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* Farmacologia dos Anestésicos Locais UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI Campus de Divinópolis Professor: Carlos A C Dias Junior Graduação em Farmácia – 6º Período Farmacologia Clínica I * Entender como os principais fármacos Anestésicos Locais produzem os seus efeitos farmacológicos. Objetivo: * Introdução Definição de Anestesia e Breve Histórico Revisão da Fisiologia da Nocicepção (Transmissão da Sensação da Dor) Mecanismo de Ação dos Anestésicos Locais Classificação, Vantagens e Desvantagens Principais Usos Clínicos dos Anestésicos Locais Conclusão Sumário : * Introdução Anestesia ► grego: An + Aisthesis (Anaisthesis) Sem + Sensação Analgesia Anestesia ≠ * Introdução Analgesia Anestesia Inibem especificamente Inibem especificamente as vias da Dor as vias periféricas SNC sensoriais Anestésico Local: Substância química localmente aplicada capaz de inibir a percepção das sensações - Inibe transmissão da informação (do impulso) - Dor (principalmente) - Movimento - Autonômicas Analgésico: Possuem ações seletivas sobre receptores (opióides) periféricos e SNC Liberação de Transmissores Não afeta a transmissão do impulso neuronal não bloqueia a sensações e - não afeta o movimento * Histórico Cocaína (primeiro anestésico das folhas do arbusto coca) 1850 – isolou e observou seus poderes em produzir entorpecimento Albert Niemann (1795-1870) Erythroxylon coca Índios – dormência língua América do Sul * Fisiologia da Nocicepção Nocicepção: Resposta à ativação dos nociceptores Estímulos nocivos (lesão tecidual) -Temperatura elevada - Perturbações mecânicas intensas - Substâncias químicas adstringentes Ativação de fibras nervosas * Fisiologia da Nocicepção Nociceptores Localizados em terminações nervosas livres Pele, Tecidos Profundos e Vísceras Neurônios aferentes = transmitem informações da periferia para o cérebro * Transmissão da Sensação da Dor 1 - Ferimento 2 – Fibras Nervosas (A e C) Aferentes 3 – Formação Reticular Espinha 4 – Tálamo e Sistema Límbico 5 – Córtex * Transmissão da Sensação da 1ª e da 2ª Dor 1ª Dor ► Fibra A Delta (δ) – mielinizadas é aguda e localizável “alfinetada” 2ª Dor ► Fibra C não-mielinizadas é mais lenta, indistinta e maior duração * Tipos de Fibras Nervosas Periféricas Ex: Nociceptores das Fibras Aδ e Fibras C da raiz dorsal ►transmitem as sensações de dor e de temperatura ►não são ativadas por pressão, toque leve ou mudança de posição * Anestésico Local é injetado ou aplicado fora do Epineuro do Nervo Perférico e deve penetrar no Endoneuro (envolve as Fibras A e C, onde residem os canais de Na+) * Hidrofobicidade, difusão e ligação dos Anestésicos Locais Mecanismo de Ação : Os Anestésicos Locais atuam através de sua ligação ao lado citoplasmático (intracelular) do Canal de Na+ regulado por voltagem, bloqueando a transmissão do impulso nas membranas neuronais * Ligação do Anestésico Local a diferentes conformações (estados) do Canal de Na+ * 1 – Anestésico Local com ligação éster Classes Farmacológicas dos Anestésicos Locais 2 – Anestésico Local com ligação amida * 1 – Anestésico Local com ligação éster Procaína (Novocain ®) Cocaína Classes Farmacológicas dos Anestésicos Locais 2 – Anestésico Local com ligação amida Tetracaína Cinchocaína (Dibucaína) Lidocaína (Lignocaína Prilocaína Bupivacaína Benzocaína Outros: - Articaína - EMLA (Lidocaína + Prilocaína (Creme tópico) * Aspectos Importates da Farmacocinética dos Anestésicos Locais Absorção Sistêmcia É minimizada com o Vasoconstritor (Epinefrina) ► Anestésico ao redor do nervo Propriedades da solução injetada (Viscosidade) Visam limitar que o anestésico permaneça no local próximo de sua injeção * Aspectos Importates da Farmacocinética dos Anestésicos Locais Distribuição A quantidade que atinge a circulação sistêmica é metabolizada ou excretada pelos pulmões Ligam-se a glicoproteína ácida α1 e albumina Hidrofobicidade – Determina a deposição tecidual (Vd) Vd = indica extensão com que um fámaco distribuí-se pelos tecidos a partir da circulação sanguínea * Aspectos Importates da Farmacocinética dos Anestésicos Locais Metabolização e Excreção AL com ligação éster metabolizados rapidamentes (minutos) por esterases (plasmáticas e teciduais) Metabólitos excretados na urina AL com ligação amida metabolizados no fígado (CYP450) Metabólitos retornam à circulação e depois excretados na urina * Administração de Anestésicos Locais Método de administração determina tanto o efeito terapêutico quanto a extensão da toxicidade sistêmcia Anestesia Tópica (Mucosas e Pele) Ex: TAC =Tetracaína + Adrenalina + Cocaína Anestesia Infiltrativa (Próximo ao local desejado) Ex: Lidocaína ou Procaína ou Bupivacaína Bloqueio de Nervos Periféricos Bloqueio Nervoso Central Anestesia Regional Intravenosa * Administração de Anestésicos Locais Bloqueio de Nervos Periféricos - Plexo Braqueal – cirurgia de braço - Intercostais – cirurgia parede abdominal - Plexo Cervical – cirurgia do pescoço - Ciático – partes distais dos membros inferiores * Administração de Anestésicos Locais Bloqueio de Nervoso Central - Anestésico é injetado próximo à medula espinhal, bloquando os impulsos nas raízes espinhais - Anestesia Epidural e Intratecal (Obstetrícia) - Baixas doses aliviam a dor sem perda do controle motor Ex: Ropivacaína e levobupivacaína. Região Dessensiblizada Anestesia Intratecal * Administração de Anestésicos Locais Anestesia Regional Intravenosa (Bloqueio de Bier) - Torniquete e faixa elástica colocada distalmente são aplicados a um membro (deve ser elevado) - Resultando em ex-sanguinação parcial do membro - Torniquete impede a toxicidade sistêmica do anestésico - Ex: Cirurgia de membros * Administração de Anestésicos Locais Anestesia Local em Odontologia (Tópico e Injetável) 1 - Anestésico Tópico (Benzocaína e Lidocaína) - Aplicado à mucosa oral e penetra até 2 a 3 mm) - Permite penetração Indolor da agulha com Anestésico Injetado). 2 - Anestésico Injetável (Potência: Bupivacaína >Lidocaína >Mepivacaína) - Infiltrativa (Solução anestésica banha as terminações nervosas) - Bloqueio de Campo (próximo do local da incisão). * 1 – Anestésico Local com ligação éster * 2 – Anestésico Local com ligação amida * 1 – FAUCI, A. S; BRAUNWALD, E.; ISSELBACHER, K. J. et al. Harrison – Principios de Medicina Interna. 16 ed. Madri:McGraw Hill. 2v. 2006. 2 - GOODMAN, L. S., GILMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 9 ed. New York: McGraw Hill. 2002 3 - KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 6 ed. Guanabara Koogan. 2005. 4 – DIPIRO, J. T.; TALBERT, R. L.; YEE, G. C; MATZKE, G. R.; WELLS, B. G.; POSEY, L. M. Pharmacotherapy – a patohphysiologic approach. 6a ed. New York: Appleton & Lange. 2005, 2440p. 5- RANG, H. P., DALE, M. M., RITTER, J. M., GARDEN. P. Farmacologia. 4 ed. Editora Guanabara. 2001. 6 - USP DI - Drug information for the heath care professional. 27a ed. Massachucetts: Micromedex, 2007 Referências Bibliográficas: * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *