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Milton Santos - Estudo P3

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MILTON SANTOS 
Por outra Globalização – do pensamento único a consciência universal 
O livro do professor Milton Santos nos leva a ver a globalização por um outro prisma 
que não é definitivamente pessimista como também não é definitivamente um prisma 
otimista. O livro “Por uma outra globalização” nos leva de fato a entender a globalização como 
uma “outra globalização” no sentido de que é possível transformar o que hoje esta aí. A 
realidade não é um fato dado, mas uma construção contínua que tem re-arranjos diários e 
semanais e daí a intensa força que o sistema faz para manter o curso das coisas. 
I – Introdução 
 Vivemos em um mundo cheio de conflitos provenientes da atual fase da expansão 
capitalista no globo, varias são as discussões sobre esse processo em que vivenciamos na 
atualidade. Milton Santos traz a importante visão diferenciada de globalização, a globalização 
como perversidade, como abandono social tudo em nome de um projeto de reprodução do 
capital. 
 Nesse texto a globalização é apresentada como fábula, como perversidade e como 
possibilidade – “por outra globalização”. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a 
globalização como fábula, o segundo seria o mundo tal como ele é, e o terceiro, um mundo 
como ele pode ser. 
Esse texto tem a função de desenvolver ideias em torno destas perspectivas apontadas por 
Milton Santos. 
A globalização como Fábula - o mundo tal como nos fazem crer 
 A globalização como fábula é imposta principalmente pelos meios de comunicação a 
todos que procura enfatizar o planeta em que vivemos como um amplo espaço e que podemos 
sim explorá-lo com o consumo. Como a padronização cultural, onde as pessoas são atraídas 
pelas mesmas coisas, mesmos hábitos, mesmos costumes e que ainda desfrutar de uma 
mesma rede que nós conhecemos como internet que fez com que nós ficamos presos numa 
gigante aldeia global, sem ter pra onde ir. Mas ao mesmo tempo nos dá uma importante 
noção de que o mundo está dentro da nossa casa, o capitalismo nos devorando e nós nem 
percebemos graças à globalização como fábula. 
Um descaso com o estado que aparentemente ficou distanciado das demandas sociais, 
pois o estado precisa se apequenar as grandes corporações que hoje detém o poder sobre o 
próprio estado. Percebemos que vivemos em um único mundo, um mundo voltado a atender 
as necessidades das grandes empresas, vivenciamos uma nova tendência mundial de mercado. 
O mundo como ele realmente é – a globalização como perversidade 
A globalização como uma fabrica de perversidades tais como: fome, desabrigo, AIDS, 
mortalidade infantil, analfabetismo, enfim gravíssimos problemas sociais, quase sem solução 
na globalização em que vivemos, infelizmente para a maior parte da humanidade, o 
desemprego crescente consequentemente a pobreza aumenta e a classe media perdem em 
qualidade de vida, novas enfermidades se instalam e as velhas doenças retornam com força 
total. A perversidade está na raiz desta evolução negativa da humanidade e estes processos 
estão diretamente ligados com a globalização. 
O mundo como pode ser – outra globalização 
 Podemos pensar na construção de outro mundo, uma globalização que volte seus 
olhares a esses problemas citados, uma globalização que se engaje sistematicamente a todas 
as pessoas, ou seja, um processo globalizado mais humano. Que em vez de apoiar sempre o 
grande capital internacional que possam servir a outros interesses sociais e políticos e não 
apenas econômicos. 
 Alguns são os fatores que poderiam colaborar pra isso: a miscigenação de povos, 
culturas, valores, gostos, credos em todos os quatro cantos do globo possibilitaria outra 
globalização, outro discurso é possível, uma nova visão de mundo, devemos urgentemente 
reaprender a ver o mundo. 
II – A Produção da Globalização 
A globalização é o apogeu do mundo capitalista de um processo que conhecemos como 
internacionalização do mundo globalizado os fatores que levaram a este processo são: a 
unicidade da técnica, a convergência dos momentos, o conhecimento do planeta e a mais valia 
globalizada. 
As técnicas são oferecidas como um sistema, graças ao avanço da ciência fora produzido um 
sistema de técnicas da informação, que assim possibilitou um novo sistema de presença em 
todo o planeta. Globalização é o resultado deste sistema que resulta de ações que asseguram 
a emergência de um mercado global. 
III – Uma Globalização Perversa 
 Nestes últimos anos testemunhamos grandes mudanças em todo o planeta terra. 
Tornamos pessoas que habita em um único mundo nos impondo, infelizmente para a maior 
parte da população do nosso planeta a globalização perversa, o poder do dinheiro e da 
informação, vários retrocessos como a noção de bem publico e de solidariedade, perdemos a 
noção de ajuda mutua, vivenciamos cada vez mais a noção de isolamento social, mas o mundo 
continua em nossa casa. Enquanto isso os governos agem com descaso com as funções sociais, 
com o chamado de “enxugamento” da maquina publica, os governos estão cada vez menos 
atribuições, consequência disso: “aumento da pobreza”. 
V – Limites à Globalização Perversa 
 A análise do fenômeno conhecido popularmente como Globalização é o descaso social 
que ela impõe, com seus aspectos extremamente dominantes para a maior parte da população 
mundial. Cabe a nós analisar os limites desse processo se continuarmos assim, onde iremos 
parar? 
 
Podemos afirmar que estamos entrando em um novo período de transição da história, o 
momento em que vivemos com a globalização parece indicar a emergência de novos valores, 
novas atitudes, que nos faz crer que estamos produzindo as condições para a realização de 
uma nova história. 
Não aceitamos mais a tantas evidencias factuais deste processo penoso que é a globalização. A 
velocidade nem sempre colabora com uma distribuição generalizada, são as disparidades no 
seu mau uso que caracterizam cada vez mais o aumento das desigualdades. O mito em que as 
novas técnicas contemporâneas pudessem colaborar e melhorar a vida do ser humano na terra 
desabaram, pois o que se observa realmente é cada vez mais a expansão da pobreza. 
VII – Conclusão 
 A Mudança ocorrerá em todos os aspectos em todos os níveis, mas o principal 
responsável por ela ocorrer de verdade, somos nós que estamos diretamente engajados nesse 
contexto. Pois temos que fazer uma reflexão sobre a essência do capitalismo, pois este é à 
base da atual fase da Globalização. Pois nenhuma barreira será erguida, nada irá mudar se a 
reprodução do capital e o lucro continuarem fortes como estão. 
O capitalismo jamais na sua história conseguiu reproduzir o capital e o lucro 
consequentemente sem gerar crises, para tanto é preciso fazer essa relação, precisamos 
mudar o sistema em vigor e desenvolver uma nova globalização. 
É preciso urgentemente avançar no sentido que o ser humano possa atribuir um novo sentido 
à sua existência no planeta, de uma forma sistemática frear um pouco as tecnologias quanto à 
ciência e ou as suas técnicas utilizadas, para sim se preocupar um pouco mais na essência do 
ser humano e seu verdadeiro papel aqui no globo.