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FUNDAMENTOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS – AULA 9
Pensamento Político em Tempo de Ciências Sociais 
Compreender que mesmo em tempo de ciências sociais o pensamento político tende à diversidade, à pluralidade.
 Identificar como predominaram no pensamento político, exigências científicas e preocupação com a classe operária.
Nesta aula, você descobrirá a diversidade e a pluralidade do pensamento político em tempos de Ciências Sociais. 
No início do século XIX, o pensamento político Até o século XVIII, o pensamento político tivera a fundamentação em Deus por meio da natureza, no procedimento do jusnaturalismo, próprio do individualismo inglês e as arrojadas propostas de Montesquieu e de Rousseau de pensar sociedades como realidades para além da natureza humana, com direito a ordens próprias, puramente sociais. 
Sem dúvida, apesar de toda a influência, os pensamentos ainda não eram satisfatórios para as exigências cientificistas do século XIX e, do ponto de vista teórico, eram voltados para estabelecer instituições políticas e não para resolver problemas sociais de uma classe inexistente ou ainda incipiente no tempo vivido por seus autores). encontrou um imperativo e um novo problema. 
O imperativo era o de apresentar fundamentação científica. O problema era o crescimento da classe operária, maior concentração populacional da história, presente nas cidades industrializadas com todos os problemas que inspiraram a criação de uma ciência social para resolvê-los. 
Sem fundamentação científica, os primeiros autores (Apesar de muito inspirados em Newton e em Rousseau, foram um dia chamados por Marx de socialistas utópicos, em denominação hoje consolidada) a se preocuparem com a sorte da classe operária foram: Saint-Simon; Charles Fourier; Robert Owen; Proudhon. 
Suas obras eram consideradas o marco inicial do anarquismo. É importante destacarmos uma diferença significativa: o socialismo pretendia amparar e proteger a classe operária em sociedades com governo e propriedade privada, enquanto o anarquismo pretendia mobilizar a classe operária para extinguir tanto a propriedade privada quanto o Estado.
O pensamento político começou a ser produzido atendendo às exigências científicas do século XIX com Stuart Mill e Karl Marx, embora suas raízes intelectuais sejam diferentes.
Stuart Mill - Na sua militância política e em seus escritos defendeu a liberdade individual contra todo tipo de autoridade, considerando que a única justificativa de usar a força contra alguém é impedi-lo de prejudicar outros. Isso, tendo em vista o Princípio da Utilidade ou princípio da Maior Felicidade, que obedecia a dois grandes senhores: o prazer e dor. Em cada ação era necessário maximizar o prazer e minimizar a dor. 
Karl Marx - Acreditava que a política era parte da existência material dos homens. 
A violência não existia por si só nas instituições políticas, porque era inseparável da produção social, das condições materiais e da ideologia, compondo a síntese das três diferentes estruturas das sociedades. 
A política havia sido usada pela burguesia contra a sociedade feudal quando fora revolucionária, mas agora era usada de forma conservadora para manter o capitalismo e evitar a possível violência revolucionária do proletariado.
O Pensamento Político de Stuart Mill e Karl Marx
Stuart Mill procurou produzir uma síntese do pensamento individualista inglês concentrando-se no utilitarismo herdado de Jeremy Bentham (1748-1832) e nos trabalhos dos economistas Adam Smith (1723-1790) e David Ricardo (1772-1823).
Influenciado pelas teses científicas de Augusto Comte, de quem foi amigo e com o qual manteve longa correspondência, procurou dar ao liberalismo tanto a necessária base atualizada de então, quanto uma base argumentativa para enfrentar aqueles aspectos que considerava as grandes ameaças da democracia em tempos de grande população operária com direito a voto: o baixo nível de inteligência tanto do corpo representativo quanto da opinião pública e, acima de tudo, a ditadura da maioria. Por isso, pensou em fórmulas eleitorais que evitassem esses problemas, permitindo com elas a extensão máxima do direito de voto à população, incluindo as mulheres. 
Em consequência, quanto mais se desenvolverem as forças, o autor, concordando com a ideia da Antropologia de sua época, dizia que o comércio, no qual todos procuravam maximizar seus benefícios, era a forma pacífica de contato entre os povos com a qual a civilização eliminava as guerras dos tempos da barbárie. 
Ao falar de Marx, vem imediatamente a obrigação de falar da luta de classes, especialmente de como essa síntese de opostos aparece para ele no capitalismo, na relação burguesia X proletariado. 
Como indicamos em uma das aulas anteriores, a concepção materialista da história de Marx tem como relevantes: a luta de classes, o modo de ser das relações sociais de produção e as forças produtivas. Faltava falar de como as relações entre elas levam os homens a fazer a sua própria história e da importância da política, do uso da violência, nessa história.
O fato da conjugação entre forças produtivas e relações sociais de produção ser realizada por partes, das quais uma é contraditória em si, posto que é luta de classes, fará com que a realidade dessa conjugação também seja contraditória. 
Produtivas (que são, em sentido amplo, os recursos humanos que podem ser usados para a produção das condições materiais de existência) menos haverá essa conjugação, menos os recursos humanos serão utilizados para essa produção, ou seja, serão mais os recursos humanos excluídos dessa produção. 
Sob luta de classes, nenhuma sociedade suportará o desenvolvimento de suas forças produtivas, toda sociedade estará condenada a desenvolver recursos humanos e não poder utilizá-los completamente, por isso terá que excluí-los. 
Em seguida, deverão usar a violência revolucionária e, vencendo, usar essa violência para garantir as novas formas de propriedade de meios de produção, da qual virão novas classes, como as que vieram após a revolução burguesa contra o feudalismo, ou o fim das classes, se for o caso de extinção da propriedade privada e o início de uma sociedade comunista.
Os homens deverão compreender que, uma vez vencida a barreira ideológica, aparecerá a barreira da violência instituída, da violência governamental. 
Marx conjuga o fato político às demais realidades da síntese, da totalidade social, sem fazer de qualquer dessas realidades a causa das demais. 
Ele fala de um fato político que é inseparável da representação ideológica e da base social, mas de uma representação ideológica farsante, porque não é expressão de nenhuma classe e sim das possibilidades aproveitadas por um político aventureiro apoiado pelo lumpenproletariado de Paris e pelos camponeses pequenos proprietários aos quais chamou de saco de batatas.
Marx exerceu grande influência sobre a classe operária na segunda metade do século XIX e os anarquistas exerceram maior influência. Por isso a grande dispersão dos movimentos operários, apesar da Associação Internacional dos Trabalhadores, fundada em 1864, que durante muitos anos teve em Marx uma de suas principais lideranças. 
No entanto, não há na literatura anarquista nada indicativo da influência das ciências sociais, sequer do próprio ambiente científico daquele século. 
O ponto forte do anarquismo foi a sua capacidade de mobilização de massas, que levou alguns autores a pôr em dúvida a capacidade de controle social das instituições liberais. 
Parecia que os apelos, tal como os de Stuart Mill, por maior participação dos operários no processo político dos países capitalistas, como acontecia na Inglaterra, levaria um dia a uma ampla vitória operária nas urnas e a uma mudança completa do comando institucional do capitalismo, da qual decorreria o fim da propriedade privada
Gaetano Mosca (1858-1941), de início formado em Direito e professor de Direito Constitucional, teve grande importância na criação da cadeira de Ciência Política nos cursos universitários.Em boa parte deve-se aos seus livros Elementos de Ciência Política e História das Doutrinas Políticas e, sem dúvida, ao seu trabalho nesse sentido e seu prestígio. 
Teve intensa participação na política italiana. Suas mais conhecidas ideias são o que chamou de: classe política, minoria organizada de governantes que se impõe à maioria desorganizada de governados; fórmula política, aquilo que se usa como instrumento de legitimação do poder, devendo ser laço comum de sentimentos e valores entre governantes e governados.
Vilfredo Pareto (1848-1923), de início engenheiro e economista, deixou mais claro o seu pensamento político no Tratado de Sociologia Geral, publicado em 1916. Nesse tratado desenvolveu a sua tese mais conhecida: a permanente circulação das elites na história.
Com base na ideia de que os autênticos motivos das ações humanas são os resíduos, forças correspondentes a certos instintos dos homens, propõe que elas sejam entendidas como predominantemente não-racionais, porém dissimuladas pelas derivações, raciocínios lógicos ou pseudológicos com que se justificam e se encobrem os motivos não-racionais das ações.
Assim, por exemplo, a circulação de elites seria a história da alternância no poder entre homens que têm o resíduo das combinações, os inovadores, “raposas”, e aqueles que têm o resíduo da persistência, os conservadores, “leões”. 
O alemão Robert Michels (1876-1936), foi também considerado pensador do elitismo político, pois contestou Marx e tratou do tema chave dessa linha de pensamento político: elites.
Para Michels, a razão de ser das elites está na burocracia dos partidos, como escreve em sua obra Os Partidos Políticos. 
Nos partidos políticos existem duas coisas consideráveis: o inevitável fenômeno da liderança, sempre incompatível com os postulados fundamentais da democracia e a impossibilidade mecânica de serem dirigidos pelas massas. Por isso, tendem a ser dominados por ideias e métodos militaristas. 
As consequências são, entre outras, líderes com tendências autocráticas, formação de elites compostas pelos medíocres formados tal qual a direção, renovação conservadora das lideranças e formação de oligarquias dirigentes.
A consequência maior é “a lei de ferro das oligarquias”, nome dado por Michels às cerceadoras condições de ação nos partidos políticos, decorrentes da burocratização, fato de que se valem os líderes e que impede a renovação seja de métodos, de homens ou de ideias. Por isso, a sentença: “a organização é que dá origem ao domínio dos eleitos sobre os eleitores, dos mandatários, dos delegados sobre os que delegam. Quem diz organização, diz oligarquia”. 
Outro autor que também tratou de questões políticas foi Max Weber, através de sua Sociologia Compreensiva. 
Além do conhecido texto A Política como Vocação, as ideias do autor estão principalmente na chamada Sociologia da Dominação
Weber diz que dominação é um caso especial de poder. Portanto, a definição de poder deve ser o ponto de partida para o esclarecimento do que seria, para ele, dominação. Para ele, dominação é um caso especial de poder 
Poder é a possibilidade de que um homem, ou um grupo de homens, realize sua vontade própria numa ação comunitária até mesmo contra a resistência de outros que participam da ação.
Embora poder diga respeito à relação social, ele não é ação, nem relação social. Poder é apenas possibilidade.
Dominação é relação social entre quem lidera e quem é liderado e consente a liderança. Dominação é relação social entre um chefe ou comandante e quem, como subordinado ou mesmo fazendo oposição dentro das regras aceitas por ambos, consente na chefia ou comando. Nesse caso especial, que é a relação de dominação, ao invés de resistência, há consentimento, isto é, legitimidade) dizem respeito à relação social, conduta humana plural cujos sujeitos agem orientando-se uns pela conduta dos outros, isto é, reciprocamente, em ações comunitárias, em ações em que os sujeitos que nela tomam parte consideram pertencer a um mesmo todo, a uma mesma totalidade
Tipos de Dominação na Concepção de Weber
Para Weber, há três tipos de dominação, todas com o nome dos motivos de legitimidade ou consentimento. Duas são próprias dos momentos considerados de rotina diária e uma de momentos considerados extraordinários, respectivamente: dominação racional-legal e dominação tradicional, e dominação carismática. 
Dominação racional-legal é quando em momento de rotina diária o sentido da legitimidade estiver em um conjunto de leis racionalmente elaboradas para orientar as ações sociais dos indivíduos de uma comunidade. 
A obediência a alguém, como a um presidente, não será baseada em sua pessoa e sim em regras estatuídas, como em um estatuto, em um regulamento ou em uma constituição. Por isso, seu tipo mais puro pode ser chamado de dominação burocrática. 
Dominação carismática é quando em momento extraordinário o sentido da legitimidade estiver na crença de um ou muitos homens nas qualidades extraordinárias e não acessíveis a todos, ou seja, a carisma de um determinado líder. 
Seus tipos mais puros seriam o domínio de um profeta, o domínio de um herói de guerra e o domínio de um grande demagogo. Em geral está associada à crença na existência de uma missão que só pode ser cumprida por alguém extraordinariamente qualificado. 
É preciso dar especial atenção à dominação carismática. É corrente a idéia de que certos líderes e certos ídolos de massa teriam carisma, o dom da graça absolutamente pessoal. E nada se deve opor a quem queira pensar assim. Isso é questão que diz respeito à crença que cada indivíduo possa ter eventualmente em relação a outros ou a si mesmo. 
Dominação tradicional é quando em momento de rotina diária o sentido da legitimidade estiver na crença de um súdito, na virtude e na dignidade próprias de um senhor, santificado pela tradição, e na fidelidade desse súdito a essa tradição. 
Seu tipo mais puro será o do domínio patriarcal, como o de um rei, de um sultão ou de um “chefe”, enfim que tem liderança legítima derivada de hábito ou de costume inveterado. No caso especial de estrutura patriarcal de dominação, mediante partilha de terras aos filhos ou a outras pessoas dependentes do círculo familiar, se dá o nome de dominação patrimonial.
Stuart Mill - Defendeu a liberdade individual contra todo tipo de autoridade, considerando que a única justificativa de usar a força contra alguém é impedi-lo de prejudicar outros. 
Gaetano Mosca - Teve grande importância na criação da cadeira de Ciência Política nos cursos universitários. Em boa parte deve-se aos seus livros Elementos de Ciência Política e História das Doutrinas Políticas, ao seu trabalho nesse sentido e seu prestígio
Vilfredo Pareto - Deixou mais claro o seu pensamento político no Tratado de Sociologia Geral, publicado em 1916. Nesse tratado desenvolveu a sua tese mais conhecida: a permanente circulação das elites na história.
Robert Michels - Era considerado pensador do elitismo político, pois contestou Marx e tratou do tema chave dessa linha de pensamento político: elites. A razão de ser das elites está na burocracia dos partidos, como escreve em sua obra Os Partidos Políticos 
Dominação racional-legal é quando em momento de rotina diária o sentido da legitimidade estiver em um conjunto de leis racionalmente elaboradas para orientar as ações sociais dos indivíduos de uma comunidade. 
Dominação tradicional é quando em momento de rotina diária o sentido da legitimidade estiver na crença de um súdito, na virtude e na dignidade próprias de um senhor, santificado pela tradição, e na fidelidade desse súdito a essa tradição. 
Dominação carismática é quando em momento extraordinário o sentido da legitimidade estiver na crença de um ou muitos homens nas qualidades extraordinárias e não acessíveis a todos, ou seja, a carisma de um determinado líder.