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�PAGE � �PAGE �12� � APOSTILA DE ÁLGEBRA LINEAR CURSO: ENGENHARIA DE PETRÓLEO PROF.: MÁRIO S. TARANTO CÓDIGO DA DISCIPLINA: FIM0431 Carga Horária Teórica: 44 horas Carga Horária Prática: 0 horas Carga Horária Campo: 22 horas EMENTA: Sistemas Lineares. Espaços vetoriais. Transformações lineares. Autovalores e autovetores. OBJETIVO(S) GERAL (IS): Adquirir e aplicar os conhecimentos de álgebra linear na resolução de problemas e situações concretas em Engenharia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS : 1. Compreender o conceito de vetor. 2. Utilizar o cálculo com matrizes na resolução de sistemas lineares 3. Compreender o conceito de espaços vetoriais 4. Aplicar o conceito de Transformação Linear na resolução de problemas 5. Calcular autovalores e autovetores CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade I - SISTEMAS LINEARES 1.1 Matrizes e determinantes 1.2 Discussão e resolução de sistemas lineares 1.4 Método da Matriz inversa Unidade II - ESPAÇOS VETORIAIS 2.1 Definição. 2.2 Subespaços vetoriais - definição; subespaços gerados 2.3 Dependência e independência linear; base e dimensão. Unidade III - TRANSFORMAÇÕES LINEARES 3.1 Definição e propriedades; matriz de uma transformação 3.2 Operações com transformações lineares 3.3 Transformações lineares no plano e no espaço Unidade IV - AUTOVALORES E AUTOVETORES 4.1 Definição; polinômio característico. 4.2 Determinação dos autovalores e autovetores de um operador 4.3 Diagonalização PROCEDIMENTOS DE ENSINO: Aulas Teóricas: Aulas expositivas dialogadas com apresentação dos conteúdos relevantes e potencialmente significativos, exemplificações e discussão dos resultados. Resolução de exercícios, objetivando desenvolver habilidades. Uso de transparências e de outros recursos didáticos. Atividades de Campo: Serão desenvolvidas atividades de pesquisa e aplicação na prática (p. ex: lista de exercícios, simulações computacionais) dos conhecimentos estudados na disciplina pelos alunos, sob a orientação do professor. AVALIAÇÃO: Aulas Teóricas: Consiste na avaliação continuada do desempenho dos alunos, sendo sistematizado em três momentos no calendário acadêmico: AV1, AV2 e AV3. Atividades de Campo: Apresentação de relatório das atividades de pesquisa e aplicações práticas. 1 MATRIZES 1.1 NOTAÇÃO GERAL Denomina-se matriz toda tabela disposta em linhas e colunas que encontram-se entre parênteses ou colchetes. Normalmente, as matrizes costumam ser representadas por letras maiúsculas e seus elementos por letras minúsculas acompanhados do duplo índice ij que representam, respectivamente, a linha e a coluna em que o elemento se encontra. EXERCÍCIO 1) Construa a matriz A =(aij)2x3 tal que aij = e a matriz B =(bij)3x3 tal que bij = . 1.2 DENOMINAÇÕES ESPECIAIS DAS MATRIZES MATRIZ LINHA É toda matriz com uma única linha. MATRIZ COLUNA É toda matriz com uma única coluna. MATRIZ QUADRADA É toda matriz do tipo n x n, ou seja, com o mesmo número de linhas e de colunas. Esse tipo de matriz possui duas diagonais: a diagonal principal e a diagonal secundária. MATRIZ NULA É toda matriz que seus elementos são nulos. MATRIZ DIAGONAL É toda matriz quadrada que os elementos que não se encontram na diagonal principal são nulos. MATRIZ IDENTIDADE É toda matriz quadrada que os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais iguais a zero. MATRIZ TRANSPOSTA É toda matriz obtida pela troca ordenada de suas linhas por suas colunas. Denota-se a matriz transposta de A por At. MATRIZ SIMÉTRICA É toda matriz quadrada de ordem n que A = At. MATRIZ OPOSTA Chama-se matriz oposta de A a matriz obtida pela troca de todos os sinais de seus elementos. EXERCÍCIOS 2) A matriz A = é do tipo: ( a ) diagonal ( b ) 1x3 ( c ) nula ( d ) 1x1 3) Sendo a matriz A = �� EMBED Microsoft Equation 2.0 , a oposta de sua oposta é: ( a ) �� EMBED Microsoft Equation 2.0 ( b ) �� EMBED Microsoft Equation 2.0 ( c ) �� EMBED Microsoft Equation 2.0 ( d ) 1.3 IGUALDADE DE MATRIZES Diz-se que duas matrizes A e B, do mesmo tipo, são iguais se, e somente se, todos os elemento que ocupam a mesma posição, são idênticos. 4) A = �� EMBED Microsoft Equation 2.0 seja uma matriz simétrica, calcule x, y e z. 1.4 OPERAÇÕES COM MATRIZES 1.4.1 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO São operações que só podem ser efetuadas entre matrizes do mesmo tipo. A matriz resultante dessas operações é encontrada através da soma ou da subtração dos elementos que ocupam a mesma posição. 1.4.2 MULTIPLICAÇÃO DE UM NÚMERO REAL POR UMA MATRIZ Dado um número real x e uma matriz A, o produto de x pela matriz A é a matriz obtida pela multiplicação de x por todos os elementos da matriz A. 1.4.3 MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES O produto de uma matriz A por uma matriz B, é a matriz C onde cada um de seus elementos é obtido através da soma dos produtos dos elementos correspondentes da i-ésima linha de A pelos elementos da j-ésima coluna de B. EXERCÍCIOS 5) Calcule a matriz X na equação 3X - A + 2B = 0, sabendo que A = e B = . 6) Multiplicando a matrizes A = por B = , obtemos: 7) Dadas a matriz A =(aij)2x3 tal que aij = e a matriz B = (bij)3x4 tal que bij = �� EMBED Microsoft Equation 2.0 de forma que do produto de A X B obtenha-se a matriz C. Determine o elemento c22. 8) Dadas A = e B = �� EMBED Microsoft Equation 2.0 , calcule A x Bt + At x B, se possível. 1.5 MATRIZ INVERSA Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A’ ,de mesma ordem, tal que A x A’ = In = A’ x A, dizemos então que a matriz A’ é inversa de A e denotamos A -1. EXERCÍCIOS 9) Calcule a matriz inversa, se existir, de A = . 10) Calcule a matriz inversa, se existir, de A = . 11) Sendo A = , calcule A-1 caso exista. 1.6 DETERMINANTES Chama-se determinante o número associado a uma matriz quadrada. 1.6.1 DETERMINANTE DE 1ª ORDEM Dado uma matriz A, de 1ª ordem, seu determinante é o próprio elemento de A. 1.6.2 DETERMINANTE DE 2ª ORDEM Dado uma matriz A, de 2ª ordem, seu determinante é a diferença encontrada entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. 1.6.3 DETERMINANTE DE 3ª ORDEM O determinante de uma matriz A de 3ª ordem pode ser feito através de um dispositivo denominado regra de Sarrus, que consiste primeiramente na repetição das duas primeiras colunas ao lado da terceira, para então somarmos os produtos encontrados pelos elementos da diagonal principal e suas paralelas e os produtos encontrados pelos elementos da diagonal secundária e suas paralelas, e finalmente, nessa ordem, determinar essa diferença. EXERCÍCIOS 12) Calcule o valor de x na equação = 12. 13) Resolva em R a inequação 14) Calcule o(s) valor(es) de x Î R em . 1.7 MATRIZ ADJUNTA 1.7.1 MENOR COMPLEMENTAR Chamamos de menor complementar relativo ao elemento aij de uma matriz A, quadrada de n > 1, o determinante MCij, de ordem n -1, associado à matriz obtida de A quando excluímos a linha e a coluna de aij. 1.7.2 COFATOR Chamamos de cofator relativo ao elemento aij de uma matriz quadrada de ordem n o número Aij, tal que Aij = (-1)i + j x MCij. Denota-se a matriz dos cofatores de A por . 1.7.3 MATRIZ ADJUNTA Chamamos de matriz adjunta de A a matriz transposta da matriz dos cofatores de A. Denota-se adj A. EXERCÍCIOS 15) Determine a matriz adjunta de A = . 16) Calcule a matriz adjunta da matriz A =. 1.8 TEOREMA DE LAPLACE O determinante de uma matriz quadrada A, quando sua ordem for maior que 2, pode ser obtido pela soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da matriz A pelos respectivos cofatores. EXERCÍCIOS 17) Calcule, utilizando o Teorema de Laplace, os determinantes das seguintes matrizes: a) b) c) 18) O determinante de está representado pelo polinômio: ( a ) x2 + 1 ( b ) –x2 – 1 ( c ) 3x2 – 1 ( d ) 3(x2 + 1) ( e ) 3(x + 1)(x – 1) 19) O determinante da matriz , onde 2a = ex + e–x e 2b = ex – e–x é igual a: ( a ) 1 ( b ) –1 ( c ) ex ( d ) e–x ( e ) 0 2 SISTEMAS LINEARES 2.1 EQUAÇÃO LINEAR É toda equação na forma , onde os valores de são os coeficientes reais de e b é um número real chamado de termo independente. 2.2 SISTEMA LINEAR É todo conjunto de equações lineares na forma: , com m equações e n incógnitas. Chamamos de n-upla, de números reais, a solução simultânea de todas as equações do sistema. 2.3 ASSOCIAÇÃO DE UMA MATRIZ A UM SISTEMA LINEAR 2.3.1 MATRIZ INCOMPLETA É a matriz formada somente pelos coeficientes das incógnitas do sistema linear. 2.3.2 MATRIZ COMPLETA É a matriz formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema linear, acrescida de uma última coluna com os termos independentes. 2.4 SISTEMA HOMOGÊNEO Um sistema é chamado de homogêneo quando todos os termos independentes de suas equações são nulos. A n-upla (0, 0, ..., 0) é sempre solução de um sistema homogêneo e recebe o nome de solução trivial. 2.5 CLASSIFICAÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR Um sistema linear pode ser: possível e determinado (possui apenas uma única solução) possível e indeterminado (possui infinitas soluções) impossível (não possui solução) 2.5.1 SISTEMA NORMAL Um sistema é normal quando possui o mesmo número de equações e incógnitas e o determinante da matriz incompleta associada ao sistema é diferente de zero. Assim, se m = n e det A ¹ 0, o sistema é normal. 2.6 REGRA DE CRAMER Chama-se regra de Cramer a técnica usada para solucionar um sistema linear. Fazendo , onde D é o determinante da matriz incompleta associada ao sistema e é o determinante obtido através da substituição, na matriz incompleta, da coluna i pela coluna formada pelos termos independentes. 2.7 SISTEMAS EQUIVALENTES Dois sistemas são equivalentes quando possuem o mesmo conjunto solução. 2.7.1 PROPRIEDADES DOS SISTEMAS EQUIVALENTES Trocando-se de posição as equações de um sistema linear, obtém-se um outro sistema equivalente. Multiplicando-se uma equação do sistema linear por um número real diferente de zero, obtém-se um outro sistema equivalente. Adicionando-se a uma das equações do sistema linear o produto de uma outra equação desse mesmo sistema por um número real diferente de zero, obtém-se um outro sistema equivalente. 2.8 SISTEMAS ESCALONADOS O procedimento para o escalonamento de um sistema é o seguinte: 1º - Fixamos como 1ª equação uma das que possuam o coeficiente da 1ª incógnita diferente de zero. 2º - Utilizando as propriedades dos sistemas equivalentes, anulamos todos os coeficientes da 1ª incógnita das demais equações. 3º - Anulamos todos os coeficientes da 2ª incógnita a partir da 3ª equação. 4º - Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema se torne escalonado. EXERCÍCIOS 20) Resolva e classifique o sistema 21) Calcule a n-upla que satisfaz o sistema . 22) Resolva, utilizando a regra de Cramer, o sistema . 23) Calcule a n-upla que satisfaz e classifique o sistema aplicando a regra de Cramer. 24) Resolva o sistema aplicando a regra de Cramer. 25) Resolva, por substituição e classifique o sistema . 26) Resolva o sistema utilizando o método de substituição. 27) Calcule a n-upla que satisfaz e classifique o sistema aplicando o escalonamento. 28) Resolva por escalonamento o sistema 29) Resolva, por escalonamento e classifique o sistema . 30) Calcule a n-upla que satisfaz o sistema e classifique-o. 31) Calcule os valores de m e p de modo que o sistema tenha uma infinidade de soluções. 32) Resolva o sistema linear . RESPOSTAS 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 – 7 – 8 – 9 – 10 – 11 – 12 – 13 – 14 – 15 – 16 – 17 – 18 – 19 – 20 – 21 – 22 – 23 – 24 – 25 – 26 – 27 – 28 – 29 – 30 – 31 – 32 – 33 – 34 – 35 – 36 – 37 – 38 – 39 – 40 – 41 – 42 – 43 – 44 – 45 – 46 – 47 – 48 – 49 – 50 – 51 – 52 – 53 – 54 – 55 – 56 – 57 – 58 – 59 – 60 – 61 – 62 – 63 – 64 – 65 – 66 – 67 – 68 – 69 – 70 – 71 – 72 – 73 – 74 – 75 – 76 – 77 – 78 – 79 – 80 – 81 – 82 – 83 – 84 – 85 – 86 – 87 – 88 – 89 – 90 – 91 – 92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99 – 100 – 101 – 102 – 103 – 104 – 105 – 106 – 107 – 108 – 109 – 110 – 111 – 112 – 113 – 114 – 115 – 116 – 117 – 118 – 119 – 120 – 121 – 122 – 123 – 124 – 125 – BIBLIOGRAFIA BÁSICA: KOLMAN, Bernard; HILL, David R. Introdução à álgebra linear: com aplicações. Rio de Janeiro: LTC, c2006. LAY, David C. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro, LTC; 2007. LIPSCHUTZ, Seymour. Álgebra linear: teoria e problemas. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Makron, 1994. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: LEITHOLD, Louis. Cálculo com geometria analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1994-2002. 2 v. STEINBRUCH, Alfredo. Matrizes, determinantes e sistemas de equações lineares. São Paulo: McGraw-Hill, 1989. _220125776.unknown _408180460.unknown _408216048.unknown _408217968.unknown _408218608.unknown _408219248.unknown _583516340.unknown _408218928.unknown _408218288.unknown _408217008.unknown _408217328.unknown _408217648.unknown _408216688.unknown _408182380.unknown _408215728.unknown _408181740.unknown _408181100.unknown _394497000.unknown _408178860.unknown _408180140.unknown _408179180.unknown _394497640.unknown _394497320.unknown _394494760.unknown _394495400.unknown _394495720.unknown _267265708.unknown _171213280.unknown _171215840.unknown _171233444.unknown _171234724.unknown _171235364.unknown _171234084.unknown _171216160.unknown _171214560.unknown _171214880.unknown _171214240.unknown _171183380.unknown _171194392.unknown _171200668.unknown _171202588.unknown _171200988.unknown _171195672.unknown _171195992.unknown _171192472.unknown _171193752.unknown _171192792.unknown _171183700.unknown _171181460.unknown _171182420.unknown _171182740.unknown _171181780.unknown _171182100.unknown _171180500.unknown _171181140.unknown _169571728.unknown _169573008.unknown _133650992.unknown