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DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL 
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 Psicologia 
Organizacional 
José Zaib Antônio 
Módulo III 
——————————-––––———— Psicologia Organizacional —–—––––––——————–––––– 
Professor: 
Disciplina: 
Carga Horária: 
José Zaib Antônio 
Psicologia Organizacional 
60ha 
SUMÁRIO 
Contextualização da disciplina........................................p. 02 
1. Liderança ...................................................................p. 03 
1.1. Tipos de liderança ....................................................p. 05 
1.2. Abordagens de Liderança .........................................p. 06 
1.3. Habilidades requeridas do líder.................................p. 07 
2. Comunicação..............................................................p. 08 
2.1. Comunicação verbal e não-verbal.............................p. 09 
2.2. Barreiras à comunicação............................................p. 10 
3. Bibliografia.................................................................p. 13 
MÓDULO III 
 
Conceituação de liderança. Tipos de liderança. Comunicação. Barreiras à comunicação. 
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA 
 A Psicologia é uma ciência que procura compreender o comportamento do ser humano. 
Investiga uma série de fenômenos próprios do animal homem: a percepção, a emoção, o desejo, a 
patologia, a aprendizagem, o desenvolvimento, o comportamento, entre muitos outros. Com isso, 
podemos inferir que o campo da Psicologia é muito amplo e lida com questões fascinantes para todos 
os interessados em compreender de maneira mais apurada a si mesmos e as outras pessoas. É um 
conhecimento imprescindível para os profissionais que têm de lidar de modo direto com outras 
pessoas. Para os profissionais ligados à Organização, a psicologia vem, até hoje, desenvolvendo 
recursos para otimizar a qualidade do ambiente de trabalho, seja através da análise do sujeito em sua 
atividade e na sua relação com outros indivíduos ou através da análise da própria estrutura 
organizacional. 
 Pretendemos, portanto, apresentar, através de nossa disciplina algumas das contribuições da 
psicologia que ajudam o gestor a compreender melhor o sujeito humano e sua Organização. 
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Módulo III 
1 - LIDERANÇA 
DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA 
Segundo George Terry, “liderança é a atividade de influenciar pessoas fazendo‐as empenhar‐ 
se voluntariamente em objetivos de grupo”. Robert Tannenbaum, Irving Weschler e Fred Massarik 
definem liderança como “influência interpessoal exercida numa situação e dirigida, através do 
processo de comunicação, para a consecução de objetivos”. Harold Koontz e Cyril O’Donnell 
afirmam que a “liderança consiste em influenciar pessoas para a realização de um objetivo comum.” 
 Uma análise de outros autores que tratam de administração revela que a maioria concorda em 
ser liderança o processo de influenciar as atividades de um indivíduo ou de um grupo para a consecução de um 
objetivo numa dada situação. Desta definição de liderança segue‐se que o processo de liderança é uma 
função do líder, do liderado ou subordinado e de variáveis situacionais. 
 É importante notar que essa definição não faz menção a qualquer tipo particular de 
organização. Em toda situação em que alguém procura influenciar o comportamento de outro 
indivíduo ou grupo, há liderança. Assim, em um ou outro momento da vida, todos tentam exercer 
liderança, quer suas atividades se refiram a uma empresa, a uma instituição educacional, a um 
hospital, a uma organização política ou à família. 
 É fundamental diferenciar a liderança formal (ou nominal) da liderança informal (ou 
emergente). A posição do líder num grupo poder destacada como uma posição estrutural para qual é 
designado um membro particular. Essa posição goza de certos privilégios e deveres formais e, nesse 
sentido, espera‐se um determinado tipo de comportamento de quem a ocupa. Porém, em certas 
condições é possível que alguém que foi nomeado líder (liderança formal) não influencie outros 
membros do grupo de maneira tão satisfatório como algum outro líder (liderança emergente) dentro 
do grupo. A liderança emergente demarca o papel real de comportamento que envolve poder e 
influência efetiva sobre outros membros do grupo. A liderança emergente muitas vezes não 
corresponde à liderança nominal. 
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 Cumpre lembrar que, quando esta definição menciona líder e liderado, não devemos supor 
que se trate somente de uma relação hierárquica do tipo (chefe)/subordinado. Sempre que uma 
pessoa procura influenciar o comportamento de outra, a primeira é o líder potencial e a segunda o 
liderado potencial, não importando se esta última é o chefe, um colega, subalterno, amigo ou parente. 
 No ambiente organizacional, é certamente a liderança que dará condições para que o trabalho 
em equipe funcione. É o líder, por meio de suas ações, a pessoa mais adequada para obter a 
cooperação dos envolvidos nas tarefas de trabalho. Ele estabelece, mantém e desenvolve uma direção 
aceita por todos, promove a convergência de diferentes percepções, interesses e objetivos. Sem a sua 
presença, as pessoas terão dificuldade até para dar conta dos papéis designados pela organização. 
 
(HERSEY, Paul & Kenneth, BLANCHARD. Psicologia para Administradores. São Paulo: E.P.U., 1986. 
p.103,104) 
(FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 
2000.) 
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1.1 – TIPOS DE LIDERANÇA 
 
1. LÍDER AUTORITÁRIO ‐ Concentra o poder de decisão. Dita sozinho as normas e atividades do 
grupo. É auto‐suficiente. Não distribui o poder de decisão. Não promove lideranças. Não estimula a 
iniciativa dos membros do grupo. Mata o entusiasmo. Só manda, proíbe, ameaça, exige e castiga. É o 
ditador. 
2. LÍDER PATERNALISTA ‐ Se o autocrático mantém o grupo dependente através da dominação , o 
paternalista obtém o mesmo resultado através da superproteção, do “assistencialismo”. Quer fazer 
tudo ele. Não valoriza a iniciativa alheia, substitui‐se à mesma. Também não promove lideranças. 
Tende a criar individualidades infantis, indecisas e inseguras. Todo mundo deve recorrer a ele para a 
solução. 
3. LÍDER “LAISSEZ‐FAIRE” (DEIXA‐CORRER) ‐ Ao contrário dos outros dois, não toma iniciativa 
nenhuma. Não assume, não dirige, não coordena. É inseguro e desligado. Não existe nada definido. 
O grupo se desintegra, pelo desinteresse ou pelos conflitos. 
 
4. LÍDER DEMOCRÁTICO ‐ Valoriza as idéias e iniciativas do grupo. Coordena, anima, promove a 
participação e a cooperação. Favorece o surgimento de lideranças. Distribui o poder de decisão, 
exercendo‐o de forma cooperativa. Cria clima de liberdade, de comunicação e integração. 
 
5. LÍDER SITUACIONAL – É aquele que consegue se adequar aos quatro estilos anteriores 
dependendo da situação. Por exemplo, se o líder trabalha com um grupo iniciante, imaturo e 
irresponsável, pode adquirir características mais autoritárias. Se o líder tem algum liderado que 
atravessa uma fase difícil e comete algum engano sem intenção, pode ser paternalista. Se o líder 
trabalha com pessoas responsáveis e maduras pode ser mais permissivo.
(ANDREOLA, Balduíno A. Dinâmica de grupo: jogo da vida e didática do futuro. Petrópolis: Vozes, 1982) 
(SILVA, Fernando Brasil da. Psicologia aplicada ao turismo e hotelaria. Minas Gerais: CenaUm, 2001. 106- 
107ps. ) 
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 1.2 - ABORDAGENS DE LIDERANÇA 
A) Abordagem das características ou traços. 
 Tal abordagem afirmava que o sujeito poderia ser líder em função de traços da personalidade 
como inteligência, características físicas, espírito de cooperação, etc. Ou seja, em função de 
características intrínsecas imutáveis e sem levar em consideração o ambiente externo. A idéia 
implícita nessa teoria é a de que o sujeito nasce para ser líder. 
B) Abordagem dos estilos de liderança. 
 Tal abordagem surgiu da idéia em se pensar a liderança focalizando os tipos de relações 
interpessoais daí surgidas. Os líderes, nesse caso, teriam estilos diferentes em função de sua 
personalidade e da própria idéia pessoal do que seja liderança. Tais estilos estão elencados na 
página 5 da apostila. 
C) Abordagem situacional ou contingencial. 
 Os seguidores dessa abordagem não acreditam que haja um estilo melhor de liderança, nem um 
estilo permanente, e sim o mais eficaz para uma dada situação. 
 Tannenbaum e Schmidt foram os primeiros a descrever o que influencia um líder em sua ação: 
as forças presentes no líder, forças presentes nos liderados, e forças presentes na situação. Tal 
conjunto de forças demonstra a necessidade de flexibilidade ao se exercer o papel de líder. Assim, 
sua ação estará centrada em sua equipe e na característica do grupo. O líder poderá ser 
democrático em um dado momento, autoritário em outro ou mesmo liberal se estiver trabalhando 
com uma equipe madura e preparada para o exercício de sua função. 
D) Abordagem carismática. 
 Para Robert House, estudioso do assunto, os líderes carismáticos conseguem ter um efeito 
profundo nos seus liderados, em função de suas habilidades pessoais. Esses líderes têm uma forte 
necessidade poder, consideram-se eficazes e estão convictos da moralidade de suas crenças. House 
reconhece dois tipos de líderes carismáticos: os negativos e os positivos. Os primeiros enfatizam o 
poder focado em si mesmos, já os positivos dão ênfase ao poder socializado, concedendo poder a 
seus liderados. 
 De uma maneira geral, os líderes carismáticos têm uma visão e um objetivo que os move, têm 
uma capacidade extraordinária de comunicar a seus seguidores essa visão fazendo com que os 
mesmos a compartilhem, são coerentes e focados quando colocam em prática suas ações rumo à 
realização de seus objetivos, e têm convicção de seus pontos fortes. 
(MACÊDO, Ivanildo (org.) Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2007. 
113-115 ps.) 
(SCHERMERHORN, John R. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Bookman, 
2000. 233p.) 
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 1.3 - HABILIDADES REQUERIDAS DO LÍDER 
a) ABERTURA – permitir aos liderados assumir responsabilidades, participar e tomar decisões; 
propor, ao invés de impor. 
b) ATENÇÃO – ouvir atentamente e reconhecer o valor das pessoas, expressar satisfação com seus 
esforços e realizações. 
c) COACHING – preparar continuamente indivíduos da equipe para desenvolverem suas atuais 
tarefas com mais eficácia. 
d) HUMILDADE – usar de autocrítica, mostrar capacidade de aprender e de reconhecer falhas. 
e) INTUIÇÃO – aguçar a sensibilidade e a espiritualidade 
f) MENTORING – inspirar, educar e orientar as pessoas, para o desenvolvimento de suas carreiras 
profissionais. 
g) VERSATILIDADE – saber atuar num ambiente mutável. 
h) VISÃO DO TODO – conhecer a si mesmo, os outros, a organização e o mundo. 
(MACÊDO, Ivanildo (org.) Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2007. 
120-121 ps.) 
2 – COMUNICAÇÃO 
EMISSOR ⇒ MENSAGEM 
feedback 
⇒ RECEPTOR 
 A palavra comunicação deriva do latim communicare, cujo significado seria “tornar comum”, 
“partilhar”, “repartir”, “associar”, “trocar opiniões”, “conferenciar”. Comunicar implica em 
participação (communicatio tem o sentido de “participação), em interação, em troca de mensagens, em 
emissão ou recebimento de informações novas. 
 A comunicação é, antes de mais nada, uma percepção. Implica a transmissão, intencional ou 
não, de informações destinadas a informar ou influenciar um indivíduo ou grupo de receptores. 
Contudo, não se reduz a isso. Ao mesmo tempo que se transmite uma informação, produz‐se uma 
ação sobre o sujeito receptor e um efeito retroativo (feedback) sobre a pessoa que a emite, que é então 
influenciada. 
 A linguagem não é a única conduta da comunicação. A mímica e o gesto são outras. Por outro 
lado, nem todas as comunicações se exprimem de forma racional. Percebe‐se mais aquilo que é 
transmitido claramente. Freud falou até mesmo de comunicação de inconsciente a inconsciente, 
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exprimindo por isso que os indivíduos são capazes de perceber índices dos quais não têm 
consciência. 
 Seguem‐se algumas definições “clássicas”, cujo confronto nos permite observar diferentes 
abordagens: 
• “Estabelecimento de uma atitude social entre seres humanos, pelo uso de signos de linguagem. A 
 compartilha de conjunto comuns de regras, para várias atividades que visam um objetivo. (...) 
 Toda comunicação procede por meio de signos, com os quais um organismo afeta o 
 comportamento do outro (ou, de modo mais geral, o estado do outro). Comunicação não é a 
 resposta em si mesma, mas é essencialmente a relação que se estabelece com a transmissão do 
 estímulo e a evocação da resposta”. (Colin Cherry) 
• “A comunicação é o processo da participação da experiência para que se torne patrimônio comum. 
 Ela modifica a disposição mental das duas partes associadas. A sociedade não só continua a existir 
 pela transmissão, pela comunicação, como também se pode perfeitamente dizer que ela é 
 transmissão e comunicação”. (John Dewey) 
• “Comunicação não se refere somente à transmissão verbal, explícita e intencional de mensagens. 
 (...) O conceito de comunicação inclui todos esses processos por meio dos quais as pessoas 
 influenciam outras pessoas (...) Esta definição se baseia na premissa de que todas as ações ou 
 eventos têm aspectos comunicativos, assim que são percebidos por um ser humano; implica, além 
 disso, que tal percepção modifica a informação que o indivíduo possui e, por conseguinte, 
 influencia esse indivíduo”. (J. Ruesch & G. Bateson) 
• “Comunicação inclui todos os procedimentos por meio dos quais uma mente pode afetar outra 
 mente. Isto, obviamente, envolve não somente a linguagem escrita e oral, como também música, 
 artes plásticas, teatro, balé e, na verdade, todo comportamento humano”. (W. Weaver) 
 
(RABAÇA, Carlos Alberto & BARBOSA, Gustavo. Dicionário de Comunicação. Rio de Janeiro, Codecri, 
1978.) 
2.1 – COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL 
COMUNICAÇÃO VERBAL ‐ A linguagem oral‐articulada é a forma mais usual da comunicação 
entre os homens. A função mais importante da linguagem verbal é a comunicação. Todas as 
sociedades conhecidas se utilizam muita mais da expressão verbal que da escrita. 
 
COMUNICAÇÃO NÃO‐VERBAL ‐ Sistema de padrões comportamentais pelos quais as pessoas se 
relacionam
umas com as outras, sem usar o elemento verbal. Estamos tão acostumados à 
comunicação verbal, que, quando falamos em comunicação não‐verbal, parece que estamos lidando 
com uma dimensão meramente complementar do processo comunicacional. No entanto, verbal e 
não‐verbal são duas modalidades de exercício da faculdade humana da linguagem, pela expressão 
lingüística, no primeiro caso, e pela movimentação do corpo, no segundo. 
 Quando nos comunicamos com outras pessoas, fazemos uso tanto do canal verbal como do canal 
não-verbal. Porém, pesquisas mostram que somente 7% da comunicação interpessoal podem ser 
traduzidos em palavras. A inflexão da voz corresponde a 38% da comunicação, enquanto os restantes 
55% resultam de expressões faciais e da linguagem corporal. 
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 Os sinais paralingüísticos, como entonação, sotaque, ritmo e pontuação costumam sublinhar o teor 
do conteúdo que está sendo enunciado de um emissor até o receptor, ou muitas vezes contradizer o 
próprio significado das palavras. Se um pessoa diz: “está tudo bem”, num tom de desânimo, tristeza 
e prostração, podemos induzir que as coisas não estão exatamente como ela está dizendo. 
 Além dos sinais paralingüísticos, podemos pensar em outros sinais que são comuns a 
comunicação não-verbal e que transmitem aos sujeitos da comunicação muito mais do que podemos 
imaginar. Os gestos, por exemplo, transmitem muito do que somos e de como estamos nos sentindo. 
Algum desses gestos podem ser emitidos simplesmente com um simples movimento das mãos ou 
dos pés ou de todo o corpo. O braço cruzado, a cabeça baixa, o tronco levantado, o modo de 
caminhar, tudo isso denuncia um pouco de nossa personalidade. 
 O contexto em que ocorre a comunicação não-verbal, bem como as características da 
personalidade são importantes para a eficácia da comunicação. Em relação ao contexto, por exemplo, 
podemos citar o aspecto da cultura. Em alguns lugares, determinados gestos podem ser considerados 
ofensivos e outros inofensivos ou mesmo sem significado algum. Na Arábia saudita, se um homem 
beija o topo da cabeça de outro está pedindo desculpas. Na Jordânia, bater com a unha do polegar 
direito nos dentes significa que se tem pouco ou nenhum dinheiro. No que diz respeito à 
personalidade, muitos gestos podem ser interpretados de maneira errada se não conhecemos bem o 
interlocutor. Por exemplo, muitos intérpretes da comunicação não-verbal entendem que se uma 
pessoa não fala fitando os olhos nos olhos de seu interlocutor, significa que ela não está sendo 
verdadeira. Entretanto isso pode denunciar um aspecto de timidez dessa pessoa. 
2.2 – BARREIRAS À COMUNICAÇÃO 
 Para que as organizações melhorem o processo de comunicação, é interessante apresentarmos seis 
tipos de barreiras à comunicação que habitualmente perturbam a eficiência de tal processo: barreiras 
físicas, barreiras semânticas, barreiras pessoais, diferenças culturais, ausência de feedback e efeito do 
status. 
BARREIRAS PESSOAIS: São interferências que decorrem das limitações, emoções e valores 
humanos de cada pessoa. As barreiras mais comuns em situações de trabalho são os hábitos 
deficientes de ouvir, as emoções, as motivações, os sentimentos pessoais. As barreiras pessoais 
podem limitar ou distorcer as comunicações com as outras pessoas. 
EX. Hábitos de ouvir, emoções, preocupações, sentimentos pessoais e motivações. 
 
BARREIRAS FÍSICAS: São interferências que ocorrem no ambiente em que acontece o processo 
de comunicação. Um trabalho que possa distrair, uma porta que se abre no decorrer da aula, a 
distância física entre as pessoas, paredes que se antepõem entre a fonte e o destino, ruídos estáticos 
na comunicação por telefone etc. 
EX. Espaço físico, interferências físicas, falhas mecânicas, ruídos ambientais, distância. 
 
BARREIRAS SEMÂNTICAS: São as limitações ou distorções decorrentes dos símbolos através 
dos quais a comunicação é feita. As palavras ou outras formas de comunicação – como gestos, sinais, 
símbolos etc. ‐, podem ter diferentes sentidos para as pessoas envolvidas no processo e podem 
distorcer seu significado. As diferenças constituem barreiras semânticas entre as pessoas. 
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EX. Interpretação de palavras, translação de linguagem, significado de sinais, significado de 
símbolos, decodificação de gestos. 
 
DIFERENÇAS CULTURAIS: São interferências causadas pela tendência em considerarmos 
nossa cultura como parâmetro de verdade. Essa tendência chama‐se etnocentrismo. Significa que 
consideramos os valores da nossa cultura superiores e os únicos certos. Com freqüência isto fica 
refletido na má vontade em escutar e tentar entender pontos de vista alternativos e os valores em que 
se baseiam os mesmos. As atitudes etnocêntricas são prejudiciais quando se tenta estabelecer boas 
relações de trabalho com pessoas de culturas diferentes. 
 
AUSÊNCIA DE FEEDBACK: Se depois de enviar sua mensagem o emissor não obtém nenhum 
retorno do receptor, a comunicação fica bloqueada ou funciona em um sentido apenas. Para que a 
comunicação seja eficiente é necessário que o receptor retorne ao emissor o que entendeu da 
mensagem enviada. A comunicação em um sentido vai do emissor para o receptor e depois pára, 
como no caso de um memorando escrito ou de uma mensagem em secretária eletrônica. Não há 
feedback direto e imediato do receptor. A comunicação em dois sentidos, por outro lado, vai do 
emissor ao receptor, e depois volta para o emissor. É caracterizado pelas conversas normais 
interativas das nossas experiências diárias. 
 
EFEITO DO STATUS: As diferenças de status entre as posições na hierarquia de autoridade 
podem criar um tipo especial de barreira à comunicação. Os subordinados podem filtrar as 
informações para torná‐las as mais positivas possíveis, ou decidir contar aos superiores apenas o que 
eles querem ouvir. O motivo pode ser medo em dar notícias ruins, falta de disposição em identificar 
erros ou apenas o desejo de agradar, porém o resultado é sempre o mesmo. A pessoa recebe 
informações inadequadas e incompletas e pode basear suas decisões influenciadas por tais 
informações. 
 Além da influência das barreiras, a comunicação pode ainda sofrer três males: a omissão, a 
distorção e a sobrecarga. 
 
OMISSÃO – ocorre quando certos aspectos ou partes importantes da comunicação são omitidos, 
cancelados ou cortados por alguma razão, seja pela fonte, seja pelo destinatário, fazendo com que a 
comunicação não seja completa ou com que seu significado perca alguma substância. 
 
DISTORÇÃO – ocorre quando a mensagem sofre alteração, deturpação, modificação, afetando e 
modificando seu conteúdo e significado original. 
 
SOBREGARGA – ocorre quando o volume ou quantidade de comunicação é muito grande e 
ultrapassa a capacidade pessoal do destinatário de processar as informações, perdendo grande parte 
delas ou distorcendo seu conteúdo. 
(CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1998. 97- 99ps.) 
(SCHERMERHORN, John R. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Bookman, 2000. 
245-246 ps.) 
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BIBLIOGRAFIA: 
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BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas.
SP, Atlas, 1990. 
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1998. 
MACÊDO, Ivanildo (org.) Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 
2007. 
SCHERMERHORN, John R. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Bookman, 
2000. 
SPECTOR, Paul. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2002. 
Faculdade Machado de Assis 11

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