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Ciências Ambientais histórico ecologia aula1

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1.0 Introdução a ecologia
1.1 Histórico
	A palavra Ecologia deriva do grego Oikos, que significa casa, e logos, significa estudo: O estudo do ambiente da casa, inclui todos os organismos contidos nela e todos os processos funcionais que a tornam habitável.
	A Ecologia é o estudo do lugar onde se vive, enfatizando a totalidade ou padrão de relações entre os organismos e o seu ambiente.
	Desde muito tempo na história humana, a ecologia era de interesse prático. Para sobreviver na sociedade primitiva, todos os indivíduos precisavam conhecer o seu ambiente. O início da civilização coincidiu com o uso do fogo e modificações do meio ambiente.
 	Devido aos avanços tecnológicos, parece que dependemos menos do ambiente natural para suprir nossas necessidades diárias. Os sistemas econômicos valorizam produtos elaborados pelo homem que dão retorno ao indivíduo, mas dão pouco valor aos produtos e serviços da natureza que trazem benefício a sociedade. 
	As nações industrializadas conseguiram sucesso desvinculando a humanidade da natureza, através da exploração de combustíveis fósseis, produzidos pela natureza e finitos, que estão sendo esgotados com rapidez. Entretanto, o homem precisa do ambiente natural, não apenas para energia e materiais, mas também para os processos vitais, tais como o ciclo da água e do ar.
	Nossa sobrevivência depende do conhecimento e da ação inteligente para preservar e melhorar a qualidade ambiental por meio de uma tecnologia harmoniosa e não prejudicial.
	Como toda ciência humana, a ciência da ecologia teve um desenvolvimento gradativo durante a história. As obras de Hipócrates, Aristóteles e outros filósofos da Grécia antiga, contêm referências a temas ecológicos. Não havia uma palavra para o termo ecologia. O termo ecologia foi proposto pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, em 1869.
	Como um campo distinto da ciência, a ecologia data de cerca de 1900, mas foi apenas na última década que a palavra entrou para o vocabulário comum. No início dividia-se em ecologia vegetal e animal, mas com o conceito de comunidade biológica de Clements e Shelford, os conceitos de cadeia alimentar e ciclagem da matéria de Raymond Lindeman e G.E. Hutchinson, entre outros, contribuíram para o estabelecimento de uma teoria básica unificada de ecologia geral.
	No Brasil, muitos dos naturalistas que visitaram o País no século XVIII, como Alfred Wallace, Alexander von Humboldt, Johann von Spix, Karl von Martius e Saint-Hilaire, dedicaram-se à pesquisa da nossa flora e fauna, também sob o ponto de vista ecológico. Mas foi o naturalista dinamarquês Eugenius Warming (1841-1924), quem introduziu a noção de ecologia, ao estudar, entre 1863 e 1866, a vegetação dos campos cerrados nos arredores de Lagoa Santa (Minas Gerais), onde esteve a convite de Peter Lund. Com base no que observou no Brasil, Warming escreveu o livro Plantesamfunde (As comunidades vegetais, 1895), primeira obra sobre ecologia publicada no mundo. Só 30 anos mais tarde apareceu o livro Etologia Animal, de Elton, que estudou o comportamento dos animais e o meio em que vivem.
	Em 1942, foi publicado no Brasil o primeiro trabalho sobre ecologia, de autoria do botânico Félix Kurt Rawitscher, o qual abriu o caminho para o desenvolvimento da ecologia com base em estudos experimentais no país. Seguiram-se outros dois que, além de analisar a influência dos fatores climáticos, tiveram grande importância didática na introdução dos métodos de pesquisa.
	O primeiro trabalho experimental de ecologia de campo no Brasil: “Profundidade dos solos e vegetação dos cerrados no Brasil Meridional”, escrito por Rawitscher, Ferri e Rachid, foi publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, em 1943. 
Compreendendo a importância dessa ciência, a Universidade de São Paulo criou, há mais de duas décadas, no Instituto de Biociências, um Departamento de Ecologia Básica. Desde então, vários outros institutos e faculdades têm criado departamentos dedicados à ecologia. 
1.2 Ecologia e suas relações com outras ciências 
	A Ecologia é uma ciência que aproveita conhecimentos de muitas outras. Não pode dispensar os ensinamentos de Botânica, de Zoologia e de Microbiologia.
	Sustenta-se também em assuntos de Fitogeografia e Zoogeografia. Necessita de conhecimentos de Fisiologia, de Genética, de Física ou de Química, entre tantas ciências. 	Por ser uma ciência de síntese e também de análise deve servir-se de Estatística.
	Estudos sobre o clima e também solos, também são fundamentais para à ecologia.
	Relaciona-se com Política Econômica, uma vez que é ela quem condiciona o tipo de tecnologia a ser implantada em uma determinada região.
1.3 Ecologia e sua relevância para a civilização
	O movimento de consciência ambiental apareceu subitamente nos anos de 1968 a 1970. Nesta época, o mundo estava preocupado com a poluição, a preservação de áreas naturais, crescimento populacional e energia, conforme a ampla cobertura de assuntos ambientais na imprensa popular. O aumento da atenção pública, modificou profundamente a ecologia acadêmica. Embora a ecologia esteja erradicada dentro do curso de Biologia, ela tornou-se também uma disciplina integradora e essencialmente nova, que une os processos físicos e biológicos e serve de ponte de ligação entre as ciências naturais e as ciências sociais. A medida que o âmbito da ecologia se expande, intensifica-se o estudo sobre como os indivíduos e as espécies interagem e utilizam os recursos. 
	Muitos conceitos gerais, relacionados a abordagem evolutiva da ecologia foram elaborados por Robert MacArthur.
	A preocupação como desenvolvimento sustentável, termo aplicado ao desenvolvimento econômico e social, permite enfrentar as necessidades do presente, sem pôr em perigo a capacidade de futuras gerações para satisfazerem suas próprias necessidades. 
	Durante as décadas de 1970 e 1980 tornou-se cada vez mais claro que os recursos naturais estavam sendo dilapidados em nome do "desenvolvimento". Estavam se produzindo mudanças imprevistas na atmosfera, nos solos, nas águas, entre as plantas e os animais e nas relações entre todos eles. Foi necessário reconhecer que a velocidade da transformação era tal que superava a capacidade científica e institucional para minimizar ou inverter o sentido de suas causas e efeitos. Estes grandes problemas ambientais incluem: 
1) o aquecimento global da atmosfera; 
2) o esgotamento da camada de ozônio da estratosfera; 
3) a crescente contaminação da água e dos solos pelos derramamentos e descargas de resíduos industriais e agrícolas; 
4) a destruição da cobertura florestal; 
5) a extinção de espécies; 
6) a degradação do solo;
	Ao final de 1983 criou-se, dentro da Organização das Nações Unidas, uma comissão independente para examinar estes problemas e sugerir mecanismos que permitam à crescente população do planeta satisfazer suas necessidades básicas sem pôr em risco o patrimônio natural.	
	Após a comissão, o acontecimento internacional significativo seguinte foi a cúpula da Terra, ocorrido em junho de 1992, no Rio de Janeiro. Denominada oficialmente Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no qual estiveram representados 178 governos, incluindo 120 chefes de Estado, também ficou conhecida como Eco-92 ou Rio-92. Tratava-se de encontrar modos de traduzir as boas intenções em medidas concretas e de que os governos assinassem acordos específicos para enfrentar os grandes problemas ambientais e de desenvolvimento. Os resultados da cúpula incluem convenções globais sobre a biodiversidade e o clima, uma Constituição ou Carta da Terra, de princípios básicos, e um programa de ação chamado Agenda 21, para pôr em prática estes princípios.
	Os resultados foram relativizados pela negativa de alguns governos a aceitar os cronogramas e objetivos para a mudança ou concordarem com a adoção de medidas vinculantes. O programa de ação contido na Agenda 21 aborda, em seus 41 capítulos, quase todos os temas relacionados com odesenvolvimento sustentável.	
	Entretanto, a conferência foi um exercício transcendental de conscientização ao mais alto nível político. A partir dela, nenhum político relevante poderá alegar ignorância dos vínculos existentes entre o desenvolvimento e o meio ambiente. 
	Organizações ambientalistas, instituições que atuam em prol da proteção e conservação do meio ambiente, podendo ou não pertencem à esfera do poder público. As organizações de governo preparam em termos técnicos a legislação ambiental, gerenciam as unidades de conservação, realizam pesquisas ecológicas e fazem a fiscalização. 
	
	As organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas lutam pela preservação do meio ambiente procurando sensibilizar a opinião pública e empresas e buscar a cooperação do governo, nas suas diferentes esferas do poder. Trabalham denunciando, conscientizando e criando formas de pressão, para reverter situações que atentem contra o meio ambiente. Destacam-se também por realizar estudos, fazer monitoramentos e publicar relatórios, livros, vídeos e propagandas, que elevam o nível de conscientização dos problemas ambientais.
 
	Dedicam-se a salvar determinadas espécies da fauna que estão em extinção, como a defesa das baleias e do mico-leão no Brasil. Há entidades que atuam em escala mundial entre as quais podem ser citados o Greenpeace, Amigos da Terra, Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.
	No Brasil, há um número significativo de entidades que trabalham dedicados à causa ambiental. A Agenda 21 reconheceu o papel importante das ONGs como parceiras para o desenvolvimento sustentável.
1.4 Conceitos Básicos em Ecologia
	As unidades funcionais de um ecossistema são as populações de organismos através das quais circulam a energia e os nutrientes. Uma população é um grupo de organismos da mesma espécie que compartilham o mesmo espaço e tempo. O território ou lugar no qual vivem e ao qual estão adaptadas as distintas plantas ou animais recebe o nome de hábitat, dentro do qual os organismos ocupam distintos nichos. Um nicho é o papel funcional que desempenha uma espécie numa comunidade, ou seja, sua ocupação ou modo de ganhar a vida. 
	Os grupos de populações de um ecossistema interagem de várias formas. Estas coletividades interdependentes de plantas e animais formam uma comunidade, que abrange a porção biótica do ecossistema. As principais influências sobre o crescimento das povoações estão relacionadas com diversas interações, que são as que mantém unida a comunidade. Estas incluem a concorrência, tanto no seio das espécies como entre espécies diferentes; a predação, incluindo o parasitismo, e a co-evolução ou adaptação.
Vocabulário Ecológico 
Ecologia: é a ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e deles com o ambiente.
Componentes Bióticos e Abióticos: seres vivos e não vivos de um ecossistema.
Meio Ambiente: conjunto de fatores bióticos e abióticos que cercam e possibilitam a sobrevivência de um determinado ser vivo.
Habitat: é o lugar onde vive um organismo, ou o lugar onde devemos dirigir-nos para encontrar (endereço).
Nicho Ecológico: é a posição ou papel de um organismo dentro de sua comunidade e ecossistema, como resultante das respectivas adaptações estruturais, reações fisiológicas e comportamento específico (profissão).
Ecossistema: é um conjunto de componentes bióticos e abióticos que, num determinado meio, trocam matéria e energia.
Espécie: é o conjunto de organismos semelhantes entre si, que se reproduzem em condições naturais, sendo seus descendentes, via de regra, férteis.
População: é o conjunto de organismos de uma mesma espécie que habitam determinado espaço em determinado tempo.
Comunidade: é a associação entre seres os vivos de diversas populações de uma determinada área.
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