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AULA 6(Carlos Alberto)

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Enviado por Bernardo Pupe em

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Rio, 8 de setembro de 2010 
Direito, psicologia e subjetividade
A emergência do sentido do ético e do justo se forma no ser humano, segundo Freud, é relacionada ao psiquismo. O psiquismo é inicialmente totalmente inconsciente chamado Id (em português, Isso). Esse psiquismo inicial é psiquismo por fazer memórias, registros e apresentar uma forma rudimentar de pensamento – mas isso tudo em um nível não consciente. Quando o individuo nasce, o bebê passa a ter impressões, por exemplo, da forma como é segurado. Ele pode sentir, por exemplo, a rejeição por parte dos pais. Essas impressões serão influentes na forma psíquica posterior. A humanidade possui um preconceito que indica que nos relacionamos com o mundo e com as outras pessoas primariamente pela razão – isso é um mito e um preconceito. Um exemplo são os mamíferos que sentiram o Tsunami quando ele começou a surgir – nenhum mamífero superior morreu, apenas seres humanos. No psiquismo originário não há ego. Conforme o sujeito entra em contato com a cultura, ele vai formando seu sentido de eu e a consciência, as idéias. Ele não diferencia o mundo de si no início: nessa fase, ele é tudo. A partir mais ou menos dos seis meses de vida o bebê começa a perceber que a mãe e o mundo não são partes dele – que há diferença entre si mesmo e o mundo. Nesse momento começa o processo de construção do ego, quando a criança passa a ter o sentimento de “eu” e de “não eu”. Nessa etapa, uma parte do psiquismo se diferencia e se organiza passando a determinar o eu (é o ego).
Uma parte do ego é consciente (o reino da linguagem), outra parte se origina do que é recalcado e é inconsciente. O ego passa, entre outras coisas, pela rivalidade pela figura paterna (no geral por figuras de autoridade) e vivencia sentimentos contraditórios muito fortes (está representado no Totem e Tabu). Aos poucos, as figuras de autoridade, principalmente as parentais, são introjetadas. A experiência de comer e de evacuar gera uma noção de corpo ao bebê – no psiquismo esse “bota dentro/bota fora” gera a introjeção e a projeção. Quando se atribui a outro um sentimento próprio ocorre uma projeção. Entre as introjeções básicas estão aquelas que nos humanizam – que nos tornam humanos. Por isso crianças criadas por outras espécies (como lobos) não cresce como humana. Introjetar é tomar algo de fora de nós e incorporá-la a nós. Os comandos dados à criança humana pelos pais vão gerar a introjeção das figuras parentais junto com as instruções de não pode ou pode. Ou seja, ele incorpora sentimentos de moralidade familiar ou social. Aos poucos, essa moralidade passa ser vista como própria do indivíduo. 
A introjeção das figuras parentais gera o super-ego. Super-ego é uma parte do psiquismo (e do ego) que indica o que pode e que não pode ser feito, ela carrega os ideais e as normas morais da família e da sociedade. Geralmente pessoas que cometem crimes brutos sem necessidade não introjetaram figuras paternas e por isso não formaram superego. As características do superego (se é uma pessoa mais dura ou mais gentil) depende dos pais que foram introjetados. Exemplo de pergunta de prova: Uma experiência parental pouco disciplinadora gera um super-ego camarada? Não. Geralmente se os pais dão uma educação fraca, o filho sente raiva e deve ele mesmo contê-la. Assim, a raiva fica introjetada no super-ego e a criança com pais “bananas” torna-se rude e raivosa.
Uma má formação do ego pode gerar psicose ou esquizofrenia. Muitas vezes pessoas sem egos construídos acham que as pessoas podem roubar uma parte delas ou que seu corpo está sendo fragmentados. O super-ego pode ser afetado também por uma atitude do tipo “Eu posso mas você não pode”por parte dos pais – isso é mutilante. Se fosse uma regra universal, acarretaria uma noção normativa universal e seria positivo para o super-ego. 
O ser humano se constitui como tal na relação com o outro – é assim que o ego se forma. 
As fronteiras entre o mundo animado e o não animado caíram com a física quântica – em nível subatômico tudo se move como algo vivo (com iniciativa e criatividade). 
*Super-ego é escrito com hífen.
Texto: mal-estar de Freud.

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