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Econometria Aula - 14

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Econometria
Aula 14
Marta AreosaMarta Areosa
marta@econ.puc-rio.br
Distribuição Asintótica de MQO
 
• Na primeira parte do curso derivamos as propriedades do 
estimador de MQO de duas formas: 
o Assumindo normalidade de u 
o Sem assumir normalidade de u, mas assumindo que n é 
2
o Sem assumir normalidade de u, mas assumindo que n é 
grande. 
 
• Agora iremos ver com mais detalhes as propriedades do 
estimador de MQO quando n é grande (propriedades 
assintóticas) 
Consistência
 
• Anteriormente mostramos que se o estimador de MQO satisfaz 
os pressupostos, vamos obter um estimador que é não-viesado. 
 
• Porém, em alguns casos, não conseguiremos obter estimadores 
3
• Porém, em alguns casos, não conseguiremos obter estimadores 
não viesados. 
 
• Nesses casos iremos nos satisfazer com estimadores que sejam 
consistentes. Isso significa que conforme n → ∞, a 
distribuição do estimador colapsa para o valor do parâmetro. 
Distribuição amostral conforme n ↑
4
β1
n1
Distribuição amostral conforme n ↑
n1 < n2
5
β1
n1
n2
Distribuição amostral conforme n ↑
n3 n1 < n2 < n3
6
β1
n1
n2
Consistência
 
• O conceito de consistência envolve um experimento 
imaginário sobre o que aconteceria se o tamanho da nossa 
amostra aumentasse. 
 
7
 
Consistência
 
• O conceito de consistência envolve um experimento 
imaginário sobre o que aconteceria se o tamanho da nossa 
amostra aumentasse. 
 
8
 
• Se obtivermos mais e mais dados, isso nos aproxima do valor 
parâmetro de interesse na população? 
 
 
Consistência
 
• O conceito de consistência envolve um experimento 
imaginário sobre o que aconteceria se o tamanho da nossa 
amostra aumentasse. 
 
9
 
• Se obtivermos mais e mais dados, isso nos aproxima do valor 
parâmetro de interesse na população? 
 
• Vamos mostrar matematicamente a prova de consistência 
usando o conceito de limite em probabilidade (plim). 
 
Provando Consistência
( )( ) ( )( )211111ˆ ∑ −∑ −= xixiyxixβ
10
Provando Consistência
( )( ) ( )( )211111ˆ ∑ −∑ −= xixiyxixβ
11
( )( ) ( )( )21111111 ∑ −−∑ −−+= xixniuxixnβ
Provando Consistência
( )( ) ( )( )
( )
2
11111
ˆ xixiyxix ∑ −∑ −=β
12
( )( ) ( )( )
( ) ( )1,111ˆplim
2
11
1
11
1
1
xVaruxCov
xixniuxixn
+=
∑ −
−
∑ −
−+=
ββ
β
Provando Consistência
( ) ( )1,111ˆ plim
=
+= xVaruxCov
β
ββ
13
( ) 0,1 que já
1
=
=
uxCov
β
Pressupostos
 
• Para um estimador ser não viesado, nós assumimos que: 
 
E(u|x1, x2,…,xk) = 0 
 
14
 
 
Pressupostos
 
• Para um estimador ser não viesado, nós assumimos que: 
 
E(u|x1, x2,…,xk) = 0 
 
15
 
• Para consistência, podemos usar um pressuposto mais fraco de 
média zero e correlação zero: 
 
E(u) = 0 e Cov(xj,u) = 0, para j = 1, 2, …, k 
 
Derivando a fórmula de 
inconsistência
vxxy +++= 22110 :o verdadeirModelo βββ
16
uxy ++= 110 :estimado Modelo ββ
Derivando a fórmula de 
inconsistência
β 22seja,ou += vxu
17
δβββ 211
~
 plim então
22
+=
Derivando a fórmula de 
inconsistência
 22seja,ou vxu += β
18
( ) ( )12,1 onde
211
~
 plim então
22
xVarxxCov=
+=
δ
δβββ
Viés assintótico
 
• A intuição para o viés assintótico é a mesma que para o viés 
de variável omitida. 
 
 
19
 
Viés assintótico
 
• A intuição para o viés assintótico é a mesma que para o viés 
de variável omitida. 
 
• A principal diferença é que para a fórmula assintótica usamos 
20
• A principal diferença é que para a fórmula assintótica usamos 
a variância e covariância populacional. 
 
 
Viés assintótico
 
• A intuição para o viés assintótico é a mesma que para o viés 
de variável omitida. 
 
• A principal diferença é que para a fórmula assintótica usamos 
21
• A principal diferença é que para a fórmula assintótica usamos 
a variância populacional e covariância populacional. 
 
• Inconsistência é um problema que acontece em grandes 
amostras. Não desaparece mesmo quando aumentamos o 
número de observações (adicionamos dados). 
Viés assintótico
 
• Suponha que temos um modelo dado por: 
 
y=β0 + β1x1 + β2x2 + u 
 
22
 
 
Viés assintótico
 
• Suponha que temos um modelo dado por: 
 
y=β0 + β1x1 + β2x2 + u 
 
23
 
• Suponha que x2 e u não estão correlacionados, mas que x1 e u 
estão correlacionados. 
 
Viés assintótico
 
• Suponha que temos um modelo dado por: 
 
y=β0 + β1x1 + β2x2 + u 
 
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• Suponha que x2 e u não estão correlacionados, mas que x1 e u 
estão correlacionados. 
 
• Neste caso os estimadores de MQO de β1 e β2 serão 
inconsistentes. 
Inferência em grandes amostras
• A consistência de um estimador é uma propriedade 
importante. Mas não nos permite fazer inferência estatística 
(testar hipóteses, construir intervalos de confiança). 
 
25
Inferência em grandes amostras
• A consistência de um estimador é uma propriedade 
importante. Mas não nos permite fazer inferência estatística 
(testar hipóteses, construir intervalos de confiança). 
 
• Para isso, precisamos descobrir qual é a distribuição amostral 
26
• Para isso, precisamos descobrir qual é a distribuição amostral 
do estimador de MQO. 
 
 
Inferência em grandes amostras
• A consistência de um estimador é uma propriedade 
importante. Mas não nos permite fazer inferência estatística 
(testar hipóteses, construir intervalos de confiança). 
 
• Para isso, precisamos descobrir qual é a distribuição amostral 
27
• Para isso, precisamos descobrir qual é a distribuição amostral 
do estimador de MQO. 
 
• Anteriormente assumimos que u é distribuído como uma 
Normal. O pressuposto de normalidade de u, implicava que y|x 
também era Normal. 
Inferência em grandes amostras
• Com base no TLC, mostramos que a distribuição amostral do 
estimador de MQO nos permite usar estatísticas t e F para 
testes de hipótese. 
 
28
Inferência em grandes amostras
• Com base no TLC, mostramos que a distribuição amostral do 
estimador de MQO nos permite usar estatísticas t e F para 
testes de hipótese. 
 
• Porém, em muitos casos estamos interessados em Analisar 
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• Porém, em muitos casos estamos interessados em Analisar 
variáveis que não são distribuídas como uma Normal—
salários, número de prisões, número de patentes, poupança—
já que a distribuição Normal é simétrica. 
 
Inferência em grandes amostras
• Com base no TLC, mostramos que a distribuição amostral do 
estimador de MQO nos permite usar estatísticas t e F para 
testes de hipótese. 
 
• Porém, em muitos casos estamos interessados em Analisar 
30
• Porém, em muitos casos estamos interessados em Analisar 
variáveis que não são distribuídas como uma Normal—
salários, número de prisões, número de patentes, poupança—
já que a distribuição Normal é simétrica. 
 
• Mas não precisamos do pressuposto de normalidade para 
mostrar que MQO é não-viesado. 
Normalidade assintótica
• Porém, conforme o tamanho de observações aumenta, não 
precisamos assumir isso. O estimador de MQO irá ser 
distribuído assintóticamente como uma normal. 
 
 
31
 
Normalidade assintótica
• Porém, conforme o tamanho de observações aumenta, não 
precisamos assumir isso. O estimador de MQO irá ser 
distribuído assintóticamente como uma normal. 
 
• Este resultado é gerado pelo Teorema do Limite Central. 
32
• Este resultado é gerado pelo Teorema do Limite Central. 
 
 
Normalidade assintótica
• Porém, conforme o tamanho
de observações aumenta, não 
precisamos assumir isso. O estimador de MQO irá ser 
distribuído assintóticamente como uma normal. 
 
• Este resultado é gerado pelo Teorema do Limite Central. 
33
• Este resultado é gerado pelo Teorema do Limite Central. 
 
• O TLC nos diz que a média padronizada da média de uma 
população com média m e variância s2 é asintóticamente 
~N(0,1), ou 
 
Normalidade assintótica
• Porém, conforme o tamanho de observações aumenta, não 
precisamos assumir isso. O estimador de MQO irá ser 
distribuído asintóticamente como uma normal. 
 
• Este resultado é gerado pelo Teorema do Limite Central. 
34
• Este resultado é gerado pelo Teorema do Limite Central. 
 
• O TLC nos diz que a média padronizada da média de uma 
população com média m e variância s2 é asintóticamente 
~N(0,1), ou 
 
( )1,0~ N
n
YZ
a
Y
σ
µ−
=
Normalidade assintótica de MQO
• Sob os pressupostos que fizemos para derivar o estimador de 
MQO (Gauss-Markov): 
• 
 ( ) ( ),22,0Normal ~ˆ (i) jaajjn − σββ
35
( ) ( )
( )
tes.independen variáveisoutras nas de regressão
 da resíduo o é ˆ e 2ˆ1plim 2 onde
jx
rijrnja
jjj
∑
−
=
Normalidade assintótica de MQO
• Sob os pressupostos que fizemos para derivar o estimador de 
MQO (Gauss-Markov): 
• 
 
22
=σσ
36
)(2 de econsistentestimador um é 2ˆ (ii) uVar=σσ
Normalidade assintótica de MQO
• Sob os pressupostos que fizemos para derivar o estimador de 
MQO (Gauss-Markov): 
• 
 
)(2 de econsistentestimador um é 2ˆ (ii) uVarσσ =
37
( ) ( ) ( )1,0Normal ~ˆˆ , cada Para (iii)
)( de econsistentestimador um é ˆ (ii)
a
jepjjj
uVar
βββ
σσ
−
=
Normalidade assintótica de MQO
• Como a distribuição de t se aproxima a uma normal para 
grandes amostras, também podemos dizer que: 
 
 
 
38
 
 
 
 
Normalidade assintótica de MQO
• Como a distribuição de t se aproxima a uma normal para 
grandes amostras, também podemos dizer que: 
 
 
 ( ) ( )~ˆˆ − taep βββ
39
 
 
 
( ) ( ) 1~ˆˆ −−− kntjepjj βββ
Normalidade assintótica de MQO
• Como a distribuição de t se aproxima a uma normal para 
grandes amostras, também podemos dizer que: 
 
 
 ( ) ( )~ˆˆ − taep βββ
40
 
 
 
• Note que aqui não assumimos Normalidade, mas ainda 
estamos assumindo homocedasticidade 
 
( ) ( ) 1~ˆˆ −−− kntjepjj βββ
Erro padrão assintótico
• Quando u não é distribuído de forma Normal, nos referimos ao 
erro padrão como um EP assintótico já que: 
 
 
 
41
 
 
 
 
Erro padrão assintótico
• Quando u não é distribuído de forma Normal, nos referimos ao 
erro padrão como um EP assintótico já que: 
 
 
 
( ) ( )jep = σβ ,2
2
ˆ
ˆ
42
 
 
 
 
 
( ) ( )
( ) njcjep
jRjSTQ
jep
≈
−
=
β
β
ˆ
,21
ˆ
Erro padrão assintótico
• Quando u não é distribuído de forma Normal, nos referimos ao 
erro padrão como um EP assintótico já que: 
 
 
 
( ) ( ),21
2
ˆ
ˆ
jRjSTQ
jep
−
=
σβ
43
 
onde Rj é o R2 da regressão de Xj nas outras variáveis 
independentes e SQTj é a soma dos quadrados totais desta 
regrssão. 
 
OBS: Esta fórmula vale quando temos homocedasticidade. 
( )1 jRjSTQ −
Erro padrão assintótico
 
 
 
 
 
( ) ( )
( ) ( )p
p
jRjSTQ
jep
−
=



→
σβ
σσ 22
,21
2
ˆ
ˆ
ˆ
44
 
 
 
 
• Assim, esperamos que o EP diminuísse numa taxa que é 
inversamente proporcional ao tamanho da amostra (n1/2). 
( )
( )
( ) njcjep
j
j
p
jn
cR
XVarSTQ ≈⇒





∈→−
→ βˆ
2
1
1,01

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