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AULA 6: A IMPORTÂNCIA DA MATRÍCULA DE JORNAL, RÁDIO, TV E GRÁFICA 
 Com as modificações introduzidas no Decreto n° 4.857, de 1939, pelo Decreto n° 5.318, de 29 de fevereiro de 1940, cuja finalidade consistiu em reajustar as disposições regulamentares dos Registros Públicos ao Decreto n° 24.776, de 14 de julho de 1934, passamos a promover o registro de jornais e oficinas impressoras atribuindo-lhes uma MATRÍCULA. 
 A matrícula das OFICINAS IMPRESSORAS (tipografia, litografia, fotogravura e gravura), DOS JORNAIS E OUTROS PERIÓDICOS, passa então a ser obrigatória e feita em CARTÓRIO DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS. Tal necessidade se justifica pela necessidade de “TRANSPARÊNCIA GOVERNAMENTAL, como direito do povo de saber as RAZÕES PELAS QUAIS AS DECISÕES SÃO ADOTADAS pelos governantes, pelos legisladores e mesmo pelo Judiciário... não há, porém, direito à informação pública sobre a vida privada das pessoas em geral.”
 ... e é plenamente justificável quando observamos os seguintes preceitos: 
É livre a manifestação do pensamento e vedado o anonimato. 
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. 
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
 
Estes preceitos são antigos conhecidos dos estudantes dos bancos acadêmicos, visto que presentes no artigo 5° da Constituição da República do Brasil, de 1988. No mesmo diploma legal, os arts. 220 e ss. regulam a liberdade de imprensa e submetem aos veículos de comunicação social algumas restrições, como, por exemplo, sua propriedade ser privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos e responsabilizá-los pela sua administração e orientação intelectual.  
Concluímos, portanto, que, INDEPENDENTEMENTE DO REGISTRO DA PESSOA JURÍDICA A QUE PERTENÇAM, É NECESSÁRIA A MATRÍCULA dos jornais, revistas, oficinas impressoras de qualquer natureza, radiodifusoras de som e de som e imagem e agências de notícias, de forma individualizada. 
A importância desses registros, dentre outros, está na:
1) OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS e, mais importante, 
2) CORRETA IDENTIFICAÇÃO DO DIRETOR OU REDATOR RESPONSÁVEL pelo serviço Segundo a Lei 5.250/67, “a correta identificação é imprescindível para RESPONSABILIZAÇÃO em caso de DELITO DE IMPRENSA.” 
A clandestinidade dos jornais e outros periódicos pode acarretar, além da pena de multa, a possibilidade da apreensão de seus exemplares em circulação e interdição da oficina em que foram impressos, pois assim dispõe o artigo 2º da Lei 5.250/67.  
DAS FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS   
- Há 3 tipos de pessoas jurídicas de direito privado: 
associações 
sociedades 
fundações   
 
- Todas tem CONTEÚDO ECONÔMICO mas apenas as SOCIEDADES têm por objetivo o LUCRO. Já AS ASSOCIAÇÕES NÃO PODEM TER INTUITO DE LUCRO, ou seja, possuem fins benemerentes. 
> ASSOCIAÇÕES X FUNDAÇÕES
- Ambas sem fins lucrativos
- A formação de associações se caracteriza pelo AGRUPAMENTO DE PESSOAS para um FIM COMUM
- A formação de fundações se caracteriza por PATRIMÔNIO ESPECIAL, AFETADO E PERSONALIZADO, para a obtenção de determinado fim. 
- O CC inova no tocante às FUNDAÇÕES, ao LIMITAR, aparentemente, OS FINS POSSÍVEIS A ELAS, no § único do artigo 62: 
ao DIRECIONAR OS BENS A OUTRA FUNDAÇÃO de fins iguais ou semelhantes, caso insuficientes para constituí-la, no silêncio do instituidor (art. 63); 
ao consagrar o PRINCÍPIO DA IRREVOGABILIDADE DA DECLARAÇÃO DE VONTADE DO INSTITUIDOR; 
ao impor SANÇÃO decorrente da NÃO-ELABORAÇÃO DO ESTATUTO no prazo determinado para o administrador designado, no que supre a falta o MP (art. 65, § único); 
ao aumentar o quorum necessário para a REFORMA DOS ESTATUTOS de maioria absoluta para dois terços (art. 67); 
ao diminuir o prazo para a minoria vencida argüir a NULIDADE DA ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA de um ano para dez dias (art. 68); 
e, por fim, ao legitimar a qualquer 3° interessado (inclusive o próprio instituidor) a promoção da EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO, caso se torne ilícita, impossível ou inútil a sua finalidade ou vencido o prazo de sua existência (art. 69).  
As COOPERATIVAS, também pelo CC, são capazes de adquirir personalidade jurídica de direito privado, interpretadas como um GÊNERO DE ASSOCIAÇÕES. 
A própria interpretação sistemática do novo Código Civil demonstra que, somente havendo (1) finalidade lucrativa e (2) empresarialidade, haverá REGISTRO NO REGISTRO DAS EMPRESAS. Nas cooperativas, os próprios associados atuam, diretamente, no exercício da atividade, visando ao bem comum. 
Se, quando da entrada em vigor do novo Código Civil, surgiram dúvidas acerca da competência do Registro Civil das Pessoas Jurídicas para o registro das cooperativas, certo é que já se encontra pacífica a melhor doutrina, como se pode observar das lições de Rubens Requião e outros juristas.
 Você sabe qual a origem da PUBLICIDADE ESSENCIAL?
 Nas civilizações antigas, a idéia da origem da publicidade do registro imobiliário baseava-se na publicidade-notícia, quais sejam, o interesse fiscal dos Governos, a conservação de uma prova, a fixação legal da data. Porém, tinham o escopo de tornar-se um meio de prova legal do direito de propriedade. 
 Modernamente, A IDÉIA REGISTRAL IMOBILIÁRIA FUNDA-SE NA PUBLICIDADE ESSENCIAL portanto, objetiva à SEGURANÇA JURÍDICA, quer do ponto de vista dinâmico (assegurar a circulação dos bens e das riquezas com confiabilidade) e, ao mesmo tempo, estático (legitimar a aparência, a segurança, impedir as fraudes, possibilitar, a quem interessar, o conhecimento total das negociações jurídico-imobiliárias).