ocorre o contrário, isto é, a contemplação dos objetos su‑
prime a análise crítica, a compreensão.
Alternativa D – ERRADA
Segundo o texto, o homem moderno traz e reconhece 
dentro de si a representação.
Alternativa E – ERRADA
As imagens não estão destituídas de significação, elas se 
tornaram o meio pelo qual as pessoas se relacionam. 
Gabarito oficial: alternativa C
60 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Atente para as seguintes afirmações:
I – Justamente pelo fato de o espetáculo estar em toda 
parte é que os homens de hoje, numa sociedade em 
que funcionam como espectadores, não se sentem em 
casa em lugar nenhum.
II – A verdade e a transparência, identificadas como va‑
lores autenticamente humanos, são incompatíveis com 
os que regem a sociedade do espetáculo.
III – Na sociedade do espetáculo, a desejável ação do 
sujeito dá lugar a um estado de recriação das imagens 
exteriores, que lhe faculta reconhecer ‑se a si mesmo.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma So‑
MENtE em
 A) I.
 B) II.
 C) III.
 D) II e III.
 E) I e II.
Alternativa E – CERtA
Item III – resposta errada: na verdade, segundo o texto, o 
homem moderno não espera a ação do sujeito, e sim, 
como o estado está somente ligado à imagem, é lhe tirada 
a faculdade de reconhecer ‑se a si mesmo.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
61 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Estão inteiramente respeitadas as normas de concor‑
dância verbal em:
 A) Quando às coisas se preferem a imagem delas, 
privilegia ‑se o espetáculo das aparências.
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Português 43
 B) As palavras do filósofo Feurbach, um pensador já 
tão distante de nós, mantém ‑se como um preciso 
diagnóstico.
 C) o que resultam de tantas imagens dominantes são a 
identificação dos indivíduos com algo exterior a eles.
 D) Já não se distingue nos gestos dos indivíduos algo 
que de fato os identifique como autênticos sujeitos.
 E) Cabem ‑nos, a todos nós, buscar preservar valores 
como a verdade e a transparência, ameaçados de 
desaparição.
Alternativa D – CERtA
“Já não se distingue (...) algo que de fato...”
A regra geral de concordância é: o verbo concorda com o 
sujeito em número e pessoa. Portanto, “distingue” con‑
corda com o núcleo “algo”. 
Alternativa A – ERRADA
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. O correto é: 
“Quando às coisas se prefere a imagem”. Parte ‑se do prin‑
cípio de que: quem prefere uma coisa à outra. Portanto, 
prefere a imagem (objeto direto) às coisas (objeto indireto). 
Alternativa B – ERRADA
“As palavras do filósofo (...) mantêm ‑se.” O erro está no 
acento diferencial de “manter”, 3ª pessoa do plural.
Alternativa C – ERRADA
“O que resulta de (...) é a identificação...”
Alternativa E – ERRADA
“Cabe ‑nos preservar...”
Há um erro de concordância nominal: “... como a verdade 
e a transparência ameaçadas...”, substantivos femininos, 
portanto, do mesmo gênero, fazendo com que o adjetivo 
concorde com eles. 
Gabarito oficial: alternativa D
62 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Na frase: “Eis por que o espectador não se sente em 
casa em parte alguma, porque o espetáculo está em 
toda parte”, os elementos sublinhados podem ser cor‑
reta e respectivamente substituídos por
 A) a razão pela qual e visto que.
 B) por cujo motivo e visto que.
 C) a finalidade pela qual e dado que.
 D) o motivo por onde e conquanto.
 E) a alegação de que e conquanto.
Alternativa A – CERtA
Por que ou razão pela qual e porque ou visto que.
Temos a preposição por, o pronome relativo que e o subs‑
tantivo razão que foi omitido. Quanto ao segundo termo, 
temos a conjunção porque estabelecendo relação de causa, 
sendo, portanto, substituída por visto que.
Alternativa B – ERRADA
O correto seria: “... o motivo pelo qual...”.
Alternativa C – ERRADA
Não cabe, neste caso, a finalidade, e sim a causa.
Alternativa D – ERRADA
Não cabe onde, pronome que tem a função de adjunto ad‑
verbial de lugar. Conquanto é conjunção que estabelece 
relação de oposição. 
Alternativa E – ERRADA
Não cabe o termo “alegação”, e “conquanto” estabelece 
relação de oposição.
Gabarito oficial: alternativa A
63 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
No trecho: “quanto mais contempla, menos vive; quan‑
to mais aceita reconhecer ‑se nas imagens dominantes, 
menos ele compreende a sua própria existência”, 
expressa ‑se uma relação de
 A) causalidade entre menos vive e mais aceita.
 B) oposição entre mais contempla e mais aceita.
 C) exclusão entre menos vive e menos compreende.
 D) alternância entre mais contempla e mais aceita.
 E) proporção entre mais contempla e menos vive.
Alternativa E – CERtA
À medida que, à proporção que, quanto mais, estabelecen‑
do, portanto, relação de proporção.
Alternativa A – ERRADA
Para ocorrer a causa, teríamos: “Porque menos vive mais 
aceita...”. 
Alternativa B – ERRADA
Para haver oposição, teríamos: “Embora mais contemple, 
menos aceita...”.
Alternativa C – ERRADA
Para ocorrer exclusão, teríamos: “mais vive menos com‑
preende”.
Alternativa D – ERRADA
Para ocorrer a alternância, teríamos: “ou contempla ou 
aceita...”.
Gabarito oficial: alternativa E
64 tRE/AL – Analista Judiciário –
Área Judi‑ciária – 2010.
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
 A) o cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. 
 B) o conceito de espetáculo unifica e explica uma 
grande diversidade de fenômenos.
 C) o espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, 
a própria sociedade e seu instrumento de unificação. 
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44 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da 
vida (...).
 E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido 
e da falsa consciência.
Alternativa B – CERtA
Para que ocorra a voz passiva, é necessário que o verbo 
seja transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Os ver‑
bos unificar e explicar são verbos transitivos diretos e 
aceitam, portanto, a voz passiva.
Alternativa A – ERRADA
O verbo ser, “é”, é verbo de ligação, não aceitando, portan‑
to, voz passiva.
Alternativa C – ERRADA
Verbo ser é verbo de ligação. Não aceita voz passiva.
Alternativa D – ERRADA
O verbo f luir é verbo intransitivo, não aceita a voz passiva. 
Alternativa E – ERRADA
O verbo ser é de ligação.
Gabarito oficial: alternativa B
65 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Está clara e correta a redação deste livre comentário 
sobre o texto:
 A) Nem todos acatarão de que a sociedade do espetá‑
culo seja malévola, uma vez que suas imagens são 
parte constituída ao nosso modo de viver.
 B) Muita gente reputa às imagens e às representa‑
ções a qualidade de mascararem nossa própria per‑
sonalidade, quando não a expandem.
 C) o primado das imagens sobre as coisas vem de‑
monstrando, em nosso tempo, a supremacia do 
que é aparente em relação ao que é essencial.
 D) ocorre que quando se valoriza as imagens em de‑
trimento das coisas, elas nem sempre se tornam 
visíveis ao ponto de se distinguirem das demais.
 E) A absorção que todo espetáculo nos imputa é ta‑
manha que, quando menos atentamos, já somos 
parte dele, em estado de inconsciência.
Alternativa C – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“... nem todos acatarão que (...)” (o verbo acatar é transi‑
tivo direto, não aceita, portanto, a preposição de).
Alternativa B – ERRADA
O texto provoca duplo sentido. A presença do pronome 
oblíquo a cria uma ideia ambígua e confusa, pois, na ver‑
dade, o leitor não sabe quem é o seu referente.
Alternativa D – ERRADA
Problemas quanto à voz passiva sintética. O correto seria: 
“... quando se valorizam as imagens”, o verbo valorizam 
concorda com o sujeito “imagens” em número e pessoa.
Alternativa E – ERRADA
Falta da preposição de após o substantivo “absorção”. O 
correto é: “A absorção de que todo...”.
Gabarito oficial: alternativa C
Atenção: As questões de 66 a 70 referem ‑se ao texto seguinte.
Nova infância?
Até onde posso avaliar, parece que já não existem mais crianças como as de antigamente – o 
que equivale a dizer que talvez seja preciso redefinir o que vem a ser infância. Quem viveu no tem‑
po em que a rua era o espaço natural de todos os jogos e brincadeiras, palco das conversas e das 
piadas, cenário da vida coletiva, lamentará o quanto as crianças de hoje vivem reclusas nas casas e 
nos apartamentos. Seja por questão de segurança (medo da rua), seja pela avalanche das novidades 
tecnológicas e dos brinquedos eletrônicos, o sedentarismo infantil é um fenômeno que se alastra 
por toda parte. 
Trata ‑se de uma anomalia cruel: as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vita‑
lidade, estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade. Diante das 
telas e dos monitores, satisfazem ‑se com o movimento virtual, com a investigação a distância, com 
a experiência imaginária. O prazer do convívio vem sendo perigosamente substituído pelo senti‑
mento de autossuficiência. Que tipo de sociedade estamos constituindo?
Herculano Menezes, inédito.
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Português 45
66 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
o que está referido no texto como anomalia cruel con‑
siste no fato de que as crianças de hoje
 A) estão desenvolvendo uma extraordinária capacidade 
de concentração.
 B) ignoram as atividades criativas que lhes estão sen‑
do oferecidas.
 C) manifestam uma curiosidade precoce pela tecnolo‑
gia e pela ciência.
 D) entregam ‑se a práticas que implicam passividade e 
sedentarismo.
 E) revelam um prazer mórbido ao demonstrarem sua 
autossuficiência.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
A capacidade de concentração solitária.
Alternativa B – ERRADA
Assumem a passividade e a solidão distanciando ‑se, cada 
vez mais, do movimento. 
Alternativa C – ERRADA
Aceitam a tecnologia como novidade.
Alternativa E – ERRADA
O texto fundamenta o prazer do convívio que vem sendo 
substituído pelo sentimento de autossuficiência.
Gabarito oficial: alternativa D
67 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
Considerando ‑se o contexto, traduz ‑se adequadamen‑
te o sentido de um segmento em:
 A) até onde posso avaliar = extrapolando uma avalia‑
ção minha.
 B) sedentarismo infantil = absorção pueril.
 C) uma anomalia cruel = uma anormalidade implacável.
 D) movimento virtual = animação virtuosa.
 E) sentimento de autossuficiência = extravasão autista. 
Alternativa C – CERtA
Anomalia substitui ‑se por anormalidade; implacável 
su bstitui ‑se por cruel.
Alternativa A – ERRADA
Extrapolar é ir além, e não até onde possa ir.
Alternativa B – ERRADA
Absorção não é sedentarismo.
Alternativa D – ERRADA
Virtuosa não se identifica com virtual.
Alternativa E – ERRADA
Autista não se identifica com autossuficiência.
Gabarito oficial: alternativa C
68 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
A pontuação está inteiramente adequada na frase:
 A) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as 
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm 
a ver com as de ontem.
 B) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as 
crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a 
ver, com as de ontem.
 C) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as 
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver 
com as de ontem.
 D) Será preciso, talvez redefinir a infância? – já que as 
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver 
com as de ontem.
 E) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as 
crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a 
ver com as de ontem.
Alternativa E – CERtA
“Talvez”, advérbio de dúvida, termo interferente deverá 
estar entre vírgulas. “já que (...) de hoje” oração interfe‑
rente, deverá estar entre vírgulas. “Ao que tudo indica” 
termo interferente, deverá estar entre vírgulas.
Alternativa A – ERRADA
Falta uma vírgula após “... tudo indica,”.
Alternativa B – ERRADA
Falta vírgula após “talvez,”; não há os dois ‑pontos; “ao 
que tudo indica” deverá estar entre vírgulas; e não há vír‑
gula após “nada tem a ver”.
Alternativa C – ERRADA
Não há vírgula após “preciso”. Os dois ‑pontos devem ser 
retirados; e “ao que tudo indica” deverá estar entre vírgulas. 
Alternativa D – ERRADA
“Talvez” deverá estar entre vírgulas; não há ponto de 
interrogação; e “ao que tudo indica” deverá estar entre 
vírgulas.
Gabarito oficial: alternativa E
69 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
“... as crianças, seres naturalmente carregados de 
energia e vitalidade, estão vivendo longas horas diá‑
rias de concentração solitária e de imobilidade.”
Pode ‑se reconstruir com correção e coerência a frase 
acima, começando por: “As crianças estão vivendo lon‑
gas horas diárias de concentração solitária e de imobi‑
lidade” e complementando
com
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46 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 A) em que pesem os seres naturais, imbuídos de ener‑
gia e de vitalidade.
 B) não obstante sejam naturalmente providas de mui‑
ta energia e vitalidade.
 C) porquanto constituem ‑se como seres de natural 
energia e vitalidade.
 D) ainda quando seres incutidos de energia e vitalida‑
de em sua natureza.
 E) mesmo quando se mostram atreladas a muita ener‑
gia e força vital.
Alternativa B – CERtA
Relação de oposição em “não obstante”.
Alternativa A – ERRADA
O texto fala das crianças, enquanto a questão amplia a 
ideia citando “seres naturais”.
Alternativa C – ERRADA
“Porquanto” estabelece relação de conclusão.
Alternativa D – ERRADA
Amplia a ideia que vai além do termo “crianças”.
Alternativa E – ERRADA
Relação de tempo em “quando”, restringindo o sentido 
dos adjetivos: “energia” e “vitalidade”.
Gabarito oficial: alternativa B
70 tRE/AL – Analista Judiciário – Área Judi‑ciária – 2010.
o verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‑se 
numa forma do plural para preencher corretamente a 
lacuna da frase:
 A) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do 
futuro, crianças semelhantes às de tempos passados? 
 B) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais...... 
(haver), tão absortas e imobilizadas em seus afazeres. 
 C) Até quando se...... (verificar), em relação às nossas 
crianças, tamanha incongruência nos valores e nas 
expectativas educacionais? 
 D) Quase todo prazer que hoje às crianças se...... (re‑
servar) por longas horas diárias, está associado à 
tecnologia.
 E) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, pro‑
porcionar às crianças espaço e tempo para as ne‑
cessárias atividades físicas.
Alternativa A – CERtA
O verbo haver como auxiliar concordará com o sujeito. 
Portanto, “hão de se dar a conhecer (...) crianças...?”.
Alternativa B – ERRADA
O correto é: “Crianças (...) jamais haverá, tão...”. Nesse 
caso, o verbo haver substitui o verbo existir, ficando, por 
isso, no singular.
Alternativa C – ERRADA
O verbo verificar deverá estar no singular para concordar 
com o sujeito “incongruência”.
Alternativa D – ERRADA
O verbo reservar deverá estar no singular para concordar 
com o sujeito “Quase todo prazer”.
Alternativa E – ERRADA
O verbo caber no sentido de ser necessário é impessoal, de‑
vendo, por isso, ficar no singular: “Cabe (...) proporcionar...”.
Gabarito oficial: alternativa A 
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TRE/AM – ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA JUDICIÁRIA – 2010
Atenção: As questões de 71 a 80 referem ‑se ao texto seguinte.
Entre a cruz e a caldeirinha
“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando alguém lhe sugeriu que talvez valesse 
a pena ser mais tolerante com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetiva‑
mente, além de um punhado de multicoloridos guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda 
assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, “perto da Igreja, todos os poderosos do mundo 
parecem diletantes”.
Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao mesmo tempo que uma pesqui‑
sa da Fundação Getúlio Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos no Brasil, 
outra, da mesma instituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição democrática que 
funciona é a Igreja Católica, com créditos muito superiores aos dados à classe política. Daí os sen‑
timentos mistos que acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.
“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo preparada uma Concordata entre o 
Vaticano e o nosso país. Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e 
civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no sentido de conseguir concessões 
vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil 
(pesquisas com células ‑tronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)”, avalia o filósofo 
Roberto Romano. E prossegue: “Não são incomuns atos religiosos que são usados para fins políti‑
cos ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a es‑
tátua significa a consagração do Brasil à soberania espiritual da Igreja, algo que corresponde à po‑
lítica eclesiástica de denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal.
A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao Estado laico”, avisa que a Concor‑
data poderá incluir o retorno do ensino religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do 
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48 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em particular 
de minorias religiosas e dos que têm praticado todas as formas de consciência e crença neste país, 
desde a República”, acredita a pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC ‑SP Luiz 
Felipe Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin: “Quem precisa de divisões tendo 
como exército a eternidade?”
Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP, n. 134, 2007.
71 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
A expressão: “entre a cruz e a caldeirinha” indica uma 
opção muito difícil de se fazer. Justifica ‑se, assim, sua 
utilização como título de um texto que, tratando da 
atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se conside‑
rar em separado
 A) a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais 
e nas diplomáticas.
 B) a instância do poder espiritual e o campo das posi‑
ções políticas.
 C) o crescente prestígio do ensino religioso e a deca‑
dência do ensino laico.
 D) os efetivos militares à disposição do Papa e a força 
do pontificado.
 E) as denúncias papais do laicismo e os valores da de‑
mocracia liberal.
Alternativa B – CERtA
A força ou o foro do poder espiritual diante das posições 
políticas.
Alternativa A – ERRADA
O texto não cita qualquer atividade comercial colocada 
pela igreja.
Alternativa C – ERRADA
O texto cita a ‘possibilidade’ do retorno do ensino religio‑
so às escolas.
Alternativa D – ERRADA
Segundo o texto, o poder papal não é bélico, palpável. 
Alternativa E – ERRADA
Não houve denúncias nem por parte da igreja nem quan‑
to aos valores da democracia liberal.
Gabarito oficial: alternativa B
72 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Atente para as seguintes afirmações:
I – As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º 
parágrafo, revelam critérios e posições distintas na 
avaliação de uma mesma questão.
II – Na Concordata (referida no 3º parágrafo), a Igreja 
pretende valer ‑se de dispositivos constitucionais que 
lhe atribuem plena autonomia legislativa.
III – A educadora Roseli Fischman propõe (4º parágrafo) 
que o ensino religioso privilegie, sob a gestão direta 
do MEC, minorias que professem outra fé que não a 
católica.
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afir‑
ma em
 A) I.
 B) II.
 C) III.
 D) I e II.
 E) II e III.
Alternativa A – CERtA
O item I está correto. Ambas as frases colocam em ques‑
tão a força do papa em relação à política mundial.
O item II está incorreto. Segundo o texto, não há relação 
entre a Concordata e dispositivos institucionais que pos‑
sam atribuir autonomia legislativa à igreja.
O item III está incorreto. A educadora não propõe. Pelo 
contrário, preocupada com as minorias religiosas, ela inda‑
ga como o ensino religioso atuará diante dessas minorias. 
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
73 tRE/AM – Analista Judiciário –
Área Ju‑diciária – 2010.
Considerado o contexto, traduz ‑se adequadamente o 
sentido de um segmento em:
 A) o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe 
de poder considerável.
 B) parecem diletantes = arvoram ‑se em militantes.
 C) com créditos muito superiores = de muito maior 
confiabilidade.
 D) repercussões no direito comum interno = efeitos 
sobre o direito canônico.
 E) denúncia do laicismo = condenação dos ateus.
Alternativa C – CERtA
O termo “créditos” está aqui como sinônimo de confiabi‑
lidade. Dando a entender que a igreja é bem mais confiável 
que os políticos. 
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Português 49
Alternativa A – ERRADA
Segundo propõe, a argumentação leva a crer que, em‑
bora não tenha poder bélico, o papa conta com poder 
considerável. 
Alternativa B – ERRADA
Não há identificação entre diletante e militante.
Alternativa D – ERRADA
O direito comum interno refere ‑se à sociedade como um 
todo. Enquanto o direito canônico tem como referência o 
código da igreja. Não havendo, portanto, identificação 
entre eles.
Alternativa E – ERRADA
Poder laico é por oposição a eclesiástico. Ateu é aquele 
que não crê na existência de um Deus. Não há, portanto, 
referência entre os termos.
Gabarito oficial: alternativa C
74 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis 
Felipe Pondé
 A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravel‑
mente ao longo dos últimos anos.
 B) consideram que, na atualidade, ele só se manterá o 
mesmo, caso seja amparado por governos fortes.
 C) afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído 
quanto agora, armado da fé para se aliar aos fortes. 
 D) lembram que a energia de um papado não provém 
da instituição eclesiástica, mas da autoridade mo‑
ral do Papa.
 E) advertem que ele não depende da força militar, 
uma vez que se afirma historicamente como poder 
espiritual.
Alternativa E – CERtA
Confirma a ideia de que se conclui o texto com a pergun‑
ta feita por Stalin na introdução.
Alternativa A – ERRADA
O texto apenas comenta o fato de, segundo a FGV, embo‑
ra o número de católicos caia a cada geração, a igreja con‑
tinua confiável no tocante ao aspecto democrático. 
Alternativa B – ERRADA
Não há, no texto, qualquer relação entre força dos gover‑
nos e fraqueza da igreja.
Alternativa C – ERRADA
O texto coloca em questão a força ligada à fé dos fiéis.
Alternativa D – ERRADA
O texto nada comenta atribuído à força moral do papa.
Gabarito oficial: alternativa E
75 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Na frase: Quem precisa de divisões tendo como exército 
a eternidade?, o segmento sublinhado pode ser substi‑
tuído, sem prejuízo para o sentido e a correção, por
 A) ao ter no exército sua eternidade?
 B) fazendo do exército sua eternidade?
 C) contando na eternidade com o exército?
 D) dispondo da eternidade como exército?
 E) provendo o exército assim como a eternidade?
Alternativa D – CERtA
Seguindo a lógica do raciocínio, a eternidade é o exército.
Alternativa A – ERRADA
O correto seria “ao ter sua eternidade como exército”.
Alternativa B – ERRADA
O correto seria “fazer sua eternidade de exército”.
Alternativa C – ERRADA
O correto seria “Contando com a eternidade como exército”. 
Alternativa E – ERRADA
O correto seria “provendo não só a eternidade como tam‑
bém o exército”.
Gabarito oficial: alternativa D
 
76 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
As normas de concordância verbal estão plenamente 
respeitadas na frase:
 A) Deve ‑se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o 
Brasil durante as discussões da Concordata.
 B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, 
os guardas suíços que constituem a segurança do 
Vaticano.
 C) Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio 
de Janeiro, os olhos de um turista não verão o que 
de fato ela consagra.
 D) As concessões vantajosas que pretendem obter, 
nas discussões da Concordata, a Igreja Católica, di‑
zem respeito a questões polêmicas.
 E) Muitas repercussões passarão a haver no direito 
interno, caso a Concordata consagre os acordos 
que constituem o principal interesse da Igreja.
Alternativa C – CERtA
O verbo deter concorda com o sujeito “os olhos de um 
turista”.
Alternativa A – ERRADA
“Devem ‑se firmar alguns acordos.” O verbo é transitivo 
direto, aceita, portanto, a voz passiva.
Alternativa B – ERRADA
“Nunca chegaram a preocupar os guardas suíços...”.
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50 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa D – ERRADA
“... que pretende obter (...) a Igreja Católica...”.
Alternativa E – ERRADA
“Muitas repercussões passará a haver”, o verbo haver no 
sentido de existir é impessoal e deverá ser usado na 3ª 
pessoa do singular.
Gabarito oficial: alternativa C
77 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:
 A) tudo o que advir como poder da Igreja tem corres‑
pondência com o plano simbólico e espiritual.
 B) o poder civil e a esfera religiosa nem sempre convi‑
ram quanto à busca de um sereno estabelecimento 
de acordos.
 C) Ao longo da história, nações e igrejas muitas ve‑
zes se absteram de buscar a convergência de seus 
interesses.
 D) A pergunta de Stalin proviu de sua convicção 
quanto ao que torna de fato competitivo um país 
beligerante.
 E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador 
não se conteve e interveio na História com a famo‑
sa frase.
Alternativa E – CERtA
O verbo conter deverá ser conjugado como ter, e o verbo 
intervir deverá ser conjugado como o verbo vir.
Alternativa A – ERRADA
“Tudo o que advier...”
Alternativa B – ERRADA
“O poder civil e a esfera religiosa nem sempre convieram...”
Alternativa C – ERRADA
“Durante a história nações e igrejas se abstiveram...”
Alternativa D – ERRADA
“A pergunta de Stalin proveu...”
Gabarito oficial: alternativa E
78 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
 A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo pa‑
recem diletantes.
 B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino 
religioso.
 C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder 
eclesiástico.
 D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade 
política.
 E) o Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica. 
Alternativa B – CERtA
O verbo incluir é verbo transitivo direto, sendo, portanto, 
possível a voz passiva: “O retorno do ensino religioso po‑
derá ser incluído pela Concordata”.
Alternativa A – ERRADA
O verbo parecer é de ligação, portanto não aceita a voz 
passiva.
Alternativa C – ERRADA
O verbo haver em substituição ao verbo existir é verbo 
intransitivo, portanto, não aceita a voz passiva.
Alternativa D – ERRADA
O verbo ser é verbo de ligação, não aceita, portanto, a voz 
passiva.
Alternativa E – ERRADA
O verbo ser é verbo de ligação.
Gabarito oficial: alternativa B
79 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Está clara e correta a redação deste livre comentário 
sobre o texto.
 A) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles 
venham caindo de número nas estatísticas, em con‑
formidade com a Fundação Getúlio Vargas.
 B) Malgrado seu desempenho nas estatísticas da FGV, 
esta mesma instituição considera que a Igreja tem 
mais prestígio que outras classes.
 C) A mesma Fundação em que se abona o papel da 
Igreja como democrática, é também a instituição 
em que avalia seu decréscimo de fiéis.
 D) Não obstante esteja decrescendo o número de 
fiéis, a Igreja, segundo
a Fundação Getúlio Vargas, 
é prestigiada como instituição democrática.
 E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, 
chegou a resultados algo controversos, seja pelo 
prestígio, seja pela contingência do seus fiéis.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Não há a preposição de em “deve de ser...”, faltam elemen‑
tos que possam determinar clareza ao texto.
Alternativa B – ERRADA
“Malgrado” tem como sinônimo “não obstante”, “ape‑
sar de”. 
Alternativa C – ERRADA
O verbo avaliar é transitivo direto, sendo correto, por‑
tanto, “... que avalia seu...”.
Alternativa E – ERRADA
“... atinente a”, e não “atinente de”.
Gabarito oficial: alternativa D
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Português 51
80 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Está adequada a correlação entre tempos e modos ver‑
bais na frase:
 A) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas 
divisões, talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e 
buscasse angariar a simpatia de Pio XI.
 B) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ga‑
nhar a simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondera que 
ignorava com quantas divisões conta o Papa.
 C) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a 
Igreja, a Concordata não se revestirá da importân‑
cia que lhe atribuíram os eclesiásticos.
 D) São tão delicadas as questões a serem discutidas 
na Concordata que será bem possível que levassem 
muito tempo para desdobrar todos os aspectos.
 E) Roberto Romano lembra ‑nos de que já houve, na 
História, atos religiosos que acabassem por aten‑
der a uma finalidade política que é prevista.
Alternativa A – CERtA
O pretérito imperfeito do subjuntivo estabelece uma ação 
hipotética, ou seja, a ação no passado que não ocorreu.
Alternativa B – ERRADA
A ação provocada pela pergunta é anterior à ação de Sta‑
lin responder. Portanto, o correto é: “Alguém lhe pergun‑
tara se não seria o caso de (...), Stalin lhe respondeu que...”.
Alternativa C – ERRADA
Ação hipotética no passado correlaciona ‑se com ação hi‑
potética no futuro. “Caso o Brasil não fosse (...) a 
Concordata não se revestiria...”.
Alternativa D – ERRADA
O presente correlaciona ‑se com o futuro: “... será bem pos‑
sível que levem muito tempo...” ou a redação poderá ser fei‑
ta com o verbo no infinitivo: “será bem possível levarem...”.
Alternativa E – ERRADA
“... houve (...) atos religiosos que acabaram por atender...” 
Gabarito oficial: alternativa A
Atenção: As questões de 81 a 84 referem ‑se ao texto seguinte.
A leitura dos clássicos
Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como ines‑
quecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória, preservando ‑se no inconsciente.
Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais impor‑
tantes da juventude. Se os livros permaneceram os mesmos (mas também eles mudam à luz de uma 
perspectiva histórica diferente), nós com certeza mudamos, e o encontro é um acontecimento to‑
talmente novo.
Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita importância. De fato, poderíamos 
dizer: toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira.
Ítalo Calvino, “Por que ler os clássicos”.
81 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Da leitura do texto depreende ‑se que os clássicos
 A) exercem grande efeito sobre nós, a menos quando 
se infiltram nas regiões do nosso inconsciente.
 B) adquirem especial sentido quando lidos na adoles‑
cência, idade em que nos revelam toda a sua grandeza. 
 C) podem ser relidos sem que percam, por isso, o po‑
der de revelação que demonstraram na primeira 
leitura.
 D) mudam de valor a cada vez que os lemos, já que o 
tempo vai esmaecendo a importância de cada leitura. 
 E) gravam ‑se em nossa memória segundo a importân‑
cia que tiveram para as gerações precedentes.
Alternativa C – CERtA
O texto aborda como tema o clássico como importância 
de uma primeira leitura. Por ser um clássico a cada leitu‑
ra, renova ‑se o entendimento. 
Alternativa A – ERRADA
O texto fala apenas das mudanças ocorridas em nós atra‑
vés do tempo.
Alternativa B – ERRADA
O texto aborda a importância de que os clássicos sejam 
“revisitados” na idade adulta.
Alternativa D – ERRADA
O texto expõe a mudança de interpretação a cada revisita 
à leitura de um clássico.
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52 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa E – ERRADA
O texto informa que toda releitura de um clássico traz 
sempre a ideia de ser a primeira, pois trará invariavel‑
mente uma revelação.
Gabarito oficial: alternativa C
82 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
Atente para as seguintes afirmações:
I – A releitura de uma obra clássica é reconfortante 
pela recuperação exata do sentido que já lhe atribuí‑
mos no passado.
II – Uma nova perspectiva histórica pode ser determi‑
nante para uma nova compreensão de uma mesma 
obra clássica.
III – Assim como nós podemos permanecer os mesmos 
ao longo do tempo, o sentido de uma obra clássica 
pereniza ‑se na história.
Em relação ao texto, APENAS está correto o que se afir‑
ma em:
 A) I.
 B) II.
 C) III.
 D) I e II. 
 E) II e III.
Alternativa B – CERtA
Toda releitura de um clássico é feita havendo identifica‑
ção com o momento presente. Por isso, muitas vezes, a 
perspectiva histórica ajuda ‑nos a ter outra visão de um 
clássico.
Item I – resposta errada: o sentido dado à obra em uma 
releitura difere do sentido atribuído ao passado.
Item III – resposta errada: uma obra clássica pereniza ‑se 
na história justamente pelas revelações a cada releitura. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
83 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
o verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‑se 
numa forma do plural para preencher corretamente a 
lacuna da frase:
 A) ...... ‑se (atribuir) aos clássicos a propriedade de 
nos encantar em qualquer tempo ou idade que os 
busquemos.
 B) ......‑se (distinguir) os clássicos pelo fato de conser‑
varem o mesmo poder de revelação ao longo do 
tempo.
 C) ......‑nos (impressionar) nos clássicos o sentido de 
uma perenidade que não implica cristalização.
 D) ......‑se (queixar) dos clássicos apenas quem os lê com 
a desatenção ou o desamor das tarefas obrigatórias.
 E) ......‑nos (confortar) nos clássicos a companhia 
dos mais altos valores humanos que põem à nos‑
sa disposição.
Alternativa B – CERtA
“Distinguem ‑se os clássicos pelo fato...”, o verbo distinguir 
concorda com o sujeito, clássicos, em número e pessoa.
Alternativa A – ERRADA
O verbo atribuir ‑se concorda com o sujeito “a proprie‑
dade...”.
Alternativa C – ERRADA
O verbo impressiona ‑nos concorda com o sujeito “o senti‑
do de...”.
Alternativa D – ERRADA
O verbo queixa ‑se concorda com o sujeito “quem”.
Alternativa E – ERRADA
O verbo conforta ‑nos concorda com o sujeito “a com‑
panhia”.
Gabarito oficial: alternativa B
84 tRE/AM – Analista Judiciário – Área Ju‑diciária – 2010.
“... toda releitura de um clássico é uma leitura de des‑
coberta, como a primeira.”
Uma nova, clara e correta redação da frase acima, 
apresenta ‑se em:
 A) tal como a primeira, as outras leituras de um clássi‑
co sempre constituem uma revelação.
 B) Sendo de um clássico, todas as outras leituras são 
como de primeiras descobertas.
 C) É como se fosse uma primeira leitura de um clássico 
todas as descobertas que ele nos proporciona.
 D) Assim como é uma descoberta a leitura de um clás‑
sico, outras leituras também serão como a primeira.
E) todas as leituras de um clássico, haja vista a primei‑
ra, têm aquela mesma revelação.
Alternativa A – CERtA
A questão faz uma comparação entre a primeira e as ou‑
tras leituras.
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Português 53
Alternativa B – ERRADA
O texto defende a ideia de que, a cada leitura, há uma 
nova descoberta.
Alternativa C – ERRADA
O texto não se refere a descobertas como se fosse uma 
primeira leitura, e sim a uma descoberta a cada releitura.
Alternativa D – ERRADA
O texto confirma novas descobertas na releitura, e não 
que a leitura de um clássico seja uma descoberta.
Alternativa E – ERRADA
Temos, neste caso, nobre leitor, uma contradição, erro co‑
mum nas provas de interpretação, pois esta alternativa 
afirma o oposto da afirmativa do texto. 
Gabarito oficial: alternativa A
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SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS – 
GESTÃO TRIBUTÁRIA – 2009
Atenção: As questões de 85 a 91 referem ‑se ao texto que segue.
1. Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidade de seguir lutando e tendo decidido
2. ser preferível capitular a perder não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca
3. Montezuma, prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto tesouro
4. que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade ao rei da Espanha, aquele
5. monarca distante e invisível cujo poder Cortés representava. Comentando a cerimônia, o cronista
6. espanhol Fernando de Oviedo relata que Montezuma chorou o tempo todo, e, apontando a diferença
7. entre o encargo que é aceito voluntariamente por uma pessoa livre e o que é pesarosamente executado
8. por alguém acorrentado, Oviedo cita o poeta romano Marcus Varro, “O que é entregue à força
9. não é serviço, mas espoliação”. Segundo todos os testemunhos, o tesouro real asteca era magnífico
10. e ao ser reunido diante dos espanhóis formou três grandes pilhas de ouro compostas, em grande
11. parte, de utensílios requintados, que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais: colares intrincados,
12. braceletes, cetros e leques decorados com penas multicoloridas, pedras preciosas, pérolas,
13. pássaros e flores cuidadosamente cinzelados. Essas peças, segundo o próprio Cortés, “além de
14. seu valor, eram tais e tão maravilhosas, que, consideradas por sua novidade e estranheza, não
15. tinham preço, nem é de acreditar que algum entre todos os Príncipes do Mundo de que se tem
16. notícia pudesse tê ‑las tais, e de tal qualidade”.
17. Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo de sua corte ao rei espanhol. Mas os
18. soldados de Cortés exigiram que o tesouro fosse tratado como butim e que cada um deles recebesse
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Português 55
19. uma parte do ouro. Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés e tantos outros
20. envolvidos, chegava ‑se a cem pesos para cada soldado raso, uma soma tão insignificante diante de
21. suas expectativas que, no fim, muitos se recusaram a aceitá ‑la.
22. Cedendo à vontade de seus homens, Cortés ordenou aos afamados ourives de Azcapotzalco
23. que convertessem os preciosos objetos de Montezuma em lingotes, em que se estamparam as
24. armas reais. Os ourives levaram três dias para realizar a tarefa. Hoje, os visitantes do Museu do
25. Ouro de Santa Fé de Bogotá podem ler, gravados na pedra sobre a porta, os seguintes versos,
26. dirigidos por um poeta asteca aos conquistadores espanhóis: “Maravilho ‑me de vossa cegueira
27. e loucura, que desfazeis as joias bem lavradas para fazer delas vigotes”.
Adaptado de Alberto Manguel, À mesa com o chapeleiro maluco:
ensaios sobre corvos e escrivaninhas. Tradução de Josely Vianna Baptista. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 21 ‑22.
85 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Sobre o fragmento acima, em seu contexto, é correto 
afirmar:
 A) As orações iniciais (linhas 1 a 4 da transcrição aci‑
ma) constituem sequência que vai do acontecimen‑
to mais determinante para o menos determinante 
da ação de “concordar”.
 B) não só e como introduzem os complementos ver‑
bais exigidos por ser preferível.
 C) As formas verbais tendo decidido e concordou ex‑
pressam ações concomitantes.
 D) Em perder não só a liberdade, o elemento destaca‑
do tem o mesmo valor e função dos notados na fra‑
se “Estava só, mas bastante tranquilo”.
 E) Em tanto esforço, está expresso um juízo de valor. 
Alternativa E – CERtA
O advérbio “tanto” determina intensidade, estabelecen‑
do, portanto, juízo de valor no tocante ao termo “vasto 
tesouro”.
Alternativa A – ERRADA
Ocorre, nesta questão, um erro muito comum em inter‑
pretação. É o da inversão. Temos, nesse caso, o menos 
determinante, a entrega dos bens, ao mais determinante, 
não perder a liberdade nem a vida. 
Alternativa B – ERRADA
Para “ser preferível” os complementos verbais são: “capi‑
tular a perder não só a liberdade como também a vida”. 
Alternativa C – ERRADA
As formas verbais citadas não caracterizam ações simul‑
tâneas. 
Alternativa D – ERRADA
Em “perder não só a liberdade”, tem na soma a direção de 
argumentação, exercendo função de objeto direto do ver‑
bo perder. Na frase “Estava só, mas bastante tranquilo”, 
temos a direção de argumentação de oposição, com o ter‑
mo exercendo a função de predicativo do sujeito.
Gabarito oficial: alternativa E
86 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
No contexto do primeiro parágrafo, é aceitável – por 
resguardar o sentido original – a substituição de
 A) Comentando por “Mesmo ao comentar”.
 B) o tempo todo por “intermitentemente”.
 C) voluntariamente por “obstinadamente”.
 D) o por “aquilo”.
 E) acorrentado por “subjugado”.
Alternativa E – CERtA
No texto, a expressão “acorrentado” tem o valor de “sub‑
jugado”, “escravizado”.
Alternativa A – ERRADA
O verbo no gerúndio estabelece relação de tempo. “Mes‑
mo” estabelece relação de oposição.
Alternativa B – ERRADA
A expressão “o tempo todo” não pode ser substituída por 
“intermitentemente”, termo que indica ação não contí‑
nua e que apresenta interrupções.
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56 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa C – ERRADA
“Voluntariamente” significa “espontaneamente”. Por‑
tanto, não há identificação com “obstinadamente”, que 
significa “teimosamente, de forma pertinaz”.
Alternativa D – ERRADA
Em “O que é entregue por força...”, o O é artigo. O termo 
“que” é pronome relativo e poderá substituir “aquilo.”
Gabarito oficial: alternativa E
87 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
No início do parágrafo 2, o segmento que corresponde 
a uma circunstância de tempo é
 A) segundo todos os testemunhos.
 B) o tesouro real asteca era magnífico.
 C) ao ser reunido diante dos espanhóis.
 D) formou três grandes pilhas de ouro.
 E) que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais.
Alternativa C – CERtA
A oração “ao ser reunido...” pode ser substituída por 
“quando, assim que, logo que, foi reunido...”, estabelecen‑
do relação de tempo.
Alternativa A – ERRADA
“Segundo” estabelece relação de conformidade.
Alternativa B – ERRADA
Estabelece apenas uma explicação.
Alternativa D – ERRADA
Estabelece apenas uma explicação.
Alternativa E – ERRADA
Estabelece uma restrição. 
Gabarito oficial: alternativa C
88 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Afirma ‑se com correção que, no segundo parágrafo do 
texto,
 A) houve um deslize com relação ao padrão culto es‑
crito – os testemunhos –, pois “testemunha”
é pala‑
vra usada somente no feminino.
 B) houve deslize com relação ao padrão culto escrito 
– formou –, pois a única forma aceita como correta 
é “formaram ‑se”.
 C) os dois ‑pontos introduzem citação direta do depoi‑
mento de uma testemunha.
 D) a determinação de Príncipes – algum entre todos os 
Príncipes do Mundo de que se tem notícia – inclui 
uma condição restritiva.
 E) o pronome as (tê ‑las) remete a tão maravilhosas.
Alternativa D – CERtA
O texto não se refere a qualquer príncipe, mas, sim, a 
“um” entre “todos”.
Alternativa A – ERRADA
Testemunho é um substantivo masculino e traduz ‑se 
como “depoimento”. Já testemunha é substantivo sobre‑
comum e traduz ‑se como “prova” que ocorre através de 
um fato, objeto ou pessoa.
Alternativa B – ERRADA
O verbo formar é transitivo direto, aceitando, portanto, a 
voz passiva sintética e concordando com o sujeito em nú‑
mero e pessoa.
Alternativa C – ERRADA
Como objeto para a pontuação, os dois ‑pontos chamam a 
atenção para a oração a seguir, independente de ser ou 
não depoimento de testemunha. 
Alternativa E – ERRADA
O termo “tê ‑las” tem como referente “peças”.
Gabarito oficial: alternativa D
89 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Pode ‑se entender corretamente como expressão de 
causa a seguinte passagem, em seu contexto:
 A) Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tri‑
buto de sua corte ao rei espanhol.
 B) chegava ‑se a cem pesos para cada soldado raso.
 C) no fim, muitos se recusaram a aceitá ‑la.
 D) Cedendo à vontade de seus homens.
 E) dirigidos por um poeta asteca aos conquistado‑
res espanhóis.
Alternativa D – CERtA
Pode ‑se substituir por: “uma vez que, como, já que ou por‑
que cedeu à vontade de seus homens”. Estabelece, portan‑
to, relação de causa.
Alternativa A – ERRADA
O rei foi obrigado a entregar todo o ouro, e não por vonta‑
de própria. A segunda oração é objeto direto da primeira.
Alternativa B – ERRADA
Nesse contexto, temos o efeito, e não a causa.
Alternativa C – ERRADA
Temos nesse contexto uma explicação.
Alternativa E – ERRADA
Temos nesta oração uma restrição.
Gabarito oficial: alternativa D
90 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Está corretamente entendida a seguinte expressão do 
texto:
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Português 57
 A) que o tesouro fosse tratado como butim / que o 
tesouro fosse considerado pilhagem.
 B) sugeriam sofisticadas cerimônias sociais / convida‑
vam a comemorações da alta sociedade.
 C) pássaros e flores cuidadosamente cinzelados / pás‑
saros e flores soberbamente adornados.
 D) tendo decidido ser preferível capitular / tendo op‑
tado por fazer conchavo.
 E) soma tão insignificante diante de suas expectativas / 
quantia irrisória considerada a carência dos espanhóis.
Alternativa A – CERtA
“Butim” pode ser substituído por “pilhagem”, o mesmo 
que saquear, tomar.
Alternativa B – ERRADA
Não há identificação entre “... sofisticadas cerimônias so‑
ciais” e “... comemorações da alta sociedade”.
Alternativa C – ERRADA
O termo “cinzelar” está ligado à escultura, ou seja, traba‑
lhar na forma de entalhe. Não há identificação com 
“adornar”, que se traduz, simplesmente, como “enfeitar”. 
Alternativa D – ERRADA
“... tendo decidido preferível render ‑se.” 
Alternativa E – ERRADA
“... quantia irrisória considerada a necessidade dos es‑
panhóis.”
Gabarito oficial: alternativa A
91 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cor‑
tés e tantos outros envolvidos, chegava ‑se a cem pesos 
para cada soldado raso, uma soma tão insignificante 
diante de suas expectativas que, no fim, muitos se re‑
cusaram a aceitá ‑la.
É afirmação correta sobre o fragmento acima:
 A) muitos se recusaram a aceitá ‑la expressa uma 
finalidade. 
 B) a correlação instaurada por tão cumpre ‑se pela as‑
sociação entre esse termo e no fim.
 C) no fim equivale a “finalmente”, exprimindo que o 
desenlace da situação ocorreu exatamente como 
todos desejavam.
 D) chegava ‑se a cem pesos para cada soldado raso 
exprime consequência de condição anteriormente 
cumprida. 
 E) a eliminação da primeira vírgula em que, no fim, 
muitos se recusaram a aceitá ‑la mantém a pontua‑
ção correta.
Alternativa D – CERtA
Eram tantos para dividir que, por consequência, recebe‑
ram aquém das expectativas.
Alternativa A – ERRADA
A relação expressa é de consequência, e não finalidade.
Alternativa B – ERRADA
A correlação correta é entre tão e que.
Alternativa C – ERRADA
“No fim” equivale a “por termo”. O desenlace da situação 
foi o oposto a que todos desejavam.
Alternativa E – ERRADA
Não deve ser retirada a vírgula, visto que a expressão in‑
dica um advérbio e está como termo interferente.
Gabarito oficial: alternativa D
92 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“Maravilho ‑me de vossa cegueira e loucura, que desfa‑
zeis as joias bem lavradas para fazer delas vigotes.”
Se o poeta asteca tivesse se dirigido a seus interlocuto‑
res, os conquistadores espanhóis, por meio de outro 
pronome, a correlação entre esse novo pronome e a 
forma verbal, respeitado o contexto, estaria totalmen‑
te adequada ao padrão culto escrito em:
 A) Maravilho ‑me de sua cegueira e loucura, que des‑
faz as joias...
 B) Maravilho ‑me da cegueira e loucura de vocês, que 
desfazeis as joias...
 C) Maravilho ‑me de tua cegueira e loucura, que des‑
faz as joias...
 D) Maravilho ‑me de sua cegueira e loucura, que des‑
fazem as joias...
 E) Maravilho ‑me de sua cegueira e loucura, que des‑
fazes as joias...
Alternativa D – CERtA
Leva ‑se pronome para a 3ª pessoa “sua”, concordando 
com o verbo na 3ª pessoa “desfazem”.
Alternativa A – ERRADA
Não há correlação com a forma singular “desfaz”.
Alternativa B – ERRADA
“Desfazeis” está na 2ª pessoa do plural – vós –, não haven‑
do, portanto, correlação.
Alternativa C – ERRADA
“... maravilho ‑me (...) que desfazes...”.
Alternativa E – ERRADA
“... maravilho ‑me de tua cegueira (...) que desfazes...”.
Gabarito oficial: alternativa D
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58 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 93 a 100.
A arrogância da interpretação a posteriori
A história não se repete, mas rima.
Mark Twain
A história repete ‑se; essa é uma das coisas erradas da história.
Clarence Darrow
A história tem sido definida como uma coisa depois da outra. Essa ideia pode ser considerada 
um alerta contra duas tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei cautelosamente com am‑
bas. Primeiro, o historiador é tentado a vasculhar o passado à procura de padrões que se repetem; 
ou, pelo menos, como diria Mark Twain, ele tende a buscar razão e rima em tudo. Esse apetite por 
padrões afronta quem acha que a história não vai a lugar nenhum e não segue regras – “a história 
costuma ser um negócio aleatório, confuso”, como também disse o próprio Mark Twain. A segun‑
da tentação do historiador é a soberba do presente: achar que o passado teve por objetivo o tempo 
atual, como se os personagens do enredo da história não tivessem nada melhor a fazer da vida do 
que prenunciar ‑nos. 
Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na história humana, 
e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A história evolutiva 
pode ser representada como uma espécie depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar 
comigo que se trata de uma ideia tacanha. 
Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior
parte do que é importante. A 
evolução rima, padrões se repetem. E não simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem 
compreendidas, sobretudo razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução huma‑
na ou mesmo da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais bem 
informados no ramo, embora em várias versões e interpretações. Ao escrever a história evolutiva, 
não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas procuro fazê ‑lo com cautela.
E quanto à segunda tentação, a presunção da interpretação a posteriori, a ideia de que o passa‑
do atua para produzir nosso presente específico? O falecido Stephen Jay Gould salientou, com 
acerto, que um ícone dominante da evolução na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubí‑
qua quanto a de lemingues* atirando ‑se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de 
ancestrais simiescos a andar desajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura que os 
encabeça num andar ereto e vigoroso: o Homo sapiens sapiens – o homem como a última palavra 
da evolução (e nesse contexto é sempre um homem, e não uma mulher), o homem como o alvo de 
todo o empreendimento, o homem como um magneto, atraindo a evolução do passado em direção 
à proeminência.
* Lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.
Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história da evolução:
na trilha dos nossos ancestrais. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2009. p. 17 ‑18.
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Português 59
93 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Considere o segundo parágrafo e as afirmações que 
seguem.
I – Na frase Sob nomes que não vêm ao caso para nós, 
o autor exprime opção pelo silêncio, mas sinaliza ter 
conhecimento acerca do que silencia.
II – No parágrafo, o autor realiza um afunilamento do 
assunto “história”, com que, no primeiro parágrafo, 
iniciou sua exposição.
III – o emprego do pronome nós é recurso para promo‑
ver aproximação mais estreita com o leitor, tornando o 
discurso mais íntimo.
IV – Em A história evolutiva pode ser representada 
como uma espécie depois da outra, o autor explicita 
que a ideia de sucessão é inerente à evolução dos seres 
vivos e exclusiva dela.
o texto abona a correção do que se afirma APENAS em
 A) I e II.
 B) I, II e III.
 C) I, III e IV.
 D) II e III.
 E) II, III e IV.
Alternativa B – CERtA
A ideia de evolução, segundo o texto, não explicita a su‑
cessão de seres, e sim o aprimoramento delas. Portanto, o 
único item que não corresponde é o item IV.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
94 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são 
questões atualíssimas na história humana, e surgem 
mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa 
da evolução. A história evolutiva pode ser representa‑
da como uma espécie depois da outra. Mas muitos bió‑
logos hão de concordar comigo que se trata de uma 
ideia tacanha.”
Considerado o fragmento, em seu contexto, é correto 
afirmar:
 A) em essas são questões atualíssimas, o pronome re‑
mete a assuntos que serão anunciados a seguir.
 B) nele está rejeitada, de modo subentendido, a ideia 
de que a história humana poderia abrigar mais de 
uma escala de tempo.
 C) como está empregado com o mesmo valor e função 
observados no primeiro parágrafo.
 D) a expressão hão de concordar expressa convicção 
acerca da inevitabilidade da ação.
 E) como uma espécie depois da outra pode ser substi‑
tuído, sem prejuízo da correção e do sentido origi‑
nais, por “como espécies contíguas das outras”.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O pronome “essas” remete a fatos que já ocorreram.
Alternativa C – ERRADA
O primeiro “como” é comparação; o segundo “como” é 
conformidade.
Alternativa D – ERRADA
O verbo haver como auxiliar indica uma possibilidade.
Alternativa E – ERRADA
O termo “contíguo” não substitui “um depois do outro”.
Gabarito oficial: alternativa B
95 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
No segundo parágrafo, a alteração que não mantém o 
sentido e a correção originais é a de
 A) Mas por “Apesar de”.
 B) Quem por “Muitos biólogos”.
 C) Embora por “não obstante”.
 D) Ao escrever por “Salvo se escrever”.
 E) Mas procuro por “ainda que procure”.
Alternativa D – CERtA
“Ao escrever” estabelece relação de tempo, enquanto 
“Salvo se” estabelece relação de condição. 
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
As outras alternativas estabelecem a mesma relação: 
“oposição”.
Gabarito oficial: alternativa D
96 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
É correto afirmar que, independentemente do estrito 
significado do verbo, a estrutura que expressa conti‑
nuidade da ação é:
 A) o passado atua.
 B) para produzir.
 C) a andar.
 D) os encabeça.
 E) nesse contexto é.
Alternativa C – CERtA
O verbo no infinitivo indica uma continuidade de ação.
Alternativa A – ERRADA
O termo “passado” é um substantivo.
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60 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa B – ERRADA
O termo “para produzir” indica finalidade de ação provável.
Alternativa D – ERRADA
“Encabeça” indica ação no presente.
Alternativa E – ERRADA
“Nesse contexto” indica ação no presente. 
Gabarito oficial: alternativa C
97 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Afirma ‑se corretamente que, no último parágrafo,
 A) o ponto de interrogação sinaliza a pergunta que foi 
diretamente respondida por Stephen Jay.
 B) os parênteses acolhem retificação, realizada de 
modo idêntico ao que se nota em “Eu a vi ontem, 
aliás, anteontem”.
 C) os dois ‑pontos introduzem uma citação latina que 
é traduzida com objetividade no trecho após o 
travessão.
 D) a colocação de uma vírgula antes do pronome que 
é optativa, por isso a frase alterada manteria rigo‑
rosamente o sentido original.
 E) os parênteses acolhem comentário considerado 
pertinente, mas digressivo com relação ao fio prin‑
cipal da argumentação.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O ponto de interrogação infere uma pergunta feita pelo 
autor.
Alternativa B – ERRADA
No texto “Eu a vi ontem, aliás, anteontem”, estabelece ‑se 
uma retificação. Nos parênteses posteriores, há uma 
exemplificação.
Alternativa C – ERRADA
O termo em latim gera o aposto entre os travessões.
Alternativa D – ERRADA
A vírgula isola uma explicação, sendo, portanto, 
obrigatória.
Gabarito oficial: alternativa E
98 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar 
a maior parte do que é importante.”
Alterando ‑se as formas verbais da frase acima, a corre‑
lação entre as novas formas ainda estará em conformi‑
dade com o padrão culto escrito em:
 A) olharia – deixava passar – foi
 B) olhasse – deixaria passar – é
 C) olhe – deixava passar – seja
 D) olharia – deixou passar – fosse
 E) olhar – deixou passar – era
Alternativa B – CERtA
O pretérito imperfeito do subjuntivo é a forma hipotéti‑
ca, estabelecendo que a ação não ocorreu. O futuro do 
pretérito ou futuro condicional também é hipotético, es‑
tabelecendo que a ação, ou não ocorreu, ou não ocorrerá. 
Quanto ao presente, o verbo estabelece uma ação no mo‑
mento em que se fala ou se escreve.
Alternativa A – ERRADA
“Olharia” correlaciona ‑se com “deixaria passar”...
Alternativa C – ERRADA
“Olhe” correlaciona ‑se com “deixe” e “seja”, para o pre‑
sente do subjuntivo ou presente hipotético.
Alternativa D – ERRADA
“Olharia” correlaciona ‑se com “deixou passar” e “era”.
O pretérito mais ‑que ‑perfeito é uma ação no passado an‑
terior a outra ação também no passado.
Alternativa E – ERRADA
“Olhar” correlaciona ‑se com “deixará passar” e “ ... é im‑
portante”. O futuro correlaciona ‑se com o presente e com 
o futuro.
Gabarito oficial: alternativa B
99 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“Essa ideia pode ser considerada um alerta contra duas 
tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei 
cautelosamente com ambas.”
Uma outra redação correta para o que se afirma no 
segmento destacado é:
 A) mas, quanto à mim, alerta que estou, terei cautela 
ao flertar com ambas.
 B) mas eu, consciente do dever, busco flertar com as 
duas, embora cauteloso. 
 C) mas dado a mim, vigilante na medida certa, flerta‑
rei com uma ou outra cuidadosamente.
 D) mas no que se refere à minha pessoa, já advertido 
somente flertarei e com ambas, cautelosamente.
 E) mas eu, convenientemente prevenido, flertarei 
cautelosamente com uma e outra.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Não há crase antes de pronome oblíquo.
Alternativa B – ERRADA
“Devidamente alertado” não poderá ser substituído por 
“consciente do dever”.
Alternativa C – ERRADA
“Devidamente alertado” não poderá ser substituído por 
“vigilante na medida certa”.
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Português 61
Alternativa D – ERRADA
Há problema com a pontuação. Vírgula após “mas”, vír‑
gula após “advertido”.
Gabarito oficial: alternativa E
100 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“Mas muitos biólogos hão de concordar...”
Diferentemente do que se tem acima, a frase que, con‑
soante o padrão culto escrito, exige o emprego do ver‑
bo “haver” no singular é:
 A) Muitas teorias já ...... sido submetidas à sua análise 
quando ele expressou essa convicção.
 B) talvez ...... algumas versões da teoria citada, mas 
certamente poucos as conhecem.
 C) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e tal‑
vez não tenham a mesma opinião.
 D) Alguns mitos falsos ...... merecido representação 
artisticamente irrepreensível.
 E) Nós ...... de corresponder às expectativas deposita‑
das em nossa equipe.
Alternativa B – CERtA
“Talvez haja algumas versões...”
O verbo haver só será impessoal ao substituir os verbos 
“existir”, “acontecer” e “ocorrer”.
Como auxiliar, ele deverá concordar com o sujeito em 
número e pessoa como nas alternativas seguintes:
Alternativa A – ERRADA
“Muitas teorias já haviam sido submetidas...”
Alternativa C – ERRADA
“Quantos biólogos haviam pesquisado...”
Alternativa D – ERRADA
“... hão merecido...”
Alternativa E – ERRADA
“... haveremos de...” 
Gabarito oficial: alternativa B
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões 101 a 104.
[14 de fevereiro]
1. Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na
2. calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples
3. e dizer ao vendedor com voz descansada:
4. − Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
5. − Quem?
6. − Me esqueceu o nome dele.
7. Leitor obtuso, se não percebeste que “esse homem que briga lá fora” é nada menos que o nosso
8. Antônio Conselheiro, crê ‑me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente
9. não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola,
10. muita lenda, disseram ‑lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá ‑lo,
11. ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é “esse homem
12. que briga lá fora”. A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro
13. acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena,
14. naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no
15. quarto em que residirem.
Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897.
In: Obra completa, v. III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763.
101 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Considerado o contexto, está correto o que se afirma 
em:
 A) (linha 1) Estava comprando indica, entre ações si‑
multâneas, a que se estava processando quando 
sobrevieram as demais.
 B) (linha 10) dera exprime ação ocorrida simultanea‑
mente a disseram (linha 10).
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62 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 C) (linha 13) acabará por entrar expressa um desejo.
 D) (linha 13) levava designa fato passado concebido 
como permanente.
 E) (linha 15) residirem exprime fato possível, mas im‑
provável.
Alternativa A – CERtA
O pretérito imperfeito indica uma ação no passado não 
concluída ou em andamento.
Alternativa B – ERRADA
“Dera” está no pretérito mais ‑que ‑perfeito, ou seja, o 
passado anterior ao passado. “Dera” está ligado à ação se‑
guinte, que é “comprá ‑lo”.
Alternativa C – ERRADA
“Acabará por entrar” expressa uma ideia certa.
Alternativa D – ERRADA
“Levava” indica ação no passado em continuidade, ou 
que não se concluiu.
Alternativa E – ERRADA
“Residirem” está no futuro hipotético possível mas não 
improvável.
Gabarito oficial: alternativa A
102 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias 
palavras o que a mulher disse ao vendedor, a formulação 
que, em continuidade à frase... quando vi chegar uma 
mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansa‑
da, atenderia corretamente ao padrão culto escrito é:
 A) que desse uma folha que traria o retrato desse ho‑
mem que briga lá fora.
 B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato da‑
quele homem que brigava lá fora.
 C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse ho‑
mem que briga lá fora.
 D) que me dê uma folha que traz o retrato desse ho‑
mem que brigaria lá fora.
 E) que: Dê ‑me uma folha que traz o retrato daquele 
homem que brigaria lá fora.
Alternativa B – CERtA
O enunciado está solicitando a passagem do discurso di‑
reto, quando a personagem fala, para o discurso indireto, 
quando o narrador transcreve a fala da personagem le‑
vando os verbos para a 3ª pessoa.
Alternativa A – ERRADA
Falta o “lhe”, referência à personagem.
Alternativas C, D e E – ERRADAS
Por tratar ‑se de uma narrativa, os verbos deverão estar no 
passado.
Gabarito oficial: alternativa B
103 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“... crê ‑me que és ainda mais obtuso do que pareces.”
trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima 
está em total conformidade com o padrão culto escrito 
em:
 A) creia ‑me que é ainda mais obtuso do que parece.
 B) crede ‑me que é ainda mais obtuso do que parecei.
 C) crê ‑me que é ainda mais obtuso do que parece.
 D) creia ‑me que é ainda mais obtuso do que parecei.
 E) crede ‑me que és ainda mais obtuso do que parecei.
Alternativa A – CERtA
O verbo crer está no imperativo, e o verbo parecer está no 
presente do indicativo, ambos na 3ª pessoa do singular.
Alternativa B – ERRADA
Os verbos crer e parecer estão na 2ª pessoa do plural.
Alternativa C – ERRADA
O verbo crer está na 2ª pessoa do singular, e o parecer está 
na 3ª. 
Alternativa D – ERRADA
Embora o verbo crer esteja correto, o verbo parecer está na 
2ª pessoa do plural, não havendo correlação verbal.
Alternativa E – ERRADA
O verbo crer está na 2ª pessoa do plural, e o verbo parecer 
está na 3ª.
Gabarito oficial: alternativa A
104 SEFAZ/SP – Agente Fiscal
de Rendas – Gestão tributária – 2009.
“... um dia contará a história à filha, depois à neta.”
transpondo para a voz passiva a frase acima, a forma 
verbal obtida corretamente é:
 A) seriam contadas.
 B) haverá de ser contada.
 C) será contada.
 D) haveria de ser contada.
 E) poderiam ser contadas.
Alternativa C – CERtA
O verbo contar está no futuro do presente e será substi‑
tuído pelo auxiliar no mesmo tempo e modo: “será” ele; 
o verbo contar irá para o particípio.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Às outras alternativas, falta a correlação verbal necessária 
à voz passiva.
Gabarito oficial: alternativa C
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Português 63
105 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
Está clara e em total conformidade com o padrão culto 
escrito a seguinte redação:
 A) A comparação que os artistas fizeram entre as duas 
peças foi possível perceber que materiais distintos 
exigem a mesma dedicação, ainda que especifici‑
dades sejam atendidas de outra maneira.
 B) o talentoso pintor, aos 13 de idade, partilhou com 
o trabalho do mestre por 7 anos, experiência que 
rendeu conhecimento de recursos expressivos que 
dispôs em produções posteriores.
 C) Aludiu de maneira discreta àquele que o havia con‑
testado, mas reconheceu tanto a pertinência quan‑
to a importância do discordar, pois a isso, muitas 
vezes, devem ‑se avanços na ciência.
 D) As ações levadas a efeito pelo grupo junto aos jo‑
vens possibilitaram reconhecimento e respeito de 
seus direitos, o que lhes mobilizou a dar transpa‑
rência ao movimento e resultados.
 E) A rapidez das ações é relevante para essa iniciativa, 
aonde o sucesso depende da interferência imediata, 
pois, caso uma das atitudes for adiada, muito, mui‑
tas etapas mesmo, se deixariam sem resolver.
Alternativa C – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“Na comparação (...) foi possível perceber...”
Alternativa B – ERRADA
“O talentoso pintor (...), partilhou o trabalho com o mes‑
tre...”, e “... que dispôs produções posteriores...”. 
Alternativa D – ERRADA
“... o que os mobilizou...”
Alternativa E – ERRADA
“... quando ou no momento em que o sucesso...” e “mui‑
tas etapas deixariam mesmo de se resolver”.
Gabarito oficial: alternativa C
106 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
A frase que está em total conformidade com o padrão 
culto escrito é:
 A) A sua crescente habilidade para o diálogo ao mes‑
mo tempo franco e polido foi atribuído aos ambien‑
tes em que frequentava por conta da profissão.
 B) Não vai fazer diferença, a essa altura, os pareceres 
desfavorável ao projeto, pois grande parte dos 
consultores reconheceu a possibilidade de 
implementá ‑lo.
 C) Esses argumentos em estilo tão requintado é fatal 
para convencer aqueles que os consideram mais 
pela aparência que pela consistência, que é um 
grande equívoco.
 D) Em favor à ideia ele expôs uma dezena de fatores, 
cujo teor poucos tinham tido acesso antes da polê‑
mica reunião.
 E) o foco dos debates era aquela teoria, e ninguém 
dentre eles poderia alegar que não fora avisado da 
necessidade de a ele se ater, para que se evitassem 
situações embaraçosas.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Problemas com a concordância nominal. “A sua crescen‑
te habilidade para o diálogo, ao mesmo tempo, franco e 
polido foi atribuída aos ambientes que frequentava...”
Alternativa B – ERRADA
Problemas no tocante à concordância verbal: “Não vão 
fazer diferença (...) os pareceres favoráveis (...) a possibili‑
dade de implementá ‑los”.
Alternativa C – ERRADA
“Esses argumentos (...) são fatais...”
Alternativa D – ERRADA
“A favor da ideia (...) fatores, a cujo teor poucos tinham 
acesso.”
Gabarito oficial: alternativa E
107 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – Gestão tributária – 2009.
A frase que respeita inteiramente o padrão culto es‑
crito é:
 A) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais 
de dez dias, mas eles quizeram que eu reiterasse a 
sua disposição de manter o que foi estabelecido.
 B) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os gru‑
pos que cultivavam antiga richa, reforçando a con‑
vicção de que dali há anos ainda estariam de lados 
opostos.
 C) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os 
acionistas mais antigos se disporam a oferecer, se, 
e só se, os mais novos não detiverem o curso das 
negociações. 
 D) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido de 
acordo com os itens considerados prioritários, 
nem que para isso precisamos apelar para a de‑
cência de todos.
 E) Vocês divergem, mas agora é necessário que se re‑
medeie a situação; por isso, façam novos contratos 
e provejam o setor de profissionais competentes.
Alternativa E – CERtA
Um cuidado especial para com o verbo remediar que, as‑
sim como mediar, se conjuga o presente do indicativo 
como “Eu remedeio”. Portanto, o presente do subjuntivo 
será conjugado: “que eu remedeie”. Da mesma forma, 
conjugam ‑se os verbos mediar, ansiar, incendiar e odiar.
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64 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa A – ERRADA
“Nada disso influi (...) mas eles quiseram...”
Alternativa B – ERRADA
“Gás lacrimogêneo (...) antiga rixa, (...) dali a anos...”
Cabe aqui, caro leitor, a observação sobre o “há” que so‑
mente é usado quando se trata do tempo passado. Para o 
futuro, usa ‑se a preposição “a”.
Alternativa C – ERRADA
“... tudo o que os acionistas mais antigos se dispuseram...” 
Alternativa D – ERRADA
O erro é sobre correlação verbal. O correto seria: “Semee‑
mos (...) nem que para isso precisemos apelar...”
Gabarito oficial: alternativa E
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SEFIN/RO – AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS 
ESTADUAIS – 2010
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto seguinte.
O valor da informação
Um indivíduo participa da vida social em proporção ao volume e à qualidade das informações 
que possui, mas, especialmente, em função de suas possibilidades de aproveitá ‑las e, sobretudo, de 
sua possibilidade de nelas intervir como produtor do saber. Isso significa que, nas discussões acerca 
das condições sociais da democracia, algumas questões merecem ser focalizadas.
Como os indivíduos recebem a informação? Quais as informações que lhes são dadas? Quando 
o são? Quem as dá? Com que fim são fornecidas − para serem fixadas mecanicamente ou para lhes 
dar liberdade de escolha e margem de iniciativa?
São questões decisivas, se a discussão da democracia for a sério.
Adaptado de Marilena Chauí, Cultura e democracia
108 SEFIN/Ro – Auditor ‑Fiscal de tributos Estaduais – 2010.
o valor da informação, segundo a autora,
I – é absoluto numa democracia, cabendo apenas 
atentar para aspectos mais circunstanciais dos canais 
de informação e avaliar a eficácia destes no processo 
comunicativo.
II – deve ser permanentemente avaliado, para se saber 
se entre o emissor e o receptor da informação não há 
dificuldades operacionais ou técnicas a serem superadas. 
III – está vinculado a uma série de condicionantes, que 
devem ser reconhecidos para se avaliar qual a efetiva 
participação dos indivíduos na vida democrática. 
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afir‑
ma em
 A) III.
 B) I e II.
 C) II e III.
 D) I.
 E) II.
Alternativa A – CERtA
O item I está incorreto: O valor da informação não é 
absoluto em uma democracia. As perguntas feitas pela 
autora põem em dúvida esse aspecto.
O item II está incorreto: A autora coloca em questão não a 
permanente avaliação da informação, mas sua finalidade. 
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
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66 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
109 SEFIN/Ro – Auditor ‑Fiscal de tributos Estaduais – 2010.
“São questões decisivas, se a discussão da democracia 
for a sério.”
Numa nova redação da frase acima, mantêm ‑se o sen‑
tido e a adequada correlação entre tempos e modos 
verbais em:
 A) Caso se levasse a sério a discussão da democracia, 
ainda assim seriam questões decisivas.
 B) Conquanto decisivas, tais questões serão levadas a 
sério na discussão da democracia.
 C) Sempre que a discussão da democracia for levada a 
sério, questões como essas serão decisivas.
 D) Mesmo sendo decisivas tais questões, a discussão 
da democracia é levada a sério.
 E) Fossem questões decisivas, e a discussão da demo‑
cracia será levada a sério.
Alternativa C – CERtA
Correlação verbal “for” e “será” estabelece o futuro do 
presente.
Alternativa A – ERRADA
A incorreção ocorre no tocante à correlação verbal, pois o 
verbo no enunciado indica uma hipótese no futuro. Para 
a alternativa, o verbo levar está no passado.
Alternativa B – ERRADA
“Conquanto” estabelece relação de oposição. A relação 
estabelecida no enunciado é de condição.
Alternativa D – ERRADA
A relação estabelecida na alternativa é de oposição.
Alternativa E – ERRADA
Erro de correlação verbal: “fossem” (...) “seria levada a 
sério”. 
Gabarito oficial: alternativa C
110 SEFIN/Ro – Auditor ‑Fiscal de tributos Estaduais – 2010.
Está clara e correta a redação deste livre comentário 
sobre o texto.
 A) Sem poder intervir no processo de informações, um 
indivíduo não estará participando da vida social, 
mas apenas integrando ‑a de modo passivo e acrítico.
 B) Um pressuposto da vida democrática é a informação; 
sem elas, ou ainda melhor, sem investigar ‑lhes, não 
há participação que seja condigna a essa designação. 
 C) Ao em vez de propor a euforia das informações, a 
autora adverte de que se trata muito mais de investi‑
gar suas condicionantes do que aceitar seus efeitos.
 D) A euforia das informações que correm em nossos 
dias passam a contaminar a todos, de tal modo, que 
uma espécie de ruído comunicativo sobrepõe ‑se à 
límpidas mensagens.
 E) Para a autora do texto o valor da informação an‑
tes de mais nada, circunscreve ‑se a uma série de 
pré ‑requisitos, ou não há participação efetiva da 
sociedade.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Há erro de concordância “... sem ela (...) sem investigar‑
‑lhe” como referente “informação”.
Alternativa C – ERRADA
“... em vez de...” ou “ao invés de...” e “a autora adverte 
que...”.
Alternativa D – ERRADA
“A euforia das informações que ocorre... passa (...) 
sobrepõe ‑se a límpidas...”
Alternativa E – ERRADA
“..., (...) o valor da informação, antes de mais nada,” 
Gabarito oficial: alternativa A
111 SEFIN/Ro – Auditor ‑Fiscal de tributos Estaduais – 2010.
Estão inteiramente adequadas a regência e a concor‑
dância verbal na frase:
 A) Caso não se avalie as condições em que transitam 
as informações numa sociedade, que garantia tere‑
mos que se trata de uma democracia?
 B) A leitura do texto permite depreender de que nem 
toda informação, ainda que multiplicada, tornam‑
‑se fatores de democratização.
 C) Dependem do volume e da qualidade das informa‑
ções a participação em que se espera numa autên‑
tica sociedade democrática.
 D) Estão na base mesma da sociedade, cujo espírito 
democrático se pretende íntegro, os valores funda‑
mentais da informação aberta e bem qualificada.
 E) As várias perguntas em que se desenvolve a preo‑
cupação da autora do texto parece ancorar ‑se na 
estratégia de um questionamento socrático.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“Caso não se avaliem as condições...”: uso incorreto da 
voz passiva sintética.
Alternativa B – ERRADA
“... permite depreender que nem toda informação (...)
torna ‑se...”
Alternativa C – ERRADA
“Depende (...) a participação...”
Alternativa E – ERRADA
“As várias perguntas (...) parecem ancorar ‑se...” 
Nota: A norma padrão do idioma aceita também: parece 
ancorarem ‑se.
Gabarito oficial: alternativa D
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Português 67
112 SEFIN/Ro – Auditor ‑Fiscal de tributos Estaduais – 2010.
É preciso CoRRIGIR a redação da seguinte frase:
 A) Se o indivíduo não intervier na vida social, as infor‑
mações de que dispõe tornam ‑se inoperantes, não 
representando ganho de qualquer espécie.
 B) A fonte das informações deve ser absolutamente 
confiável, para que os indivíduos não sejam ludi‑
briados e levados a interpretações errôneas.
 C) Investigar detalhadamente os aspectos em que se 
envolve a informação, é uma condição pela qual o 
cidadão consciente não deve se abster.
 D) Por meio das perguntas que formula, a autora cha‑
ma a atenção para as diferentes condições implica‑
das no processamento das informações.
 E) Ao contrário do que pensa a autora, muitas pes‑
soas julgam que o simples acesso às informações 
já evidencia uma sociedade democrática.
Alternativa C – CERtA
“... é uma condição da qual o cidadão não deve abster ‑se.” 
O verbo pronominal abster ‑se é transitivo indireto e exige 
a presença da preposição de. Há, também, um deslize 
quanto à colocação pronominal, quando teríamos, neste 
caso, duas construções possíveis: “... não se deve abster...”: 
próclise do verbo auxiliar, ou “ ... não deve abster ‑se”: 
ênclise do verbo no infinitivo.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
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PM/SP – AUDITOR -FISCAL TRIBUTÁRIO 
MUNICIPAL I – 2006
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto seguinte.
Da impunidade
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de con‑
duta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhe‑
cemos que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o 
estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, 
também conhecida, não por acaso, como “a lei da selva”. É nessa condição em que vivem os ani‑
mais, relacionando ‑se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou ‑se como 
tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às 
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente 
como humanas: podem apresentar ‑se como manifestações da vontade divina, como valores supre‑
mos, por vezes apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são 
um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de 
princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: “Não ma‑
tarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o 
ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, da‑
quilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam‑
‑se e sofisticam ‑se, mas permanece como sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres 
dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos 
princípios, instituem ‑se as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo trans‑
gressor é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez 
manifesta, quebra inteiramente
a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a 
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Português 69
constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de 
uma regra exatamente por tê ‑la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, 
quando não seguidos de punição exemplar, tornam ‑se estímulos para uma prática delituosa gene‑
ralizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos 
princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.
Inácio Leal Pontes
113 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Mu‑nicipal I – 2006.
A concordância verbal estabelece ‑se plena e adequa‑
damente em:
 A) Para que o cumprimento de todos os princípios 
fundamentais seja garantido, devem especificar ‑se 
as sanções.
 B) No caso de que se infrinja as normas e os princípios, 
hão de se lançar mão das sanções correspondentes.
 C) Constituem um dos exemplos de delitos vantajosos 
o caso em que o detentor de um poder abuse de 
sua autoridade.
 D) Não houvesse sido criadas quaisquer regras de con‑
vívio, estaríamos todos vivendo sob o comando de 
nossos instintos mais primitivos.
 E) o que nos mandamentos de Moisés se impõem 
como um dos princípios fundamentais é a necessi‑
dade de reconhecimento dos nossos limites.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
“... no caso de que se infrinjam as normas...” e “há de se 
lançar mão”.
Alternativa C – ERRADA
“Constitui (...) um dos exemplos (...) o caso...”
Alternativa D – ERRADA
“Não houvessem sido criadas quaisquer regras...”
Alternativa E – ERRADA
“O que (...) se impõe como um dos princípios...”
Gabarito oficial: alternativa A
114 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Mu‑nicipal I – 2006.
Está bem observada a correlação entre os tempos e 
modos verbais na construção do período:
 A) Se não variassem de cultura para cultura, as regras 
de convívio terão alcançado, efetivamente, a cha‑
mada validade universal.
 B) tendo cabido ao homo sapiens discriminar critérios 
de convívio, conseguiu ele criar uma organização 
social que, até hoje, não abdica de punir quem os 
desrespeite.
 C) A relação de equilíbrio entre direitos e deveres co‑
muns estava sendo prejudicada caso se viesse a 
permitir a existência de privilégios.
 D) Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da 
impunidade, faz ‑se necessária a sanção dos que 
vierem a cometer delitos.
 E) Enquanto os animais continuam regulando ‑se pela 
“lei da selva”, os homens estariam sempre se esfor‑
çando para tê ‑la superado.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“Se não variassem (...) teriam alcançado efetivamente...”
Alternativa C – ERRADA
“A relação (...) estaria sendo prejudicada (...) viesse...” 
Alternativa D – ERRADA
“... não se consagrasse (...) fez ‑se necessária...”
Alternativa E – ERRADA
“... animais continuam (...), os homens estão sempre...”
Gabarito oficial: alternativa B
115 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Mu‑nicipal I – 2006.
Expressa uma finalidade a oração subordinada adver‑
bial sublinhada em:
 A) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a 
conduta humana. 
 B) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma 
regra por tê ‑la infringido.
 C) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reco‑
nhecimento daquilo que não pode ser.
 D) As regras de convívio existem para dar base e esta‑
bilidade às relações entre os homens. 
 E) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam sob os mesmos princípios éticos 
acordados.
Alternativa D – CERtA
“... para ou com a finalidade do cumprimento dos 
princípios...”
Alternativa A – ERRADA
A oração “... de orientar a conduta humana” exerce fun‑
ção sintática de complemento nominal do termo “tarefa”.
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70 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa B – ERRADA
A oração “... por tê ‑la infringido” estabelece relação de 
causa.
Alternativa C – ERRADA
A oração “... é o reconhecimento...” exerce função de pre‑
dicativo para a oração anterior.
Alternativa E – ERRADA
A oração “... que todos os...” exerce função sintática de ob‑
jeto direto para o verbo permitir.
Gabarito oficial: alternativa D
116 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
transpondo ‑se para a voz passiva a construção O homo 
sapiens estabeleceu critérios de controle dos impulsos 
primitivos, a forma verbal resultante será
 A) foi estabelecido.
 B) são estabelecidos.
 C) tem estabelecido.
 D) têm sido estabelecidos.
 E) foram estabelecidos.
Alternativa E – CERtA
O verbo “estabeleceu” deverá ser substituído pelo verbo 
auxiliar no mesmo tempo e modo, ou seja, pretérito per‑
feito “foram”, que deverá concordar com o sujeito em 
número e pessoa. Portanto, a forma verbal correta será: 
“Critérios de controle (...) foram estabelecidos...”.
Alternativa A – ERRADA
“... foi estabelecido” está para a voz ativa “estabeleceu”, 
portanto, o sujeito paciente “critério” estaria no singular.
Alternativa B – ERRADA
“... são estabelecidos” está para a voz ativa “estabelecem”. 
Alternativa C – ERRADA
“... tem” estabelecido está na voz ativa.
Alternativa D – ERRADA
“... têm sido estabelecidos” está para a voz ativa “tem esta‑
belecido”. “... critérios têm sido estabelecidos...”
Gabarito oficial: alternativa E
117 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
o verbo indicado entre parênteses deverá flexionar ‑se 
numa forma do singular para preencher corretamente 
a lacuna da frase:
 A) Nunca ...... (haver) de prosperar as sociedades cujos 
princípios sejam frágeis.
 B) ...... (caber) aos animais viver segundo os impulsos 
de seus instintos primários.
 C) ...... ‑se (estipular) na lei mosaica, como se sabe, 
princípios de interdição.
 D) Pela lei mosaica, ...... (cuidar) os homens de obser‑
var rígidos ditames.
 E) A nenhum de nós ...... (deixar) de afetar os rigores 
das sanções previstas.
Alternativa B – CERtA
Em caso de dúvida, inverta o período, e você terá o verbo 
viver como sujeito: “Viver segundo os impulsos de seus 
instintos primários cabe aos animais”.
Alternativa A – ERRADA
O verbo haver, nesse caso, é auxiliar, ocupando, portanto, 
o lugar do verbo principal. Concordará com o sujeito: 
“Nunca hão de prosperar as sociedades...”.
Alternativa C – ERRADA
“... estipulam ‑se princípios de interdição...”
Alternativa D – ERRADA
“... cuidam os homens de...”
Alternativa E – ERRADA
“... deixam de afetar os rigores...”
Gabarito oficial: alternativa B
118 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconheci‑
das simplesmente como humanas (...). 
o elemento sublinhado na frase acima poderá perma‑
necer o mesmo, caso substituamos Não decorrem por
 A) Não advêm.
 B) Não implicam.
 C) Não têm origem.
 D) Não se devem.
 E) Não se atribuem.
Alternativa A – CERtA
É substituir o verbo decorrer por advir.
Alternativa B – ERRADA
“Implicar” está para “ter como consequência”.
Alternativa C – ERRADA
“Ter origem” está para “proceder”. 
Alternativa D – ERRADA
“Não se devem” está para “obrigatoriedade”.
Alternativa E – ERRADA
“Não se atribui” está para “atribuição”.
Gabarito oficial: alternativa A
119 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
Está correta a grafia de todas as palavras na frase:
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Português 71
 A) Não constitui uma primasia dos animais
a satisfa‑
ção dos impulsos instintivos: também o homem 
regozija ‑se em atender a muitos deles.
 B) As situações de impunidade inflingem sérios danos 
à organização das sociedades que tenham a pre‑
tensão da exemplaridade.
 C) É difícil atingir uma relação de complementaridade 
entre a premênsia dos instintos naturais e a força 
da razão.
 D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa 
da satisfação dos instintos, devemos, ao menos, 
procurar constringir seu poder sobre nós.
 E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exem‑
plaridade das sanções, de modo que a cada delito 
corresponda uma justa punição.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“Primazia”
Alternativa B – ERRADA
“Infligem”
Alternativa C – ERRADA
“Premência”
Alternativa D – ERRADA
“Abstenção”
Gabarito oficial: alternativa E
120 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte 
período:
 A) Embora sejamos tentados, frequentemente, a 
qualificar como cruel ou maldoso o comportamen‑
to de certos animais, o fato é que, para eles, só há 
os instintos.
 B) Por mais que difiram entre si, as constituições, ne‑
nhuma delas deixa ‑se reger, por princípios que 
desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas 
relações sociais.
 C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso 
difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agen‑
te do delito, costuma exercer forte influência, na 
investigação dos fatos.
 D) É muito comum nas conversas mais informais, os 
indivíduos se referirem a casos públicos de impuni‑
dade, tomando ‑os como justificativas, de seus deli‑
tos pessoais.
 E) Não é fácil, submeter ‑se ao equilíbrio entre o direi‑
to e o dever, pois, a tendência é de um lado, valori‑
zar o direito, e de outro minimizar o dever que lhe 
corresponde.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Retirar a vírgula após “entre si”.
Alternativa C – ERRADA
Vírgula após a expressão “via de regra”; não há vírgula 
após “delito”.
Alternativa D – ERRADA
Não há vírgula após “justificativas”.
Alternativa E – ERRADA
A conjunção “pois” não deverá estar entre vírgulas, por‑
que é explicativa, e não conclusiva. 
Gabarito oficial: alternativa A
121 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
No caso das leis mosaicas, um desses princípios é o da 
interdição: “Não matarás”.
o pronome sublinhado na frase acima reaparece, con‑
servando a mesma função sintática que nela exerce, 
nesta outra frase:
 A) Para se garantir o cumprimento de um princípio, 
institui ‑se uma sanção para quem o ignore.
 B) Quanto ao abuso de poder, só rigorosas diligências 
e isenta apuração o evitam.
 C) Dos desafios da nossa sociedade, talvez o maior 
seja o de não se permitir a impunidade.
 D) o homo sapiens, que tem o dom da racionalidade 
criativa, nem sempre o aproveita em seu benefício.
 E) Se o indivíduo responsável pela aplicação da justiça 
transgride um princípio, que ninguém o acoberte.
Alternativa C – CERtA
O pronome o substitui o pronome demonstrativo “isso”. 
Exerce a função sintática de sujeito do verbo permitir.
“Dos desafios (...), talvez o maior seja o desafio de não 
permitir a impunidade.”
Para as outras alternativas, o pronome exerce a função de 
objeto direto.
Alternativa A – ERRADA
O pronome substitui “cumprimento desse princípio”.
Alternativa B – ERRADA
O pronome substitui “abuso”.
Alternativa D – ERRADA
O pronome substitui “dom”.
Alternativa E – ERRADA
O pronome substitui “indivíduo”.
Gabarito oficial: alternativa C
122 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas 
verbais na frase:
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72 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 A) Se os homens dessem ouvido à consciência e con‑
tessem seus instintos, as relações sociais seriam 
mais harmoniosas.
 B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios 
coletivos quando não prescrita uma punição para 
quem viesse a menosprezá ‑los.
 C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que 
estes são justos, só os infligirá quem se valer de 
má ‑fé.
 D) No caso de evidente erro judiciário, deve ‑se ratifi‑
car a sanção aplicada para que a punição injusta 
não constitue um argumento a favor da impunidade. 
 E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe 
e nos dispormos a exercê ‑lo de fato, nenhum caso 
de impunidade será tolerado.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Substituir “contessem” por “contivessem”.
Alternativa C – ERRADA
Substituir “convirem” por “convierem”.
Alternativa D – ERRADA
Substituir “constitue” por “constitui”.
Alternativa E – ERRADA
Substituir “dispormos” por “dispusermos”.
Gabarito oficial: alternativa B
123 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
Não se justificam as ocorrências do sinal de crase em:
 A) Não me reporto à impunidade de um caso particu‑
lar, mas àquela que se generaliza e dissemina a 
descrença na justiça dos homens.
 B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquen‑
tes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocen‑
tes são levadas à barra dos tribunais.
 C) o autor do texto faz menção à uma série de princí‑
pios de interdição, à qual teria proveniência na 
vontade divina.
 D) Assiste ‑se hoje à multiplicação de casos de impuni‑
dade, à descabida proliferação de maus exemplos 
de conduta social.
 E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar 
de trabalhar para que não se furtem às sanções os 
mais poderosos.
Alternativa C – CERtA
“... a uma série de princípios” não há crase diante do arti‑
go indefinido. Não há crase em relação ao pronome rela‑
tivo “a qual”, uma vez que se trata do sujeito da oração. 
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
124 PM/SP – Auditor ‑Fiscal tributário Municipal I – 2006.
Está correto o uso do segmento sublinhado na frase:
 A) trata ‑se de um texto em cuja tese poucos devem 
mostrar ‑se contrários.
 B) A natureza também tem seus princípios de violên‑
cia, a cujos os homens precisam superar.
 C) Nos ditames da lei mosaica, cujo o rigor é indiscutí‑
vel, prevalece o princípio da interdição.
 D) As normas da ética, de cujas ninguém devia se afas‑
tar, não são exatamente as mesmas ao longo do 
tempo.
 E) os braços da justiça, a cujo alcance deveriam estar 
todos, tornam ‑se inócuos quando desprestigiados.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“... a cuja tese poucos devem mostrar ‑se contrários”.
Alternativa B – ERRADA
Não se usa artigo após o pronome “cujo”: “... princípios 
de violência os quais os homens precisam superar”.
Alternativa C – ERRADA
“... cujo rigor é indiscutível...”.
Alternativa D – ERRADA
“... das quais ninguém deveria afastar ‑se...”.
Gabarito oficial: alternativa E
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SEFAZ/PB – AUDITOR -FISCAL DE
TRIBUTOS ESTADUAIS – 2006
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto abaixo.
Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos mi‑
lhares de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. É o tempo do espanto. Um 
oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvições e o das punições. Os dois 
momentos do mar imenso entre relatório e resultado estão no julgamento final, cuja tendência é 
pessimista, a contar de exemplos recentes. Não deveria ser.
Não deveria ser pela natureza mesma das comissões parlamentares de inquérito, cujo nome é 
raramente objeto de meditação até pelos operários do direito. “Comissão”, além do significado 
mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é 
também
o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum. Interesse comum? 
Não. De interesses conflituosos pela própria natureza política de seu trabalho, pois o vocábulo 
“parlamentares” as afirma integradas por componentes de uma das casas do Congresso ou mistas, 
funcionando segundo seus regimentos internos. (...)
“As comissões são úteis ou necessárias?”, perguntará o leitor. Sem a menor dúvida e vigorosa‑
mente, respondo sim. Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em 
qualquer país onde haja comissões parlamentares. Se os legisladores devem ser a expressão média de 
seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam compostos por homens e mulheres de bem, de‑
dicados e honestos, mas também por pilantras, patifes, cachaceiros, delinquentes e assim por diante. 
(...) Seria ideal que o povo escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas sem razão. O 
povo vota sob influência do poder econômico, após seleção dos favoritos de chefes partidários, para 
exclusão dos que assumam linha independente da adotada pelas lideranças e assim por diante.
Voltando à CPI dos Correios, cabe esclarecer por que há um oceano entre o relatório e o resul‑
tado. “Inquérito” é trabalho de apuração. Se benfeito, propicia bom material aos julgadores. Se 
malfeito, facilita a “pizza”, essa maravilhosa invenção atribuída aos italianos em geral, mas que vem 
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74 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
do sul da Itália. “Pizza” transformada em cambalacho e tapeação? Não necessariamente. Muitas 
vezes o defeito da distância entre a apuração e o julgamento está naquela, e não neste, principal‑
mente se for judicial. O mal do julgamento político está em que não considera seu efeito paralelo do 
desprestígio para o Parlamento como um todo. No caso atual, porém, não se pode negar que já 
houve resultados apreciáveis. Para o relatório lido nesta semana cabe esperar pela travessia do 
oceano e torcer para que chegue a bom porto.
W. Ceneviva. Folha de S.Paulo. 01/04/2006, C2
125 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
De acordo com o texto, “Pizza” transformada em cam‑
balacho e tapeação pode ser o resultado de
 A) um julgamento em desacordo com as regras ins‑
titucionais.
 B) um relatório que resulta de um inquérito que não 
apurou adequadamente os fatos.
 C) uma maravilhosa invenção gastronômica, mas ruim 
por seu efeito paralelo.
 D) um julgamento que não condiz com os fatos 
apurados.
 E) uma Comissão Parlamentar de Inquérito dedicada 
a cambalachos e à tapeação. 
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O termo em questão foge a qualquer regra institucional.
Alternativa C – ERRADA
O tom irônico da alternativa supera qualquer expectativa. 
Alternativa D – ERRADA
O termo em questão mostra que, se houve julgamento, foi 
a conclusão que deixou a desejar.
Alternativa E – ERRADA
A CPI não é o resultado, e sim a causa. 
Gabarito oficial: alternativa B
126 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
As expressões travessia do oceano e bom porto podem 
ser substituídas, sem alteração de sentido, respectiva‑
mente por
 A) apuração e bom julgamento.
 B) julgamento e boa âncora.
 C) relatório e boa âncora.
 D) relatório e bom julgamento.
 E) julgamento e bom termo.
Alternativa E – CERtA
Os termos em destaque representam duas metáforas a res‑
peito do decorrer do julgamento e de um final satisfatório.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
127 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
observando ‑se, no texto, a intenção do autor, verifica‑
‑se o uso da função da linguagem
 A) metalinguística, para criar um efeito de ambiguida‑
de e ironia.
 B) referencial, para informar e criar ambiguidades.
 C) fática, para criar ironia e transmitir informações.
 D) poética, para transmitir informações ao leitor, por 
meio de ambiguidades.
 E) emotiva, para criar ironia e construir a adesão do 
leitor.
Alternativa A – CERtA
A metalinguística é a função que se caracteriza pela lin‑
guagem que se volta a si mesma. A mensagem orienta ‑se 
para os elementos do código analisando ‑os. Os dicioná‑
rios são um exemplo desse padrão de linguagem. Poemas 
que falam de outros poemas, canções que analisam ou‑
tras canções, textos que interpretam outros textos.
Alternativa B – ERRADA
A função referencial privilegia as informações objetivas, 
não havendo, portanto, possibilidade de ambiguidades.
Alternativa C – ERRADA
A função fática privilegia o canal ou contato para a 
comunicação. 
Alternativa D – ERRADA
A linguagem manifesta ‑se por meio de uma mensagem 
elaborada.
Alternativa E – ERRADA
A função emotiva tem como características emoções, 
opiniões e avaliações, em que a presença do emissor é 
fundamental, clara ou não.
Gabarito oficial: alternativa A
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Português 75
128 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
Se benfeito, propicia bom material aos julgadores.
No texto, o conectivo se pode ser substituído, sem al‑
teração de sentido, por
 A) quando.
 B) mesmo.
 C) caso.
 D) embora.
 E) mas.
Alternativa C – CERtA
O texto apresenta direção de argumentação de hipótese 
ou de condição.
Alternativa A – ERRADA
“Quando” estabelece direção de argumentação de tempo.
Alternativa B – ERRADA
“Mesmo” estabelece direção de argumentação de oposição.
Alternativa D – ERRADA
“Embora” estabelece direção de argumentação de oposição.
Alternativa E – ERRADA
“Mas” estabelece direção de argumentação de oposição.
Gabarito oficial: alternativa C
129 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
Leia as frases abaixo:
I – o leitor perguntaria se as comissões são úteis e 
necessárias.
II – Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente?
III – os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na 
vida pública, asseverou o colunista.
Elas se encontram, respectivamente, em discurso
I II III
a) Direto Indireto livre Indireto
b) Indireto livre Direto Indireto
c) Indireto Indireto livre Direto
d) Indireto Direto Indireto livre
e) Direto Direto Indireto livre
Alternativa C – CERtA
O discurso indireto livre corresponde à fala do narrador, 
portanto, em 3ª pessoa. Isso ocorre nos itens I e II. Já o 
item III apresenta a fala da personagem, o que caracteriza 
o discurso direto. 
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
130 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
De acordo com a norma culta, a concordância verbal 
está correta APENAS na frase:
 A) o autor disse que existe comissões parlamentares 
válidas e competentes.
 B) Haviam perguntas que não foram respondidas du‑
rante o interrogatório.
 C) Em toda a parte do mundo podem haver políticos 
corruptos.
 D) É necessário reconhecer que algumas atitudes que 
fere os princípios éticos precisam serem punidas.
 E) Já faz cinco sessões que os deputados não votam 
nenhuma proposta do governo.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“O autor disse que existem comissões...”
Alternativa B – ERRADA
“Havia perguntas...”, o verbo haver no sentido de existir é 
impessoal, sendo usado, portanto, na 3ª pessoa do 
singular. 
Alternativa C – ERRADA
Repare, caro leitor, que o verbo haver está novamente 
como substituto de existir. Portanto, o correto é: “... em 
toda parte (...) pode haver...”.
Alternativa D – ERRADA
“É necessário reconhecer que algumas atitudes que ferem 
os princípios éticos precisam ser punidas.”
Gabarito oficial: alternativa E
131 SEFAZ/PB
– Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
A frase inteiramente de acordo com a norma culta é:
 A) De fato, punições seriam ‑lhe impostas, caso não 
se provasse sua inocência em relação às graves 
denúncias.
 B) os relatórios foram ‑lhe entregues pelos represen‑
tantes da bancada ruralista.
 C) o povo vota à muito tempo sob a influência das 
elites e dos chefes partidários.
 D) A Câmara dos Deputados ficou meia preocupada 
com as repercuções das últimas votações nos pro‑
cessos de cassação.
 E) Apenas 20% dos deputados estão dispostos à res‑
peitar as conclusões dos relatores dos processos. 
Alternativa B – CERtA
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76 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa A – ERRADA
Problema de colocação pronominal: “... punições ser‑
‑lhes ‑iam impostas...”.
Nota: A mesóclise é obrigatória por tratar ‑se de futuro.
Alternativa C – ERRADA
Uso incorreto da crase e da preposição. Na verdade, o que 
cabe nessa circunstância é o uso do verbo haver, por 
tratar ‑se de tempo decorrido passado. “O povo vota há 
muito tempo...”
Alternativa D – ERRADA
“A Câmara dos Deputados ficou meio preocupada com as 
repercussões...”, o termo em destaque exerce função de 
advérbio, sendo, portanto, invariável.
Alternativa E – ERRADA
Não existe crase antes de verbo, portanto, “... a respeitar”.
Gabarito oficial: alternativa B
132 SEFAZ/PB – Auditor ‑Fiscal de tribu‑tos Estaduais – 2006.
Nas frases
I – o mau julgamento político de suas ações não preo‑
cupa os deputados corruptos. Para eles, o mal está na 
mídia impressa ou televisiva.
II – Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. os 
recursos não contabilizados não são um mau, porque 
todos os políticos o utilizam.
III – É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. o 
povo poderá puni ‑los com o voto nas eleições que se 
aproximam. Nesse momento, como diz o ditado popu‑
lar, eles estarão em mal lençóis. 
o emprego dos termos mal e mau está correto APENAS 
em
 A) I.
 B) I e II.
 C) II.
 D) III.
 E) I e III.
Alternativa A – CERtA
No item I – O uso de mal e mau, sendo o primeiro um ad‑
vérbio, oposto a bem, e o segundo adjetivo, oposto a bom.
No item II – “Não há nenhum mal...” e “os recursos (...) 
não são um mal”.
No item III – “... eles estarão em maus lençóis”.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A 
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SEFAZ – AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS 
ESTADUAIS – NÍVEL I – 2006
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto abaixo.
A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humana que, pela própria 
evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e praticam, sen‑
do, por isso, relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo, 
aproximadamente o mesmo em todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático. Também entre 
os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar 
pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a mora‑
lidade externa e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e 
apresenta ‑se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, 
na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. Os preceitos elementares do 
procedimento correto para com os deuses, os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados à 
lei escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de 
conduta e preceitos de prudência enraizados em superstições populares, chegava pela primeira vez 
à luz do dia, através de uma antiquíssima tradição oral, na poesia rural gnômica de Hesíodo. As 
regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza, à exposição 
escrita dos seus segredos, como esclarece, no que se refere à profissão médica, a coleção dos escritos 
hipocráticos.
Da educação, neste sentido, distingue ‑se a formação do Homem por meio da criação de um 
tipo ideal intimamente coerente e claramente definido. Essa formação não é possível sem se ofere‑
cer ao espírito uma imagem do homem tal como ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pelo 
menos, não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto é, a beleza, no sentido normativo da 
imagem desejada, do ideal. A formação manifesta ‑se na forma integral do Homem, na sua conduta 
e comportamento exterior e na sua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas 
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78 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de 
raça. A princípio, esse adestramento limitava ‑se a uma reduzida classe social, a nobreza.
Obs.: gnômico = sentencioso
Adaptado de Werner Jaeger, Paideia: a formação do homem grego. 4. ed.
Tradução de Artur M. Parreira. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 23 ‑24.
133 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome 
de “techné” está corretamente reformulada, manten‑
do o sentido original, em:
 A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos 
deram de “techné”.
 B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como 
“techné”.
 C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por 
“techné”.
 D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de 
“techné”.
 E) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome 
de “techné”.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“... que os gregos deram o nome...” 
Alternativa B – ERRADA
“... o qual foi nomeado...”
Alternativa C – ERRADA
“... os gregos mencionaram ‘techné’.”
Alternativa D – ERRADA
“... os quais recebeu o nome...”
Gabarito oficial: alternativa E
134 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Considerado o processo de argumentação desenvolvi‑
do no texto, é correto afirmar:
 A) Deuses e pais foram citados como modelos do pro‑
cedimento correto, origem dos preceitos elementa‑
res do comportamento grego.
 B) A menção à lei dos Estados foi feita para realçar um 
típico traço da cultura grega, o cultivo da legalidade.
 C) A poesia rural gnômica de Hesíodo foi citada como 
confirmação da riqueza da sabedoria popular.
 D) A referência à palavra de Hipócrates constitui argu‑
mento de reforço para o que se diz acerca das artes 
e ofícios.
 E) A alusão feita a Platão constitui argumento de au‑
toridade para fundamentar a ideia de que a educa‑
ção despreza o pragmatismo.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Os pais e os deuses não eram, segundo o texto, exemplo 
de comportamento.
Alternativa B – ERRADA
Não há identificação entre a Lei dos Estados e a cultura 
grega.
Alternativa C – ERRADA
A poesia rural mesclada de tendências primitivas, por‑
tanto, não só a poesia rural, mas também a mescla da 
poesia com os ensinamentos.
Alternativa E – ERRADA
O texto afirma o oposto. A educação e o pragmatismo 
identificam ‑se.
Gabarito oficial: alternativa D
135 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Está corretamente entendida a seguinte expressão do 
texto:
 A) tipo ideal intimamente coerente e claramente defi‑
nido = modelo de perfeição coeso na sua essência e 
fixado com nitidez.
 B) na medida em que é transmissível = à proporção 
que se torne compreensível.
 C) enraizados em superstições populares = funda‑
mentados em profecias das massas incultas.
 D) neste sentido = com essa finalidade.
 E) série
de preceitos sobre a moralidade externa = 
conjunto de presunções desfavoráveis ao modo de 
agir alheio.
Alternativa A – CERtA
Há uma paráfrase perfeita.
Alternativa B – ERRADA
“Na medida em que” estabelece causa, “à proporção que” 
estabelece proporção.
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Português 79
Alternativa C – ERRADA
Os termos “Superstições populares” não corresponde aos 
termos “massas incultas”.
Alternativa D – ERRADA
“Nesse sentido” estabelece modo, “com essa finalidade” 
estabelece fim.
Alternativa E – ERRADA
Não há identificação entre “preceitos” e “presunções”.
Gabarito oficial: alternativa A
136 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
No texto, os segmentos As regras das artes e ofícios 
resistiam naturalmente e a sua própria natureza estão 
em relação, respectivamente, de
 A) fato e hipótese.
 B) consequência e causa.
 C) condição e conclusão.
 D) fato e conclusão.
 E) hipótese e consequência.
Alternativa B – CERtA
As regras resistiam porque era sua própria natureza.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
137 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos, não 
essencial.
É correto afirmar que, na frase acima,
 A) o pronome pessoal oblíquo refere ‑se a “homem”.
 B) o lhe foi empregado com o mesmo valor que tem 
na frase “ouviram ‑lhe o choro convulsivo”.
 C) a conjunção ou tem valor enfático (como em “ou 
ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”), porque 
introduz uma ratificação integral do que foi afirma‑
do antes.
 D) a expressão pelo menos assinala que o elemento 
referido corresponde, numa hierarquia, àquele que 
pode ser desconsiderado.
 E) a expressão não essencial é sinônima de “não é in‑
dispensável”.
Alternativa E – CERtA
Se não é essencial, é, portanto, dispensável. 
Alternativa A – ERRADA
O pronome refere ‑se a espírito.
Alternativa B – ERRADA
O pronome em “ouviram ‑lhe o choro” substitui o prono‑
me possessivo “seu” exerce função de adjunto adnominal. 
No enunciado, o pronome lhe substitui “a ele” e exerce 
função de complemento nominal. 
Alternativa C – ERRADA
A conjunção ou não ratifica, e sim alterna princípios. 
Alternativa D – ERRADA
“Pelo menos” indica função que se possa considerar.
Gabarito oficial: alternativa E
138 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
“Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são an‑
tes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a 
comparou ao adestramento de cães de raça. A princí‑
pio, esse adestramento limitava ‑se a uma reduzida 
classe social, a nobreza.”
Considere as afirmações que seguem sobre o fragmen‑
to transcrito, respeitado sempre o contexto.
I – A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo 
do sentido original, por “entretanto”.
II – o advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão 
percebera a similaridade que o autor comenta, basea‑
do na comparação feita pelo filósofo entre “cães de 
raça” e “nobreza”.
III – A expressão A princípio leva ao reconhecimento de 
duas informações distintas na frase, uma das quais 
está subentendida.
Está correto o que se afirma APENAS em
 A) I.
 B) II.
 C) III.
 D) I e II.
 E) II e I.
Alternativa C – CERtA
Item I – resposta incorreta: A conjunção estabelece rela‑
ção de soma.
Item II – resposta incorreta: O advérbio já estabelece rela‑
ção de oposição.
Item III – resposta correta: Há uma informação suben‑
tendida dando a ideia de que esse “adestramento” 
estendeu ‑se às outras classes sociais. 
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
139 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A frase “Platão a comparou ao adestramento de cães 
de raça” está corretamente transposta para a voz pas‑
siva em:
 A) o adestramento dos cães de raça é comparado a 
ela por Platão.
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 B) A comparação entre ela e o adestramento de cães 
tinha sido feito por Platão.
 C) Comparou ‑se o adestramento de cães e ela, feito 
por Platão.
 D) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de 
cães de raça.
 E) Haviam sido comparados por Platão o adestramen‑
to de cães de raça e ela.
Alternativa D – CERtA
O pronome oblíquo a, objeto direto do verbo comparar, 
será na voz passiva substituído pelo pronome pessoal do 
caso reto correspondente, ou seja, ela. O verbo da voz ati‑
va será substituído pelo auxiliar no mesmo tempo e 
modo.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
As questões a seguir referem ‑se ao texto abaixo.
1. Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é indiferente. O
2. momento que elegemos como originário depende certamente da ideia de nós mesmos que preferimos,
3. hoje, contemplar. E vice ‑versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos
4. (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos
5. e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de que gostamos e
6. que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para os tempos que consideramos
7. “nossos”, ou seja, para a modernidade.
8. Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento da modernidade era um
9. espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a modernidade começou em outubro de
10. 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes
11. explorações. Entre elas, a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara
12. adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas
13. com a aventura do genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de Fernand Braudel para conceber o
14. alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para frente. Precisa, em
15. outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo – este pátio comum navegável e navegado por
16. milênios, espécie de útero vital compartilhado − para entender por que a viagem de Colombo acabou
17. e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna.
Contardo Calligaris, A Psicanálise e o sujeito colonial. 
In: Psicanálise e colonização: leituras do sintoma social no Brasil.
Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999. p. 11 ‑12.
140 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A única afirmação INCoRREtA sobre os sinais de pon‑
tuação empregados no texto é:
 A) os dois ‑pontos após vice ‑versa: (linha 3) anunciam 
um esclarecimento acerca do que foi enunciado. 
 B) os parênteses em (ou até inventamos) (linha 4) in‑
cluem comentário considerado um viés do que se 
afirma.
 C) As aspas em “nossos” (linha 7) firmam o caráter irô‑
nico da expressão, exigindo que se entenda o 
enunciado em sentido contrário (trata ‑se, assim, de 
“tempos que nos são estranhos”).
 D) os travessões em – este pátio comum (...) compar‑
tilhado (linhas 15 e 16) isolam uma apreciação acer‑
ca do Mediterrâneo e são equivalentes a vírgulas.
 E) A vírgula antes de não costeando (linha 14) pode ser 
substituída, sem prejuízo da correção, por travessão. 
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Os dois ‑pontos colocam em evidência o que será dito.
Alternativa B – ERRADA
Após os parênteses há o ponto final, o que denota o en‑
cerramento de uma ideia.
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Português 81
Alternativa C – ERRADA
Não há ironia, e sim confirmação de uma tese.
Alternativa E – ERRADA
A vírgula não pode ser substituída por travessão, pois é
uma referência, e não uma simples explicação.
Gabarito oficial: alternativa D
141 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A frase em que a regência está totalmente de acordo 
com o padrão culto é:
 A) Esperavam encontrar todos os documentos que os 
estudiosos se apoiaram para descrever a viagem de 
Colombo.
 B) Estavam cientes de que teriam muito a fazer para 
conseguir os registros de que dependiam.
 C) Encontraram ‑se referências à coerção que mari‑
nheiros mais experientes faziam contra os mais no‑
vos que trabalhassem mais arduamente.
 D) Foram informados que esboços da inóspita re‑
gião circundada com imensas pedras podiam ser 
consultados. 
 E) Havia registro de uma insatisfação em que os insur‑
retos às atitudes arbitrárias de um navegante fo‑
ram impedidos de lhe inquirir.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“... encontrar todos os documentos em que os estudiosos...”
Alternativa C – ERRADA
“... referências à coerção de que marinheiros...”
Alternativa D – ERRADA
“... foram informados de que...”
Alternativa E – ERRADA
“... de que os insurretos...”
Gabarito oficial: alternativa B
142 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A frase que está totalmente de acordo com o padrão 
culto da língua é:
 A) todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despei‑
to da exiguidade do vosso tempo, sempre recebeu 
os estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.
 B) Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor 
leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema e 
desejo de pôr em discussão algumas questões.
 C) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em 
associar o início da modernidade à Descartes, mas 
a questão não para por aí: há pontos mais comple‑
xos em discussão.
 D) As reflexões do iminente estudioso, insertas em 
texto bastante acessível ao leigo, nada têm daque‑
le teor iracível e tendencioso que se nota em algu‑
mas obras polêmicas.
 E) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam 
acerca de questões polêmicas como a de rever o 
significado assente de fatos históricos: “é mera 
questão de querer auferir prestígio”.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Não há o acento diferencial em apoio.
Alternativa B – ERRADA
Suscitou.
Alternativa C – ERRADA
Ultraje.
Alternativa D – ERRADA
Irascível.
Gabarito oficial: alternativa E
143 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A frase que respeita o padrão culto no que se refere à 
flexão é:
 A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodile‑
mas teóricos, o professor visitante diz que medeia 
as sessões.
 B) Chegam a constituir ‑se como clãs os grupos que 
defendem opiniões divergentes, como as que in‑
terviram no último debate público.
 C) Ele era o mais importante testemunha do acalora‑
do embate entre opiniões contrárias, de que advi‑
ram os textos de difusão que produziu.
 D) Em troca ‑trocas acalorados de ideias, poucos se 
atêem às questões mais relevantes da temática.
 E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a 
credibilidade comprometida nos últimos revés, cer‑
tamente apresentará com mais tranquilidade sua 
contribuição.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Intervieram.
Alternativa C – ERRADA
Ainda nesta alternativa, caro leitor, embora não esteja li‑
gado ao assunto proposto pela questão, atente para o ter‑
mo “o testemunho”. O correto é “a testemunha” por tra‑
tar‑se de um substantivo sobrecomum e aceitar somente 
o artigo femenino.
Alternativa D – ERRADA
Atêm.
Alternativa E – ERRADA
Reouver.
Gabarito oficial: alternativa A
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82 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
144 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A frase em que a concordância está em conformidade 
com o padrão culto é:
 A) os advogados reclamaram da indecisão do depoen‑
te, sem perceber que as perguntas que a ele eram 
dirigidas lhes parecia obscura, difíceis de serem 
compreendidas.
 B) Era intrincada a associação de ideias do promotor e 
o apelo que fazia aos jurados, o que, consideradas 
as circunstâncias, os conduziram a uma decisão 
questionável.
 C) É sempre falível, a meu ver, os juízos que se funda‑
mentam mais na verve do orador que no conteúdo 
de seu discurso, mesmo quando os ouvintes lhe ne‑
guem aquele predicado.
 D) Suponho que devem existir sérias razões para ele 
ter ‑se comportado assim: todas as questões que 
lhe eram postas ele julgava irrelevantes.
 E) o relatório, de cujo dados discordou ‑se, foi rejeita‑
do imediatamente, tendo sido sugerido, em caráter 
de urgência, a sua plena revisão ou até mesmo sua 
substituição.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“... que as perguntas que a ele eram dirigidas, lhe pareciam 
obscuras...”
Alternativa B – ERRADA
“... de ideias do promotor, e o apelo (...) os conduziu...”
Alternativa C – ERRADA
“São sempre falíveis (...) os juízos...”
Alternativa E – ERRADA
“... de cujos dados discordou ‑se...”
Gabarito oficial: alternativa D
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto abaixo.
Acerca do bem e do mal
Fulano é “do bem”, Sicrano é “do mal”. Não, não são crianças comentando um filme de moci‑
nho e bandido; são frases de adultos, reiteradas a propósito das mais diferentes pessoas, nas mais 
diversas situações. O julgamento definitivo e em preto e branco que elas implicam parece traduzir 
o esforço de adotar, em meio ao caldeirão de valores da sociedade moderna, um princípio básico de 
qualificação moral e ética. Essa oposição rudimentar revela a necessidade que temos de estabelecer 
algum juízo de valor para a orientação da nossa própria conduta. Tal busca de discernimento é 
antiga, e em princípio é legítima: está na base de todas as culturas, dá sustentação a religiões e ins‑
pira ideologias, provoca os filósofos, os juristas, os políticos. O perigo está em que o movimento de 
busca cesse e dê lugar à paralisia dos valores estratificados.
O exemplo pode vir de cima: quando um chefe de poderosa nação passa a classificar países 
inteiros como integrantes do “eixo do mal”, está ‑se proclamando como representante dos que 
constituiriam o “eixo do bem”. Essa divisão tosca é, de fato, muito conveniente, pois faculta ao mais 
forte a iniciativa de intervir na vida e no espaço do mais fraco, sob a alegação de que o faz para 
preservar os chamados “valores fundamentais da humanidade”. Interesses estratégicos e econômi‑
cos são, assim, mascarados pela suposta preservação de princípios da civilização. A História já nos 
mostrou, sobejamente, a que levam tais ideologias absolutistas, que se atribuem o direito de julgar 
o outro segundo o critério da religião que este professa, do regime político que adota, da etnia a que 
pertence. A intolerância em relação às diferenças culturais, por exemplo, acaba levando o mais 
forte à subjugação das pessoas “diferentes” – e mais fracas. É quando a ética sai de cena, para dar 
lugar à barbárie.
A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz consigo um dilema: por 
um lado, não podemos dispensar alguma bússola de orientação ética e moral, que aponte para o 
que parece ser o justo, o correto, o desejável; por outro lado, se o norteamento dos nossos juízos for 
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inflexível como o teimoso ponteiro, comprometemos de vez a dinâmica que é própria da história e 
dos valores humanos. Não há, na rota da civilização, leis eternas, constituições que não admitam 
revisões, costumes inalteráveis. A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida, 
quando responsável; dispensando ‑se, porém, a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível 
fatalidade dos
dogmas. Lembrando o instigante paradoxo de um filósofo francês, “estamos conde‑
nados a ser livres”. Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo, a escolha entre o que é “do 
bem” e o que é “do mal” é uma questão sempre viva, que merece ser analisada e enfrentada em suas 
particulares manifestações históricas. Se assim não for, estará garantido um espaço cada vez maior 
para a ação dos fundamentalistas de todo tipo.
Cândido Otoniel de Almeida
145 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Considere as seguintes afirmações:
I – A referência a um chefe de poderosa nação (2º pará‑
grafo) abre a demonstração de que há ideologias abso‑
lutistas e intolerantes que se sustentam pela força.
II – Julgamento (...) em preto e branco (1º parágrafo) e 
divisão tosca (2º parágrafo) são expressões que aju‑
dam a esclarecer o sentido de norteamento (...) in‑
flexível (3º parágrafo).
III – A frase “estamos condenados a ser livres” (3º pará‑
grafo) instiga o autor do texto a justificar a posição dos 
fundamentalistas de todo tipo (3º parágrafo).
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
 A) I, II e III.
 B) I e II, somente.
 C) I e III, somente.
 D) II e III, somente.
 E) II, somente.
Alternativa B – CERtA
A posição do autor não é de estabelecer justificativa para 
os fundamentalistas, mas, sim, cita o filósofo francês 
para fortalecer a argumentação de que o bem e o mal é 
uma questão de visão, muitas vezes, de particular mani‑
festação histórica. Portanto, somente o item III não cor‑
responde às ideias do texto. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
146 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
“É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.”
Na frase acima, a sequência das ações sai de cena e dar 
lugar estabelece uma relação
 A) de justaposição de fatos independentes.
 B) entre uma hipótese e um fato que a confirma.
 C) de simultaneidade entre duas ocorrências interde‑
pendentes.
 D) de causalidade entre valores antagônicos.
 E) de alternância entre duas situações semelhantes.
Alternativa D – CERtA
O processo antagônico ocorre semanticamente, isto 
é, com o significado expresso pelas palavras, ética e 
barbárie.
Alternativa A – ERRADA
Ética e barbárie são fatos interdependentes.
Alternativa B – ERRADA
Ética tal qual barbárie é um fato, e não hipótese.
Alternativa C – ERRADA
Uma vez que um fato não é simultâneo ao outro.
Alternativa E – ERRADA
Já que não há alternância entre os fatos.
Gabarito oficial: alternativa D
147 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é 
“do mal” traz consigo um dilema (...).
o verbo trazer deverá flexionar ‑se numa forma do plu‑
ral caso se substitua o elemento sublinhado por
 A) o fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o 
bem e o mal (...).
 B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e 
as más ações (...).
 C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas dife‑
rentes situações, (...).
 D) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se 
acentua nos indivíduos, (...).
 E) As oscilações que todo indivíduo experimenta en‑
tre o bem e o mal (...).
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84 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa E – CERtA
O verbo trazer irá para o plural, concordando com “as 
oscilações”, núcleo do sujeito.
Alternativa A – ERRADA
O verbo trazer concordará com “fato” – núcleo do sujeito.
Alternativa B – ERRADA
O verbo trazer deverá concordar com o núcleo “difi‑
culdade”.
Alternativa C – ERRADA
O verbo trazer deverá concordar com o núcleo “alternativa”. 
Alternativa D – ERRADA
O verbo “trazer” deverá concordar com o núcleo “divisão”.
Gabarito oficial: alternativa E
148 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e 
sofrida, quando responsável; dispensando ‑se, porém, 
a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível fa‑
talidade dos dogmas.
Mantêm ‑se o sentido e a correção da frase caso se 
substitua
 A) dispensando ‑se, porém por se dispensarem ‑se, 
ademais.
 B) dispensando ‑se, porém por uma vez dispensado, 
no entanto.
 C) quando responsável por desde que responsável.
 D) quando responsável por posto que responsável.
 E) quando responsável por conquanto seja responsável. 
Alternativa C – CERtA
As conjunções quando e desde que estabelecem relação de 
tempo.
Alternativa A – ERRADA
As conjunções porém e ademais estabelecem relação de 
oposição. 
Alternativa B – ERRADA
Porém e no entanto estabelecem relação de oposição, mas 
a locução “uma vez” estabelece relação de condição.
Alternativa D – ERRADA
Quando estabelece relação de tempo, posto que estabelece 
relação de oposição.
Alternativa E – ERRADA
Quando estabelece relação de tempo e conquanto estabe‑
lece relação de condição.
Gabarito oficial: alternativa C
149 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...). 
Numa nova redação da frase anterior, mantém ‑se cor‑
retamente a expressão sublinhada caso se substitua 
fala o filósofo por
 A) se refere o filósofo.
 B) cuida o filósofo.
 C) investiga o filósofo.
 D) aflige o filósofo.
 E) disserta o filósofo.
Alternativa B – CERtA
O verbo cuidar, semanticamente, exerce função de ex‑
pressar no sentido de refletir. 
Alternativa A – ERRADA
Referir ‑se não se identifica com falar.
Alternativa C – ERRADA
O verbo investigar não obedece semanticamente a relação 
de compreensão do verbo falar. 
Alternativa D – ERRADA
Não há relação de substituição entre “aflige” e fala.
Alternativa E – ERRADA
Dissertar é expor. Falar, nesse caso, é refletir.
Gabarito oficial: alternativa B
150 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Na transposição de uma voz verbal para outra, ocorre 
uma IMPRoPRIEDADE no seguinte caso:
 A) a necessidade que temos de estabelecer algum juí‑
zo de valor = a necessidade que temos de que hou‑
vesse sido estabelecido algum juízo de valor.
 B) passa a classificar países inteiros = países inteiros 
passam a ser classificados.
 C) segundo o critério da religião que este professa = se‑
gundo o critério da religião que por este é professada. 
 D) que constituiriam o “eixo do bem” = o “eixo do 
bem” que seria constituído.
 E) comprometemos de vez a dinâmica = a dinâmica é 
por nós de vez comprometida.
Alternativa A – CERtA
1ª Correção: “A necessidade de que temos de que haja sido 
estabelecido algum juízo de valor”.
2ª Correção: “A necessidade de que tínhamos de que hou‑
vesse sido estabelecido algum juízo de valor”.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
151 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
“O perigo está em que o movimento de busca cesse e 
dê lugar à paralisia dos valores estratificados.”
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Português 85
Alterando ‑se os tempos dos verbos da frase acima, a 
articulação entre suas novas formas estará correta em:
 A) o perigo estava em que o movimento da busca cessa‑
va e desse lugar à paralisia dos valores estratificados.
 B) o perigo estará em que o movimento de busca ces‑
sasse e tivesse dado lugar à paralisia dos valores 
estratificados.
 C) o perigo estaria em que o movimento da busca ces‑
sar e dar lugar à paralisia dos valores estratificados.
 D) o perigo estava em que o movimento da busca ces‑
sou e dera lugar à paralisia dos valores estratificados. 
 E) o perigo estaria em que o movimento da busca ces‑
sasse e desse lugar à paralisia dos valores
estratificados. 
Alternativa E – CERtA
O verbo dar no passado imperfeito do subjuntivo corre‑
laciona ‑se com o verbo estar no futuro condicional. 
Alternativa A – ERRADA
“O perigo estava em que (...) cessasse e desse...”.
Alternativa B – ERRADA
“O perigo estará em que a busca cesse e dê lugar...”.
Alternativa C – ERRADA
“O perigo estaria em que (...) cessasse desse...”.
Alternativa D – ERRADA
“O perigo estaria em (...) cessasse (...) desse”.
Gabarito oficial: alternativa E
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto abaixo.
O fiscal e o menino
Já pelos meus dez anos ocupava eu um posto na Secretaria da Fazenda. A ocupação era infor‑
mal, não implicava proventos ou tempo para a aposentadoria, mas o serviço era regular: acompa‑
nhava meu pai, que era fiscal de rendas, em suas visitas rotineiras aos comerciantes da cidade. Cada 
passada dele exigia duas das minhas, e eu ainda fazia questão de carregar sua pasta, pesada de pro‑
cessos. Tanto esforço tinha suas compensações: nos bares ou padarias, o proprietário lembrava ‑se 
de me agradar com doce, salgado ou refrigerante – o que configurava, como se vê, uma espécie de 
pacto entre interesseiros. Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda que vagamente, da 
sombra da autoridade que emana de um fiscal de rendas. Para fazer justiça: autoridade mesmo meu 
pai só mostrava diante desses grandes proprietários arrogantes, que se julgam acima do bem, do 
mal e do fisco. E ai de quem se atrevesse a sugerir um “arranjo”, por conta da sonegação evidente... 
Gostava daquele fiscal. Duro no trato com os filhos e com a mulher, intempestivo e por vezes 
injusto ao julgar os outros, revelava ‑se um coração mole diante de um comerciante pobre e em 
débito com o governo. Nessas situações, condescendia no prazo de regularização do imposto e ins‑
truía o pobre ‑diabo acerca da melhor maneira de proceder. Ao dono de um botequim da zona rural 
– homem viúvo, carregado de filhos pequenos, em situação quase falimentar – ajudou com dinhei‑
ro do próprio bolso, para a quitação da dívida fiscal. 
Meu estágio em tal ocupação também aumentou meu vocabulário: conheci palavras como sisa, 
sonegação, guarda ‑livros, estampilha, mora e outras tantas. A intimidade com esses termos não impli‑
cava que lhes conhecesse o sentido; na verdade, muitos deles continuam obscuros para mim até hoje. 
De qualquer modo, não posso dizer que nunca me interessou a profissão de fiscal de rendas.
Júlio Pietrobon das Neves
152 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Assinale o item gramaticalmente correto.
 A) Essa pequena crônica é reveladora do modo que 
guardamos as imagens mais intensas da infância, 
de cujos encantos continuam a nos fascinar pelo 
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86 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
tempo a fora, sobretudo quando se tratam de rela‑
ções familiares.
 B) Relatos como este vão de encontro à tese de que 
não se perdem em nossas memórias aquilo que 
realmente nos marcou, confirmando ‑se assim o 
poder seletivo demonstrado pelas mais fortes 
lembranças.
 C) Uma das artimanhas da memória aqui se confir‑
mam por que somos capazes de guardar palavras e 
detalhes reveladores dos tempos da infância, onde 
nem suspeitávamos de quão importantes viriam a 
ser os mais simples elementos.
 D) Ao deter lembranças de seu pai e dele mesmo, o 
narrador traz a fantasia nos traços em que melhor 
se definia ele, sem forçar qualquer idealização, 
uma vez que chega a salientar no pai seus traços 
mais duros, de pouca animosidade.
 E) Fica flagrante a admiração do menino pelo pai, 
conservada no tempo, capaz de estimular uma 
crônica cujo sentimento básico é o de um antigo 
companheirismo, materializado numa rotina de 
trabalho.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
“... da infância, cujos encantos (...) sobretudo quando se 
trata de...”
Alternativa B – ERRADA
“Ir ao encontro de.” Ir de encontro a significa chocar ‑se.
Alternativa C – ERRADA
“Uma das artimanhas que se confirma (...) dos tempo de 
infância, quando...”
Alternativa D – ERRADA
“... em que melhor o definia (...) uma vez que chega a sa‑
lientar...”
Gabarito oficial: alternativa E
153 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
“outra compensação encontrava eu em desfrutar, ain‑
da que vagamente, da sombra da autoridade que ema‑
na de um fiscal de rendas.” 
todas as palavras da frase acima poderão permanecer 
rigorosamente as mesmas, caso as formas verbais su‑
blinhadas sejam substituídas por, respectivamente,
 A) incorporar e projeta.
 B) usufruir e provém.
 C) beneficiar e instila.
 D) comprazer ‑me e esparge.
 E) deleitar ‑me e se associa.
Alternativa B – CERtA
Desfrutar substitui ‑se por usufruir, e emanar substitui ‑se 
por provir.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
154 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Assinale o item correto quanto à norma padrão da 
língua.
 A) Duas das minhas passadas exigia cada uma das 
dele.
 B) Exigiam ‑se duas das minhas passadas a cada uma 
das dele.
 C) Era exigido, a cada passada dele, duas das minhas.
 D) Duas passadas minhas exigia cada uma das dele.
 E) A cada passada dele exigia ‑se duas das minhas.
Alternativa B – CERtA
A frase apresenta voz passiva analítica; o verbo exigir 
concorda com o núcleo substantivo passadas, estando, 
portanto, no plural.
Alternativa A – ERRADA
“Duas das minhas passadas exigiam cada uma das dele.”
Alternativa C – ERRADA
“Eram exigidas, (...), duas das minhas.”
Alternativa D – ERRADA
“Duas passadas minhas exigiam...”
Alternativa E – ERRADA
“A (...) dele, exigiam ‑se duas das minhas.”
Gabarito oficial: alternativa B
Atenção: As questões a seguir referem ‑se ao texto seguinte.
O século XX: vista aérea
A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência 
pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do 
século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qual‑
quer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo 
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Português 87
ofício é lembrar o que outros esquecem, tornam ‑se mais importantes que nunca no final do segun‑
do milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memoria‑
listas e compiladores. Em 1989 todos os governos do mundo, e particularmente todos os ministé‑
rios do Exterior do mundo, ter ‑se ‑iam beneficiado de um seminário sobre os acordos de paz 
firmados após as duas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente havia esquecido.
Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX.
Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2005. p. 13.
155 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Considere as seguintes afirmações:
I – o pensamento do autor vai ao encontro do que 
afirma a seguinte frase, relativamente popularizada: 
Estamos condenados a repetir os erros da História 
que foi esquecida.
II – Entre as funções essenciais de um historiador, 
destaca ‑se a de compreender rigorosamente em si 
mesmos os valores históricos e sociais de seu próprio 
presente.
III – A referência aos acordos de paz firmados depois 
das duas guerras mundiais vem a propósito da impor‑
tância que eles deveriam conservar em todas as resolu‑
ções de política externa, em nível global.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
 A) I e II, apenas.
 B) I, apenas.
 C) II e III, apenas.
 D) I e III, apenas.
 E) I, II e III.
Alternativa D
– CERtA
Apenas o item II está incorreto, pois, segundo o texto, é 
ofício do historiador “lembrar o que os outros esque‑
cem”. Portanto não está, segundo o enunciado, ligado ao 
presente, e sim ao passado. 
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
156 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Depreende ‑se da leitura do texto que, se fossem sim‑
ples cronistas, memorialistas e compiladores, os histo‑
riadores, no final do segundo milênio,
 A) estariam restritos à tarefa de estabelecer uma rela‑
ção orgânica com o passado público de sua época.
 B) se limitariam a recompor os mecanismos sociais 
que vinculam as experiências de seu tempo às das 
gerações passadas.
 C) não estariam comprometidos com o esclarecimen‑
to da nossa relação orgânica com o passado públi‑
co que foi esquecido.
 D) não saberiam arrolar os fatos mais remotos de um 
passado, em vista da perda de sua relação orgânica 
com esses fatos.
 E) ficariam restritos a tarefas acadêmicas, como os se‑
minários, insuficientes para avivar os mecanismos 
sociais que vinculam nossa experiência pessoal à 
das gerações passadas.
Alternativa C – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Não haveria restrições, pois não haveria comprometimento. 
Alternativa B – ERRADA
Não haveria limitações para recompor, pois não haveria 
vínculo com o passado.
Alternativa D – ERRADA
Não que não o soubessem, não o fariam, simplesmente, 
por não haver comprometimento. 
Alternativa E – ERRADA
Não haveria restrição por não haver comprometimento.
Gabarito oficial: alternativa C
157 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
“Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que 
outros esquecem, tornam ‑se mais importantes que 
nunca no fim do segundo milênio.”
Considerando ‑se o contexto, não haverá prejuízo para 
a correção e o sentido da frase acima se se substituir
 A) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por a 
quem cabe resgatar o que é esquecido.
 B) Por isso por pela razão que se exporá.
 C) tornam ‑se mais importantes que nunca por mais 
do que nunca fazem ‑se de importantes.
 D) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por 
aos quais cabem resguardar o que foi esquecido.
 E) tornam ‑se mais importantes do que nunca por 
nunca se tornaram mais importantes. 
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88 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
“Por isso” estabelece uma conclusão. “Pela razão” estabe‑
lece uma causa.
Alternativa C – ERRADA
“Fazem ‑se” indica uma ação proposital, enquanto 
“tornam ‑se” propõe um estado, e não uma ação.
Alternativa D – ERRADA
O verbo caber, trazendo em si a ideia de responsabilizar‑
‑se, é impessoal, ficando, portanto, no singular. “... aos 
quais cabe resguardar...”
Alternativa E – ERRADA
“Do que nunca” expressa a ideia de “nunca antes”. “Nun‑
ca se tornaram” estabelece a ideia de negação referente ao 
termo “importante”.
Gabarito oficial: alternativa A
158 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão 
flexionar ‑se numa forma do plural para preencherem 
corretamente as lacunas da frase:
 A) ...... (ser) de se lamentar que aos jovens de hoje 
......(restar) viver o tempo como uma espécie de 
presente contínuo, sem qualquer conexão com o 
passado.
 B) Ao historiador ...... (dever) sensibilizar as omissões 
de toda e qualquer experiência que ...... (sofrer) 
nossos antepassados.
 C) ...... (aprazer) aos governantes fazer esquecer o 
que não lhes ...... (interessar) lembrar, para melhor 
se valerem da falta de memória histórica.
 D) ...... (avultar), aos olhos dos próprios historiadores 
contemporâneos, a figura de Eric Hobsbaw como 
um dos intérpretes que melhor ...... (compreender) 
o século XIX.
 E) Não ...... (competir) aos historiadores exercer a 
mera função de arquivistas públicos; mais que isso, 
...... ‑se (esperar) deles uma compreensão participa‑
tiva da história.
Alternativa B – CERtA
“Ao historiador devem sensibilizar as omissões (...) que 
sofram nossos antepassados.”
Alternativa A – ERRADA
“É de se lamentar (...) resta viver...”, o verbo ser é impes‑
soal, o verbo viver é intransitivo, ambos usados, portan‑
to, somente no singular.
Alternativa C – ERRADA
“Apraz aos (...) fazer esquecer o que não lhes interessa 
lembrar...”.
Alternativa D – ERRADA
“... avulta (...) a figura (...) como um dos intérpretes (...) 
compreendeu...”
Alternativa E – ERRADA
“Não compete (...) exercer a mera função (...) espera ‑se (...) 
uma compreensão...”
Gabarito oficial: alternativa B
159 SEFAZ/SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Considere as seguintes frases:
I – o autor lamenta a situação dos jovens de hoje, que 
vivem o tempo como uma espécie de presente contínuo.
II – Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento dos 
mecanismos sociais que vinculam nossa experiência 
pessoal à das gerações passadas.
III – Preservemos a memória do passado, cujas experiên‑
cias encerram lições ainda vivas.
A eliminação da vírgula acarretará alteração de senti‑
do APENAS para o que está em
 A) I.
 B) II.
 C) III.
 D) I e II.
 E) I e III
Alternativa E – CERtA
O item II apresenta incorreção, visto que o fenômeno 
não ocorreu em fins do século XIX, e sim no fim do sé‑
culo XX.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
160 SEFAZ ‑SP – Agente Fiscal de tributos Estaduais – 2006.
Mesmo nas economias mais influenciadas pelo ideário 
liberal, o poder público dispõe de instrumentos legais 
para a cartelização da oferta de certos itens, 
prática que se torna particularmente no caso 
 controles grupais produtos que não 
podem ser substituídos facilmente, ainda que tenham 
seus preços majorados.
Assinale o item em que os vocábulos estejam corretos 
quanto à complementação do texto.
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Português 89
 A) promover – benéfica – desses – comercializarem.
 B) fomentar – vantajosa – destes – comerciarem.
 C) coibir – nefasta – de esses – incidirem sobre.
 D) impedir – suscetível – de os – sobreviverem em. 
 E) moderar – benigna – dos – traficarem com.
Alternativa C – CERtA
O termo “cartelização” é um neologismo aplicado a 
“cartel”, por derivação. Se o aluno tiver problemas com o 
vocabulário, entenda que o segredo possa estar no pro‑
nome demonstrativo, pois não poderá ocorrer a junção 
da preposição somada ao pronome (desses – destes – 
dos), uma vez que não exista o princípio de posse, sendo, 
portanto, de esses.
Alternativa A – ERRADA
“Promover” está incorreto; “... de esses (...) maléfica...”. 
Alternativa B – ERRADA
“De estes”.
Alternativa D – ERRADA
Não cabe o termo “sobreviverem”.
Alternativa E – ERRADA
Não cabem os termos “moderar”, “benigna”, e o correto 
para os pronomes é “de os”.
Gabarito oficial: alternativa C
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RECEITA FEDERAL/MA – TÉCNICO – 2006
161 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
Assinale a alternativa em que haja erro na análise da 
palavra: 
 A) Em parece há três sílabas, seis fonemas e seis letras.
 B) Em endurecida há cinco sílabas, dez fonemas e dez 
letras.
 C) Em fizesse há três sílabas, seis fonemas e sete letras.
 D) Em então há um dígrafo nasal e um ditongo nasal 
decrescente.
 E) Em assim há um dígrafo e uma vogal nasal.
Alternativa B – CERtA
A palavra endurecida contém cinco sílabas en ‑du ‑re ‑ci ‑da, 
dez letras e ‑n ‑d ‑u ‑r ‑e ‑c ‑i
‑d ‑a, porém, contém nove fo‑
nemas, pois o N, por ser nasal, não é contado como som, 
apenas como letra. Cuidado, caro aluno, com as nasais 
M e N, pois, no meio das palavras, não são considerados 
fonemas: No vocábulo “campo”, perceba que não pro‑
nunciamos o M. Se escrevêssemos como falamos, escre‑
veríamos “cãpo”. Estranhíssimo, não?
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
162 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
Em qual alternativa as palavras não exigem acento 
gráfico?
 A) filantropo \ arquetipo \ erudito \ avaro
 B) condor \ ariete \ ureter \ ciclope
 C) ureter \ avaro \ pudico \ rubrica
 D) levedo \ bavaro \ boemia \ recem
 E) alibi \ logica \ omega \ quiromancia
Alternativa C – CERtA
Embora, caro leitor, você já esteja cansado de ouvir “uRE‑
ter”, o correto é “ureTER”; o correto é “aVAro”, e não 
“Avaro”; o correto é puDIco, e não PUdico; o correto é 
ruBRIca, e não RUbrica.
Alternativa A – ERRADA
“Arquétipo” é proparoxítona.
Alternativa B – ERRADA
“Aríete” é proparoxítona.
Alternativa D – ERRADA
“Bávaro” e “recém”, proparoxítona e oxítona, respecti‑
vamente. 
Alternativa E – ERRADA
“Álibi”, “lógica” e “ômega” são proparoxítonas. 
Gabarito oficial: alternativa C
163 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
Na questão a seguir, todas as palavras devem ser pro‑
nunciadas como paroxítona, exceto:
 A) cartomancia \ entrepido \ celtibero
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Português 91
 B) aziago \ celtibero \ misantropo
 C) levedo \ monolito \ interim
 D) artifice \ periplo \ rubrica
 E) rubrica \ periplo \ levedo
Alternativa B – CERtA
 “AziAgo”, “celtiBEro”, “misanTROpo”. Sendo, portanto, 
todas paroxítonas.
Alternativa A – ERRADA
“CartomanCIa”, “inTRÉpido” e “celtiBEro”.
Alternativa C – ERRADA
“leVEdo”, “moNÓlito” e “ÍNterim”.
Alternativa D – ERRADA
“ArTÍfice”, “Périplo” e “ruBRIca”.
Alternativa E – ERRADA
“Périplo” é proparoxítona. Os outros termos são: ruBRI‑
ca e leVEdo, paroxítonos.
Gabarito oficial: alternativa B
164 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
o trema, apesar de desaparecer na escrita, continuará 
a ser pronunciado. Pois bem, nobre leitor, assinale o 
item em que o trema seja pronunciado em todos os 
vocábulos.
 A) estinguir \ consequência
 B) quinquênio \ arguir
 C) distinguir \ cinquenta
 D) sequestro \ inquérito
 E) pinguim \ guitarra
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Estinguir, com ou sem trema, consequência com ou sem 
trema.
Alternativa C – ERRADA
Em distinguir não se usa o trema.
Alternativa D – ERRADA
Inquérito, sem trema. 
Alternativa E – ERRADA
Guitarra, sem trema. 
Gabarito oficial: alternativa B
165 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
Em que palavra abaixo há a possibilidade de Não ser 
considerada a existência de um hiato?
 A) raiz 
 B) trovoada
 C) roía 
 D) denúncia
 E) teria
Alternativa D – CERtA
Há, na alternativa D, uma ocorrência a que chamamos de 
Sinérese. Ocorre em virtude de uma pronúncia mais rápi‑
da em que transformam ‑se hiatos em ditongos. Ao ocor‑
rer o contrário, damos o nome de Diérese. Em denúncia, 
o que poderia ser hiato transforma ‑se em ditongo. É pos‑
sível, ainda, deparar com a forma do diferencial substan‑
tivo deNÚNcia da forma verbal denunCIa, facilitando a 
compreensão desse estudo, não é mesmo? 
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
166 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
Assinale a alternativa que contenha erro de acentua‑
ção gráfica.
 A) De cada três crimes ocorridos no Maranhão, só um 
chega ao conhecimento da polícia.
 B) o programa de reforma agrária de FHC desapro‑
priou apenas seis imóveis com mais de cem mil 
hectares.
 C) Pesquisas recentes dão alcance ainda maior à no‑
ção de que a família é fundamental na formação do 
indivíduo.
 D) Em outros casos, os pais e os alunos são vistos 
como consumidores que tem o direito de exigir 
qualidade do produto que estão comprando.
 E) Para países como o Brasil, os desafios são ainda 
maiores.
Alternativa D – CERtA
O verbo ter deverá concordar com o sujeito composto – 
pais e alunos – sendo, portanto, acentuado têm. 
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
167 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
o valor semântico de des – não coincide com o par: cen‑
tralização/descentralização, apenas em:
 A) Despregar o prego foi mais difícil que pregá ‑lo.
 B) “... e se soltou, para voar e descaiu foi lá de riba, no 
chão e muito se machucou.”
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92 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 C) Enquanto isso ele ficava em casa, em certo repou‑
so, até a saúde de tudo se desameaçar.
 D) A despoluição do rio tietê é um repto urgente aos 
políticos e à população de São Paulo.
 E) o governo de Israel decidiu desbloquear metade 
da renda de arrecadação fiscal que Israel devia à 
Autoridade Nacional Palestina.
Alternativa B – CERtA
Seria impossível alguém estar em cima e “descair”, não é 
mesmo, nobre leitor? No entanto, no norte de Minas, se 
você está no alto, você descai. Coisas de Guimarães Rosa; 
aliás, diga ‑se de passagem, muito inteligente! 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
168 Receita Federal/MA – técnico – 2006.
Relacione as duas colunas e assinale a alternativa 
correta.
1 – fonseca ( ) parassíntese
2 – envergonhar ( ) hibridismo
3 – sambódromo ( ) aglutinação
4 – moto ( ) onomatopeia
5 – ciciar ( ) redução
 A) 1 ‑3 ‑2 ‑5 ‑4
 B) 3 ‑2 ‑1 ‑4 ‑5
 C) 5 ‑4 ‑2 ‑1 ‑3
 D) 2 ‑3 ‑1 ‑5 ‑4
 E) 5 ‑4 ‑3 ‑2 ‑1
Alternativa D – CERtA
Vejamos: Fonseca é a aglutinação de fonte+seca; envergo‑
nhar é derivação parassintética; sambódromo é de sistema 
híbrido, ou seja, palavras de idiomas diferentes usadas em 
um terceiro idioma; moto é a redução de motocicleta, e 
ciciar, que significa falar em voz baixa: “O vento ciciava 
na ramagem” (Fagundes Varela).
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
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ELETRONORTE – ANALISTA DE SISTEMAS – 2008
170 Eletronorte – Analista de Sistemas – 2008.
A GUERRA DoS MENINoS, livro ‑reportagem (1) do jor‑
nalista Gilberto Dimenstein e da fotógrafa Paula Si‑
mas, introduz (2) o leitor num (3) dos mais terríveis e 
bárbaros fenômenos em curso no Brasil desde a déca‑
da de 70: o assassinato de crianças e adolescentes por 
grupos de estermínio (4), com a participação direta ou 
a conivência (5) de policiais. 
 A) 2
 B) 3
 C) 1
 D) 5
 E) 4
Alternativa E – CERtA
O correto é extermínio. 
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
171 Eletronorte – Analista de Sistemas – 2008.
Leia o texto a seguir e responda:
“De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.”
A palavra destacada pode assumir diferentes signifi‑
cados, de acordo com sua função na frase. Assinale a 
169 Eletronorte – Analista de Sistemas – 2008.
Identifique, nas questões a seguir, o item que contenha 
erro de natureza ortográfica ou gramatical, ou, ainda, 
impropriedade vocabular, e assinale o correspondente.
“tendo em vista que apenas uma interessada retirou o 
edital referente à concorrência n. 006\o2 ‑PR, a (1) CEN‑
tRAIS ELÉtRICAS DE GoIÁS – CELG – torna pública (2) 
que resolveu adiar a concorrência para a contratação 
sob regime e administração contratada, de alocação de 
recursos destinados à (3) complementação das obras 
da IV etapa da UHE Cachoeira
Dourada, com pagamen‑
to mediante cessão (4) de direitos sobre energia elétri‑
ca para entrega futura, mantidos (5) os contratos de 
construção, montagem e fornecimento já celebrados 
com terceiros.”
 A) 1
 B) 2
 C) 3
 D) 4
 E) 5
Alternativa B – CERtA
Os termos corretos são: “torna público”. O termo público 
tem como referência ato que se subentende na frase.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
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94 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
alternativa em que o sentido equivale ao que se verifi‑
ca no 3º verso do poema de Vinicius de Morais.
 A) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o 
remédio não surtiu efeito, mesmo em doses variá‑
veis.” (Raimundo Faoro)
 B) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade 
de fazê ‑lo padre?” (Machado de Assis)
 C) “... vamos lá de qualquer maneira, mas vamos mes‑
mo.” (Aurélio)
 D) “Pai, para onde fores / irei também trilhando as 
mesmas ruas.” (Augusto dos Anjos)
 E) “Agora, como outrora, há o mesmo contraste da 
vida interior.” (Machado de Assis)
Alternativa A – CERtA
O termo mesmo substitui o advérbio até obtendo ‑se uma 
direção de argumentação de oposição, ou seja, “ainda que 
diante do meu maior encanto”.
Alternativa B – ERRADA
O termo destacado exerce a função de advérbio, pois po‑
derá ser substituído por “porventura”.
Alternativa C – ERRADA
Temos o advérbio “certamente”.
Alternativa D – ERRADA
Temos um adjetivo caracterizando o substantivo “ruas”. 
Alternativa E – ERRADA
Estamos, novamente, diante de um adjetivo caracteri‑
zando o substantivo “contraste”. 
Gabarito oficial: alternativa A
172 Eletronorte – Analista de Sistemas – 2008.
Leia o texto a seguir.
“Recebe a filha nos braços, tenta forçá ‑la a andar, mas 
o corpo dela cai para o lado, a perna parece endureci‑
da, como se fizesse parte de um outro organismo. En‑
tão apela para a força e levanta ‑a nos braços; já há 
muito não há segura assim, desde que começara a ficar 
mocinha. No trajeto da sala para o quarto lembra noi‑
tes antigas, em que a menina acordava e pedia colo, 
ele ficava a noite inteira com o pequenino corpo nos 
braços, andando pelo escuro com sua preciosa carga 
feita de amor, medo e duas mãozinhas que o agarra‑
vam quando tentava deitá ‑la outra vez na cama.” 
(Carlos Heitor Cony)
 A) As palavras filha e fizesse contêm 5 e 7 fonemas, 
respectivamente.
 B) As palavras mocinha e agarravam contêm 6 e 8 fo‑
nemas respectivamente.
 C) Nas palavras lembra, tentava e levanta temos o mes‑
mo número de letras e de fonemas, respectivamente. 
 D) No vocábulo ‘mãozinhas’ obtemos 9 letras e 9 
fonemas.
 E) Nos termos: ‘noite’ ‘inteira’ e ‘feita’, encontramos 
ditongos nasais decrescentes.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
São 4 e 6 fonemas, respectivamente.
Alternativa C – ERRADA
Temos um fonema a menos, pois M e N são nasais, não 
sendo contados, portanto, como fonemas, apenas como 
letras.
Alternativa D – ERRADA
São 8 fonemas, pois temos o dígrafo NH.
Alternativa E – ERRADA
Os ditongos são orais.
Gabarito oficial: alternativa B
173 Eletronorte – Analista de Sistemas – 2008.
Assinale a alternativa cujos vocábulos sejam escritos, 
com J.
 A) gor_eta, pa_em, gen_iva. 
 B) _iló, lison_ear, ti_ela.
 C) here_e, tre_eito, berin_ela.
 D) _eito, lambu_em, ma_estoso.
 E) hi_iênico, gor_eio, _iboia.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O termo gengiva escreve ‑se com G.
Alternativa B – ERRADA
O termo tigela escreve ‑se com G.
Alternativa C – ERRADA
O termo herege escreve ‑se com G.
Alternativa E – ERRADA
O termo higiênico escreve ‑se com G.
Gabarito oficial: alternativa D
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PETROBRAS – ADMINISTRADOR PLENO – 2006
175 Petrobras – Administrador Pleno – 2006.
“– ... e os peixes enchiam a rede...”
Normalmente, após ditongo ou EN escreve ‑se X. 
Constituindo ‑se encher e seus derivados o uso do CH, 
assinale a série que confirma este dígrafo em todas as 
suas palavras.
 A) rouxinol – peixe – enxada – enxurrada.
 B) caixa – feixe – enxaguar – enxerida.
 C) chave – chiqueiro – enxiqueirar – chuva.
 D) preencher – enchimento – enchouriçar – encharcar.
 E) preenchível – chocalho – enchimento – enchurrada.
Alternativa D – CERtA
Os termos preencher e enchimento são derivados do verbo 
encher. Enchouriçar é derivado de chouriço, e encharcar é 
derivado de charco. 
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
176 Petrobras – Administrador Pleno – 2006.
Leia o texto a seguir.
“Meu bem ‑querer Meu bem ‑querer 
É segredo, é sagrado meu encanto,
Está sacramentado ‘tô’ sofrendo tanto
Em meu coração. Amor, e o que é o sofrer
Meu bem ‑querer Para mim que estou
tem um quê de pecado Jurado pra morrer de
Acariciado pela emoção. amor. (Djavan)
174 Petrobras – Administrador Pleno – 2006.
Indique a alternativa CoRREtA quanto à escrita.
 A) o ladrão foi apanhado em flagrante.
 B) Ponto é a intercessão de duas linhas.
 C) As despesas da mudança serão vultuosas.
 D) Assistimos a uma violenta coalizão de caminhões.
 E) o artigo incerto na revista de ciências foi lido por 
todos.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Interseção. Cuidado! O termo intercessão está ligado a 
ceder.
Alternativa C – ERRADA
“... despesas vultosas”, ou seja, de grande vulto. O termo 
vultuoso está ligado a “inchado”, “inflado”. Levou um 
soco e ficou com os lábios vultuosos. 
Alternativa D – ERRADA
O termo correto é colisão, derivado de “colidir”. Há de 
convir o nobre leitor que coalizão seria a união de dois 
caminhões, e isso não é possível. 
Alternativa E – ERRADA
No termo inserto, temos o ato de inserir. O termo incerto 
está ligado ao substantivo incerteza.
Gabarito oficial: alternativa A
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96 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Assinale a alternativa que contenha apenas palavras 
formadas por derivação imprópria.
 A) sacramento e coração
 B) quê e sofrer
 C) sofrendo e encanto
 D) querer e sofrer
 E) morrer e amor
Alternativa B – CERtA
Nas expressões ‘tem um quê de pecado’ e ‘o que é o sofrer’ 
temos uma conjunção e um verbo, respectivamente. Porém, 
se você reparar, caro aluno, esses dois termos vêm acompa‑
nhados de um artigo, transformando, então, tanto um 
quanto outro em substantivo, havendo, portanto, uma de‑
rivação imprópria. Lembre ‑se sempre de que qualquer 
classe gramatical precedida por artigo passa a ser classifi‑
cada como substantivo. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
177 Petrobras – Administrador Pleno – 2006.
Dentre as opções a seguir, apenas uma apresenta o 
mesmo processo de formação de palavras como ames‑
quinhar. Indique ‑a.
 A) cruzar 
 B) desfilar
 C) desmobilizar 
 D) acionar 
 E) envergonhar
Alternativa E – CERtA
Consiste em parassíntese (derivação parassintética) na 
formação de uma palavra derivada com acréscimo simul‑
tâneo de um prefixo ou de um sufixo ao radical da pala‑
vra primitiva. Exemplos: empobrecer, entardecer. O vocá‑
bulo “envergonhar” segue essa linha de raciocínio.
Alternativa A – ERRADA
Derivação por sufixação: cruzar.
Alternativa B – ERRADA
Derivação por prefixação: desfilar.
Alternativa C – ERRADA
Derivação por prefixação: desmobilizar.
Alternativa D – ERRADA
Derivação por sufixação: acionar.
Gabarito oficial: alternativa E
178 Petrobras – Administrador Pleno – 2006.
Assinale o item em que a palavra composta com radi‑
cais latinos significa
cultura de arroz.
 A) sericultura
 B) orizicultura
 C) triticultura
 D) cotonicultura
 E) cunicultura
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Cultura da seda.
Alternativa C – ERRADA
Cultura do trigo. 
Alternativa D – ERRADA
Cultura do algodão. 
Alternativa E – ERRADA
Cultura de coelho. 
Gabarito oficial: alternativa B
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PETROBRAS – ANALISTA EM ECONOMIA – 2006
Alternativa E – ERRADA
O termo ultravioleta é formado por justaposição, ou seja, 
diferente da aglutinação, na justaposição as palavras 
formam ‑se sem que se percam elementos. 
Gabarito oficial: alternativa D
180 Petrobras – Analista em Economia – 2006.
As palavras adivinhar – adivinho e adivinhação são ter‑
mos cognatos, ou seja, trazem a mesma raiz. Assinale o 
item em que não ocorrem três cognatos.
 A) alguém – algo – algum
 B) ler – leitura – lição
 C) ensinar – ensino – ensinamento 
 D) candura – cândido – incandescência
 E) viver – vida – vidente
Alternativa E – CERtA
Diz ‑se de vidente a pessoa que tem a faculdade de visão 
sobrenatural ou de cenas futuras, não tendo, portanto, 
referência com o verbo viver.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
181 Petrobras – Analista em Economia – 2006.
Assinale o par de palavras cujos prefixos apresentam 
significação equivalente aos elementos iniciais de im‑
pessoal e predeterminado.
179 Petrobras – Analista em Economia – 2006.
“Ao amanhecer o planalto fica simplesmente deslum‑
brante. os raios ultravioleta provocam cores que eu 
nunca tinha visto em toda a minha vida.” (Lúcio Costa 
– Arquiteto)
Assinale a alternativa correta segundo a teoria expressa. 
 A) os termos amanhecer e deslumbrante são forma‑
dos por derivação parassintética.
 B) os termos planalto e simplesmente são formados 
por derivação sufixal.
 C) o termo ultravioleta, por ser adjetivo composto de‑
veria ser levado para o plural, concordando, assim, 
com o substantivo. 
 D) o termo planalto é formado por aglutinação.
 E) o termo ultravioleta é formado por derivação 
parassintética.
Alternativa D – CERtA
A aglutinação consiste em formar uma palavra de outras 
duas palavras, constatando ‑se a perda de, ao menos, um 
elemento: plano + alto = planoalto = planalto. 
Alternativa A – ERRADA
Amanhecer é formado por derivação parassintética, e des‑
lumbrante, por sufixação.
Alternativa B – ERRADA
Planalto é formado por aglutinação, e simplesmente é for‑
mado por sufixação.
Alternativa C – ERRADA
O substantivo violeta foi adjetivado, não havendo, por‑
tanto, possibilidade de levar ‑se para o plural.
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98 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 A) amoral e epidérmico
 B) antiaéreo e hipertenso
 C) disforme e ultrapassado
 D) contra indicado e transatlântico
 E) desumano e antediluviano.
Alternativa E – CERtA
Desumano = impessoal, e antediluviano = predeterminado. 
Alternativa A – ERRADA
O prefixo a é indicativo de negação, e epi, indicativo de sobre.
Alternativa B – ERRADA
Anti = contra; hiper = acima.
Alternativa C – ERRADA
Dis = fora; ultra = além. 
Alternativa D – ERRADA
Contra = oposição; trans = além.
Gabarito oficial: alternativa E
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 182 a 184.
“Apenas Luísa começou a sair todos os dias, Juliana pensou logo: Bem, vai ter com o gajo! E sua 
atitude tornou ‑se ainda mais servil. Era com um sorriso de baixeza que corria a abrir a porta, alvo‑
roçada, quando Luísa voltava às cinco horas. E que zelo! Que exatidões! Um botão que faltasse, 
uma fita que se extraviasse, eram ‘mil perdões, minha senhora’. ‘Desculpe por esta vez’. Muitas la‑
mentações humildes. Interessava ‑se com devoção pela saúde dela, pela sua roupa, pelo que tinha 
para o jantar... Todavia, desde as idas ao Paraíso, o seu trabalho aumentara: Todos os dias agora 
tinha de engomar, muitas vezes era preciso ensaboar à noite colares, rendinhas, punhos numa bacia 
de latão, até as onze horas. Às seis da manhã, mais cedo, já estava ‘com o ferro às voltas’. E não se 
queixava, até dizia à Joana.”
Eça de Queirós, O Primo Basílio.
182 Petrobras – Analista em Economia – 2006.
Considere os termos em destaque: ‘Apenas Luísa co‑
meçou a sair’; ‘... e que zelo!’; ‘que exatidões!’ e ‘... até 
dizia à Joana’. obedecem, respectivamente a:
 A) tempo, intensidade, intensidade, espaço.
 B) tempo, intensidade, intensidade, inclusão.
 C) Exclusão, indefinição, indefinição, exclusão.
 D) Exclusão, exclamação, inclusão, inclusão.
 E) tempo, intensidade, exclusão.
Alternativa B – CERtA
Apenas substitui conjunções como logo que, ou assim que, 
que determinam direção de argumentação de tempo; “... 
e quanto zelo! (...) quantas exatidões”, os termos destaca‑
dos estabelecem relação de intensidade; “... até...”, o ter‑
mo destacado estabelece relação de inclusão e pode ser 
substituí do por além do mais. 
Alternativas A, C, D e E– ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
183 Petrobras – Analista em Economia – 2006.
Considere os termos grifados: de baixeza, com devo‑
ção, à noite e às voltas, têm, respectivamente, o valor 
sintático de:
 A) Adjetivo, adjetivo, advérbio, advérbio.
 B) Advérbio, adjetivo, advérbio, adjetivo.
 C) Adjetivo, advérbio, advérbio, adjetivo.
 D) Adjetivo, adjetivo, adjetivo, advérbio.
 E) Adjetivo, advérbio, advérbio, advérbio.
Alternativa E – CERtA
São apresentadas aqui as locuções – conjunto de palavras 
que valem por uma. Sorriso de baixeza, locução adjetiva 
= baixo; com devoção, locução adverbial = devotamente, 
portanto, um advérbio de modo; à noite = locução adver‑
bial de tempo; às voltas = locução adverbial de modo e 
torno de, = espaço, lugar.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
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Português 99
184 Petrobras – Analista em Economia – 2006.
Indique o item em que a forma verbal indica obriga‑
toriedade.
 A) “Apenas Luísa começou a sair...”
 B) “E sua atitude tornou ‑se ainda mais servil.”
 C) “Era com um sorriso de baixeza...”
 D) “todos os dias agora tinha de engomar.”
 E) “Não tornara a resmungar da patroa.”
Alternativa D – CERtA
O verbo somado à preposição – tinha de – indica obriga‑
toriedade.
Alternativa A – ERRADA
Apenas estabelece relação de tempo.
Alternativa B – ERRADA
Ainda estabelece relação de modo.
Alternativa C – ERRADA
De baixeza estabelece relação de modo.
Alternativa E – ERRADA
Da patroa estabelece relação de assunto.
Gabarito oficial: alternativa D
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ANALISTA DE FINANÇAS DO ESTADO/MA – 2004
 A) tempo / causa
 B) causa / tempo
 C) causa / efeito
 D) efeito / causa
 E) causa / tempo
Alternativa C – CERtA
Estamos diante de tão...que, sendo, portanto, estabeleci‑
da uma relação de causa e efeito.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
187 Analista de Finanças do Estado/MA – 2004.
No excerto: “... todas elas acusando uma tendência po‑
sitiva, apesar de alguns números causarem preocupa‑
ção.” A expressão que propõe uma contradição é:
 A) todas elas
 B) tendência positiva
 C) alguns números
 D) causarem preocupação
 E) apesar de
Alternativa E – CERtA
A conjunção apesar de estabelece relação de concessão ou 
oposição de ideias, podendo ser substituída por “embora”, 
“ainda que”, “mesmo que”. 
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
185 Analista de Finanças do Estado/MA – 2004.
Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo
indi‑
ca posse.
 A) ‘Luísa definhava ‑se’.
 B) ‘... e via ‑se satisfeita’.
 C) ‘... os seus receios desciam ‑lhe sobre a alma’.
 D) ‘... às vezes, vinha ‑lhe uma revolta’.
 E) ‘... ia meter ‑se num convento’.
Alternativa C – CERtA
Desciam ‑lhe sobre a alma. O pronome oblíquo lhe exerce 
a função de pronome possessivo e pode ser substituído 
por “sua”: “... desciam sobre a sua alma”.
Alternativa A – ERRADA
O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.
Alternativa B – ERRADA
O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.
Alternativa D – ERRADA
O pronome lhe exerce função de objeto indireto.
Alternativa E – ERRADA
O pronome se é reflexivo e exerce a função de objeto direto.
Gabarito oficial: alternativa C
 
186 Analista de Finanças do Estado/MA – 2004.
observe o excerto: “Sentia, por vezes, um olhar tão in‑
tensamente rancoroso, que receava fosse descober‑
ta...’ temos estabelecida uma relação de:
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Português 101
188 Analista de Finanças do Estado/MA – 2004.
Leia a frase e assinale a alternativa que contenha os 
termos que preencham correta e respectivamente as 
lacunas.
“Entre os brasileiros frente de negócios pró‑
prios abertos menos de quatro anos, a porcen‑
tagem dos que entre 45 54 anos dobrou
Nesta última década.
(Veja – julho de 2004)
 A) à \ à \ têm \ à
 B) a \ a \ tem \ à
 C) à\ há \ têm \ a
 D) a \ há \ tem \ a
 E) a \ há\ têm \ à
Alternativa C – CERtA
À frente: locução adverbial, estabelece relação de lugar; 
há: verbo haver marcando tempo decorrido passado; 
têm: verbo “ter” com acentuação diferencial na terceira 
pessoa do plural para concordar com dos que, ou, daque‑
les que, tendo como referência “brasileiros”. A preposição 
a não levará o acento grave, sinal indicativo do uso obri‑
gatório da crase, porque não existe crase entre numerais.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
189 Analista de Finanças do Estado/MA – 2004.
Leia o texto a seguir.
“Pode ‑se politizar terremoto? Pode ‑se tentar. o 'Wall 
Street Journal' creditou a solidez dos novos prédios de 
Santiago que resistiram aos tremores à prosperidade 
trazida ao Chile pela economia de mercado de acordo 
com a receita da Universidade de Chicago (...). o jornal 
preferiu ignorar a outra realidade mostrada pelos ter‑
remotos. (...) A desigualdade social persiste no Chile 
como persistiu em outros países da América Latina (...) 
e os chilenos viram ‑se desprotegidos como os haitia‑
nos.” (Luís F. Veríssimo – o Globo – 03/2004)
o foco da crítica contida no texto direciona ‑se à política 
 A) nacionalista.
 B) socialdemocrata.
 C) protecionista.
 D) intervencionista.
 E) neoliberal.
Alternativa E – CERtA
Conclui ‑se que o Chile resistiu aos problemas causados 
pela economia no início da década de 2000 graças à “re‑
ceita da Universidade de Chicago”, ou seja, o uso da polí‑
tica econômica neoliberal. Os outros itens não são cita‑
dos no excerto do texto.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
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EPE/DF – TÉCNICO EM ANÁLISES
AMBIENTAIS – 2010
 A) somente
 B) evidentemente
 C) provavelmente
 D) certamente
 E) indubitavelmente
Alternativa A – CERtA
O termo somente evidencia um advérbio de exclusão.
Alternativa B – ERRADA
Evidentemente, advérbio de afirmação.
Alternativa C – ERRADA
Provavelmente, advérbio de dúvida.
Alternativa D – ERRADA
Certamente, advérbio de afirmação.
Alternativa E – ERRADA
Indubitavelmente, advérbio de afirmação.
Gabarito oficial: alternativa A
192 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
Assinale a alternativa em que o verbo em destaque es‑
teja corretamente grafado.
 A) A crise de autoridade adveem do casamento infeliz 
da corrupção com a cumplicidade.
 B) Se uma pessoa pôr sua coragem em prática, dirá 
não quando a tentação assediar.
 C) Se alguém querer manter sua decência, deverá 
praticá ‑la.
190 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
Leia o que diz D. Ahmed, Secretário da oNU, no texto 
da revista “Época” em janeiro de 2010. 
“As preocupações ambientais hoje estão todas mobili‑
zadas pelo aquecimento global. Mas a degradação cli‑
mática do mundo é apenas um dos sintomas de um 
desequilíbrio mais profundo, que também se mostra 
na taxa acelerada de extinção de espécies e no risco de 
desaparecimento de ecossistemas saudáveis.”
Para além do aquecimento global, o secretário tam‑
bém chama a atenção para problemas relativos à 
 A) cultura de massa
 B) diversidade biológica
 C) economia de mercado
 D) ideologia ecológica
 E) produção flexível
Alternativa B – CERtA
A referência está nos termos “extinção de espécies” e “de‑
saparecimento dos ecossistemas saudáveis”. Não há refe‑
rência aos outros itens no excerto do texto.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
191 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
o termo “apenas”, no texto, pode ser substituído, sem 
prejuízo gramatical por
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Português 103
 D) Muita gente interveio, tentando lutar pelo bem 
comum.
 E) As leis mal cumpridas do país contem em si a tão 
necessária moralidade.
Alternativa D – CERtA
Intervir = interveio, e não “interviu”, viu? 
Alternativa A – ERRADA
Advém.
Alternativa B – ERRADA
Puser.
Alternativa C – ERRADA
Quiser.
Alternativa E – ERRADA
Contêm, que diferencia o verbo ter e seus derivados na 
terceira pessoa do plural.
Gabarito oficial: alternativa D
Atenção: Considere o texto a seguir para responder às questões de 193 a 195.
Uma História em Breves Linhas
A Península Ibérica, ocupada por Portugal e Espanha, foi, outrora, alvo de cobiça de vários po‑
vos. Iberos, Celtas, Fenícios, Gregos e Cartagineses foram os primeiros habitantes daquela região.
Mais tarde, Roma, receosa do progresso de Cartago, também voltou à Península e, após inten‑
sas lutas, os romanos foram vitoriosos e puderam ali implantar o seu domínio. Com a vitória dos 
Césares, as legiões levaram para a região ocupada seu idioma, o latim vulgar, falado pelas camadas 
inferiores da sociedade e que com o tempo, transformou ‑se.
Por melhor atender às necessidades de pensamento, o idioma do Lácio foi substituindo os dia‑
letos da região, sendo, porém, modificado na boca dos povos subjugados, perdendo no cotidiano 
seus traços característicos, enquanto em Roma, distantes, do sermo (SIC) vulgaris, rusticus, ple‑
beus, o Latim apurava ‑se, enriquecendo ‑se assim, o sermo (SIC) eruditus, urbanus, instrumento 
admirável em que os grandes escritores compuseram obras imperecíveis.
Apesar de vitoriosos, os Bárbaros que invadiram a Península no século V, aceitaram a civiliza‑
ção romana, como seu idioma, agora modificado. No século VIII d.C., os árabes invadiram a região 
e, ainda que fosse adotado “oficialmente” no meio conquistado, o árabe não foi aceito pelo povo 
que continuou a falar o romanço peninsular. Nesse tempo, na região situada a oeste, conhecida por 
Lusitânia, que compreendia a Galiza, quase todo Portugal, parte de Leão e de Castela nasce o por‑
tuguês, que no século XIV passa a ter autonomia.
193 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
Assinale a alternativa correta de acordo com o texto.
 A) Roma, receosa com a cultura de Cartago, volta à 
Península, para introduzir a cultura romana.
 B) Com a vitória, os Césares dominam a região com o 
latim.
 C) Por melhor atender às necessidades de pensamen‑
to, o latim torna ‑se o idioma das camadas mais bai‑
xas
da população.
 D) o latim vulgar foi, indubitavelmente, a consequên‑
cia cultural da presença das legiões romanas na Pe‑
nínsula Ibérica.
 E) o árabe, embora tenha sido adotado como “idioma 
oficial”, por ser de difícil compreensão e com uma 
gramática apurada, não foi aceito pelos povos da 
região.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
A preocupação de Roma era o domínio bélico, e não 
cultural.
Alternativa B – ERRADA
Os Césares dominam a região com as armas, e não por 
meio do idioma.
Alternativa C – ERRADA
O Latim torna ‑se o idioma, mas através do tempo é mo‑
dificado pelos idiomas já existentes na região.
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104 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa E – ERRADA
Ocorre a extrapolação, pois o texto não cita dificuldade 
nem gramática apurada quanto ao árabe.
Gabarito oficial: alternativa D
194 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
“Por melhor atender às necessidades de pensamen‑
to, o idioma do Lácio foi substituindo...” o termo gri‑
fado poderia ser substituído sem prejuízo para o tex‑
to por
 A) A fim de melhor atender...
 B) Quando melhor atendeu...
 C) Porque melhor atendeu...
 D) Apesar de melhor atender...
 E) Ainda que melhor atendesse...
Alternativa C – CERtA
Há na questão uma relação estabelecida de causa e efeito. 
Alternativa A – ERRADA
A fim de estabelece relação de finalidade.
Alternativa B – ERRADA
Quando estabelece relação de tempo.
Alternativa D – ERRADA
Apesar de estabelece relação de oposição. 
Alternativa E – ERRADA
Ainda que estabelece relação de oposição.
Gabarito oficial: alternativa C
195 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
No excerto: “Nesse tempo, na região situada a oeste, 
conhecida por Lusitânia, que compreendia a Galiza, 
quase todo Portugal, parte de Leão, de Castela,” o ter‑
mo em destaque estabelece uma
 A) ressalva;
 B) exclusão;
 C) explicação;
 D) inclusão;
 E) restrição.
Alternativa C – CERtA
Estamos diante de uma oração explicativa. Ocorre atra‑
vés do pronome relativo que, ou a qual, substituindo o 
termo “Lusitânia”.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
196 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
Leia o texto a seguir.
“Em qualquer acampamento ou ocupação de sem ‑terra 
que se visite, uma constatação é inevitável: grande 
parte dessas pessoas que vivem embaixo de lonas pre‑
tas nas estradas, fazendas invadidas, saiu das franjas 
sujas e maltrapilhas das grandes cidades. Expulsos do 
campo, por um processo cruel de concentração de ter‑
ra, milhões de trabalhadores rurais buscaram redenção 
sob o gás neon – termo de origem grega que significa 
– novo – das metrópoles, queimaram as asas feito ma‑
riposas. Caíram numa espécie de vácuo social – a favela 
instransponível."
Aponte a alternativa incorreta.
 A) A palavra “franjas” traz uma metáfora ligada à 
“periferia”.
 B) o termo “teto” foi empregado metonimicamente.
 C) o verbo “queimaram” tem como referência “mi‑
lhões de trabalhadores rurais".
 D) A palavra “redenção” está empregada metaforica‑
mente substituindo o termo “perdão”.
 E) “Inevitável e intransponível”, ao constituírem‑
‑se como adjetivos, sofreram processo similar de 
formação.
Alternativa D – CERtA
Redenção significa no texto auxílio.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
197 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
Dê a alternativa gramaticalmente incorreta.
 A) A forma verbal “saiu” está no singular para concor‑
dar com “grande parte”.
 B) A repetição intencional da preposição sem consti‑
tui um recurso estilístico com o objetivo de ênfase.
 C) “Pragmaticamente”, termo que significa objetiva‑
mente, concretamente, de forma direcionada para 
a ação prática.
 D) os termos “vácuo” e “saúde” são paroxítonos 
acentuados com base na mesma regra ortográfica.
 E) o termo sem ‑terra não contém plural, usando ‑se 
como tal, apenas acrescentando ao artigo.
Alternativa D – CERtA
Vácuo, paroxítona em ditongo; saúde, paroxítona em U, 
em sílaba isolada, formando hiato.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
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Português 105
198 EPE/DF – técnico em Análises Am‑bientais – 2010.
Leia o fragmento do texto 
“... o que estava atrás daquele surto de religiosidade 
bíblica era o abandono das fazendas pela mão de obra 
que as servia e que resultaria, fatalmente, na divisão 
das terras se o mal não fosse erradicado.” (o povo bra‑
sileiro – Darcy Ribeiro)
Assinale o item correto.
 A) os termos que e as estabelecem relações, tendo co mo 
referência mão de obra e fazenda, respectivamente.
 B) “... e que resultaria, fatalmente,...” estabelece rela‑
ção de causa.
 C) o termo “abandono das fazendas” exerce função 
de objeto direto de surto.
 D) “se o mal não fosse erradicado.” Exerce a oração 
função de probabilidade.
 E) Em “o que estava atrás...”, o “o” é simplesmente 
um artigo.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Temos consequência.
Alternativa C – ERRADA
Temos um predicativo, e não objeto – atente para o verbo 
de ligação.
Alternativa D – ERRADA
Temos uma condição ou hipótese, e não probabilidade.
Alternativa E – ERRADA
Temos o pronome o como demonstrativo em substituição 
ao pronome aquilo.
Gabarito oficial: alternativa A
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TRE/RN – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
ADMINISTRATIVA – FEVEREIRO 2011
Atenção: As questões 199 a 204 referem ‑se ao texto abaixo.
Nas ilhas Mascarenhas − Maurício, Reunião e Rodriguez −, localizadas a leste de Madagáscar, 
no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direto ou indireto da 
atividade humana. Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as extinções também ocorreu 
nessa localidade, com a morte de todas as espécies de uma família singular de pombos que não 
voavam − o solitário da ilha Rodriguez, visto pela última vez na década de 1790; o solitário da ilha 
Reunião, desaparecido por volta de 1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela última 
vez no início da década de 1680 e quase certamente extinto antes de 1690.
Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza ‑azulada cobria seu 
corpo quadrado e de pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com 
um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo 
menos no que diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, 
em ninhos construídos no chão. 
Que presa poderia revelar ‑se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? 
Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino 
do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana. Os 
primeiros navegadores trouxeram porcos e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multi‑
plicaram de maneira prodigiosa. Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com os ovos do 
dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão − e muitos naturalistas atri‑
buem um número maior de mortes à chegada desses animais do que à ação humana direta. De todo 
modo, passados os primeiros anos da década de 1680, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo 
na ilha Maurício. Em 1693, o explorador francês Leguat, que passou vários meses no local, 
empenhou ‑se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.
Extraído de Stephen Jay Gould. O Dodô na corrida de comitê,
A montanha de moluscos de Leonardo da Vinci. São Paulo:
Cia. das Letras, 2003. p.
286 ‑288.
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Português 107
199 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Mas aquela que é o protótipo e a tataravó de todas as ex‑
tinções também ocorreu nessa localidade... (1º parágrafo)
A frase acima transcrita deve ser entendida como indi‑
cação de que a extinção das espécies de pombos que 
não voavam das ilhas Mascarenhas
 A) seria um modelo a ser utilizado pelos homens no 
futuro, quando decididos a erradicar espécies inú‑
teis ou prejudiciais.
 B) é uma das primeiras extinções de animais vincula‑
das à ação direta ou indireta dos homens de que se 
tem notícia.
 C) teria ocorrido muito tempo antes do verdadeiro 
início da extinção de espécies por conta de ações 
humanas diretas ou indiretas.
 D) é um episódio tão antigo na história das relações 
entre homens e animais que pode ser considerado 
singular e ultrapassado.
 E) deu origem a um padrão para as futuras extinções 
de animais, que estariam sempre ligadas à coloni‑
zação humana de novas terras.
Alternativa B – CERtA
As palavras protótipo e tataravó referindo ‑se às extinções 
indicam as primeiras informações que se têm a respeito 
de extinção.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
200 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis... 
(2º parágrafo)
Ao que tudo indica, as duas espécies se regalaram com 
os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos 
desprotegidos no chão... (último parágrafo)
A expressão grifada nas frases acima transcritas deixa 
transparecer, em relação às afirmações feitas,
 A) a sua comprovação científica irrefutável.
 B) a certeza absoluta que o autor quer partilhar com o 
leitor.
 C) o receio do autor ao formular um paradoxo.
 D) a sua pequena probabilidade.
 E) o seu caráter de hipótese bastante provável.
Alternativa E – CERtA
A hipótese era bastante provável, pois eram enormes e 
inúteis. O termo ao que tudo indica estabelece a probabi‑
lidade de um advérbio de afirmação.
Alternativa A – ERRADA
A palavra irrefutável torna a questão incorreta, pois o que 
existe no texto são probabilidades.
Alternativa B – ERRADA
O termo absoluta torna a questão incorreta, pois o autor 
apenas mostra conceitos prováveis. 
Alternativa C – ERRADA
Não há referência do autor a formular princípios contrários.
Alternativa D – ERRADA
O termo “tudo” em “ao que tudo indica” estabelece uma 
relação de enorme probabilidade. 
Gabarito oficial: alternativa E
201 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Estão empregados no texto com idêntica regência os 
verbos grifados em:
 A) os dodôs punham... (2º parágrafo) / ... sua extinção 
ocorreu... (último parágrafo)
 B) ... muitas espécies de pássaros desapareceram... (1º 
parágrafo) / os primeiros navegadores trouxe‑
ram... (último parágrafo)
 C) ... uma plumagem cinza ‑azulada cobria (2º pará‑
grafo) / ... e não encontrou... (último parágrafo)
 D) os volumosos dodôs pesavam ... (2º parágrafo) / ... 
não foi a captura... (último parágrafo)
 E) ... a tataravó de todas as extinções também ocor‑
reu... (1º parágrafo) / ... e muitos naturalistas atri‑
buem... (último parágrafo)
Alternativa C – CERtA
Os verbos cobrir e encontrar são transitivos diretos, obe‑
decendo, portanto, à mesma regência. 
Alternativa A – ERRADA
O verbo ocorrer é intransitivo.
Alternativa B – ERRADA
O verbo desaparecer é intransitivo.
Alternativa D – ERRADA
Os verbos pesar e ser são intransitivos.
Alternativa E – ERRADA
Novamente o uso do verbo ocorrer como intransitivo e do 
verbo atribuir como transitivo direto e indireto.
Gabarito oficial: alternativa C
202 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o 
consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, 
pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indi‑
retos da perturbação humana.
os elementos grifados na frase acima podem ser subs‑
tituídos, sem prejuízo para o sentido e a correção, res‑
pectivamente, por:
 A) Contudo \ não obstante.
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108 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 B) Conquanto \ por que.
 C) Em que pese isso \ embora.
 D) Apesar disso \ visto que.
 E) Por isso \ porquanto.
Alternativa D – CERtA
Ainda assim estabelece relação de oposição, substituindo, 
portanto, apesar disso. O termo pois estabelece relação de 
explicação, podendo ser substituído, sem prejuízo, por 
visto que.
Alternativa A – ERRADA
O termo não obstante não substitui pois, por estabelecer 
relação de oposição.
Alternativa B – ERRADA
A preposição por e o pronome relativo que não estabele‑
cem relação. O correto seria porque, conjunção indicativa 
de causa ou explicação.
Alternativa C – ERRADA
O termo embora não substitui pois.
Alternativa E – ERRADA
Por isso e porquanto não substituem apesar disso e visto que.
Gabarito oficial: alternativa D
203 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
o segmento cujo sentido está corretamente expresso 
em outras palavras é:
 A) se multiplicaram de maneira prodigiosa \ cresceram 
ilusoriamente.
 B) as duas espécies se regalaram \ os dois gêneros se 
empanturraram.
 C) uma família singular \ um conjunto variegado.
 D) que selou o destino que \ indigitou a fatalidade.
 E) empenhou ‑se na procura \ dedicou ‑se com afinco à 
busca.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Prodigiosa não pode ser substituída por ilusoriamente.
Alternativa B – ERRADA
Espécies não pode ser substituída por gênero.
Alternativa C – ERRADA
Família não substitui conjunto.
Alternativa D – ERRADA
Selou não pode ser substituído por indigitou.
Gabarito oficial: alternativa E
204 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Leia as afirmações abaixo sobre a pontuação utilizada 
no texto.
I – Em – Maurício, Reunião e Rodriguez – os travessões 
poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuí‑
zo para o sentido e a coesão da frase.
II – o travessão empregado imediatamente depois de 
voavam (1º parágrafo) pode ser substituído por dois 
pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase.
III – Em o explorador francês Leguat, que passou vários 
meses no local, empenhou ‑se na procura dos dodôs, a 
retirada das vírgulas não implica prejuízo para o senti‑
do e a correção da frase.
Está correto o que se afirma em
 A) I, apenas.
 B) I e II, apenas.
 C) II e III, apenas.
 D) III, apenas.
 E) I, II e III.
Alternativa B – CERtA
Item I: correto. Por tratar ‑se de uma explicação, os pa‑
rênteses poderiam substituir os travessões. 
Item II: correto. Por tratar ‑se de um aposto, ou seja, cha‑
mar a atenção do leitor, o travessão poderá ser substituí‑
do por dois ‑pontos.
Item III: incorreto. Se as vírgulas forem retiradas, deixa 
de ser uma explicação, passa a ser uma restrição, ou seja, 
muda o sentido do texto. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
Atenção: As questões 205 e 206 referem ‑se ao texto abaixo.
Lavadeiras de Moçoró
As lavadeiras de Moçoró, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra é herança de família, 
passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo. As pedras têm um 
polimento que revela a ação de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E 
suas formas diferentes também correspondem de certo modo à figura física de quem as usa. Umas 
são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm ar próprio, que não se presta a 
confusão. 
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Português 109
A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho. 
Se a mulher entoa uma canção, percebe ‑se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes, 
parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento. 
Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras são uma fortuna, joias que elas não precisam levar 
para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos.
Obs.: manteve ‑se a grafia original, constante da obra citada.
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis.
In: Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 128.
205 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Evidencia ‑se no texto
 A) a presença da pedra como símbolo da rotina pesa‑
da de uma vida sem perspectivas de melhora da 
maioria das mulheres brasileiras.
 B) o primitivismo das condições de trabalho em al‑
guns lugares, que impede a necessária alteração 
dos costumes familiares.
 C) a extrema pobreza em que vivem muitas famílias 
brasileiras, sem qualquer condição de sobrevivên‑
cia mais digna.
 D) a associação íntima e até mesmo afetiva entre ser 
humano e elemento da natureza, identificados por 
um tipo de trabalho diário.
 E) a identificação entre o rio e a pedra, prefigurando 
os obstáculos sociais que impedem a ascensão eco‑
nômica de muitos brasileiros.
Alternativa D – CERtA
A resposta a essa questão está no segundo parágrafo, 
onde a “lavadeira divide seu trabalho com a pedra, for‑
mando um ente”.
Quanto às outras alternativas, em todas elas há um dife‑
rencial inexistente no texto.
Alternativa A – ERRADA
A pedra não é símbolo de rotina.
Alternativa B – ERRADA
O texto não aborda tema como fonte de primitivismo.
Alternativa C – ERRADA
O texto não apresenta argumentação em relação à sobre‑
vivência ou ao primitivismo da ação.
Alternativa E – ERRADA
A pedra não é símbolo de obstáculo social, e sim de ponto 
de referência do trabalho.
Gabarito oficial: alternativa D
206 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e an‑
gulosas, e todas têm ar próprio, que não se presta a 
confusão. (1º parágrafo)
A relação semântica existente entre as expressões gri‑
fadas na afirmativa acima é percebida também entre 
os dois elementos grifados em:
 A) que revela a ação de muitos dias e de muitas la‑
vadeiras.
 B) um ente especial, que se divide e se unifica ao sa‑
bor do trabalho.
 C) a pedra a acompanha em surdina... parece que o 
canto murmurante vem da pedra.
 D) e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.
 E) as pedras são uma fortuna, joias que elas não pre‑
cisam levar para casa.
Alternativa A – CERtA
O desgaste do tempo e a ação do ser revelam a forma das 
pedras.
Alternativa B – ERRADA
Não há relação de significado entre as formas das pedras 
e a divisão ou unificação do ente.
Alternativa C – ERRADA
Não há relação de significado entre as formas das pedras 
e o canto.
Alternativa D – ERRADA
Justamente o oposto. A forma da pedra remete ‑se à ação 
do tempo provocada pela ação das lavadeiras.
Alternativa E – ERRADA
O processo semântico reporta ‑se apenas ao formato das 
pedras construído por meio do trabalho das lavadeiras.
Gabarito oficial: alternativa A
207 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Considere as observações seguintes sobre a associa‑
ção de palavras no texto e o sentido decorrente dessa 
associação:
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I – No segmento passando de mãe a filha, de filha a 
neta, como vão passando as águas no tempo há uma 
comparação, que associa a transmissão de costumes ao 
fluxo das águas do rio.
II – As referências às pedras, especialmente no 2º pará‑
grafo, atribuem a elas qualidades humanas.
III – Na frase Servem de espelho a suas donas é possível 
entender o sentido literal, como referência ao reflexo 
da água sobre as pedras, e o sentido contextual, como 
identidade e cumplicidade entre a mulher e a pedra.
Está correto o que se afirma em:
 A) II, apenas.
 B) I e II, apenas.
 C) I e III, apenas.
 D) II e III, apenas.
 E) I, II e III.
Alternativa E – CERtA
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
Atenção: As questões 208 a 210 referem ‑se ao texto abaixo.
Gesso
Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
− O gesso muito branco, as linhas muito puras −
Mal sugeria imagem de vida
(Embora a figura chorasse).
Há muitos anos tenho ‑a comigo.
O tempo envelheceu ‑a, carcomeu ‑a, manchou ‑a de pátina
Amarelo – suja.
Os meus olhos, de tanto a olharem,
Impregnaram ‑na da minha humanidade irônica de tísico.
Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
[recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo
[mordente da pátina...
Hoje este gessozinho comercial
É tocante e vive, e me fez agora refletir
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.
Manuel Bandeira
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Português 111
208 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
A ação do tempo sobre a estátua de gesso é vista pelo 
poeta como
 A) o que acabou por torná ‑la mais vivaz e expressiva, 
pelo menos até que um acidente a fizesse perder 
essa vivacidade.
 B) responsável por danos que levaram uma obra de 
arte a perder sua pureza e vivacidade originais. 
 C) um elemento que, juntamente com os danos causa‑
dos por um acidente, dá vida e singularidade ao 
que era inexpressivo e vulgar.
 D) a busca do homem pelos objetos pessoais mais 
valiosos.
 E) capaz de transformar um simples objeto comercial 
em uma obra de arte que parece ter sido criada por 
um escultor genial.
Alternativa C – CERtA
A queda da estátua provoca o momento de ref lexão ao 
“eu lírico” que relaciona a compreensão da vida aos 
sofrimentos.
Alternativa A – ERRADA
Antes do acidente, a estátua tinha apenas o valor visual.
Alternativa B – ERRADA
A responsabilidade pela reflexão do poeta não coube so‑
mente ao tempo, mas também ao acidente.
Alternativa D – ERRADA
O verdadeiro valor do objeto ocorre após o acidente e a 
constatação da passagem do tempo.
Alternativa E – ERRADA
O poeta não estabelece o objeto como obra de arte, mas, 
sim, como objeto de reflexão. 
Gabarito oficial: alternativa C
209 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse).
É correto afirmar que a frase entre parênteses tem 
sentido
 A) adversativo.
 B) concessivo.
 C) conclusivo.
 D) condicional.
 E) temporal.
Alternativa B – CERtA
A conjunção embora estabelece relação de oposição. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
210 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes 
fragmentos,
[recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo
[mordente da pátina...
Sobre os versos acima transcritos é INCoRREto afirmar:
 A) mão estúpida pode ser alusão do poeta a si próprio 
e carregaria assim algum matiz da raiva que o teria 
acometido quando derrubou a estátua.
 B) inadvertidamente tem o sentido de “de modo des‑
cuidado”, indicando o caráter acidental do episódio.
 C) em recompus a figurinha que chorava, o poeta se 
vale de uma
ambiguidade para sugerir o sofrimen‑
to da estátua com a queda.
 D) com a alusão às feridas causadas à estátua, o poeta 
se refere aos sinais visíveis da junção dos pedaços 
dela depois de reconstituída.
 E) com a expressão o sujo mordente da pátina, o poe‑
ta alude à transformação da estátua de sofredora 
em causadora de sofrimento.
Alternativa E – CERtA
A estátua não é a causa do sofrimento, mas o elemento 
que leva o poeta à reflexão sobre o sofrimento. 
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
211 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
o valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não 
raro, de uma história pessoal e intransferível, de 
uma relação construída em meio a acidentes e per‑
calços fundamentais. Assim, nosso apreço por elas 
não corresponde absolutamente ...... valorização que 
alcançariam no mercado, esse deus todo ‑poderoso, 
que, no entanto, resta impotente quando ao valor eco‑
nômico se superpõe ...... afeição.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 
ordem dada,
 A) às – à – a
 B) as – à – a
 C) as – a – à
 D) às – a – a
 E) às – à – à
Alternativa A – CERtA
Esta questão, caro leitor, é típica de regência. O verbo 
atribuir é transitivo direto e indireto, sendo, portanto, 
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112 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
nós atribuímos o valor às coisas, logo, o uso da preposição 
a no objeto indireto, como elemento feminino, obriga o 
uso da crase.
O verbo corresponder é transitivo indireto e exige a pre‑
sença da preposição a, sendo, portanto, obrigatório o uso 
do acento grave diante do substantivo valorização, objeto 
indireto do verbo.
Cuidado, caro leitor! A última frase está na ordem inver‑
sa. Antes de mais nada, coloque a frase na ordem direta. 
Assim: A afeição superpõe ‑se ao valor econômico. Portan‑
to, o termo afeição exerce função de sujeito do verbo 
superpõe ‑se. Quanto a valor econômico, o termo exerce 
função de objeto indireto.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
212 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Embora pudesse estar estampada na primeira página 
de um jornal, a manchete fictícia que traz deslize quan‑
to à concordância verbal é:
 A) Economistas afirmam que em 2011 haverá ainda 
mais oportunidades de emprego na indústria e no 
comércio do que em 2010.
 B) “os que insistem na minha culpa haverão de se ar‑
repender pela injustiça cometida”, declara o secre‑
tário exonerado.
 C) Expectativas em relação ao aumento da inflação 
faz bolsas caírem ao menor nível este ano.
 D) Crescem no Brasil a venda e o comércio de produ‑
tos importados ilegalmente.
 E) “Ergueram ‑se mais edifícios nos últimos dois anos 
do que nos cinco anos anteriores”, constata estudo 
sobre o mercado imobiliário.
Alternativa C – CERtA
A correção para a frase é: Expectativas em relação ao au‑
mento da inflação fazem bolsas caírem ao menor nível 
este ano.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
213 tRE/RN – Analista Judiciário – Área Administrativa – fevereiro 2011.
Considerando ‑se as qualidades exigidas na redação de 
documentos oficiais, está INCoRREtA a afirmativa:
 A) A concisão procura evitar excessos linguísticos que 
nada acrescentam ao objetivo imediato do docu‑
mento a ser redigido, dispensando detalhes irrele‑
vantes e evitando elementos de subjetividade, ina‑
propriados ao texto oficial.
 B) A impessoalidade, associada ao princípio da finali‑
dade, exige que a redação de um documento seja 
feita em nome do serviço público e tenha por obje‑
tivo o interesse geral dos cidadãos, não sendo per‑
mitido seu uso no interesse próprio ou de terceiros.
 C) Clareza e precisão são importantes na comunica‑
ção oficial e devem ser empregados termos de co‑
nhecimento geral, evitando ‑se, principalmente, a 
possibilidade de interpretações equivocadas, como 
na afirmativa: O Diretor informou ao seu secretário 
que os relatórios deveriam ser encaminhados a ele.
 D) A linguagem empregada na correspondência ofi‑
cial, ainda que respeitando a norma culta, deve 
apresentar termos de acordo com a região e com 
requinte adequado à importância da função de‑
sempenhada pela autoridade a quem se dirige o 
documento.
 E) textos oficiais devem ser redigidos de acordo com 
a formalidade, ou seja, há certos procedimentos, 
normas e padrões que devem ser respeitados com 
base na observância de princípios ditados pela civi‑
lidade, como cortesia e polidez, expressos na for‑
ma específica de tratamento.
Alternativa D – CERtA
Há uma incorreção no tocante à afirmativa sobre redação 
oficial. A correspondência oficial apresenta comunicação 
simplificada, embora na linguagem culta, oficial, sem o 
requinte adequado à função, assim como não apresenta 
termos que apresentem regionalismos. O pronome de 
tratamento deverá estar sempre em 3ª pessoa, obedecen‑
do ao cargo ou função do destinatário.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
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TRE/RN – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FEVEREIRO 2011
Atenção: As questões 214 a 217 referem ‑se ao texto abaixo.
Rio Grande do Norte: a esquina do continente
Os portugueses tentaram iniciar a colonização em 1535, mas os índios potiguares resistiram e 
os franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação 
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a 
atividade econômica para a pecuária. O Estado tornou ‑se centro de criação de gado para abastecer 
os Estados vizinhos e começou a ganhar importância a extração do sal – hoje, o Rio Grande do 
Norte responde por 95% de todo o sal extraído no país. O petróleo é outra fonte de recursos: é o 
maior produtor nacional de petróleo em terra e o segundo no mar. Os 410 quilômetros de praias 
garantem um lugar especial para o turismo na economia estadual.
O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas com belas praias, falésias, dunas e o maior 
cajueiro do mundo –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa Branca, no oeste do Estado, é 
caracterizado pelo contraste: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falésias e quilô‑
metros de praias praticamente desertas. A região é grande produtora de sal, petróleo e frutas; abri‑
ga sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do Cabugi, em Angicos. Mossoró é a segun‑
da cidade mais importante. Além da rica história, é conhecida por suas águas termais, pelo 
artesanato reunido no mercado São João e pelas salinas. 
Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado Polo do Seridó, dominado pela caatinga e 
com sítios arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas misteriosas. Em Caicó há vários 
açudes e formações rochosas naturais que desafiam a imaginação do homem. O turismo de aven‑
tura encontra seu espaço no Polo Serrano, cujo clima ameno e geografia formada por montanhas e 
grutas atraem os adeptos do ecoturismo. Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua sucessão 
de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios que compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao 
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114 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão potiguar – em breve, o local vai abrigar um com‑
plexo voltado principalmente para o turismo religioso. A vaquejada e o Arraiá do Lampião são as 
grandes atrações de Tangará, que oferece ainda um belíssimo panorama no Açude do Trairi.
Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S. Paulo.
214 tRE/RN
– técnico Administrativo – fevereiro 2011.
o texto se estrutura notadamente
 A) com o objetivo de esclarecer alguns aspectos cro‑
nológicos do processo histórico de formação do 
Estado e de suas bases econômicas, desde a época 
da colonização.
 B) como uma crônica baseada em aspectos históricos, 
em que se apresentam tópicos que salientam as 
formações geográficas do Estado.
 C) de maneira dissertativa, em que se discutem as vá‑
rias divisões regionais do Estado com a finalidade 
de comprovar qual delas se apresenta como a mais 
bela.
 D) sob forma narrativa, de início, e descritiva, a seguir, 
visando a despertar interesse turístico para as atra‑
ções que o Estado oferece.
 E) de forma instrucional, como orientação a even‑
tuais viajantes que se disponham a conhecer a 
região, apresentando ‑lhes uma ordem preferen‑
cial de visitação.
Alternativa D – CERtA
A partir do 2º parágrafo tem início a descrição, procu‑
rando mostrar ao leitor as “belezas” do Estado, induzin‑
do ao turismo.
Alternativa A – ERRADA
Não há cronologia na narrativa; apenas a narrativa por si só.
Alternativa B – ERRADA
O texto foge à crônica ao passar da narrativa para a 
descritiva.
Alternativa C – ERRADA
O texto não apresenta em nenhum parágrafo aspecto 
dissertativo.
Alternativa E – ERRADA
Não há encadeamento ou ordem de importância ou pre‑
ferência.
Gabarito oficial: alternativa D
215 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
Com a substituição dos segmentos grifados pela ex‑
pressão entre parênteses ao final da transcrição, o ver‑
bo que deverá ser colocado no plural está em:
 A) ... em breve, o local vai abrigar um complexo volta‑
do principalmente para o turismo religioso. (A re‑
gião do Agreste/trairi).
 B) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do 
século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e 
da Vila de Natal. (A ocupação pelos portugueses).
 C) A região é grande produtora de sal, petróleo e fru‑
tas... (A região de dunas, falésias e praias desertas).
 D) O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo 
Serrano... (o turismo voltado para atividades de 
aventura).
 E) ... e começou a ganhar importância a extração do 
sal ... (os recursos obtidos com a extração do sal).
Alternativa E – CERtA
Na alternativa E, temos “os recursos obtidos (...) começaram...”. 
O aluno deverá notar que nas outras alternativas o sujeito 
está no singular.
Alternativa A – ERRADA
“... a região do Agreste/Trairi (...) vai abrigar...”
Alternativa B – ERRADA
“A ocupação pelos portugueses (...) efetivou...”
Alternativa C – ERRADA
“A região de dunas, falésias e praias desertas (...) é...”
Alternativa D – ERRADA
“O turismo voltado para atividades de aventuras (...) 
encontra...” 
Gabarito oficial: alternativa E
216 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
o clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a ati‑
vidade econômica para a pecuária. (1º parágrafo)
o mesmo tipo de regência nominal que se observa aci‑
ma ocorre no segmento também grifado em:
 A) o litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas 
com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro 
do mundo...
 B) os 410 quilômetros de praias garantem um lugar 
especial para o turismo na economia estadual.
 C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do 
século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e 
da Vila de Natal.
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Português 115
 D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas 
naturais que desafiam a imaginação do homem.
 E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desven‑
da toda a beleza do sertão potiguar. 
Alternativa C – CERtA
No enunciado temos o termo cultivo da cana como com‑
plemento nominal do adjetivo favorável. Na alternativa 
C, no termo do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal, o 
substantivo núcleo forte exerce função de complemento 
nominal do substantivo fundação.
Alternativa A – ERRADA
O termo Polo Costa das Dunas exerce função de objeto 
direto para o verbo compõe.
Alternativa B – ERRADA
O termo 410 quilômetros de praia exerce função de sujeito 
do verbo garantem.
Alternativa D – ERRADA
O termo a imaginação do homem exerce função de objeto 
direto do verbo desafiar.
Alternativa E – ERRADA
O termo toda a beleza do sertão potiguar exerce função de 
objeto direto do verbo desvenda.
Gabarito oficial: alternativa C
217 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
As informações mais importantes contidas no texto es‑
tão resumidas, com clareza e correção, em:
 A) os Polos em que é dividido o Estado do Rio Grande 
do Norte é de beleza incomparável, com belas 
praias, dunas, falésias e açudes de lindo panorama, 
como também a caatinga. A atividade econômica 
está concentrada na extração do sal e na explora‑
ção do petróleo, em terra e no mar, mas apesar do 
clima pouco favorável para o cultivo, frutas são 
produzidas no Estado.
 B) o Rio Grande do Norte é um Estado cuja economia 
se baseia na extração de sal, na pecuária, no turismo 
e na exploração de petróleo. Quanto às suas rique‑
zas naturais e atrações turísticas, observam ‑se be‑
las praias, dunas, falésias. Encontram ‑se, ainda, sí‑
tios arqueológicos importantes e várias formações 
rochosas, com serras e cavernas, além de açudes.
 C) No litoral do Rio Grande do Norte encontra ‑se be‑
las praias, dunas e falésias, com formações rocho‑
sas naturais inacreditáveis, servindo para o turis‑
mo, até mesmo de aventura e o ecoturismo, 
despertando interesse de aventureiros que se dis‑
põem a conhecer toda essa região de belezas com 
açudes na região que eles se encontram.
 D) o Estado do Rio Grande do Norte, desde a coloni‑
zação, se divide em Polos, por suas regiões que 
mostram contraste entre mar e sertão, com pro‑
duções de frutas, assim como petróleo e sal, com 
rica história e o artesanato em alguns deles. tam‑
bém se observa formações rochosas em outros, e 
pelos açudes, ainda mais os sítios arqueológicos 
importantes.
 E) o Estado em questão está sobressaindo pela pro‑
dução de sal e de petróleo, também na pecuária, 
desde a colonização, mais ainda que os vizinhos. 
Ele tem belas praias, dunas, falésias e até vulcão 
extinto, como sítios arqueológicos de importância 
em todo o Estado, com seus polos distribuídos por 
todo ele, e ainda produz cana, mesmo com clima 
pouco favorável.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Problemas com a concordância verbal. Correção: “Os Po‑
los (...) são...”
Alternativa C – ERRADA
Problemas com a voz passiva sintética. Correção: “... 
encontram ‑se belas praias...”
Alternativa D – ERRADA
Problemas com a voz passiva sintética. Correção: “... tam‑
bém se observam formações rochosas...”
Alternativa E – ERRADA
Problemas de coesão, como mau uso da pontuação.
Gabarito oficial: alternativa B 
Atenção: As questões 218 a 220 referem ‑se ao texto a seguir.
Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para 
inflamar os ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de feverei‑
ro, uma multidão exigia a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura da Constitui‑
ção liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar todas as janelas 
do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.
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116 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Pouco depois chegou o Príncipe D. Pedro, que passara a madrugada em conversas com os 
rebeldes. 
Vinha buscar o rei. D. João estava apavorado com a lembrança da ainda recente Revolução 
Francesa. Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que o aguardava e seguiu para o centro 
da cidade.
A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas e gritos de protestos, a multi‑
dão aclamava seu nome. Ao contrário do odiado Luís XVI, o rei do Brasil era amado e querido pelo 
povo carioca.
Adaptado de Laurentino Gomes, 1808.
São Paulo: Planeta, 2007.
218 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João 
mandou fechar todas as janelas do palácio São Cristó‑
vão, como fazia em noites de trovoadas. (1º parágrafo)
Com a afirmativa acima, o autor
 A) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito 
da atitude do rei diante da iminência da Revolução 
do Porto.
 B) critica de modo inflexível a atitude do rei, que, 
acua do, passa o poder para as mãos do filho.
 C) demonstra que o rei era dono de uma personalidade 
intempestiva, que se assemelhava a uma chuva forte.
 D) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alar‑
mado com a informação recebida.
 E) utiliza ‑se de ironia para induzir o leitor à conclusão 
de que seria mais do que justo depor o rei.
Alternativa D – CERtA
O alarde com a notícia levou o rei ao passado recente com 
a lembrança da invasão francesa. Daí o alarme e a preo‑
cupação com a informação recebida.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
219 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
... como fazia em noites de trovoadas. (1º parágrafo)
o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que 
se encontra o grifado acima está em:
 A) Ao ouvir as notícias...
 B) ... D. João embarcou na carruagem...
 C) ... que passara a madrugada...
 D) ... bastaram algumas semanas...
 E) ... que o aguardava...
Alternativa E – CERtA
O verbo do enunciado fazia está no pretérito ou passado 
imperfeito, significando uma ação no passado não con‑
cluída, ou constante. Na alternativa E, o verbo aguardar 
segue a mesma linha de interpretação. 
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
220 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que 
o aguardava e seguiu para o centro da cidade.
A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofen‑
sas e gritos de protestos, a multidão aclamava seu nome. 
(3º parágrafo) o trecho acima está reescrito com corre‑
ção e lógica em:
 A) Embora estivesse com medo, D. João subiu na car‑
ruagem que estava esperando por ele e dirigiu ‑se 
ao centro da cidade. Entretanto, durante o trajeto, 
em vez de escutar ofensas e protestos, ouviu o seu 
nome ser aclamado pela multidão.
 B) Por estar com medo, D. João subiu na carruagem 
que o esperara, dirigindo ‑se ao centro da cidade. A 
medida que se aproximava do seu destino, escutou 
a multidão aclamar o seu nome, porém não 
insultando ‑o e ofendendo ‑o.
 C) À medida que estava com medo, D. João subiu na 
carruagem cuja esperara, dirigindo ‑se ao centro da 
cidade. todavia, durante o trajeto, escutaria gritos 
de aprovação ao invés de ofensas e protestos.
 D) Porém, com medo, D. João sobe na carruagem que 
esperava ‑o, dirigindo ‑se para o centro da cidade. 
Ao estar ‑se aproximando do seu destino, escutaria 
seu nome sendo aclamado pela multidão, que, para 
sua surpresa, não protestava ou gritavam ofensas.
 E) Estando com medo, todavia, D. João subiu na car‑
ruagem que o esperava para se dirigir no centro da 
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Português 117
cidade. Surpreende ‑o, pois que, no caminho, escu‑
ta a multidão aclamando o seu nome em vez de 
estar gritando ofensas e protestos.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Por estar... estabelece relação de causa, o que não ocorre. 
Falta crase em à medida que... Há incorreção quanto à 
colocação pronominal em que o correto seria: porém não 
o insultando e nem o ofendendo, pois o termo negativo 
atrai o pronome, obrigando o uso da próclise.
Alternativa C – ERRADA
À medida que... estabelece relação de proporção. O pro‑
nome cuja está colocado indevidamente. Perde ‑se a cor‑
relação verbal através do verbo escutar usado incorreta‑
mente no passado hipotético. 
Alternativa D – ERRADA
... a carruagem que O esperava..., o pronome relativo que 
atrai o pronome oblíquo, obrigando o uso da próclise. O 
correto é: ... ao aproximar ‑se. A construção do enunciado 
da alternativa D não deverá ser usada por tratar ‑se de 
erro de correlação e paralelismo. Apesar de insistirem em 
erro, não há erro em ... gritavam..., o que ocorreu neste 
caso foi uma silepse, ou seja, concordância com a ideia. A 
concordância do verbo gritavam é com o termo multidão. 
Houve aí uma silepse de número, ... a multidão gritavam...
Alternativa E – ERRADA
Consiste a silepse “em concordar com a ideia”: portanto, 
“a multidão” surgere a ideia de plural, fazendo com que o 
verbo concorde “gritavam”.
Gabarito oficial: alternativa A
221 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
Graças ...... resistência de portugueses e espanhóis, a 
Inglaterra furou o bloqueio imposto por Napoleão e 
deu início ...... campanha vitoriosa que causaria ......
queda do imperador francês.
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,
 A) a – à – a
 B) à – a – a 
 C) à – à – a
 D) a – a – à
 E) à – a – à
Alternativa C – CERtA
A crase é obrigatória devido à regência do substantivo 
graças. Também há crase devido à regência do substanti‑
vo início. Não há crase diante do verbo causar por ser ver‑
bo transitivo direto.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
Atenção: As questões 222 a 224 referem ‑se ao texto abaixo.
O corvo e o jarro
Um pobre corvo, quase morto de sede, avistou de repente um jarro de água. Aliviado e muito 
alegre, voou velozmente para o jarro.
Mas, embora o jarro contivesse água, o nível estava tão baixo que, por mais que o corvo se es‑
forçasse, não havia meio de alcançá ‑la. O corvo, então, tentou virá ‑lo na esperança de pelo menos 
beber um pouco da água derramada. Mas o jarro era pesado demais para ele.
Por fim, correndo os olhos à volta, viu pedrinhas ali perto. Foi, então, pegando ‑as uma a uma e 
atirando ‑as dentro do jarro. Lentamente a água foi subindo até a borda, e finalmente pôde matar a sede.
Fábulas de Esopo, recontadas por Robert Mathias,
Círculo do Livro, p. 46.
222 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
típica das fábulas, a moral da história que pode ser de‑
preendida da leitura de o corvo e o jarro é:
 A) A utilidade é mais importante do que a beleza.
 B) Devagar se vai ao longe.
 C) o hábito torna as coisas familiares e fáceis para 
nós.
 D) A necessidade é a mãe da invenção.
 E) Contra esperteza, esperteza e meia.
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Alternativa D – CERtA
O autor revela que talvez muito mais seja a necessidade a 
mãe da invenção e irmã da criatividade, não é mesmo, 
nobre leitor.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
223 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
A reconstrução de um segmento do texto, com um di‑
ferente emprego pronominal, que mantém a correção 
e o sentido originais é:
 A) Não havia meio de alcançá ‑la por não havia como 
alcançar ‑lhe.
 B) o jarro era pesado demais para ele por o jarro lhe 
era por demais pesado.
 C) Atirando ‑as dentro do jarro por atirando ‑lhes para 
dentro do jarro.
 D) o corvo, então, tentou virá ‑lo por o corvo, então, 
lhe tentou virar.
 E) Pegando ‑as uma a uma por pegando ‑lhes uma a 
uma.
Alternativa B – CERtA
A substituição pelo pronome oblíquo que determina o 
complemento nominal é o adjetivo pesado.
Alternativa A – ERRADA
O verbo alcançar é transitivo direto, não permitindo, 
portanto, o pronome lhe.
Alternativa C – ERRADA
Verbo atirar é transitivo direto e não permite o pronome 
lhe.
Alternativa D – ERRADA
O verbo virar é transitivo direto, não permitindo o pro‑
nome lhe.
Alternativa E – ERRADA
O verbo pegar é verbo transitivo direto, não cabendo, 
portanto, o pronome lhe.
Gabarito oficial: alternativa B
224 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
viu pedrinhas ali perto. (3º parágrafo) A passagem 
para a voz passiva da frase acima resulta na seguinte 
forma verbal:
 A) são vistas.
 B) tinha visto.
 C) foram vistas.
 D) viu ‑se.
 E) é visto.
Alternativa C – CERtA
O verbo ver – ocorre no pretérito perfeito do indicativo – 
viu, podendo ser substituído pelo auxiliar acompanhado 
do verbo principal no particípio.
Alternativa A – ERRADA
O verbo está no presente do indicativo.
Alternativa B – ERRADA
O verbo está no pretérito mais ‑que ‑perfeito composto. 
Alternativa D – ERRADA
O verbo está na voz passiva sintética. 
Alternativa E – ERRADA
O verbo está no presente do indicativo.
Gabarito oficial: alternativa C
225 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
A redação de documentos oficiais deve pautar ‑se por 
impessoalidade, clareza, concisão e pelo uso correto 
da norma culta. todas essas qualidades são respeita‑
das no seguinte trecho:
 A) Este setor do Governo Estadual, responsável pelo 
atendimento a vítimas de desastres naturais, elabo‑
rou um plano geral de assistência a ser encaminhado 
às entidades que colaboram nesse atendimento, 
para a adequada efetivação dos trabalhos nas oca‑
siões de calamidade pública.
 B) o Instituto Benefício para todos deverá estar sendo 
convidado para fazer parte de uma campanha des‑
tinada a angariar donativos, que se espera seja sufi‑
ciente para atender a todos os desabrigados da en‑
chente; conforme estipulado pela Coordenadoria, 
que foi considerada de relevante interesse social.
 C) Como Deputado da Bancada Estadual, sintome 
avexado por que não estou podendo atender 
com mais prontidão e benefícios as vítimas dessa 
implacável seca, que teve motivos alheios à mi‑
nha vontade para não conseguir isso.
 D) Membros da Comissão técnica destinada a averi‑
guar a distribuição de favores em troca de votos, 
apurou que o Presidente do Conselho de Agriculto‑
res do Estado afirmou ao seu Vice de que ele pode‑
ria estar sendo investigado por desvio de verbas.
 E) o critério metodológico de escolha dos participan‑
tes das equipes de atendimento à vítimas de desas‑
tres naturais estão sendo preparados, tendo em 
vista que é importante observar a correspondência 
entre tais desastres e o atingimento de pessoas 
nessa situação.
Alternativa A – CERtA
Alternativa B – ERRADA
Há erro de correlação verbal em estar sendo convidado. 
Ocorrência de subjetividade em se espera seja suficiente. 
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Alternativa C – ERRADA
Ocorrência de desvio ortográfico em sintome, sendo o 
correto sinto ‑me. Uso indevido da primeira pessoa e do 
regionalismo em sintome avexado, condenados em uma 
redação oficial. 
Alternativa D – ERRADA
Ocorrência de erro em relação à regência verbal. O verbo 
afirmar é transitivo direto e indireto, sendo correto o frag‑
mento “... afirmou ao seu Vice que...”. 
Alternativa E – ERRADA
Erro de concordância verbal. 
Gabarito oficial: alternativa A
Atenção: As questões 226 e 227 referem ‑se ao texto abaixo.
João e Maria
Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy Era você Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock
Para as matinês
(...)
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão, A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Chico Buarque e Sivuca
226 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
I – Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já 
não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra ‑se ina‑
dequado, pois os verbos conjugados no pretérito imper‑
feito designam fatos transcorridos no tempo passado.
II – Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, 
me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no 
mesmo modo.
III – Substituindo ‑se a expressão a gente pelo pronome 
nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho 
que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resul‑
tante, sem alterar o contexto, será teríamos.
Está correto o que se afirma em
 A) I, apenas.
 B) II, apenas.
 C) III, apenas.
 D) I e II, apenas.
 E) I, II e III.
Alternativa B – CERtA
Item II – correto: Finja e dê estão no modo imperativo.
Item I – incorreto: O advérbio agora correlaciona ‑se com 
finja, forma de, após longo tempo, trazer o passado ao 
presente.
Item III – incorreto: A correlação não seria feita com 
tería mos, e sim com tínhamos, pretérito imperfeito acom‑
panhando todo o texto.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
227 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock
Para as matinês
os versos acima estão corretamente pontuados em:
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120 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 A) Eu enfrentava, os batalhões – os alemães e seus ca‑
nhões – guardava o meu bodoque e ensaiava um 
rock: para as matinês.
 B) Eu enfrentava, os batalhões, os alemães e seus ca‑
nhões. Guardava o meu bodoque e ensaiava um 
rock, para as matinês.
 C) Eu enfrentava: os batalhões, os alemães e seus ca‑
nhões – guardava o meu bodoque e ensaiava, um 
rock para as matinês.
 D) Eu enfrentava os batalhões; os alemães e seus ca‑
nhões: guardava o meu bodoque e ensaiava um 
rock para as matinês.
 E) Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus ca‑
nhões; guardava o meu bodoque e ensaiava um 
rock para as matinês.
Alternativa E – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Não há vírgula entre o verbo e o complemento.
Alternativa B – ERRADA
O objeto direto batalhões não deverá ficar entre vírgulas.
Alternativa C – ERRADA
Não há dois ‑pontos após enfrentava. No lugar de traço, a 
vírgula.
Alternativa D – ERRADA
No lugar do ponto e vírgula, a vírgula. No lugar de dois‑
‑pontos, a vírgula.
Gabarito oficial: alternativa E
 
228 tRE/RN – técnico Administrativo – fevereiro 2011.
É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se 
...... para um universo mágico e ...... a identidade de 
uma personagem admirada, ...... um super ‑herói ou 
uma figura da realeza.
Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na 
ordem dada, o que está em:
 A) transportem – assumam – seja
 B) transportam – assumiriam – sendo
 C) transportariam – assumiriam – seria
 D) transportam – assumem – seja
 E) transportem – assumem – seria
Alternativa A – CERtA
Para o trecho em questão, os verbos deverão ser conjuga‑
dos no presente do subjuntivo.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
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DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO
DE CLASSE INICIAL – JANEIRO 2011
Atenção: Responda às questões 229 a 238 com base no texto.
Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato
1. Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo
2. caso de assassinato que o havia atormentado por toda
3. sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por
4. 24 anos.
5. O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os
6. responsáveis pelo
homicídio de Samuel Quentzel em
7. 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em
8. frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas
9. Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de
10. cigarro encontradas durante a investigação do crime,
11. esperando que algum dia elas pudessem identificar os
12. assassinos.
13. Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na
14. tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos
15. bancos de dados com informações genéticas de criminosos,
16. foi possível identificar os homens responsáveis pelo
17. crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por
18. assassinato em segundo grau e será sentenciado em
19. dezembro.
20. Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua
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122 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
21. pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três
22. filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está
23. preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.
24. “Eu nunca parei de pensar sobre isso”, disse
25. Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New
26. York Daily News. “Sempre que investigava um caso no
27. Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380
28. tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação.
29. Nunca deu certo”.
30. Na entrada de casa
31. Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento,
32. em um tribunal em Long Island, estabeleceu que
33. no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice
34. Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava
35. em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de
36. materiais de encanamento no Brooklyn.
37. ...
38. DNA
39. A retomada do caso resultou de uma iniciativa da
40. viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007,
41. contataram a promotoria pública pedindo uma nova
42. investigação sobre a morte de Samuel.
43. A resolução do crime só foi possível graças à
44. ampliação do banco de dados de DNA, que passou a
45. exigir amostras de todos os condenados por crimes após
46. 2006, mas que também valia retroativamente para os que
47. estivessem presos ou em liberdade condicional na época.
48. Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de
49. Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro
50. encontrada na van mais de 20 anos antes.
51. ...
52. “A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos
53. com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel
54. enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou”,
55. disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. “Eu
56. não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu
57. gabinete e do departamento de polícia, que nunca
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Português 123
58. desistiram de seu comprometimento em prender os
59. homens responsáveis por esse crime terrível”.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431 ‑EI8141,00 ‑Apos+
anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam+assassinato.html>. 
Acesso em: 15 nov. 2010, 09h49 – atualizado às 11h04.
229 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
De acordo com o texto, pode ‑se afirmar SoMENtE que
 A) o carro era do detetive tom Goodwin.
 B) Quentzel estava estacionado com seu carro na 
frente da casa de Clifton Waters.
 C) o detetive tinha emprestado o seu carro para 
Quentzel.
 D) o carro era da própria vítima, Samuel Quentzel.
 E) o carro e a casa eram do detetive tom Goodwin.
Alternativa D – CERtA
O pronome possessivo seu tem como referente ele, ou seja, 
a vítima foi assassinada em seu carro em frente a sua casa.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
230 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Considere as afirmativas a seguir:
I – A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986 
(linhas 6 e 7) foi retomada por esse crime terrível (linha 59).
II – A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 
1986 (linhas 6 e 7) retoma um antigo caso de assassi‑
nato (linhas 1 e 2).
III – A expressão uma nova investigação sobre a mor‑
te de Samuel (linhas 41 e 42) retoma A retomada do 
caso (linha 39).
IV – A expressão os assassinos de Samuel Quentzel (li‑
nha 53) foi retomada por os responsáveis pelo homicí‑
dio de Samuel Quentzel (linhas 5 e 6).
Com base na coesão textual, é correto APENAS o que 
se afirma em
 A) I.
 B) I e IV.
 C) II e III.
 D) III.
 E) I, II e III.
Alternativa E – CERtA
No item IV, a expressão da linha 53 está retomada na li‑
nha 33 e 34. 
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
231 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Considere as afirmativas a seguir e assinale a resposta 
correta.
 A) A função da conjunção que (linha 22) é ligar Quent‑
zel a tem uma longa ... em 1986 (linhas 22 e 23).
 B) A conjunção que (linha 21) se refere a era casado e 
pai de três filhos (linhas 21 e 22).
 C) A função da conjunção que (linha 9) é ligar o verbo 
insistiu (linha 9) ao complemento verbal fossem 
guardadas ... do crime (linhas 9 e 10).
 D) A função do pronome que (linha 40) é fazer refe‑
rência somente a um filho Quentzel (linha 40).
 E) o pronome que (linha 44) refere ‑se à expressão 
DNA (linha 44).
Alternativa C – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Está ligada a Slaughter, e não à vítima. 
Alternativa B – ERRADA
Refere ‑se a Quentzel.
Alternativa D – ERRADA
Faz referência não só ao filho como também à viúva. 
Note, caro leitor, que o verbo contrataram está no plural.
Alternativa E – ERRADA
Refere ‑se a ampliação.
Gabarito oficial: alternativa C
232 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Das expressões sublinhadas, SoMENtE uma exerce a 
função de complemento.
 A) ... caso de assassinato que o havia atormentado... 
(linha 2)
 B) ... 20 anos após o crime, o julgamento... (linha 31) 
 C) Foi assim que o Departamento de Justiça Crimi‑
nal... (linha 48)
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124 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
 D) ... esperança de ver os assassinos de... (linha 53)
 E) ... comprometimento em prender os homens... (li‑
nhas 58 e 59)
Alternativa A – CERtA
O pronome em destaque exerce função de objeto direto 
de havia atormentado, portanto, complemento verbal.
Nas outras alternativas, o pronome destacado exerce fun‑
ção de adjunto adnominal.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
233 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A crase é facultativa em SoMENtE uma alternativa 
abaixo.
 A) ... por toda sua carreira graças a pontas de cigar‑
ro... (linhas 2 e 3)
 B) ... chegou”, disse a promotora pública no caso, 
Kathleen Rice. (linhas 54 e 55)
 C) ... receber pena de 25 anos a prisão perpétua... 
(linha 20)
 D) ... ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro... 
(linha 49)
 E) ... dentro de seu carro em frente a sua casa... (li‑
nhas 7 e 8)
Alternativa E – CERtA
A crase, nesse caso, é facultativa devido à existência do 
pronome possessivo que a torna opcional: a sua casa, ou à 
sua casa.
Alternativa A – ERRADA
Há apenas a presença da preposição.
Alternativa B – ERRADA
Há apenas a presença do artigo.
Alternativa C – ERRADA
Apenas a presença da preposição podendo ser substituída 
pela preposição até.
Alternativa D – ERRADA
A presença do artigo uma elimina a presença da crase.
Gabarito oficial: alternativa E
234 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Com base no segundo parágrafo, podemos inferir 
SoMENtE:
 A) Goodwin sabia que encontraria os assassinos de 
Quentzel.
B) A insistência de Goodwin para que preservassem 
as pontas de cigarro gerava a possibilidade da 
identificação dos assassinos de Quentzel.
 C) Goodwin tinha certeza de que as pontas de cigarro 
seriam a prova para condenar os assassinos de 
Quentzel naquela ocasião.
 D) Goodwin sabia que as pontas de cigarro continham 
marcas suficientes para incriminar os assassinos de 
Quentzel naquela ocasião.
 E) Goodwin sabia quem eram os assassinos, e sua dú‑
vida para os descobrir provocou a condenação des‑
ses réus.
Alternativa B – CERtA
Alternativa A – ERRADA
O policial não sabia que encontraria os assassinos.
Alternativa C – ERRADA
Goodwin não tinha certeza, pois o fator banco de dados 
surgiu anos depois do ocorrido.
Alternativa D – ERRADA
O policial Godwin, naquela ocasião, não sabia o que po‑
deria ocorrer.
Alternativa E – ERRADA
Goodwin não sabia quem eram os assassinos.
Gabarito oficial: alternativa B
235 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A transformação da frase “Eu nunca parei de pensar 
sobre isso”, disse Goodwin, (linhas 24 e 25) para dis‑
curso indireto é:
 A) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre 
aquilo.
 B) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar 
sobre aquilo.
 C) Goodwin disse: “Eu nunca parei de pensar sobre 
isso”.
 D) Goodwin diz: “Eu nunca parei de pensar sobre 
isso”.
 E) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.
Alternativa A – CERtA
O discurso indireto implica a fala do narrador. Portanto, 
levam ‑se os verbos do discurso para o passado que, neste 
caso, é o mais ‑que ‑perfeito.
Alternativa B – ERRADA
Erro de correlação nos tempos verbais.
Alternativa C – ERRADA
Há erro, pois evidencia ‑se o discurso direto ao colocar a 
fala do policial entre aspas.
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Português 125
Alternativa D – ERRADA
Segue ‑se o erro da alternativa anterior.
Alternativa E – ERRADA
Erro na correlação dos tempos verbais.
Gabarito oficial: alternativa A
236 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Eliminando a expressão nunca da proposição Eu nunca 
parei de pensar sobre isso (linha 24), pode ‑se fazer so‑
mente uma inferência. Assinale a alternativa correta.
 A) o acarretamento de que Goodwin pensava sobre 
aquele crime.
 B) A pressuposição de que Goodwin não pensava so‑
bre aquele crime.
 C) A pressuposição de que Goodwin não pensa mais 
sobre aquele crime.
 D) A pressuposição de que Goodwin pensava sobre 
aquele crime.
 E) o acarretamento de que Goodwin pensara sobre 
aquele crime.
Alternativa D – CERtA
Do período infere ‑se a pressuposição de que o policial 
não parou totalmente de pensar sobre o assunto.
Nas outras alternativas, há erro de inferência, uma vez 
que não o acarretamento, e sim o suposto.
Cuidado com a alternativa E. O erro está no tempo verbal 
pensara. 
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
237 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A vírgula depois de Mais de vinte anos depois (linha 
13) justifica ‑se porque é
 A) um adjunto adverbial intercalado.
 B) um adjunto adverbial deslocado.
 C) uma oração adverbial temporal deslocada.
 D) um adjunto adnominal com valor de advérbio e 
está deslocado.
 E) um advérbio em forma de oração e está deslocado.
Alternativa B – CERtA
O adjunto adverbial deslocado estabelece a presença da 
vírgula, uma vez que a pausa é solicitada.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
238 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Assinale a alternativa em que a oração Não é subordi‑
nada adjetiva explicativa.
 A) Na passagem Quentzel, que era casado... (linha 21).
 B) Na passagem Slaughter, que tem uma longa ficha 
criminal (linha 22).
 C) Na passagem Goodwin, que se aposentou da polí‑
cia (linha 25).
 D) Na passagem Quentzel, que estava em seu carro 
(linhas 34 e 35).
 E) Na passagem homicídio de Samuel Quentzel em 
1986, quando ele foi morto a tiros (linhas 6 e 7).
Alternativa E – CERtA
O período estabelece por meio do conectivo quando uma 
direção de argumentação de tempo. A oração subordina‑
da adjetiva explicativa será sempre regida pelo pronome 
relativo, neste caso, que, sendo referência do substantivo 
da oração anterior. Bom deixar claro também que a ex‑
plicação virá sempre isolada por vírgulas.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E 
Atenção: Responda às questões 239 a 248 com base no texto.
 EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido
1. WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar
2. contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a
3. determinação do governo iraniano para buscar armas
4. nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados
5. Unidos, Robert Gates, nesta terça ‑feira.
6. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall
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7. Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros
8. meios para convencer o Irã a não procurar ter armas
9. nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações
10. militares somente iriam retardar − e não impedir − que
11. o país obtenha essa capacidade.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas ‑noticias/reuters/2010>.
Acesso em: 16 nov. 2010.
239 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Com base SoMENtE no título, descontextualizado, é 
possível inferir que o ataque uniria
I – os EUA.
II – o Irã.
III – o Brasil.
Está correto o que se afirma em
 A) I, apenas.
 B) II, apenas.
 C) I e II, apenas.
 D) III, apenas.
 E) I, II e III.
Alternativa C – CERtA
Descontextualizado o título, surge, caro leitor, a ambi‑
guidade, ou duplo sentido, pois não fica claro a que uni‑
dade refere ‑se o autor do texto.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
240 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
o adjetivo dividido (título) pode se referir à expressão
I. país (linha 2).
II. EUA (título), que retoma país (linha 2).
III. Irã (linha 2), que retoma país (linha 2).
Está correto o que se afirma em
 A) I, apenas.
 B) II, apenas.
 C) I e II, apenas.
 D) III, apenas.
 E) I, II e III.
Alternativa A – CERtA
O adjetivo dividido tem como referência o substantivo 
país.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
241 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra reforçar (linha 2) está mal flexionada, 
constituindo ‑se como um problema de
 A) metáfora.
 B) metonímia.
 C) concordância.
 D) solecismo.
 E) regência.
Alternativa C – CERtA
O correto é reforçaria, havendo, assim, correlação com o 
verbo unir, em uniria. Quanto às outras alternativas, es‑
tão incorretas, uma vez que o problema não seja semânti‑
co, e sim gramatical. 
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
242 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra pronunciamento (linha 6) é transitiva e exige
 A) complemento nominal.
 B) objeto indireto.
 C) objeto direto.
 D) adjetivo.
 E) predicativo do sujeito.
Alternativa A – CERtA
O termo pronunciamento é substantivo e exige no contex‑
to um termo que lhe complete o sentido. Portanto, ao 
conselho diretor do... exerce função de complemento no‑
minal do substantivo pronunciamento, uma vez que com‑
pleta o sentido deste.
Alternativas B, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa A
243 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra para (linha 8) é uma
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Português 127
 A) preposição derivada da regência verbal da palavra 
meios (linha 8).
 B) conjunção que liga uma oração coordenada a uma 
subordinada.
 C) preposição que liga meios (linha 8) a um verbo in‑
transitivo.
 D) preposição derivada da regência nominal da pala‑
vra meios (linha 8).
 E) preposição que liga meios (linha 8) a um adjetivo.
Alternativa D – CERtA
A preposição para é uma exigência do termo meios, sen‑
do, portanto, um caso de regência nominal.
Alternativa A – ERRADA
Não é caso de regência verbal. Meios é um pronome subs‑
tantivo, e não verbo.
Alternativa B – ERRADA
A conjunção liga uma oração subordinada a outra subor‑
dinada.
Alternativa C – ERRADA
Preposição liga meios a um verbo transitivo.
Alternativa E – ERRADA
A preposição liga meios a um verbo.
Gabarito oficial: alternativa D
 
244 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
o conetivo e (linha 9) está ligando
 A) dois verbos intransitivos.
 B) dois verbos transitivos indiretos.
 C) um verbo transitivo direto e outro indireto.
 D) dois verbos transitivos.
 E) dois verbos circunstanciais.
Alternativa D – CERtA
O conectivo e liga os verbos procurar e repetir, ambos 
transitivos diretos.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
245 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
o fragmento frasal de que ações militares somente 
iriam retardar (linhas 9 e 10) é ...... do substantivo pre‑
ocupações (linha 9).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a la‑
cuna do texto acima.
 A) complemento verbal
 B) complemento nominal oracional
 C) adjunto verbal
 D) adjunto nominal
 E) complemento prepositivo ‑verbal
Alternativa B – CERtA
“... de preocupações de que ações militares iriam retar‑
dar..." é uma oração que completa o sentido do substanti‑
vo preocupações, sendo, por isso: oração subordinada 
substantiva completiva nominal. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
246 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Em repetiu as suas preocupações de que ações milita‑
res somente iriam retardar – e não impedir – que o país 
obtenha essa capacidade (linhas 9 a 11), tem ‑se
I. falta de crase porque o verbo repetiu (linha 9) é tran‑
sitivo indireto e a sua regência exige a preposição a, 
que faz fusão com o artigo as do substantivo preocu‑
pações (linha 9).
II. problema de regência entre retardar e que o país 
obtenha essa capacidade (linhas 10 e 11), provocado 
pela intercalação de – e não impedir – (linha 10).
III. problema de paralelismo verbal porque o conetivo 
e (linha 9) está ligando o verbo ser (linha 7) e o verbo 
repetiu, os dois flexionados diferentemente.
Está correto o que se afirma APENAS em
 A) I.
 B) II.
 C) III.
 D) I e II.
 E) II e III.
Alternativa B – CERtA
Item II – correto: Falta a preposição de que rege os verbos 
...retardar, e não impedir de... 
Item I – incorreto: O verbo repetir é transitivo direto, 
portanto não há crase.
Item III – incorreto: Embora sejam flexionados diferen‑
temente, não falta paralelismo.
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
 
247 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
o par gramatical que Não desempenha a mesma fun‑
ção sintática é a expressão
 A) para nas linhas 3 e 8.
 B) o nas linhas 2 (o primeiro) e 11.
 C) o nas linhas 2 (o segundo) e 4.
 D) e nas linhas 2 e 9.
 E) a nas linhas 2 e 8.
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128 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa E – CERtA
O primeiro a é artigo, e o segundo a é preposição.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
248 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A notícia contém a expressão outros meios (linhas 7 e 
8) para
 A) retomar ataque militar contra o Irã (linhas 1 e 2).
 B) retomar a determinação do governo iraniano para 
buscar armas nucleares (linhas 2 a 4).
 C) retomar buscar armas nucleares (linhas 3 e 4).
 D) fazer referência a algo que não está no texto.
 E) retomar impedir – que o país obtenha essa capaci‑
dade (linhas 10 e 11).
Alternativa D – CERtA
A expressão outros meios não tem referência no texto.
Alternativas A, B, C e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa D
249 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Das palavras a seguir, a única formada por derivação 
prefixal e sufixal é
 A) destinação.
 B) desocupação.
 C) criminológico.
 D) carcereiro.
 E) preventivamente.
Alternativa B – CERtA
Des ocupa ção sufixação e prefixação.
Alternativa A – ERRADA
Destina ção sufixação.
Alternativa C – ERRADA
Crimino lógico sufixação.
Alternativa D – ERRADA
Carcer eiro sufixação.
Alternativa E – ERRADA
Preventiva mente sufixação.
Gabarito oficial: alternativa B
Atenção: Responda às questões 250 a 258 com base no texto.
Lição de bom ‑senso
1. O Ministério da Educação (MEC) contornou com
2. habilidade e bom ‑senso a polêmica gerada em torno do
3. veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de
4. um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de
5. que contém expressões racistas. A alternativa encontrada
6. pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento
7. de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela
8. primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas
9. expressões não eram consideradas ofensivas, como
10. ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva
11. de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição
12. a tentações apressadas de recorrer à censura.
13. O caso mais recente de tentativas de restringir a
14. livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de
15. Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica ‑Pau Amarelo
16. sai em busca de uma onça ‑pintada. Ocorre que, ao
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Português 129
17. longo de quase oito décadas de carreira do livro, o
18. Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância
19. do politicamente correto, nem de intolerâncias como o
20. racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos
21. como o de caça a animais em extinção e avançou nas
22. políticas para a educação das relações étnico ‑raciais.
23. Assim como em qualquer outra manifestação artística,
24. portanto, o livro que esteve sob ameaça de
25. censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a
26. personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a
27. estereótipos hoje vistos como racistas, é importante que
28. os educadores se preocupem em deixar claro para os
29. alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção
30. apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de
31. vista de costumes e de direitos humanos.
32. No Brasil de hoje, não há mais espaço para a
33. impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não
34. significa, porém, que seja preciso revolver o passado,
35. muito menos sem levar em conta as circunstâncias da
36. época.
Editorial Zero Hora, 18/10/2010.
250 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra estereótipos (linha 27) pode ser substituída, 
sem alteração de sentido, por
 A) protótipos.
 B) tipômetros.
 C) modelos sem definição.
 D) padrões formados por ideias preconcebidas.
 E) padrões formados por ideias pós ‑concebidas.
Alternativa D – CERtA
Alternativa A – ERRADA
Modelos.
Alternativa B – ERRADA
Instrumento de fundidor tipográfico.
Alternativas C e E – ERRADAS
Os itens C e E não trazem nomenclatura.
Gabarito oficial: alternativa D
251 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial
– janeiro 2011.
A passagem..., em contraposição a tentações apressa‑
das de recorrer à censura (linhas 11 e 12) contém o ele‑
mento gramatical a, que
 A) define quais são as tentações, porque é um artigo.
 B) não define quais são as tentações, porque é artigo.
 C) define quais são as tentações, porque é uma pre‑
posição.
 D) não define quais são as tentações, porque é artigo 
indefinido.
 E) não define quais são as tentações, porque é 
preposição.
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130 Coleção Resposta Certa – Português – FCC
Alternativa E – CERtA
A preposição é uma palavra invariável, não definindo, 
portanto, as tentações.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
252 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Em A alternativa encontrada pelo ministro foi a de 
acrescentar (linhas 5 e 6), há uma elipse que faz refe‑
rência à palavra
 A) expressão.
 B) elipse.
 C) polêmica.
 D) encontrada.
 E) alternativa.
Alternativa E – CERtA
O pronome oblíquo a substitui o termo substantivo alter‑
nativa.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
253 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A expressão na qual (linha 15) pode ser substituída, 
sem alteração de sentido, por
 A) que.
 B) por que.
 C) em que.
 D) na que.
 E) para que.
Alternativa C – CERtA
O pronome relativo qual aceita a preposição em devido ao 
termo “caçadas de Pedrinho”, sendo perfeitamente subs‑
tituível por em que.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
254 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
o pronome se (linha 18) pode se deslocar sintaticamen‑
te, sem provocar erro gramatical, na afirmativa
 A) não conseguiu livrar ‑se, porque é próclise ao verbo 
no infinitivo.
 B) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.
 C) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.
 D) não conseguiu livrar ‑se, porque é próclise ao verbo 
principal.
 E) não conseguiu livrar ‑se, porque é ênclise ao verbo 
no infinitivo.
Alternativa E – CERtA
A ênclise corresponde ao pronome após o verbo. Nesse 
caso temos uma locução verbal, com o verbo conseguir 
como auxiliar e o verbo livrar no infinitivo. Temos duas 
construções para a sintaxe de colocação do pronome: 
uma é a próclise ao verbo auxiliar devido ao termo de 
negação não que atrai o pronome: “não se conseguiu li‑
vrar”. A outra é a ênclise ao verbo no infinitivo como se 
afirma na alternativa E.
Alternativas A, B, C e D – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa E
255 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
o conetivo portanto (linha 24) pode ser substituído, 
sem alteração de sentido, por
 A) porquanto.
 B) entretanto.
 C) no entanto.
 D) então.
 E) conquanto.
Alternativa D – CERtA
Portanto estabelece argumentação de conclusão, sendo 
substituída por então.
Alternativa A – ERRADA
Porquanto = causa.
Alternativa B – ERRADA
Entretanto = oposição.
Alternativa C – ERRADA
No entanto = oposição.
Alternativa E – ERRADA
Conquanto = condição.
Gabarito oficial: alternativa D
256 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
Na passagem como o de caça a animais (linha 21), uma 
lacuna pode ser preenchida com a retomada da expressão
 A) excessos.
 B) hábitos.
 C) vigilância.
 D) caça.
 E) animais.
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Português 131
Alternativa B – CERtA 
O substantivo hábitos é referência para caça. 
Alternativas A, C, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa B
257 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra animais (linha 21) estabelece ligações com 
espécies que estão em extinção. Qual a propriedade 
semântica dessa relação?
 A) Hiperonímia.
 B) Sinonímia.
 C) Homonímia.
 D) Paronímia.
 E) Antonímia.
Alternativa A
Consiste a hiperonímia na relação entre termos que se es‑
tabelecem na menos especificidade do significado de um 
deles. Por exemplo: O termo móvel é hiperonímia do ter‑
mo mesa. Portanto espécie é hiperonímia de animais.
Alternativa B – ERRADA
Consiste o sinônimo na identidade semântica entre as 
palavras.
Alternativa C – ERRADA
A homonímia define ‑se como a identidade de som ou de 
escrita sem que haja identidade semântica, como por 
exemplo: seção – corte, divisão; sessão – reunião; e cessão 
– ato de ceder. 
Alternativa D – ERRADA
O parônimo é o pior momento para o aluno e para qual‑
quer criatura que se proponha a entender o idioma, caro 
leitor, pois consiste na inexistência de qualquer identifica‑
ção entre dois termos, como por exemplo: deferir e diferir, 
despensa e dispensa, entre outras milhares de palavras.
Alternativa E – ERRADA
O antônimo, acreditamos, é o de mais fácil compreensão, 
uma vez que indica oposição que as próprias palavras 
trazem.
Gabarito oficial: alternativa A
258 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra revolver (linha 34) pode ter mais de um sig‑
nificado no texto. Altera ‑se o significado da frase 
substituindo ‑se essa palavra por
 A) examinar.
 B) retomar.
 C) mudar.
 D) remontar.
 E) recompor.
Alternativa C – CERtA
“Mudar” não pode substituir ou ser substituído por 
“revolver”.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
259 DPE/RS – Defensor Público de Classe Inicial – janeiro 2011.
A palavra hoje (linha 29), no texto, refere‑se deiticamente 
I – a 18/10/2010.
II – ao ano de 2010.
III – ao momento que abrange um período de tempo 
maior do que um dia.
Está correto o que se afirma em
 A) I, apenas.
 B) II, apenas.
 C) III, apenas.
 D) I, II e III.
 E) I e III, apenas.
Alternativa C – CERtA
O advérbio hoje define o momento da fala ou da ação. 
Somado à preposição até, estabelece período para um 
tempo, mais amplo que o momento da ação.
Alternativas A, B, D e E – ERRADAS
Gabarito oficial: alternativa C
Atenção: Responda às questões 260 a 268 com base no texto abaixo.
O dilema das definições
1. A ciência estabelece que funções antes consideradas
2. universais, como “sujeito” e “predicado”,
3. são mais arbitrárias do que se imaginava.
4. Você já deve ter ouvido estas definições muitas
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5. vezes: “Sujeito é aquele de quem se diz algo.”,
6. “Predicado é aquilo que se diz do sujeito.”, “Objeto direto
7. é aquele que sofre a ação.”, “Objeto indireto é aquele
8. que se beneficia da ação.”
9. É possível até que você use essas definições
10. quando bate aquela dúvida sobre concordância ou
11. regência, não é? No entanto, apesar de correntes, elas
12. não têm fundamento científico, afinal são muito
13. anteriores ao nascimento da ciência da linguagem (mais
14. precisamente, 2 mil anos anteriores!). Além disso, por
15. remontarem à Grécia antiga, são definições muito mais
16. filosóficas do que linguísticas e absolutamente
17. centradas na língua grega, sem qualquer consideração
18. pela estrutura de outras línguas.
19. Pode ‑se dizer que foram uma tentativa legítima
20. (principalmente considerando ‑se a época em que foi
21. feita) de explicar fatos linguísticos, mas que está longe
22. de ter sido bem ‑sucedida.
23. O fato é que a análise de línguas empreendida na
24. primeira metade do século 20, aliada à coleta de dados
25. e ao estudo comparado de um número extraordinário de
26. idiomas de várias partes do mundo, resultou na
27. derrubada de muitos dogmas da gramática.
28. Um exemplo foi a sintaxe

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