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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Thamires Vieira (Turma 2A) João Vitor Squillace Teixeira (Turma 2A) 16 de Abril de 2012 Prof. Conrado Pires de Castro 1) Durkein tem o pensamento focado no reconhecimento de uma "consciência coletiva", ou seja, a sociedade em seu conjunto elabora representações coletivas sobre o que é o bem, o que se deve fazer, o que se deve desejar, além disso preocupa-se mais com as instituições (forças de organização que se impõe, interagem e dão interferência para agir aos homens). Com base nessa consciência, Durkhein desenvolve o conceito de fato social, que é tudo aquilo construído e formado pelo homem, são mecanismos e formas de agir e de pensar, que se impõe aos homens como algo exterior, e que exerce sobre os homens uma certa coerção como por exemplo, as leis. Ou seja, um mecanismo para orientar as ações dos homens. A definição do fato social como maneiras de agir, pensar e sentir que se impõem ao indivíduo delimita o domínio da sociologia. Durkheim exige do sociólogo uma atitude de desconfiança em relação ao saber anterior de que todos dispõem sobre a realidade social, pelo mero fato de participarmos dela, para ele a compreensão da sociedade exige um trabalho de equipe, e via a ciência como um empreendimento coletivo. Na concepção durkeininana, a escola era de valor fundamental para a sociedade, pois é onde as crianças aprendem a obedecer, aprendem orientações sobre o que a sociedade espera delas, e tem-se assim a formação de cidadãos disciplinados, mas não submissos. é na escola que a criança desenvolve a disposição de se integrar a um grupo, e assim sentir que faz parte de alguma coisa, uma vez que o homem é um ser social e tem sua natureza de vida coletiva. Para o sociólogo, o homem que vive sozinho não é plenamente homem. Logo, por essa linha de pensamento tem-se que educação é um fato social. A concepção de sociedade elaborada por Durkheim faz da vida social um fenômeno essencialmente moral. Para Durkheim, sempre que há sociedade há altruísmo e, portanto, vida moral. Nossa conduta propriamente social não se orienta apenas para a satisfação de nossos interesses e não faz dos outros um meio para a obtenção de nossos fins. Isso não quer dizer que inexistam conflitos na sociedade, mas que a fonte deles é o mundo inerentemente desregulado dos interesses econômicos, mundo que a sociedade, em condições normais, tende a regular. A vida social exige de nós sacrifícios, renúncias, mas o grupo possui um prestígio e uma autoridade tal que desempenhamos nossos deveres motivados pelo sentimento de obrigação, pelo senso do dever e não pelo temor às sanções. Sua ideia é que a divisão do trabalho não é apenas um fenômeno econômico, como queriam os economistas, mas um fenômeno social e, portanto, gerador de vínculos de solidariedade (laços entre homens). Em oposição a Karl Marx, Durkein achava errado achar na economia a explicação para o modo como a sociedade se organiza. Para ele, o mercado é dissolvente de relações sociais, e não construtor. Max Webber acabou evocando enfatizar a figura do ator da ação, acreditando que a ação que os homens carregam propósitos, intenções, e buscava uma forma de decifrar isso em seu pensamento. Para ele, a sociologia é feita de ações sociais praticadas por indivíduos, não em grupos; pois quando um indivíduo age socialmente, em relação a outro, há uma relação social. Weber trabalhou sobre campos extraordinariamente diversos e sua influência acompanha essa diversidade, que vai do direito à sociologia da música, da história econômica à sociologia das religiões, da filosofia da ciência à política alemã. Conceitos como “tipo ideal”, “ação social”, “compreensão”, “autoridade”, “dominação”, “carisma”, “vocação”, “racionalidade”, “burocracia”, “estamentos”, “legitimidade” e muitos outros estão inteiramente orientados, na sociologia contemporânea, pela influência de Weber. É indiscutível que no desenvolvimento da sociologia, tal como vem se realizando desde o início do século, a contribuição weberiana é decisiva. O que define sua obra como clássica é justamente por manter-se contemporânea. Para ele, a linha de pensamento marxista era muito presa a fenômenos econômicos e que estes determinavam outras ciências, como arte, direito, etc. Para Webber, a economia sem sim efeitos sobre diversas outras formas de vida social, porém nega que sempre encontrará na economia uma explicação para a forma de organização social. Segundo ele, há formas q surgem junto com capitalismo que vão se racionalizando. Assim sendo, de que forma q o capitalismo nos produz? Ele simplesmente nos leva a racionalizar nossa vida, como se fizéssemos um livro caixa inconscientemente. Ele se interessava pelo funcionamento interno do capitalismo, e pela burocracia como forma de organização do estado, ou seja, um estado q seja orientado em termos legais com racionalidade q permita previsão da ação (caso contrário não ha capitalismo), pois há necessidade de garantia para existência de empresas. Burocracia é um tipo de racionalizar, para entender ate onde podem ir os limites de um capitalismo competitivo de mercado, pois a burocracia não gera novas politicas, age rotineiramente. Assim como Durkheim, também pensou na educação, para ele educação é fundamental para todo ser humano para transforma-lo num individuo autônomo dono do seu nariz. E também, para o individuo tem q estar politicamente ligado a sua nação. Karl Marx se focou principalmente na analise da sociedade capitalista. Para muitos sua essência era de economista, mas a análise do capitalismo em sua época acabou tornando Karl Marx um dos principais pensadores da sociedade capitalista. Ele descreve relação de assalariamento, força de trabalho, relação essa que não é natural, foi inventada por determinada classe. Marx associa o desenvolvimento histórico-social da burguesia, em especial sua constituição como força política, a uma série de acontecimentos que marcaram os desdobramentos do mundo moderno. Desse modo, essa classe é apresentada como o produto de um longo processo, de uma série de revoluções nos meios de produção, transportes e comunicação, por meio do qual ela se desenvolve, economicamente, multiplicando seus capitais. Seus problemas eram focados em explicar a dinâmica da sociedade que se transforma de maneira revolucionaria por força de mudanças econômicas que tem como precursor uma determinada classe, conjunto dos capitalistas, classe burguesa. Ele desejava saber como isso caminha, quais as tendências, o que se produz, e quais são os limites? Segundo ele, o capitalismo é uma criação histórica de uma determinada classe social, burguesia, e tem que se relacionar com quem efetivamente produz. Para ele o capitalismo produz nova classe, classe essa de trabalhadores que antes estavam dispersos, agora se concentram na indústria. De modo genérico, ele classifica essa nova classe aqueles que “só subsistem enquanto encontram trabalho e só encontram trabalho enquanto seu trabalho aumenta o capital”. Esse modo de compreender a inserção social do proletariado destaca a submissão do mundo do trabalho à lógica econômica do mercado. Em uma de suas mais importantes obras, "O Manifesto", pode ser lido então como uma espécie de “dialética da modernidade”, salientando a contradição entre o dinamismo inerente ao desenvolvimento das forças produtivas e a estática inerente às relações de produção, que reproduzem a cada momento as formas desiguais de apropriação da riqueza e de dominação social. Marx apresenta o Manifesto como uma auto exposição do comunismo. Baseando-se nisso surgiu no mundo à concepção de sociedade marxista, que era a concepção de uma sociedade em que os homens não explorem outros homens, sendo assim base para a Revolução Russa. 2) No texto de Sergio Buarque é considerada a ideia de que a vida coletiva na sociedade possuem dois princípios que se regulam e se opõem ,oposição esta não sendo de forma absoluta cabendo como forma de “combate”. Sergio identifica a importância que a colonização portuguesa teve para a formação de nossa cultura e baseado nesse pensamento considera os dois tipos de princípios: de aventureiro e o de trabalhador, um com olhar mais amplo, o aventureiro, e outro com olhar mais restrito, o trabalhador. No entanto, esses dois homens se confundem dentro de si mesmo. Para o aventureiro, o objetivo final assume relevância que chega a dispensar processos intermediários. “Seu ideal será colher o fruto sem plantar a arvore”. O mundo para ele é generoso e sabe fazer de obstáculos meios que possam ajuda-lo. Vivendo assim dos espaços ilimitados, onde seu campo de visão não seja limitado. Em contra partida para o trabalhador as coisas não funcionam bem assim,com esforço pouco compensador e lento, sabe tirar o máximo das coisas insignificantes, ele adquire um sentido nítido a tais coisas. Sendo assim o trabalhador só atribui valor moral positivo as ações que sente animo de praticar e terá por imorais as atitudes do aventureiro, seguindo sua ética de trabalho. Sergio traça exemplos da aplicação dos tipos ideais weberianos na análise da situação histórica, traduzindo-se nas contraposições entre trabalho e aventura, o racional e o cordial incorporando características do Behaviorismo Social, e sendo está a corrente predominante em seu texto. No texto de Caio Prado, o autor procurou “abastecer” a sociedade com pontos de vista que impedissem a continuidade de contradições das injustiças da sociedade da época. Na visão dele, a evolução da colônia para o Brasil (nação) carregava para a nossa contemporaneidade os resquícios de um mofo colonialista que provocava o distanciamento cada vez maior do modelo europeu (seguindo a ideologia marxista onde ele considerava que não se pode pensar a relação indivíduo-sociedade separadamente das condições materiais em que essas relações se apoiam). Toda a sociedade e suas forças foram moldadas, ao longo da colonização, para atender a tal objetivo metropolitano, constituiu-se uma sociedade voltada para o mercado externo, com bases sociais internas frágeis. Assim, o sentido da colonização brasileira reflete o método de produção e organização da sociedade aí formada. No texto de Roberto Damatta, o autor esclarece a diferença entre brasil (em letra minúscula) e o BRASIL (escrito em maiúsculo) ao qual é designado a um povo, uma nação, um conjunto de valores, escolhas e ideias de vida. Na realidade, o autor, não quer que ocorra a separação do "brasil" e "Brasil", o que ele realmente deseja e pretende, é fornecer instrumentos que possibilite a explicação das relações sociais inserida na sociedade questionando com um pequeno (brasil) e um grande (BRASIL) se ligam entre si e no final tornam-se único. Roberto Damatta nos propõe é uma nova visão acerca da “identidade” brasileira, um novo olhar onde o que importa é não mais nos apegarmos a categorias cristalizadas. Ele surge com a proposta de pensarmos o Brasil com base nas suas estruturas mais gerais e nas práticas culturais mais simples e cotidianas do homem comum. O texto de Damatta nos remete a linha seguida por Max Weber, onde “a análise deve concentrar-se nos atores e em suas ações e qualquer ação que o indivíduo pratica orientando-se pela ação de outros” .