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Curso de Saúde do Trabalho Prof Nilda Maria Mattos de Sant´Anna Saúde ocupacional ou do trabalho �Estuda os processos de adoecimento no trabalho �Desenvolve ações de prevenção • Primária- promoção de saúde e proteção específica • Secundária- diagnóstico precoce, tratamento imediato e limitação da incapacidade • Terciária- reabilitação As patologias respiratórias interessam ao médico do trabalho mas frequentemente são objeto da atenção do clínico ou do pneumologista que atendem este indivíduos em ambulatórios,consultórios ou emergências Doenças agudas �Inflamação de cavidades nasais e seios da face por gases ou particulados irritantes �Rinite alérgica �Asma ocupacional �Pneumonites de hipersensibilidade �Pneumonias tóxicas �Derrame pleural Doenças crônicas �Úlcera de septo nasal �Bronquite crônica ocupacional �Enfisema pulmonar �Silicose �Asbestose �Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão �Fibrose pleural �Adenocarcinoma dos seios da face �Carcinoma broncogênico �Mesotelioma �A poluição do ar em ambientes de trabalho associa-se a uma extensa gama de doenças respiratórias �A OIT classifica tais doenças como pneumoconioses, pneumopatias por metais pesados,pneumopatias por poeiras de vegetais, asma ocupacional, alveolite alérgica extrínseca por poeiras orgânicas �O termo pneumoconiose refere-se às doenças causadas pela inalação de aerossóis sólidos e à consequente reação tecidual do parênquima pulmonar �Influem nesta inalação características físicas e químicas dos aerossóis e também do hospedeiro ( genética, hábitos de vida, doenças adquiridas) Penetração dos agentes inaláveis �Gases hidrossolúveis como cloro causam irritação de vias aéreas superiores �As partículas devem ter diâmetro inferior a 10 µm e superior a 2 µm �Partículas maiores ficam retidas na região nasal �Partículas menores depositam-se em qualquer nível Mecanismos de defesa do organismo �Tosse �Broncoconstrição �Muco com substâncias citoprotetoras �Sistema mucociliar �Macrófagos alveolares Diagnóstico das doenças respiratórias relacionadas ao trabalho�Objetivos: • Individual: afastar o trabalhador do agente agressor • Coletivo: implementar medidas de proteção e prevenir novos casos • Epidemiológico: estudar prevalência e incidência, delimitar níveis seguros Diagnóstico �História ocupacional detalhada �Avaliação do local de trabalho �Uso de equipamentos de proteção individual ( EPI) �Relação temporal entre exposição e lesão �Hobbies �Não há sintomas específicos. Dispneia é o mais comum �Hábitos Diagnóstico �Ausência de sinais patognomônicos �Diagnóstico depende de interpretação radiológica �Importância da TCAR �Provas de função pulmonar (espirometria, difusão, pico de fluxo testes de exercício) �Broncoscopia e lavado broncoalveolar �Biópsia Asma ocupacional �Obstrução reversível ao fluxo aéreo e/ou hiperresponsividade brônquica devido a causas e condições atribuíveis a um determinado ambiente de trabalho e não a estímulos externos �Trabalhadores com asma pre-existente podem ter o quadro agravado por estímulos inespecíficos do ambiente de trabalho- asma agravada pelo trabalho. Asma ocupacional �História consistente com asma • sintomas �Exposição a agente suspeito • História ambiental e ocupacional �Evidência de obstrução reversível associada à ocupação ocupacional • Variação de sintomas Asma ocupacional �Medidas seriadas de pico de fluxo expiratório �Espirometria �Testes de broncoprovocação �Testes de alergia, cutâneos e sorológicos �Afastar da exposição Exposição a poeiras de algodão �Diversas acometimentos �Bissinose é o mais comum �Dispneia e opressão torácica �Manipulação de algodão �Variação do VEF1 durante a jornada de trabalho Silicose �Pneumoconiose causada pela inalação de poeira contendo sílica livre cristalina �Tipicamente ocupacional � No Brasil é “doença profissional”, a mais prevalente das pneumoconioses �Irreversível �Progressiva, mesmo cessada a exposição �Sem tratamento Silicose atividades de risco �Indústria extrativa de minerais: subterrânea e de superfície �Beneficiamento de minerais: corte, britamento, moagem, lapidação �Indústria de transformação: cerâmicas, vidro �Corte e polimento de granito e mármores �Jateadores de areia, protéticos �A sílica livre é altamente tóxica para o macrófago alveolar devido às suas propriedades de superfície que levam à lise celular, com liberação de enzimas e cristais de sílica, perpetuando o processo, com proliferação de fibras colágenas e infiltrado mononuclear, de forma concêntrica : nódulo silicótico Silicose formas clínicas �Silicose crônica ou nodular simples, �após 10 anos de exposição em pequenas concentrações �Pequenos nódulos difusos nos terços superiores dos pulmões �Presença de material birrefringente à luz polarizada �Sintomas de dispneia presentes ou ausentes Silicose formas clínicas �Silicose acelerada ou subaguda caracteriza por alterações mais precoces �5 a 10 anos �Nódulos silicóticos, inflamação intersticial, descamação celular �Sintomas precoces e limitantes �Formação de conglomerados �Fibrose maciça progressiva Silicose formas clínicas �Silicose aguda:forma rara �1 a 5 anos de grandes concentrações �Exposição maciça à sílica como no jateamento de areia ou moagem de pedras �Proteinose alveolar �Raiox: infiltrações alveolares difusas �Dispneia incapacitante �Morte por insuficiência respiratória Silicose comorbidades �Tuberculose �Silicotuberculose �Enfisema �Pneumotórax espontâneo �Cor pulmonale �Câncer Silicose diagnóstico �Alterações nodulares ao RX, em lobos superiores, podendo coalescer e formar grandes opacidades �Calcificações ganglionares em casca de ovo �Provas funcionais para estabelecer o grau de incapacidade Asbestose �Pneumoconiose associada ao asbesto �Fibrose intersticial com presença de corpos asbestóticos ou fibras de asbesto relacionadas à fibrose �Pequenas opacidades em bases �Alterações fibróticas em pleuras �Dispneia, baqueteamento digital Exposição ao asbestos Outras apresentações clínicas �Lesões pleurais pleurais benignas: espessamento pleural difuso, espessamento pleural circunscrito, derrame pleural, atelectasia redonda (Síndrome de Bleskovsky) �Câncer de pulmão �Mesotelioma de serosas (pleura, peritônio e pericárdio). Pleura – 88% dos casos Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão PTC �Carvão mineral �5,6% dos mineiros do Brasil �Evolui para fibrose maciça progressiva �Opacidades nodulares iniciando nos lobos superiores �Dispneia Outras pneumoconioses �Beriliose �Por poeira mista �Pelo caulim �Por material abrasivo �Baritos �Siderose �Por exposição a metais duros �Por manganês �Por rocha fosfática Pneumonite por hipersensibilidade �Doença pulmonar resultante da sensibilização por exposições recorrentes a inalações de partículas antigênicas derivadas de material orgânico �Refere-se à criação de animais ou processos agrícolas de armazenamento �Resposta imunológica Câncer de pulmão �Principal câncer diagnosticado �Tabagismo �Exposições ocupacionais (15% dos tumores) �Doenças que causam fibrose pulmonar Pneumopatias ocupacionais prevenção �Alterações no ambiente de trabalho �Redução de poeiras �Mudanças de processos �Identificação precoce �Exame médico periódico �Radiografias periódicas Pneumopatias ocupacionais prevenção �NR 7 – Avaliação médica �Aerodispersoides fibrogênicos (silica, asbestos, carvão) – telerradiografia de tórax PA no admissional e anual / espirometria no admissional e bienal