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Trauma Músculo-esquelético TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Prioridades do ABCDE Lesões do sistema músculo-esquelético (85%) Lesões de extremidades perigo de vida comprometimento do membro ANATOMIA E FISIOLOGIA 1. 206 ossos: • longos (fêmur, úmero, ulna, rádio, tíbia, fíbula); • curtos (metacarpais, metatarsais, falanges); • chatos (esterno, costela, escápula); • Suturais (crânio); e • sesamóides (entre os tendões – patela). TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO ANATOMIA E FISIOLOGIA 2. 700 músculos: • Voluntários e involuntários 3. Tendões 4. Ligamentos TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO • Hemorragia • Isquemia • Síndrome Compartimental • Fratura exposta- lesão de partes moles • Esmagamento • Luxação de grandes articulações • Múltiplas fraturas ( embolia gordurosa) O QUE PROCURAR NO TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO? AVALIAÇÃO Tipos principais de trauma músculo-esquelético: 1. Trauma isolado sem risco de vida; 2. Trauma sem risco de vida associado a trauma multissistêmico com risco de vida; 3. Lesões com risco de vida (fratura de fêmur, bacia) TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO • Todos os problemas encontrados durante o exame primário devem ser tratados antes de passar para o exame secundário. • O socorrista não é responsável por distinguir os diversos tipos de lesões músculo-esqueléticas, mas por identificar e tratar as lesões com risco de vida. • O socorrista deve avaliar os mecanismos do trauma, afim de, suspeitar as lesões que o paciente possa ter sofrido. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Quando o paciente não corre risco de vida, o socorrista deve fazer o seguinte: 1. Remova toda a roupa; 2. Pergunte ao paciente sobre o mecanismo do trauma; 3. Avalie o paciente a procura de lesões; 4. Palpe os pulsos, sinta a temperatura e pesquise se existe crepitação; 5. Teste sensibilidade; 6. Verificar pulso, movimento e sensibilidade antes e depois de imobilizar uma extremidade; 7. Imobilizar todas as fraturas ou luxações suspeitadas. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Trauma Músculo-esquelético Exame primário Exame secundário TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Trauma Músculo-esquelético Exame secundário História Mecanismo do Trauma Ambiente Exame físico TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Exame físico Inspeção Palpação Avaliação da circulação TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Exame físico - Inspeção Palidez cutânea Aumento de volume Deformações Ferimentos e abrasões TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Exame físico - Palpação Pontos dolorosos Sensibilidade TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Exame físico – Avaliação da circulação Palpação pulsos periféricos Enchimento capilar TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Lesões de extremidade – perigo de vida Fraturas pélvicas graves TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Trauma Músculo-esquelético Lesões de extremidade – perigo de vida Fraturas pélvicas graves Lesões de extremidade – perigo de vida Fraturas pélvicas graves Trauma Músculo-esquelético Lesões de extremidade – perigo de vida Fraturas pélvicas graves Lesões de extremidade – comprometimento membro Fraturas expostas e lesões articulares Lesões vasculares Síndrome compartimental Lesão neurológica secundária à fratura luxação TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO HEMORRAGIA: • Hemorragia arterial externa • Hemorragia interna Perda sanguínea interna aproximada, associada às fraturas. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Tratamento: • Aplicação de pressão direta. • Aplicação de torniquete (caso a hemorragia não seja controlada por pressão direta), da seguinte forma: 1. Faixa de 10 cm de largura ou manguito do esfignomanômetro; 2. Aplicação proximal ao ferimento hemorrágico; 3. Anotar a hora em que o torniquete foi aplicado em um pedaço de esparadrapo; 4. Deve ser apertado o suficiente para bloquear o fluxo arterial; 5. Pode ser usado com segurança por até 120 a 150 minutos; 6. O paciente deve ser transportado para um hospital com instalações cirúrgicas. • Reavaliação constante do exame primário. • Administração de oxigênio. • Reanimação volêmica; • Transporte para instituição mais indicada. Trauma Músculo-esquelético Outras lesões ENTORSE: é uma lesão articular que ocorre quando os ligamentos são estirados e sofrem ruptura total ou parcial. Torção além da amplitude de movimento. Sinais e sintomas: -Dor -Inchaço -Deformidade -Descoloração da pele -Incapacidade de usar a parte afetada normalmente. FRATURAS: • No osso fraturado, a imobilização leva tanto à redução da possibilidade de mais lesão quanto à diminuição da dor. • Classificação: Fechada (a pele não foi lesada), Exposta(a integridade da pele foi interrompida). TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Tratamento de fratura exposta e fechada: • Controlar a hemorragia e tratar o choque; • Pressão direta e curativos compressivos; • Imobilização; Imobilizar a fratura na posição em que é encontrada (exceção: membro sem pulso ou posição que impeça o transporte do paciente); • Considerar uso de tração em fratura de fêmur; • Para imobilizar deve-se: Acolchoar as talas rígidas,remover jóias e relógios, avaliar a função neurovascular distalmente ao local da lesão. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Tratamento de fratura de bacia: • Imobilização da pelve com bandagens ou com o KED invertido; • Evitar movimentar a pelve. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO LUXAÇÕES: • É a separação dos dois ossos de uma articulação, causada pela ruptura significativa dos ligamentos Tratamento: • Imobilizar com tala na posição encontrada. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO AMPUTAÇÃO: • O tecido é totalmente separado de um membro, ficando sem nutrição e sem oxigenação. • Amputação: perda de parte ou da totalidade de um membro; • Avulsão: laceração e desprendimento de partes moles; • O exame primário deve ser realizado antes de procurar a extremidade amputada. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Os princípios de atendimento em relação à parte amputada são os seguintes: 1. Limpar cuidadosamente a parte amputada com solução de ringer lactato; 2. Envolvê-la em gaze estéril umidecida com solução de ringer lactato e colocar num saco plástico ou caixa. 3. Depois de identificar a bolsa ou caixa, colocá-la em outro recipiente cheio de gelo moído; 4. Não congelar a parte amputada; 5. Transportar a parte amputada juntamente com o paciente para o hospital apropriado mais próximo. SÍNDROME DE COMPARTIMENTO • Elevação da pressão intersticial num compartimento fechado resultando em comprometimento neurovascular. • P> 30mmHg: necrose tecidual • Algia severa • Algia na mobilização passiva • Palidez, parestesia, paralisia TRATAMENTO • Fasciotomia dos compartimentos (em 4-6 horas) • Incisão cutânea longa e abertura dos compartimentos musculares • Fechamento da pele após 3 a 7 dias • Sucesso do tratamento é medido pela manutenção do músculo, nervo. SÍNDROME DO ESMAGAMENTO • Liberação de produtos tóxicos (mioglobina) • Lesão muscular extensa (rabdomiólise) • Direta • Pós síndrome compartimental Obs: -se não tratada, poderá levar a insuficiência renal; -sonda vesical de demora como conduta de Enfermagem. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO QUADRO CLÍNICO • Urina de cor escura (colúria) • Hipovolemia • Acidose metabólica • Hiper/ hipocalemia • Hiper/ hipocalcemia TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO SÍNDROME DO ESMAGAMENTO TRATAMENTO • Reposição volêmica • Diurese osmótica com manitol a 20% • Alcalinização da urina • Evitar a precipitação da mioglobina • Bicarbonato de sódio FRATURAS EXPOSTAS • Debridamento no bloco (C.C apenas) • Profilaxia de tétano e ATB • Estabilização • Fechamento tardio (5- 7 dias) Obs: Osteomielite leva a sepse e morte!!! O tratamento geral do paciente com suspeita de lesão de membros inclui as seguintes etapas: 1. Completar o exame primário e tratar toda e qualquer lesão com risco de vida que for encontrada. 2. Estancar todo e qualquer sangramento e tratar o choque do paciente. 3. Avaliar a função neurovascular distal. 4. Segurar a área da lesão. 5. Imobilizar o membro lesado, incluindo a articulação acima e a articulação abaixo do local da lesão. 6. Reavaliar o membro depois da imobilização, verificando se houve alteração na função neurovascular distal. 7. Tratar a dor, quando apropriado. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Regras para imobilização: 1- Não imobilize a vítima caso provoque mais dor; 2- Tanto antes quanto depois da imobilização, avalie o pulso e a sensibilidade abaixo da lesão. 3- Imobilize as articulações imediatamente acima e abaixo das lesões 4- Imobilize a área lesionada na posição em que foi encontrada 5- Remova ou corte as roupas e as jóias ao redor da lesão. 6- cubra todos os ferimentos, incluindo as fraturas abertas 7- Nunca reposicione intencionalmente extremidades ósseas protusas 8- Forre a tala para prevenir pressão e desconforto à vítima 9- Aplique a tala antes de remover a vítima 10 – Se a vítima apresentar sinais de choque, não peca tempo com talas coloque-a em posição anatômica e remova para um centro hospitalar. TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO REFERÊNCIA CONSULTADA