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Thaís Thatiane Bernardo Tema 2: Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) -Com base na leitura dos textos sugeridos, pode-se entender a importância das equipes multiprofissionais no cuidado da saúde dos indivíduos, vêm se esforçando para atender as necessidades de uma população local, visando atender as necessidades básicas. Mas estas não estão acessíveis aos menos favorecidos socioeconomicamente. Foi implementado o SUS (Sistema Único de Saúde), que tenta suprir as necessidades primárias/ básicas das populações, para atender igualmente toda a população com a diminuição das desigualdades e a ampliação do acesso à saúde para toda a população. Um meio viável para tentar mudar essa situação pode ser visto pelo o PSF ( Programa de Saúde da Família) que vem aumentando e se aperfeiçoando, e hoje em dia tem uma das melhores estratégias de reestruturação do modelo assistencial. -Para estabelecermos um perfil do sistema de saúde que rege o Brasil, é necessário conhecer o contexto no qual ele foi baseado. O poder executivo, a fim de melhorias em todos os âmbitos, estabeleceu três mega objetivos em seu plano plurianual. O mega objetivo I promove e garante o acesso universal e com qualidade os serviços de saúde, previdência, assistência e educação. Dentre as dezoito diretrizes desse mega objetivo, observa-se que a maior parte delas é aplicável à área da saúde. A complexidade do desempenho dos serviços de saúde se dá através de todos os fatores determinantes, como a exclusão e desigualdade sociais juntamente com as condições de vida da população. Apesar do controle da inflação e do gradual aumento do PIB do país, a distribuição dos rendimentos permanece bastante desigual entre as classes sociais. O gasto público social no Brasil com saúde e previdência apresentou um crescimento gradual desde a década de 90, porém, os valores ainda são muito baixos para a obtenção de um serviço de qualidade e de atenção integral. Houve uma queda no número da população pobre em geral, no número de analfabetos e aumento no número da população que frequentou o ensino médio/superior. Entretanto, a queda desses índices não ocorreu de maneira uniforme entre as diferentes classes, diferentemente disso, houve evidentes diferenças regionais e de raça. Enquanto as regiões sudeste/sul apresentaram valores mais significativos, o eixo nordeste/norte não apresentou diferenças significativas em relação às primeiras. Há também uma exorbitante diferença entre a população negra e branca quando relacionadas ao nível educacional. Dentro desse campo político, é dever e necessidade do Estado a segurança a todos os cidadãos pelo direito à educação e à saúde, como garante a Constituição Federal de 1988, e que essas ações sejam financiadas com recursos provenientes de todas as esferas – da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais. Com isso, a criação do SUS em 1990 foi baseada nos princípios de descentralização, hierarquização, regionalização, com acesso universal e de atenção integral sob o princípio de equidade. Com a criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, o Ministério da Saúde fortaleceu sua atuação na área de recursos humanos e possibilitou a articulação entre gestores do SUS e instituições formadoras para adequar os processos de formação e educação permanente às necessidades do sistema. O grau de participação social na gestão de sistemas de saúde vem aumentando substancialmente e os recursos nacionais e de empréstimos internacionais vêm sendo disponibilizados para investimentos em infraestrutura para as próprias Secretarias Estaduais de Saúde. Dentro dos resultados, podemos ver que a base estrutural desse sistema é bem articulada e organizada, que recebe investimentos por parte do Estado. O que ocorre e que faz com que o Sistema não funcione corretamente, são problemas no desvio de verbas; na desvalorização de muitos profissionais, tanto moral quanto financeira; na cultura predominante no país, que preza o hospital como centro de cura e não na prevenção e promoção de saúde; e a falta de uma maior participação popular, para obterem conhecimento acerca dos investimentos que são feitos e serem conscientes de seus direitos. Para isso, é de extrema importância o papel da Educação além da resolução de todos os outros problemas sociais que determinam as condições de saúde. - A Constituição Federal de 1988 propôs-se, em matéria de saúde pública, a ser um marco na história do país. Ao criar o SUS e assentá-lo sobre os princípios da universalidade, integralidade e equidade, entregou ao legislador infraconstitucional e aos formuladores e executores das políticas públicas a árdua e nobre missão de fazê-la efetiva. O que se vê após 25 anos de vigência da Constituição Federal, e a partir dos dados apresentados é um sistema que evoluiu, mas que ainda carece de amadurecimento. Isso evidencia que a constitucionalização de objetivos democráticos representa apenas o primeiro passo em direção à mudança efetiva. A partir daí, existe um longo trajeto de assimilação e efetivação do novo paradigma pelos governantes, a quem cabe elaborar os orçamentos públicos e selecionar os melhores investimentos; pela população, beneficiária do sistema e responsável por fiscalizá-lo e por participar democraticamente de sua gestão; e pelos profissionais da saúde, executores finais dos objetivos constitucionais, e elo entre Estado e população. Um bom exemplo de um modelo inovador que ainda esbarra em mentalidades retrógradas é o Programa de Saúde da Família – PSF, cujos ideais de proximidade entre profissionais de saúde e população, prevenção de doenças, promoção de saúde, educação em saúde, cuidado integral, permanente e multidisciplinar parecem ainda necessitar de um tempo de assimilação tanto por governantes e profissionais de saúde quanto pela população, que ainda cultiva um paradigma “hospitalocêntrico” e “medicocêntrico” da saúde pública. - Com base no texto “Reflexões sobre atenção primária e o programa de saúde da família” podemos notar que houve transformações nesses setores ao longo de sua formação. No Brasil se implantou conceitos essenciais ligados à atenção básica e à implantação da estratégia do programa de saúde da família, incluindo a acessibilidade para todos, e a atenção integral de boa qualidade. Uma grande ênfase seria o trabalho em equipe, em que os múltiplos olhares sobre uma dada situação problema , integrados sob a lógica de um mesmo projeto permite uma visão muito mais enriquecida de todo o processo. Porém, vários fatores interferem no perfil dos sistemas de saúde. O contexto econômico brasileiro é formado por inúmeras oscilações, má distribuição de renda, e desigualdade. No contexto social existem disparidades entre as regiões, como exemplo na educação, em que muitos jovens são analfabetos. Já no contexto demográfico e epidemiológico nos mostra que existem também disparidade, mas que em certos locais há uma maior proliferação. A implementação do Sistema Único de Saúde - SUS, que envolveu a unificação institucional na esfera federal e a descentralização do sistema, busca atender as demandas da sociedade. Sua implantação estimulou a melhor distribuição dos profissionais de saúde no país, planos que cubram as despesas com medicamentos, e programas que visem melhoras na qualidade do sangue transfundido, sua disponibilidade e segurança. Através do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Saúde, e em articulação com outros organismos federais ficou organizado a administração e monitoramento da saúde, incluindo os financiamentos e gastos, estimulando a participação, o controle social, a sustentabilidade, a eficiência na gestão e alocação de recursos, e a equidade dos serviços e ofertas. A regionalização e níveis de assistência são elementos fundamentais a serem discutidos. O Brasil é formado por divisões, e em cada uma dela apresenta diferentes realidades, que faz com que os serviços se instalem em locais com maior demanda e recursos, estimulando uma restrita concentração e a exclusão de outras localidades. O desafio está em organizar a oferta de recursos segundo as necessidades da população e não segundo a “oferta” de serviços, o que implica no conhecimento e organização das regiões priorizando o pacto pela vida.