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Patologia Especial
Prof° Claudia R Vieira Rocha
Fígado
Fígado órgão com coloração marrom-avermelhado, superfície lisa, friável, recoberto por cápsula de tecido conectivo.
Possui face convexa – voltada para o diafragma
E uma côncava – em contato com as vísceras abdominais
Fígado
Fígado
O fígado possui dupla circulação aferente
- pela veia porta
- pela artéria hepática
Esses vasos penetram no fígado, numa estrutura referida como porta hepática, e se distribuem pelos lobos hepáticos.
Fígado
A veia porta é responsável por 75% do sangue que chega ao fígado, vindo dos pré-estômagos e estômago glandular, intestinos, baço e pâncreas
Fígado
Esse fluxo venoso é importante para as funções hepáticas,
 porque permite 
-a absorção de nutrientes e a captação e metabolismo de substâncias tóxicas,
- microrganismos e materiais imunogênicos, que são absorvidos no intestino e chegam ao fígado pela circulação portal
Fígado
Artéria hepática contribui com 25% a 30% do sangue aferente
Penetra o fígado e se distribui pelos lobos.
O sangue da veia porta e da artéria hepática misturam-se nos sinusóides hepáticos
O fluxo eferente do fígado é pela veia hepática, vaso tributário da veia cava caudal
Fígado
Fígado
Estrututa microscópica
Septos interlobulares partem da cápsula e dividem o fígado em pequenas porções 
De tamanho e forma aproximadamente iguais denominados “ lóbulos hapáticos”
Fígado
Função hepática
O fígado realiza várias funções importantes
 - metabolizar e armazenar nutrientes
 - digestão de carboidratos ( usados como 
 energia)
 - síntese de aminoácidos ñ essenciais
 - síntese de proteínas ( albumina/ fibrinogênio)
 - desintoxicação (enviando para rins/excreção)
 - transformação de gordura em energia
 - armazenamento de vit A/ B12/ D/ E; minerais Fe/Cu
 - destruição de hemácias velhas / anormais
.
Vesícula Biliar
Bolsa muscular revestida por epitélio
Função: armazenar a bile, segregada pelo fígado.
A vesícula esvazia seu conteúdo através do conduto biliar no duodeno, para facilitar a digestão; favorecendo os movimentos do intestino e absorção de nutrientes.
Emulsiona gordura.
Vesícula Biliar
Pâncreas
O pâncreas é um órgão com dupla função
 endócrina exócrina
Pâncreas
 
 A porção exócrina libera suas secreções no intestino através de ductos.
 O pâncreas exócrino produz e secreta dois tipos de solução
 - enzimas, que digerem proteínas, gorduras e
 carboidratos presentes no quimo (bolo 
 alimentar)
Pâncreas
- secreta solução de bicarbonato de sódio, que
 serve para elevar o Ph do quimo, para que 
 ocorra transporte pelo intestino delgado.
 A porção endócrina sintetiza e libera dois 
 hormônios
 - Glucagon glicose baixa
 - Insulina glicose alta
Alterações post mortem
Alterações post mortem no fígado
Alterações da cor que ocorrem após a morte são denominadas livores cadavéricos (livor mortis)
Antes de coagular, o sangue se distribui pelo organismo, sob a ação da gravidade ou da pressão dos órgãos intestinais (expandidos por gases)
Alterações post mortem
Embebição por hemoglobina é a impregnação dos tecidos com pigmento sanguíneo que resulta da lise eritrocitária post mortem
Pseudomelanose é uma alteração da cor dos tecidos em contato com os intestinos.
( combinação de sulfeto de hidrogênio produzido por bactérias. com ferro liberado dos eritrócitos
Alterações post mortem
Pseudomelanose hepática, ocorre com áreas pretas ou azul acinzentadas. 
Embebição biliar: coloração amarela ou esverdeada, ocorre nas porções do fígado e em tecidos adjacentes a vesícula biliar.
Alterações post mortem
Alterações post mortem no pâncreas
Ocorre rapidamente/ 4 horas após a morte
Temperaturas elevadas
Animais com lã
Excessivo depósito adiposo subcutâneo
Manuseio inadequado durante necropsia
Ocorre embebição por hemoglobina, pesudomelanose.
Fígado
Alterações de desenvolvimento
Atresia Biliar: anomalia do sistema biliar extra-hepático, que inclui a ausência de vesícula biliar. 
Pode levar um quadro de icterícia e falha na absorção de enzimas lipossolúveis.
Fígado
Shunt porto-sistêmico
Shunt vascular congênito que ocorre no fígado
Mais frequente em cães e gatos
Se caracteriza pela formação (neovascularização) e dilatação de veias que emergem do sistema porta até a veia caudal
Fígado
Ocorre passagem direta de sangue do sistema porta para a veia cava caudal, não passando pela fase de detoxificação
Catabólitos que seriam destruídos pelo sistema de metabolização hepática não o são.
Passando diretamente para a circulação sistêmica, podendo causar alterações encefálicas – encefalopatia hepática
Shunt Porto- Sistêmico
Shunt Porto-Sistêmico
Fígado
Doença policística hereditária
Caracterizada por múltiplos cistos no fígado e rim
Prevalência em gatos persas
 cães terriers
 cabras
 animais afetados morrem por insuficiência
 hepática ou renal
Fígado
Hipoplasia da Veia Porta
Anomalia vascular congênita, que ocorre em cães e ocasionalmente em gatos.
Ramos intra-hepáticos ou extra-hepáticos estão pouco desenvolvidos ou ausentes
Fígado
Hipertensão Portal 
Distúrbio circulatório caracterizado por pressão alta persistente na veia porta.
Principal causa: impedimento do fluxo intra-hepático do sangue 
Doença hepática crônica com fibrose, perda da arquitetura lobular e nódulos (cirrose).
Fígado
Atrofia Hapatocelular
Diminuição do volume do fígado sem nenhuma alteração aparente
 Está relacionada a uma redução generalizada do volume dos hepatócitos em condições de desnutrição severa e prolongada (redução de reservas citoplasmáticas – glicogênio e lipídeos) 
 senilidade
Fígado
Macroscopicamente o órgão pode chegar a estar visivelmente diminuído de volume, com excesso de cápsula sobrando nos bordos
Fígado
Degeneração hidrópica 
 
 associada a uma série de condições patológicas
 intoxicações, hipóxia
 provocam lesões nas organelas citoplasmáticas , com 
 consequente acúmulo de líquido 
 
Fígado
Degeneração Hidrópica
 restrição alimentar
 preenchimento do hepatócito com água
Fígado
Esteatose/Degeneração Gordurosa/Lipidose
Fígado contém mais lipídeo do que esperado no órgão
O fígado está comumente afetado pela esteatose por estar diretamente relacionado com o metabolismo lipídico.
Esteatose Hepática
Esteatose Hepática
Acúmulo de triglicérides na forma de glóbulos redondos de tamanhos variáveis no citoplasma de hepatócitos.
Lipidose, ocorre mais comumente no fígado, que é o principal órgão envolvido no metabolismo de gorduras
Mas pode ocorrer em coração, rins, músculo e adrenais
Lipidose Hepática
Quando leve, pode não causar defeito na função celular
Quando grave, pode causar insuficiência hepática.
Fígado estará volumoso e amarelado
Fragmentos hepáticos podem flutuar na água
Fígado
Alterações de posição Deslocamento do fígado no sentido cranial ocorre na maioria das espécies domésticas
Por aumento do volume( hepatomegalia) do órgão por congestão passiva
Por infiltração neoplásica
Por hérnia diafragmática
Fígado
Na hérnia diafragmática, um dos lobos hepáticos pode ficar encarcerado
Fazendo pressão sobre a raiz do lobo, comprometendo o retorno venoso
Causa congestão passiva crônica
Fígado
Vai ocorrer necrose dos hepatócitos por anóxia, fibrose
Pode haver ruptura do lobo afetado, seguido de hemorragia e choque hipovolêmico.
Não é comum torção em lobos hepáticos, com exceção de coelhos ( manejo)
Fígado
Ruptura hepática
Frequente em animais vítimas de atropelamento
Trauma por compressão do tórax durante manobras vigorosas de ressucitamento é uma causa a se considerar .
Fígado
Traumas
com fraturas de costelas, associado a partos, pode levar a ruptura hepática em potros.
Neoplasias hepáticas
Lipidose hepática
Fígado
Ruptura das vias biliares provoca reação inflamatória do peritônio (fica manchado de bile).
Condição denominada – Peritonite biliar
A ruptura hepática quanto a importância clínica, está relacionada à quantidade e à velocidade da perda sanguínea.
Perda de sangue superior a 30% da volemia , num curto espaço de tempo, pode levar ao choque hipovolêmico - fatal.
Fígado
Hepatite: inflamação do parênquima hepático
Termo usado para designar condições inflamatórias difusas ou locais 
Pode ser causada por agentes infecciosos ou sem causa determinada
Fígado
Lesões por toxinas, que causam necrose e afluxo leucocitário considerável para o local da agressão são denominados hepatites tóxicas
A natureza e distribuição das lesões inflamatórias hepáticas são determinadas pela natureza do agente infeccioso
Fígado
Hepatite Aguda; frequentemente acompanha necrose hepatocelular.
Neutrófilos, linfócitos, plasmócitos e macrófagos, infiltram as áreas de necrose hepatocelular
Se a lesão não for fatal, o tecido necrótico é gradualmente removido por fagócitos e substituído por parênquima regenerado ou tecido fibroso.
Fígado
Se houver persistência do agente haverá evolução para um processo inflamatório crônico, como abscesso ou granuloma.
Macroscopicamente, verifica-se apenas necrose hepatocelular
Fígado
Hepatite Crônica 
Tem sido frequentemente utilizado para descrever qualquer doença hepática inflamatória
Com elevação persistente da atividade sérica de enzimas hepáticas – principalmente ALT
Fígado
Colangite: inflamação dos ductos biliares intra e extra-hepáticos.
Colangioepatite: quando a inflamação afeta tanto os ductos biliares quanto o parênquima hepático
Fígado
Abscessos Hepáticos são comuns, especialmente em bovinos
Abscessos hepáticos em ruminantes originam-se por várias rotas
Ex: onfaloflebite
Fígado
Congestão Hepática 
Insuficiência cardíaca direita elava a pressão no interior da veia cava
Subsequentemente no interior da veia hepática
Os sinusóides ficam dilatados e repletos de sangue
Fígado
Na congestão aguda, o órgão apresenta-se :
- aumentado de tamanho
- bordas abauladas
- coloração vermelho escuro
- flui grande quantidade de sangue ao corte
Fígado
As neoplasias primárias mais comuns em fígado se originam em hapatócitos
- adenoma hepatocelular
- carcinoma hepatocelular
Das células dos ductos biliares
- colangioma
- colangiocarcinoma
De células mesenquimais
- hemangiossarcomas
Neoplasia em fígado
Neoplasia em fígado
Fígado
Respostas à lesão 
A capacidade de regeneração hepática deriva-se da atividade mitótica, dos hepatócitos 
O fígado pode regenerar 80% de sua massa sem aparentes efeitos deletérios
Mesmo quando a necrose de hepatócitos é contínua, o fígado tentará regenerar sua massa funcional
Fígado
O resultado final e irreversível de qualquer das diversas doenças hepáticas – Cirrose
Cirrose: doença crônica do fígado
Caracterizada por fibrose e regeneração, resultando em distorção da arquitetura hepática normal
Fígado
Cirrose caracteriza-se por alterações em todos os lóbulos hepáticos, representada por morte contínua de hepatócitos;
Colapso da arquitetura normal
Formam-se nódulos irregulares que possuem relações anormais com a microvascularização e o sistema de drenagem da bile
Fígado
As causas de um fígado terminal são inúmeras
Insulto tóxico crônico
Obstrução biliar extra- hepática
Inflamação crônica do fígado
Congestão crônica cicatrização pós necrose
Metabolismo anormal do cobre
Fígado
O fígado terminal não pode desempenhar suas funções normais
Assim as manifestações clínicas são de insuficiência hepática
Macroscopicamente o fígado se apresenta diminuído de volume, de consistência firme e nódulos aprofundados em parênquima.
Fígado
Ascite : a doença hepática crônica é acompanhada por extensa cicatrização do fígado
Vai aumentar a resistência ao fluxo sanguíneo através do órgão
Elevando a pressão no interior da veia porta
Fígado
Com o tempo, canais vasculares colaterais se abrem
Permitindo que o sangue na veia porta contorne o fígado anormal ( anatomose vascular porto- sistêmica adquirida)
O aumento da pressão intravascular hepático, causa transudação de fluido para a cavidade, produzindo Ascite
Fígado
Com a perda de líquidos, ocorre hipovolemia, com diminuição da perfusão renal
Realimentando o edema
Fígado
Fotossensibilização : é uma injúria a tecidos cutâneos
Resultante da ativação de pigmentos fotodinâmicos pela radiação UV
As lesões cutâneas limitam-se à pele glabra ou áreas levemente ou sem pigmentação
Fígado
O principal agente fotodinâmico capaz de induzir fotossenbilização é a filoeritrina
 Este pigmento é um agente fotodinâmico derivado da clorofila, existente nos vegetais ingeridos, pela ação da flora gastrointestinal dos herbívoros.
 A filoeritrina é normalmente excretada na bile
Fígado
Se houver uma disfunção hepatocelular, ou obstrução biliar, não vai haver excreção desse agente
Ocorrendo elevados níveis de filoeritrina acumulados no sangue e tecidos cutâneos
A fotossenbilização hepática pode ocorrer como consequência de uma hepatopatia aguda ou crônica
Fotossenbilização
Fígado
Encefalopatia Hepática - EH
É uma enfermidade neurológica, que ocorre na presença de uma disfunção hepática aguda ou crônica
As manifestações neurológicas variam desde letargia até inconsciência.
Fígado
A EH pode ser causada por doença ou lesões que envolvem o parênquima hepático ,
Ou por desvio do sengue venoso portal na circulação sistêmica
A EH é mais conhecida em cães e gatos em decorrência das anormalidades portossistêmicas
Fígado
Síndrome hepatorrenal : aparece com a doença hepática
Alterações que reduzem o volume sanguíneo/ redução do fluxo renal
Pigmentos biliares presentes na circulação em concentrações elevadas, podem se acumular nos túbulos renais e lúmen
Causando nefrose biliar
Pâncreas
Hipoplasia pancreática: ocorre em terneiros
Sinais observados: pelos ásperos, falha em ganhar peso /perda de peso(apesar de haver apetite) 
diarréia por má digestão; má absorção de gorduras, carboidratos e proteínas
Órgão pequeno, pálido e textura frouxa
Pâncreas
Cálculos pancreáticos a formação de concreções (pedras) nos ductos pancreáticos
Denominado Pancreolitíase
Mais frequente em bovinos com mais de 4 anos
Achado incidental no matadouro
Pâncreas
Pancreatite aguda: inflamação do pâncreas
Pode ser espontânea ou idiopática
Maior frequência em cães
Cadela obesas e sedentárias são predispostas
Pâncreas
A pancreatite em cães ocorre como consequência da liberação de enzimas pancreáticas ativadas
Enzimas ativadas, principalmente fosfolipase A e elastase, digerem o tecido pancreático
Vai provocar liberação de mediadores da inflamação, que amplificam ainda mais o processo e atraem mais células inflamatórias
Pâncreas
Pancreatite aguda frequentemente ocorre após o animal ter ingerido refeição com níveis elevados de gordura.
Sinais clínicos: anorexia, dor abdominal, vômitos
A pancreatite aguda produz efeitos sistêmicos:
Pâncreas
A liberação de mediadores inflamatórios e enzimas ativadas oriundas do pâncreas lesionado, pode produzir
Lesão vascular disseminada e subsequente hemorragia disseminada, choque e CID
O fígado também apresenta aumento das enzimas - ALT
Pâncreas
A pancreatite pode ser iniciada por trauma, 
Consequência de lesões por esmagamento ou impacto no abdomen
O vazamento de enzimas pancreáticas, dá início a necrose e inflamação 
A liberação de enzimas pancreáticas resulta em digestão enzimática do pâncreas e tecidos vizinhos
Pâncreas
A destruição continuada do tecido pancreático irá causar perda progressiva sem reposição
Se uma
porção significativa do pâncreas é afetada, pode-se desenvolver sinais de insuficiência pancreática
O pâncreas de animais afetados está distorcido e torna-se uma massa encolhida e nodular.
Pancreatite
Pâncreas
Tumor mais comum do pâncreas – Carcinoma
 Adenomas são menos comuns
Muito Obrigado!!!!!
“ Um olhar vale mais que mil palavras....”
 Ótimo dia a todos!!!!

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