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Enviado por Mauricio Aquilante Policarpo em

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que funciona como capital, sua concentração nas mãos de capitalistas
individuais e, portanto, a base da produção em larga escala e dos
métodos de produção especificamente capitalistas. O crescimento do
capital social realiza-se no crescimento de muitos capitais individuais.
Pressupondo-se as demais circunstâncias constantes, os capitais indi-
viduais crescem e, com eles, a concentração dos meios de produção,
na proporção em que constituem partes alíquotas do capital global da
sociedade. Ao mesmo tempo, parcelas se destacam dos capitais originais
e passam a funcionar como novos capitais autônomos. Nisso desempe-
nha um grande papel, entre outros fatores, a partilha da fortuna das
famílias capitalistas. Com a acumulação do capital, cresce portanto,
em maior ou menor proporção, o número dos capitalistas. Dois pontos
caracterizam essa espécie de concentração, que repousa diretamente
na acumulação, ou melhor, que é idêntica a ela. Primeiro: a crescente
concentração dos meios de produção social nas mãos de capitalistas
individuais é, permanecendo constantes as demais circunstâncias, li-
mitada pelo grau de crescimento da riqueza social. Segundo: a parte
do capital social, localizada em cada esfera específica da produção,
está repartida entre muitos capitalistas, que se confrontam como pro-
dutores de mercadorias independentes e reciprocamente concorrentes.
A acumulação e a concentração que a acompanha não apenas estão
dispersas em muitos pontos, mas o crescimento dos capitais em fun-
cionamento é entrecruzado pela constituição de novos capitais e pela
fragmentação de capitais antigos. Assim, se a acumulação se apresenta,
por um lado, como concentração crescente dos meios de produção e do
comando sobre o trabalho, por outro lado ela aparece como repulsão
recíproca entre muitos capitais individuais.
Essa dispersão do capital global da sociedade em muitos capitais
individuais ou a repulsão recíproca entre suas frações é oposta por
sua atração. Esta já não é concentração simples, idêntica à acumulação,
de meios de produção e de comando sobre o trabalho. É concentração
de capitais já constituídos, supressão de sua autonomia individual,
expropriação de capitalista por capitalista, transformação de muitos
capitais menores em poucos capitais maiores. Esse processo se distingue
do primeiro porque pressupõe apenas divisão alterada dos capitais já
existentes e em funcionamento, seu campo de ação não estando, por-
tanto, limitado pelo crescimento absoluto da riqueza social ou pelos
limites absolutos da acumulação. O capital se expande aqui numa mão,
até atingir grandes massas, porque acolá ele é perdido por muitas
mãos. É a centralização propriamente dita, distinguindo-se da acumu-
lação e da concentração.
As leis dessa centralização dos capitais ou da atração de capital
por capital não podem ser desenvolvidas aqui. Basta uma indicação
sumária dos fatos. A luta da concorrência é conduzida por meio do
barateamento das mercadorias. A barateza das mercadorias depende,
coeteris paribus, da produtividade do trabalho, esta porém da escala
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